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Avicultura terá evolução no Paraná em 2023

Tendência foi verificada durante o Workshop Sindiavipar 2022, que reuniu empresários, palestrantes de renome e maiores empresas do segmento avícola do país

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Divulgação / Fotos: Giuliano De Luca

O ano de 2023 será melhor para a avicultura paranaense do que o atual. A avaliação foi apresentada pelo presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná – Sindiavipar, Irineo da Costa Rodrigues, durante o Workshop Sindiavipar 2022, realizado em Medianeira nos dias 23 e 24 de novembro. Rodrigues destacou que o próximo ano não será de ampliação da produção, mas vai permitir a evolução do setor, com o escoamento dos produtos existentes para o mercado interno e externo.

Entre as razões para a melhora do cenário, Rodrigues aponta a perspectiva de safras maiores de grãos (soja e milho), resultando na redução do custo de produção para o setor avícola. Além disso, existe a expectativa de consumo favorável no mercado interno, por conta da tendência de crescimento de empregos e de manutenção dos auxílios de renda ofertados pelo atual governo federal, e que vai continuar na próxima gestão.

Outro fator positivo para o setor avícola é que o mercado externo deve continuar demandando por frango brasileiro, o que deve se acentuar em caso de um dólar valorizado. Entre os desafios para 2023, Rodrigues destaca as questões de mercado, sanidade, de cotação de moeda, e de juros muito altos. “O ano de 2023 não vai ser um período em hipótese alguma para aumentar a produção, mas vai ser um ano em que nossos produtos vão ser escoados para o mercado externo e interno, e as empresas vão poder continuar evoluindo”, destaca.

Resumindo 2022, o presidente do Sindiavipar avalia que foi ano desafiador, em que as empresas procuraram ser mais eficientes para superar os desafios de alta de custos. Para Rodrigues, este ano está sendo desafiador, período em que o primeiro trimestre foi marcado por um custo alto de grãos, não sendo possível repassar este aumento para o mercado com a mesma velocidade. Já o segundo trimestre foi um bom período, o terceiro trimestre foi equilibrado, enquanto os últimos três meses do ano estão mais desafiadores. “Com tudo isso teremos um ano de superação, em que vamos sair com avicultura mais moderna e competitiva”, afirma.

ABPA

O diretor de mercado da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Luís Rua, corrobora com a visão do presidente do Sindiavipar sobre os desafios enfrentados em 2022, como a alta histórica nos custos de produção e um ambiente ainda afetado pela crise da Covid-19. Entretanto, para Rua o país apresenta excelente performance nas exportações com recorde estimado em mais de 4,8 milhões de toneladas de frango para este ano.

“O Brasil está sendo cada vez mais demandado, embora já seja líder na exportação de frango. Este ano com a Guerra entre Rússia e Ucrânia, aumento de custos de produção, influenza aviária que tem atacado, especialmente, países da Europa que são os grandes concorrentes do Brasil, faz com que o nosso país, com o status sanitário que nós temos, seja cada vez mais chamado nesse fluxo global. Devemos terminar este ano com bom volume de exportação”, declara Rua.

Workshop Sindiavipar 2022

Relembrando o passado, e de olho no presente e futuro, na última quarta e quinta-feira (23 e 24/11), stakeholders do setor de avicultura se reuniram em Medianeira, no Paraná, para o Workshop Sindiavipar 2022. O evento teve como objetivo a troca e atualização de conhecimentos por meio de contribuições técnicas e sociais com ênfase na evolução e modernização do segmento no Paraná.

O Workshop Sindiavipar 2022 contou com diversos palestrantes de grande renome na área, como o ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e ex-presidente e atual presidente do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, o assessor de Agronegócios do Banco do Brasil, Marcos Vinícius Wagner; Dra. Elenita Albuquerque, AFFA-DIPOA/SDA/MAPA; o Diretor de Mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Luís Rua; o consultor do Safras & Mercados, Paulo Molinari; o especialista em Processos de Qualidade da Cobb, Eder Barbon, o General Technical Manager Latin America da Aviagen, Dr. Mário Sérgio Assayag e o presidente da MSD Saúde Animal, Delair Bolis.

Os temas abordados dizem respeito aos atuais desafios do agro brasileiro, o status da avicultura nacional, o cenário mundial de proteínas e commodities, soluções para o investimento em energia fotovoltaica no setor, a sanidade e a inspeção de produtos avícolas e outros.

Por meio de parcerias com grandes empresas – como Coob, MSD, DSM, Pluma, Globoaves, Vaxxinova e Aviagen – o Sindiavipar viabilizou diversas atrações, com destaque para a Arena de Inovação, espaço que apresentou o trabalho de startups com o foco no segmento avícola.

Homenagens

A primeira noite do evento terminou em clima de comemoração dos 30 anos do Sindiavipar com homenagens durante a solenidade de abertura a personalidades que contribuíram para o setor. Entre os homenageados, cabe destacar o grande embaixador do agronegócio brasileiro, o ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ex-presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e atual presidente do Conselho Consultivo da instituição, Francisco Turra.

Também receberam homenagem o ex-presidente do Sindiavipar, Domingos Martins, pelo trabalho à frente da instituição; Valter Pitol, pelo pioneirismo alcançado na Copacol por meio de sua liderança; e o Diretor Executivo do Sindiavipar, Inácio Kroetz, por seu profissionalismo e dedicação na condução da entidade. A ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, Tereza Cristina, também foi homenageada em reconhecimento pelo importante trabalho realizado no MAPA e na Frente Parlamentar da Agricultura.

Após o cerimonial, os participantes foram convidados e conduzidos para o Jantar do Galo, o toque final de um dia que refletiu a magnitude e a excelência da avicultura paranaense.

Fonte: Assessoria

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Fotos: Shutterstock

Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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