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Avicultura do Paraná sofre com desequilíbrio entre custos e remuneração

Levantamento do Sistema Faep mostra que, mesmo com a liderança nacional em abates, a maioria dos produtores opera abaixo dos custos, acumulando prejuízos e enfrentando dificuldades para manter e modernizar os aviários.

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O Paraná é uma superpotência nacional na produção de frangos de corte. Os números falam por si: o Estado responde por um terço dos abates do país, produzindo quase 2,3 bilhões de cabeças em 2024, movimentando cifras da ordem de R$ 31 bilhões. Toda essa pujança do setor, no entanto, não tem chegado aos produtores rurais. As receitas dos avicultores mal cobrem os custos diretos, o que representa um risco para a atividade em médio e longo prazos.

Confira todas as planilhas do levantamento de custos de produção da avicultura

É o que aponta o levantamento de custos de produção elaborado pelo Sistema Faep. O estudo é elaborado seguindo a metodologia própria e embasado por dados fornecidos por avicultores de todas as regiões do Estado. Os produtores foram ouvidos em painéis realizados em cada uma das 14 Comissão de Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadecs) do Paraná, abrangendo os polos produtivos do Estado. Os resultados representam as médias por tamanhos de modais e classificação do frango, pesado ou griller, conforme o cenário das integrações.

Segundo os técnicos Caroline da Costa e Fábio Mezzadri, do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema Faep, os dados “revelam um cenário preocupante para a sustentabilidade da atividade”. Segundo o relatório, em praticamente todas as integrações, ALERTA as receitas obtidas pelos avicultores com a entrega das aves e com a venda de cama de aviário cobriram apenas os custos variáveis – ou seja, os desembolsos para produzir o lote de frangos.

O levantamento revelou que os produtores rurais ficaram no vermelho no que diz respeito ao custo fixo (que leva em conta as depreciações de máquinas, equipamentos e instalações) e o custo total (que se consolida como um índice de longo prazo para a atividade). Isso implica em saldos negativos anuais para cada produtor, que variam entre R$ 89 mil e R$ 217 mil, o que compromete a depreciação de instalações e a capacidade de investimento. “Ano após ano, as condições dos produtores estão se complicando, com a atividade ficando mais no vermelho”, diz o presidente da Comissão Técnica de Avicultura do Sistema Faep, Diener Santana. “Os reajustes que os produtores estão recebendo não acompanham os custos de produção, que têm aumentado acima. Isso agrava o vermelho”, acrescenta.

Ainda, o DTE do Sistema Faep estabelece uma comparação com os resultados de 2024. Segundo os técnicos, ao longo de um ano, houve um aumento nos custos variáveis, que oscilou entre 5% e 15%, conforme a região. O que mais pesou foram os valores da mão de obra, dos custos de manutenção e da energia elétrica. “Esses fatores [de aumento] são influenciados pela inflação, demandas regulatórias e exigências de bem-estar animal”, destaca Caroline, do DTE. “Esta realidade ameaça a viabilidade da cadeia produtiva paranaense, um dos pilares do agronegócio brasileiro, com potencial impacto em empregos rurais, suprimento de insumos e exportações”, complementa Mezzadri.

O presidente da CT de Avicultura ressalta uma distinção dentro da atividade. Os aviários mais novos, em regra, recebem adicionais. Os galpões mais antigos, no entanto, não ganham qualquer complementação. “Os modais novos têm incentivo para que o produtor se viabilize. Os mais antigos não têm. É só a remuneração seca”, aponta Santana.

Há oito anos na atividade, o avicultor Luís Guilherme Geraldo mantém quatro galpões, alojando 160 mil aves, em Jaguapitã, no Norte do Paraná. Além dele, o pai e dois colaboradores atuam diretamente na produção de frangos de corte, na propriedade. “Realmente, a avicultura está em bom momento, principalmente no mercado de exposições. Mas o lucro fica todo na integração”, ressalta.

Ao longo do ano, por meio de negociações na Cadec, os produtores conseguiram reajustes de 7,5%, que minimizaram os prejuízos acumulados em anos anteriores. Geraldo pretende ampliar a produção para diluir os custos, mas sabe dos riscos implicados na operação. “Apesar dos cenários econômico e político desafiadores, o produtor continua investindo. Esperamos que a avicultura siga em alta. O frango brasileiro é bem-visto no mercado internacional por nossas boas práticas sanitárias. Continuamos realizando diversos estudos para auxiliar nossos produtores rurais”, afirma o presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette. “Nosso papel é dar esse suporte aos avicultores nas negociações de preços e custos junto às empresas integradoras em reuniões das Cadecs”, complementa.

Empresas cobram investimentos de produtores, mas remuneração é insuficiente

Um agravante à condição dos avicultores integrados envolve as exigências das empresas em relação a investimentos constantes nos aviários. Segundo os produtores rurais ouvidos pela reportagem do Boletim Informativo, as integradoras têm demandado atualizações constantes nos aviários, principalmente no que diz respeito a automação dos galpões e a aspectos sanitários. O valor pago aos produtores, no entanto, inviabiliza tais investimentos, pressionando cada vez mais os avicultores. “Há uma pressão enorme por investimentos e melhorias nos aviários justamente para proporcionar lucros à integradora e manter a excelência do padrão sanitário na criação das aves”, diz o produtor Maurício Gonçalves Pereira. “Temos que investir somas significativas para manter a ótima qualidade dos frangos, o que proporciona um primor sanitário e a conquista do produto em países que bem remuneram a carne de frango, mas não somos remunerados na mesma medida”, acrescenta.

Os aviários na propriedade de Pereira têm 11 anos, em São Tomé, município vizinho a Cianorte, Noroeste do Paraná. Apesar de ter feito inúmeras melhorias, ainda há uma série de investimentos que precisa ser feita. “Em um dos fornos, preciso substituir o sistema de aquecimento e nos outros é necessária a substituição das cortinas para a melhoria na circulação. Fora isso, constantes são os gastos com a manutenção da estrutura dos aviários”, aponta o avicultor. “Dada a necessidade incessante de investimentos, esta manutenção tem sido um problema sério para o produtor, visto que a remuneração não tem sido suficiente para que façamos todos os desembolsos necessários e exigidos pela integradora”, aponta.

Avicultor há 12 anos, Pereira mantém dois aviários com capacidade global de alojar 65 mil aves. Ele detalha que a renda dos produtores está diretamente relacionada à questão estrutural e às exigências das integradoras. Ele está prestes a fazer novos investimentos. “Preciso investir mais no aumento da capacidade de geração de energia fotovoltaica, já que a produção atual está sendo insuficiente. O valor da energia elétrica oscila e isto impacta diretamente no custo de produção”, diz.

Outro produtor, Eliandro Vegian Carneiro, também aponta que as instalações são determinantes para a equalização da atividade. Ele administra uma propriedade localizada em Éneas Marques, no Sudoeste do Paraná, em que mantém um aviário com capacidade para alojar 27 mil aves. Ele avalia os riscos que os elevados custos e necessidades constantes de investimentos implicam ao setor. “Tem que buscar por tecnologia e formas de reduzir os custos entre os lotes para poder se manter na atividade. É ‘bruto’ investir aproximadamente R$ 1,5 milhão em um barracão e saber que terá essa dívida por longos dez anos ou mais”, aponta Carneiro. “Em aviários mais novos, com mais tecnologia ou onde se tem mais de um aviário, consegue equilibrar, mas os custos de manutenção subiram muito”, diz.

De acordo com Luiz Guilherme Geraldo, quem tem estrutura mais defasada passa a ser pressionado a modernizar os galpões, mesmo que a remuneração não permita novos investimentos. “Os donos de aviários mais novos recebem um incentivo para estar sempre melhorando os galpões. Mas quando se trata de um aviário mais antigo, o produtor é cobrado a investir um dinheiro que não tem. Só se fizer essa modernização é que vai receber algum incentivo”, afirma. “Desejamos a melhoria das condições de remuneração para que possamos nos manter vivos e ativos na produção”, diz Pereira. “O próximo ano é uma incógnita. Com os juros altos em ano de eleição, não vejo uma melhora a curto prazo”, conclui Carneiro.

Fonte: Assessoria Sistema Faep

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Brasil precisa virar o jogo para manter liderança no agro

Ex-ministro Antônio Cabrera alertou que, apesar do enorme potencial produtivo e da relevância global em segurança alimentar, o Brasil perde competitividade por falhas internas.

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O Brasil ocupa uma posição estratégica no abastecimento mundial de alimentos, com destaque para o setor avícola, mas enfrenta obstáculos internos e pressões externas que podem comprometer seu protagonismo. A análise foi feita pelo médico-veterinário e ex-ministro da Agricultura, Antônio Cabrera Mano Filho, durante o Avicultor Mais 2025 – Frangos, Ovos & Peixes, promovido pela Associação dos Avicultores de Minas Gerais (Avimig), entre os dias 25 e 26 de junho, no Expominas, em Belo Horizonte (MG). “O Brasil é uma potência em segurança alimentar, mas ainda não entendeu plenamente o jogo global. Precisamos mudar a forma de comunicar e corrigir gargalos internos que não são do país em si, mas de seus sistemas institucionais e governamentais”, enfatizou Cabrera.

Na avaliação do palestrante, é preciso substituir o discurso de o Brasil ser uma potência mundial do agronegócio pela ideia de segurança alimentar, a fim de aproximar a sociedade da atividade produtiva. Ele lembra que países altamente dependentes de importações, como a Arábia Saudita, que compra 92% de seus alimentos do exterior, têm no Brasil um seus principais parceiros comerciais. “O Oriente Médio é abastecido em grande parte pela produção brasileira, mas isso precisa ser mais bem valorizado e compreendido, tanto internamente quanto lá fora. Não vendemos apenas commodities, vendemos comida, vendemos estabilidade alimentar”, ressaltou.

Comunicação frágil

Embora seja o maior fornecedor mundial de carne, produzida de forma sustentável, o Brasil não consegue promover sua imagem de forma eficiente. “É impressionante como produtos de outros países chegam aos mercados internacionais com forte identidade, enquanto a carne brasileira não é devidamente identificada e valorizada. Esse jogo precisa ser mudado”, enfatizou.

Segundo Cabrera, a ausência de uma estratégia clara de comunicação faz com que narrativas contrárias ganhem espaço, reforçando mitos sobre desmatamento e ameaçando a competitividade nacional.

Infraestrutura: o atraso que custa caro

Médico-veterinário e ex-ministro da Agricultura, Antônio Cabrera Mano Filho: “Temos tudo para consolidar nossa liderança: clima, água, sol, tecnologia e gente capaz. O que precisamos é reduzir o custo de produção, melhorar a qualidade e superar as barreiras institucionais e governamentais” – Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural

Um dos pontos mais enfáticos da palestra foi o déficit logístico do Brasil. Ao comparar a malha ferroviária nacional com grandes potências, Cabrera destacou a distância entre o potencial agrícola e a capacidade de escoamento da produção.

Enquanto os Estados Unidos contam com 293 mil quilômetros de ferrovias, a China com 141 mil e a Índia com 108 mil, o Brasil soma apenas 30 mil quilômetros. O contraste é ainda mais marcante no Mato Grosso, maior produtor agrícola do país. “O estado, que sozinho colhe mais soja que a Argentina inteira, tem apenas 200 km de ferrovias. É inacreditável”, frisou.

O projeto Ferrogrão, que pretende transferir 20 milhões de toneladas de grãos do transporte rodoviário para o ferroviário na BR-163, é visto como exemplo de como o país perde oportunidades. “Essa ferrovia reduziria em 77% as emissões de CO. É um projeto ambientalmente correto, mas enfrenta resistência de ONGs e até de entidades estrangeiras”, criticou.

Hidrovias esquecidas

Outro gargalo logístico apontado por Cabrera é o uso limitado do potencial hidroviário. Enquanto o Rio Mississipi é vital para o transporte de cargas nos EUA, o Brasil possui três rios de porte semelhante – Paraguai, Teles Pires/Tapajós e Madeira – praticamente subutilizados. “O país insiste em depender do transporte rodoviário, mais caro e poluente, quando tem um dos maiores potenciais hidroviários do mundo”, enalteceu.

A sustentabilidade como diferencial

O ex-ministro também rebateu as críticas internacionais sobre desmatamento e sustentabilidade. Imagens de satélite, afirmou, mostram com clareza as Áreas de Preservação Permanente (APPs) preservadas no Brasil, em contraste com países como os Estados Unidos, onde regiões agrícolas, como de Nebraska, não mantêm áreas de proteção. “O Brasil é o maior exportador de sustentabilidade do planeta, mas falhamos em mostrar isso ao mundo”, lamentou, acrescentando: “A narrativa de que comprar produtos brasileiros destrói a Amazônia é uma mentira usada como protecionismo comercial”, salientou.

Em contrapartida, Cabrera destacou que países que se se apresentam como ambientalmente responsáveis, caso da Alemanha, por exemplo, destruiu florestas milenares (dos Irmãos Grimm) para instalar turbinas eólicas e reabriu a maior mina de carvão a céu aberto do mundo, removendo nove cidades para acessar combustíveis fósseis. “Isso é muita hipocrisia”, criticou.

Vantagem competitiva

Cabrera destacou que, no mundo, apenas três países conseguem atender simultaneamente a três critérios considerados essenciais para sustentar o desenvolvimento econômico: ter uma área superior a cinco milhões de km², uma economia acima de US$ 3,8 trilhões e uma população maior que 150 milhões de habitantes. Segundo ele, esses países são China, Estados Unidos e Brasil, posições que conferem a eles relevância estratégica no cenário global. “Entre esses, só o Brasil reúne abundância de água e sol, o que o coloca numa posição única em termos de oportunidades para a agricultura”, destacou.

Oportunidades para explorar

Apesar dos desafios enfrentados, o Brasil já se consolidou como referência mundial em diversos segmentos do agronegócio. O país é o maior exportador de carne de frango e o maior produtor e exportador de soja. Além disso, ocupa o segundo lugar entre os maiores exportadores de alimentos e na produção de carne de frango, é o terceiro maior produtor de milho e possui a terceira maior reserva de potássio do mundo.

No cenário global, o Brasil se destaca também pelo seu tamanho e economia: possui a sexta maior população e a oitava maior economia, reforçando sua relevância estratégica. Ao se somar a isso a liderança no recolhimento de embalagens no campo e uma das matrizes energéticas mais limpas do planeta, o país demonstra capacidade de conciliar produtividade, responsabilidade ambiental e potencial de crescimento sustentável. “Temos tudo para consolidar nossa liderança: clima, água, sol, tecnologia e gente capaz. O que precisamos é reduzir o custo de produção, melhorar a qualidade e superar as barreiras institucionais e governamentais”, evidenciou Cabrera.

versão digital está disponível gratuitamente no site oficial de O Presente Rural. A edição impressa já circula com distribuição dirigida a leitores e parceiros em 13 estados brasileiros.

Fonte: O Presente Rural
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Avicultura

Sul vive ano de contrastes no frango entre Paraná e Santa Catarina

Paraná sustenta preços mais altos ao produtor e puxa as valorizações de 2025, enquanto Santa Catarina mantém estabilidade regional e vê cortes premium, como o filé de peito, seguirem liderando no atacado.

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Foto: Divulgação/Freepik

O setor avícola do Sul do Brasil registrou um ano de oscilações importantes tanto no preço do frango vivo quanto nos principais cortes no atacado. Dados da Epagri/Cepa e de levantamentos regionais mostram que Paraná e Santa Catarina seguiram trajetórias distintas ao longo de 2025, com disparada mais intensa no mercado paranaense a partir do segundo trimestre.

Paraná abre vantagem e mantém preços mais altos ao produtor

Entre abril e julho, o Paraná puxou as valorizações no frango vivo, alcançando pico de R$ 5,18/kg em maio, bem acima de Santa Catarina, que chegou a R$ 4,76/kg em junho. Enquanto o Paraná manteve preços mais aquecidos no segundo semestre, Santa Catarina apresentou movimento mais moderado e estável, com variações menores entre suas regiões produtoras.

No estado catarinense, o Meio Oeste liderou as cotações durante todo o ano, superando Litoral Sul e Oeste e alcançando R$ 5,13/kg em julho, antes de se estabilizar em torno de R$ 5,10/kg.

No atacado, filé de peito segue isolado no topo

Os preços da carne de frango no atacado catarinense confirma a diferença entre os cortes. O filé de peito congelado manteve-se como o produto de maior valor agregado, encerrando novembro (parcial) a R$ 17,74/kg, praticamente no mesmo patamar de outubro.

Outros cortes mostram comportamento mais suave:

  • Peito com osso congelado recuou do pico de abril (R$ 14,49/kg) para R$ 13,58/kg em novembro.

  • Coxa e sobrecoxa seguiu trajetória de leve queda, chegando a R$ 8,63/kg.

  • Frango inteiro congelado permaneceu estável, fechando novembro a R$ 12,90/kg.

Mercado firme, mas com comportamentos diferentes

O Paraná teve um ano mais pressionado por demanda e exportações, sustentando preços mais elevados ao produtor.

Santa Catarina manteve estabilidade regional, com diferenças marcantes entre Meio Oeste, Litoral Sul e Oeste.

No atacado, cortes premium, especialmente o filé, seguem resistentes, enquanto os cortes populares refletem maior equilíbrio entre oferta e demanda.

A avicultura catarinense, marcada pela forte integração, mostrou novamente um padrão de menor volatilidade, mesmo em um ano de custos variáveis e ritmo intenso nas indústrias.

Fonte: O Presente Rural com informações do Boletim Agropecuário Epagri/Cepa
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Exportações de frango disparam e rentabilidade melhora no mercado interno

Retomada das vendas à China e a diversificação dos destinos impulsionaram os embarques brasileiros, enquanto a estabilidade dos preços e o controle dos custos fortaleceram a margem da atividade no País.

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Foto: Jonathan Campos

Segundo dados do Itaú BBA Agro, as exportações brasileiras de carne de frango registraram forte recuperação em outubro, enquanto o mercado interno apresentou estabilidade nos preços e avanço na rentabilidade da atividade. O desempenho foi impulsionado pela retomada das vendas à China e pela diversificação de destinos.

A China anunciou recentemente a retirada do embargo imposto desde maio, reabrindo um mercado estratégico para pés e patas de frango, cortes de baixo valor agregado, mas fundamentais para a renda das indústrias. A medida reforça o papel do país asiático como parceiro essencial para o segmento.

No campo externo, outubro consolidou o melhor resultado do ano: o Brasil embarcou 501 mil toneladas de carne de frango, volume 8,2% superior ao registrado no mesmo mês de 2024. Houve ainda retomada das exportações à União Europeia, que voltaram após quase quatro meses de suspensão, ampliando a diversificação dos mercados atendidos.

Foto: Divulgação/Freepik

No mercado doméstico, os preços do frango inteiro congelado, que haviam subido em outubro, se estabilizaram próximos de R$ 8/kg, em linha com as cotações observadas há um ano.

Do lado da oferta, os abates cresceram em setembro e outubro após ritmo mais contido em agosto. Mesmo com o aumento das exportações ajudando a enxugar parte da produção, a disponibilidade interna permanece maior que a de 2024, sustentando o equilíbrio dos preços.

A rentabilidade também avançou. O spread do frango abatido subiu de 38% em setembro para 42% em outubro, impulsionado pela valorização de 6,2% da ave e por custos de produção estáveis. Há um ano, o indicador estava em 37%; em maio, antes dos impactos da gripe aviária, havia atingido 44%.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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