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Avicultura do Paraná cresce acima de dois dígitos e já responde por 42% das exportações brasileiras
Estado responde por 35,29% da produção e 42,5% das exportações de carne de frango do país.

O Paraná se destaca como um dos principais protagonistas do agronegócio brasileiro, figurando entre os principais produtores de soja, milho, suínos e aves. Com um crescimento expressivo e um papel de liderança na produção e exportação de carne de frango, o Estado paranaense consolida sua posição como um participante influente no mercado avícola global. A imponência e as perspectivas da avicultura de corte no Paraná foram evidenciadas pelo médico-veterinário e diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Inácio Afonso Kroetz.
Somente nos primeiros seis meses deste ano, o Paraná registrou uma produção de carne de frango que ultrapassou 2,3 milhões de toneladas, representando um aumento de 10,88% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando produziu 2,1 milhões de toneladas. Nas exportações também apresentou crescimento, comercializando 1,090 milhão de toneladas no primeiro semestre, um crescimento de 11,56% em comparação aos primeiros seis meses de 2022, quando exportou 977 mil toneladas.

Inacio Koetz – Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural
Esses números solidificam ainda mais a importância do Paraná no contexto nacional e internacional da avicultura de corte. O estado responde por 35,29% da produção total de carne de frango no país, um feito significativo que reforça sua posição como líder no setor. Além disso, as exportações paranaenses representam 42,5% do total das exportações de carne de frango do Brasil, uma prova do sucesso e da competitividade da indústria avícola paranaense no mercado externo.
No último ano, o estado deixou sua marca em 141 países, tendo como principais destinos Ásia (40,83%), Oriente Médio (21,53%), África do Sul (16%), Europa (11,80%), América do Sul (3,99%), América do Norte (3,52%), América Central e Caribe (2,25%) e Oceania (0,07%). E até metade deste ano 131 nações já receberam a carne de frango paranaense. “Os números impressionantes de produção e exportação são reflexos de um trabalho árduo e de um compromisso constante com a qualidade dos produtos oferecidos ao mercado. Por meio do aproveitamento de suas vantagens naturais, do investimento em tecnologia e da colaboração entre os diversos atores do setor, o Paraná continua a consolidar seu lugar na avicultura de corte tanto no Brasil quanto no mundo”, ressalta Kroetz.
De acordo com o diretor executivo do Sindiavipar, o sucesso do Paraná na avicultura de corte é resultado de uma combinação de fatores-chave, que incluem investimentos em tecnologia e inovação, adoção de melhores práticas de manejo, bem-estar animal e biossegurança, aliados a um clima favorável e uma localização estratégica, têm permitido que o estado alcance altos níveis de eficiência e qualidade na produção avícola. Além disso, parcerias sólidas entre produtores, governo, instituições de pesquisa e órgãos reguladores criaram um ambiente sólido para a manutenção desse crescimento sustentável.
Vocação para avicultura de corte
A ascensão do Paraná na avicultura de corte se estende além das estatísticas de produção e exportação. Com um mercado de frango dinâmico e estrategicamente posicionado, o estado se revela como um líder incontestável, guiando o setor em direção a horizontes promissores.
Junto com Santa Catarina (13,1%) e Rio Grande do Sul (12,72%), o Paraná forma um trio poderoso que representa 61,11% da produção de carne de frango em todo o Brasil e 79% das exportações nacionais, números que ressaltam a importância vital da região Sul do país para o comércio avícola global.

Destino da carne de frango paranaense
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 56,38% da produção avícola paranaense é voltada ao mercado doméstico e 43,62% para o mercado internacional, o que é mais uma evidência da capacidade do Paraná de manter sua competitividade no comércio global. “A sanidade deve estar presente em 100% destes números ou nós teremos problemas em manter mercados abertos com credibilidade e para cumprir os requisitos e garantias do Certificado Sanitário Internacional”, salienta Kroetz, enfatizando: “E essas as garantias que colocamos na mesa durante as negociações começam com o produtor no aviário, porque as condições que os frangos enfrentam nas granjas durante seu desenvolvimento não tem como mudar dentro da fábrica: o que comeu, bebeu e o que sofreu vai refletir na qualidade da carne, por isso somos gratos, reconhecemos e enaltecemos a atividade do produtor, que não tem dia, hora ou tempo ruim, faz seu trabalho bem feito para garantir a qualidade do produto que ofertamos”.
Vantagem competitiva
Uma das vantagens para a avicultura do Paraná é a proximidade estratégica com o Porto de Paranaguá, que desempenha um papel fundamental nas exportações de carne de frango, liderando os embarques no país ao contribuir com 43,4% do total exportado no último ano, sendo que deste volume 40,8% foram provenientes das indústrias avícolas paranaenses. “Essa conexão direta com um ponto crucial de saída para o mercado internacional dá ao estado uma vantagem competitiva única, impulsionando ainda mais sua posição como líder no setor”, evidencia Kroetz.
No entanto, essa vantagem competitiva para o Paraná também se converte em um grande gargalo, uma vez que apenas uma única rodovia é responsável pelo escoamento da produção até o Porto de Paranaguá. “Quando houve os deslizamentos na BR-277, no fim de 2022 e o tráfego ficou interrompido, tivemos grandes problemas para escoar a produção até o Porto de Paranaguá. A perspectiva é que quando as obras da tão sonhada ponte de Guaratuba forem concluídas resulte em um aumento no fluxo de produtos que chegam a Paranaguá, uma vez que a inclusão de mais uma via de acesso a esse porto vai trazer mais agilidade ao processo”, anseia o médico-veterinário, destacando que é exatamente por esse motivo que a logística se coloca como uma das principais prioridades dentro do setor. “A atenção pela infraestrutura de transporte sempre é um componente essencial cada vez que se busca expandir as operações”, afirma.
23,6% do VBP do Paraná é da avicultura
O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do Paraná, um dos estados mais proeminentes no cenário agropecuário brasileiro, alcançou a marca de R$ 191,7 bilhões no ano passado. Dentre os diversos segmentos que compõem esse VBP, o setor de avicultura atingiu R$ 45,2 bilhões. Esse número corresponde a 23,6% do VBP total do Paraná, conforme dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
A relevância da avicultura para o VBP paranaense é ainda mais expressiva ao observar os sete maiores VBPs do estado. Atrás do frango, figura a soja, com um VBP de R$ 35,78 bilhões; o milho que registra um VBP de R$ 20,2 bilhões; bovinos contribui com R$ 16,08 bilhões; suínos com R$ 11,8 bilhões; leite com R$ 11,4 bilhões e trigo com R$ 5,47 bilhões. Juntas, as sete principais atividades agropecuárias representaram no ano passado 76,18% do VBP do Paraná em 2022, o que corresponde a R$ 146,05 bilhões. “Mais de 51% do VBP paranaense é composto por proteínas, o que mostra a vocação do Paraná por produzir alimentos”, pontua Kroetz.

Toledo se destaca como o principal polo produtor de frango, contribuindo com 966 mil toneladas e um Valor Bruto de Produção (VBP) de 2,79 milhões no ano passado. Em sequência, vêm Cianorte, Assis Chateaubriand, Palotina, São Miguel do Iguaçu, Santa Helena, Astorga, Dois Vizinhos, Ubiratã, Marechal Cândido Rondon, Cascavel, Cafelândia, Nova Aurora, Matelândia e Medianeira. Juntos, esses 15 municípios acumularam R$ 9,9 bilhões em VBP no último ano.
Trinta e cinco indústrias foram responsáveis pelo processamento de 2,12 bilhões de aves no Paraná em 2022, sendo que 78% dos abates foram realizados em instalações de plantas frigoríficas localizadas em 15 municípios: Dois Vizinhos, Palotina, Cascavel, Matelândia, Rolândia, Ubiratã, Francisco Beltrão, Jaguapitã, Cafelândia, Carambeí, Maringá, Itapejara D’Oeste, Cianorte, Toledo e Marechal Cândido Rondon.
O estado possui 36 indústrias com o Selo de Inspeção Federal (SIF), quatro certificadas pelo Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA) e 23 pelo Serviço de Inspeção Municipal (SIM), totalizando 63 indústrias avícolas. “O Sindiavipar representa as indústrias que produzem 97% do frango do Paraná”, ressalta Kroetz.
Produção de aves
Com um total de 17.259 mil aviários distribuídos entre 6.146 propriedades, abrangendo 329 municípios, a produção avícola do Paraná se concentra em 15 cidades: Dois Vizinhos, Toledo, Assis Chateaubriand, Cianorte, Palotina, Santa Helena, São Miguel do Oeste, Marechal Cândido Rondon, Cafelândia, Ubiratã, Nova Aurora, Astorga, Cascavel, Francisco Beltrão e Verê. Juntos, esses municípios representaram 29% do VBP do frango paranaense em 2022.
Atuação do Sindiavipar
Com sua sede estabelecida em Curitiba, PR, o Sindiavipar representa abatedouros e incubatórios de produtos avícolas. Desde sua fundação trabalha para o crescimento e a sustentabilidade da avicultura paranaense, bem como para fortalecer a presença no mercado nacional e internacional. Há mais de duas décadas, o Paraná ocupa o lugar de principal produtor de carne de frango do Brasil.
Com o objetivo de promover e respaldar iniciativas distintas para a defesa sanitária na avicultura, bem como apoiar medidas de prevenção, controle e erradicação de doenças nesse setor, além de financiar ações em situações emergenciais de natureza sanitária (mediante responsabilidade compartilhada), foi criado o Fundo de Apoio Sanitário à Avicultura do Paraná (Funasavi-PR), abastecido por meio de contribuições regulares dos membros associados ao Sindiavipar e gerido pela entidade.
A fim de fornecer uma abordagem mais direcionada às perspectivas dos associados, foram criadas as Câmaras Setoriais, abrangendo as áreas de Sanidade e Boas Práticas de Produção, Assuntos Regulatórios, Assuntos Trabalhistas, Sindicais e Federações, Desenvolvimento Sustentável e Recursos Hídricos, além de Mercados. “Esses são as principais áreas que o Sindicato trabalha no dia a dia para atender aos anseios de seus associados”, afirma Kroetz.
Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse acesse gratuitamente a edição digital Avicultura Corte e Postura. Boa leitura!

Notícias Livre de imprevistos
Empresas agrícolas apostam em tecnologia para aumentar produtividade e segurança
O uso de câmeras de segurança inteligentes, permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

Nos últimos anos, o setor agrícola brasileiro tem investido cada vez mais em diferentes tecnologias. O objetivo é ampliar a forma de monitorar as plantações em tempo real, para saber exatamente sobre o período ideal para plantio, irrigação e colheita, sendo instrumentos que funcionam como importantes aliados para o trabalho na agricultura.
Da mesma forma, os investimentos em tecnologia também se fazem necessários nas propriedades visando a segurança destes espaços, com o objetivo de garantir que o patrimônio esteja livre de imprevistos.
Pensando nisso, apresentamos este artigo para você, que possui empresas agrícolas, ou propriedades, e ainda está em dúvida sobre quais os tipos de tecnologia poderá investir para aumentar a sua produtividade e segurança.
Melhorando o desempenho das plantações
Existem diversas tecnologias voltadas exclusivamente para fornecer melhorias para as propriedades rurais, com o desenvolvimento de máquinas e equipamentos que se tornaram aliados para o desenvolvimento agrário.
Um dos exemplos a serem destacados é voltado à agricultura de precisão. Através de dados de GPS, imagens de satélite e sensores, é possível avaliar a qualidade do solo e das diferentes culturas existentes na fazenda. O objetivo é garantir a aplicação adequada de sementes, fertilizantes, defensivos e outros insumos, de modo a garantir a eficiência da produção.
Atualmente, a conectividade nas propriedades já é uma realidade. E a internet das coisas (IoT) se torna uma importante aliada. Através da instalação de sensores no solo, em plantas e máquinas, é possível coletar dados em tempo real sobre a temperatura, umidade, níveis de nutrientes e condições climáticas. Isso permite um manejo eficiente para a irrigação da região, além de detectar determinados problemas precocemente.
Da mesma forma, tecnologias como inteligência artificial e big data se somam juntos às melhorias para o setor agrícola, através do uso de algoritmos de IA para analisar grandes volumes de dados sobre o andamento das culturas plantadas, fazendo com que os produtores tenham real noção de lidar com o seu plantio de acordo com a demanda exigida.
E isso também soma-se a equipamentos modernos e automatizados, como os tratores e colheitadeiras autônomos, que fazem o trabalho no campo por 24 horas por dia, garantindo a redução de custos operacionais. Outro exemplo pode ser visto com os drones, que através de câmeras e sensores, fazem o monitoramento aéreo das lavouras, para localizar áreas que necessitam de maior cuidado.
Segurança como aliada ao setor
Atualmente, se tornou cada vez mais necessário que as empresas agrícolas também invistam em segurança, para proteger sua plantação, maquinário, e até mesmo as pessoas que estão trabalhando nas propriedades. Pensando nisso, também há tecnologias que contribuem com a segurança no setor.
Um dos exemplos está justamente no sistema de reconhecimento de placas de veículos. que ajuda a identificar todos os veículos que estiverem dentro das instalações das propriedades. Além disso, estes dispositivos são essenciais para fiscalizar e monitorar atividades suspeitas nos locais fechados, com o objetivo de oferecer resposta imediata em caso de possíveis ameaças.
Outro recurso que vem ganhando espaço é o uso de câmeras de segurança inteligentes, capazes de detectar comportamentos anormais, movimentos fora do padrão ou a presença de pessoas em áreas restritas. Essas câmeras permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.
Há também o caso dos softwares de gestão agrícola, que se tornam aliados para a avaliação de riscos dentro da área de cultivo, tornando o ambiente mais seguro para os trabalhadores, de modo a garantir a execução dos serviços de acordo com as normas regulatórias.
A rastreabilidade também entra no processo, com o uso de ferramentas como o blockchain, responsáveis pelo rastreio da origem e do percurso dos produtos agrícolas. O objetivo é aumentar a transparência de toda a cadeia de suprimentos até o consumidor final, gerando segurança alimentar.
Conclusão
Investir em tecnologias para o setor agrícola é uma necessidade de grande importância, principalmente para a melhora da produtividade e segurança das operações. Isso traz credibilidade às propriedades que estão mais atentas às necessidades do mercado, com a realização dos trabalhos de forma eficaz.
Portanto, é fundamental que os proprietários de áreas agrícolas estejam cada vez mais atentos às necessidades de mercado, de forma a ampliar a sua gama de clientes, e a crescer suas vendas.
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Estreia de filme sobre Aury Bodanese será transmitida pelo O Presente Rural
Longa-metragem “Antes do Nascer do Sol” terá lançamento nacional ao vivo nesta terça (18), a partir das 19h. A obra reconstrói a trajetória e o legado de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro e referência no desenvolvimento do agronegócio catarinense.

O filme “Antes do Nascer do Sol”, que narra a trajetória de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro, estreia oficialmente nesta terça-feira (18), às 19 horas. A transmissão ao vivo está programada para começar às 18h57 e você pode conferir no canal de YouTube de O Presente Rural.
Mais de 20 plataformas de comunicação, distribuídas em quatro estados, vão acompanhar o evento simultaneamente, ampliando o alcance da produção cultural. O lançamento marca um dos maiores movimentos de difusão audiovisual já realizados por um grupo regional de mídia no Sul do país.
Criado por Osnei de Lima e Julmir Cecon, o longa-metragem reconstrói a vida, a obra e o impacto de Bodanese no desenvolvimento do agronegócio catarinense e nacional. O roteiro destaca a atuação dele na consolidação do modelo cooperativista na região Oeste, reconhecido por transformar pequenas propriedades e fortalecer cadeias produtivas como leite, suínos e aves.
A direção de marketing do projeto é assinada por Fernanda Moreira, do Grupo Condá, responsável por coordenar a estratégia que conectou veículos de comunicação e plataformas digitais para o lançamento simultâneo.
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Relação de troca melhora e abre espaço para antecipação de compras de fertilizantes, aponta Itaú BBA
Após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais.

A relação de troca entre fertilizantes e os principais produtos agrícolas brasileiros apresentou melhora contínua nos últimos três meses e voltou a níveis próximos da média histórica para nitrogenados e potássicos. A avaliação é da Consultoria Agro do Itaú BBA, no relatório divulgado nesta terça-feira (18), referente novembro de 2025, que aponta um cenário mais favorável para produtores planejarem a safrinha de 2026 e até iniciarem compras para a safra de verão de 2027.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR
Segundo os analistas, após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais. O MAP atingiu a mínima do ano, e a ureia voltou a patamares semelhantes aos de 2024
Fosfatados ainda pesam
Com a queda das cotações, a relação de troca melhorou para a maior parte das culturas, refletindo um equilíbrio maior entre custo dos insumos e preços agrícolas. Ainda assim, os fertilizantes fosfatados continuam acima da média histórica, mantendo pressão sobre operações que dependem de maiores doses de MAP e similares.
A única exceção é o café: com as cotações do grão em forte alta ao longo de 2025, o setor registra as melhores relações de troca já

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
observadas no histórico da consultoria, o que torna a compra de fertilizantes particularmente atrativa para os cafeicultores
Fontes mais baratas e diluídas
O relatório destaca um movimento estruturante no mercado brasileiro: o avanço do uso de fertilizantes com menor concentração do macronutriente, mas preço mais competitivo por ponto percentual de N ou P₂O₅.
Nos nitrogenados, o sulfato de amônio (SAM) passou a oferecer melhor custo por unidade de nitrogênio do que a ureia, atraindo demanda adicional. Entre os fosfatados, o supersimples (SSP) ganhou espaço pela menor cotação nominal, seguido do supertriplo (TSP), que também avança em relação ao tradicional MAP
O efeito já aparece nas importações: entre janeiro e outubro de 2025, pela primeira vez o Brasil importou mais SAM que ureia, e mais SSP do que MAP, um marco inédito nas duas cadeias

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
Oportunidades para safrinha de 2026
Com as relações de troca mais favoráveis e preços recuados, o Itaú BBA avalia que há espaço para acelerar as compras da safrinha de inverno de 2026, que estão atrasadas. Os analistas também citam a possibilidade de produtores iniciarem, desde já, a montagem do pacote tecnológico para a safra 2027, aproveitando o momento de maior previsibilidade de custos
Câmbio segue como ponto de atenção
Apesar da queda nas cotações internacionais de ureia, MAP e KCl, o relatório lembra que a taxa de câmbio continua sendo um fator determinante na formação de preços internos. Movimentos do dólar frente ao real podem neutralizar parte da competitividade obtida pela retração externa dos fertilizantes, especialmente em um momento marcado por instabilidades macroeconômicas globais



