Empresas
Avicultura busca soluções para reduzir custos e mantém expectativa de melhores preços com nova safra
Foco do setor avícola está em alternativas que agreguem eficiência alimentar às granjas, a fim de aperfeiçoar a rentabilidade das propriedades até a colheita do ciclo 2016/17
De acordo com especialistas do setor agrícola, seguindo previsões do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), se tudo ocorrer de forma satisfatória na safra de verão e na safrinha de milho, o Brasil poderá colher um volume de 80 milhões de toneladas do cereal. Até lá, os preços devem continuar elevados, o que motiva a avicultura a investir em eficiência alimentar para superar a falta de grãos da última temporada, que elevou o custo de ração para as aves e impactou diretamente no desenvolvimento da atividade. As tendências do mercado e as soluções para superar esse cenário foram o foco do Seminário de Eficiência Alimentar para Aves, organizado pela Alltech, referência em nutrição e saúde animal, que reuniu as principais empresas de corte e postura da região de Goiânia (GO) para debater essa temática.
O desafio atual para o setor avícola está no fato de que o milho representa a principal matéria-prima para a produção. A expectativa é que os preços sejam reduzidos nos próximos meses, porém a alta deve se manter até meados de abril quando iniciar a colheita da nova safra. Segundo o gerente da equipe de Aves da Alltech do Brasil, Felipe Fagundes, entre os fatores que motivaram a situação dos insumos está o estoque baixo. “Isso ocorre porque nosso armazenagem de passagem, que é a quantia de grãos de um ano para o outro, está previsto para 5 milhões de toneladas nesse ano, o que é metade do que foi em 2015. Então o cenário é realmente de pouco cereal disponível no mercado brasileiro”, destaca. Essa análise foi debatida durante a palestra do pesquisador da equipe de grãos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), André Sanches.
Como apoio para superar os impactos dos custos, a indicação é que os produtores trabalhem com a utilização de novas tecnologias que possibilitem o melhor desenvolvimento dos animais. Entre elas, a aplicação de enzimas que contribuem para o equilíbrio da qualidade da alimentação das aves e consequente redução da utilização de grãos nas rações, tema abordado pelo pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Everton Krabbe. “A substituição de componentes da dieta pela utilização das enzimas é uma estratégia que tem se mostrado eficiente. Porém, é necessária uma avalição criteriosa de todos os elementos presentes na alimentação do animal para evitar o uso equivocado das ferramentas como esclareceu Krabbe durante sua apresentação”, explica Fagundes.
Outra alternativa que vem se mostrando eficiente na produção e tem resultado na melhora da saúde das aves é a substituição de minerais inorgânicos por orgânicos nas dietas. Durante o seminário a gerente técnica da Alltech, Marlene Schmidt, apresentou os resultados do estudo realizado em conjunto com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), que mostraram que é possível suprir praticamente toda necessidade nutricional substituindo 100% dos minerais inorgânicos por 33% de minerais na forma orgânica na suplementação dos animais. “Estamos avançando a ponto de trabalhar com uma ração totalmente orgânica sem moléculas químicas. E isso favorece o desenvolvimento das aves porque na forma orgânica os minerais possuem maior absorção pelo trato intestinal, devido a sua alta estabilidade e solubilidade”, explica Fagundes.
Mudanças globais
O seminário expandiu o debate também para tendências mundiais sobre a crescente discussão da retirada de antibióticos da produção avícola. O tema está em evidência com a posição dos EUA de implantar o Veterinarian Feed Directive, com objetivo de acabar com a venda indiscriminada de antibióticos para nutrição e exigir prescrições veterinárias para tal. Com isso, os veterinários vão precisar confirmar que o animal está doente e elaborar uma receitar para o caso. Segundo o diretor global de aves da Alltech, Paulo Rigolin, os produtores brasileiros precisam estar atentos a essas movimentações porque em breve as determinações devem ser implantadas por aqui, tornando-se uma exigência sanitária internacional.
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Sobre a Alltech
Fundada em 1980 pelo empresário e cientista irlandês, Dr. Pearse Lyons, as soluções da Alltech melhoram a saúde e o desempenho de animais e plantas, por meio da nutrição natural e da inovação científica, utilizando leveduras, nutrigenômica e algas. Com aproximadamente 100 unidades industriais em todo mundo, a Alltech é líder na produção de leveduras e minerais orgânicos, tendo como referência a planta de produção de algas no Kentucky (EUA), modelo existente em apenas mais um lugar no mundo. A empresa segue os princípios da ACE (Animal, Consumer and the Environment) e busca desenvolver soluções seguras para os animais, consumidores e meio ambiente e, para alcançar esse objetivo, conta com uma equipe de mais de 5000 colaboradores.
Alltech é a única empresa de capital fechado entre as cinco maiores empresas de saúde animal no mundo, o que confere vantagem competitiva permitindo a empresa se adaptar rapidamente às necessidades emergentes dos clientes e manter o foco na inovação. A sede mundial está localizada em Lexington, Kentucky (EUA), sendo que o Brasil é o segundo maior volume de produção mundial do grupo. A Alltech do Brasil é formada por uma unidade fabril em São Pedro do Ivaí (PR) e por um centro administrativo e planta industrial em Araucária (PR) e uma unidade em Indaiatuba (SP). Mais informações: http://pt.alltech.com/.
Fonte: Ass. de Imprensa Alltech

Empresas Ameaça silenciosa
Como a Doença de Gumboro Afeta a Sanidade, Performance e Rentabilidade das Aves
Altamente contagiosa, a enfermidade viral desafia o sistema imunológico das aves e pode gerar prejuízos expressivos à avicultura industrial

A avicultura industrial brasileira, reconhecida mundialmente por sua eficiência produtiva, enfrenta desafios cada vez mais complexos no manejo sanitário dos plantéis. Entre esses desafios, a Doença de Gumboro, também chamada de Doença Infecciosa da Bursa (DIB) é altamente contagiosa. A enfermidade viral acomete principalmente aves jovens entre 3 e 10 semanas de idade, comprometendo o sistema imunológico e impactando diretamente o desempenho zootécnico das granjas.
A doença é causada por um vírus do gênero Avibirnavirus, notável por sua resistência ambiental — capaz de permanecer ativo por longos períodos mesmo após procedimentos de limpeza e desinfecção. Ao atingir a bolsa de Fabricius, órgão essencial à formação das células de defesa das aves, o vírus provoca imunossupressão severa, tornando os animais mais vulneráveis a outras infecções e interferindo na eficácia de vacinas de rotina.
Além do impacto financeiro direto, os efeitos produtivos da doença são amplos e muitas vezes silenciosos na forma subclínica. Em um cenário de alta densidade de alojamento, o controle da imunossupressão é um fator decisivo para sustentar a competitividade da produção de frangos no país.
“A Doença de Gumboro é uma ameaça muitas vezes silenciosa, mas de alto impacto econômico. Mesmo infecções subclínicas, podem reduzir o ganho de peso, comprometer a conversão alimentar e afetar a qualidade dos ovos. O monitoramento eficaz é o primeiro passo para conter o avanço da enfermidade e proteger o potencial produtivo das granjas”, destaca Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis Brasil.
Na prática, o produtor pode perceber a presença da doença por sinais clínicos como depressão, diarreia aquosa, desidratação e penas arrepiadas. Contudo, é a observação de indícios produtivos como a queda na taxa de ganho de peso diário ou a redução na qualidade dos ovos que costuma revelar a circulação do vírus em sua forma subclínica. Em lotes de alto desempenho, qualquer variação nesses parâmetros representa perda direta de margem e eficiência.
“Em granjas industriais, onde milhares de aves convivem em densidades elevadas, a probabilidade de disseminação viral é alta. O controle eficaz depende de um conjunto de medidas: vigilância sanitária constante, diagnóstico laboratorial preciso e imunização bem planejada. Mais do que uma rotina de biosseguridade, trata-se de uma estratégia de rentabilidade”, reforça Muniz.
A prevenção da Doença de Gumboro deve ser encarada como um investimento zootécnico estratégico. Além da escolha de vacinas adequadas à realidade imunológica dos lotes, é essencial realizar o acompanhamento técnico dos resultados, observando tanto o desempenho produtivo quanto a resposta imunológica. O uso de vacinas como a Poulvac® Procerta® HVT-IBD vacina de vírus vivo congelado contra as doenças de Marek e Gumboro, torna-se uma ferramenta fundamental dentro de estratégias preventivas consistentes e de longo prazo. A vacinação pode ser feita via subcutânea, ou in ovo em ovos embrionados de galinha saudáveis com 18 a 19 dias de idade.
Para a Zoetis, líder mundial em saúde animal, o enfrentamento da Doença de Gumboro faz parte do ciclo contínuo de cuidado. A empresa reafirma que, em um cenário global cada vez mais desafiador, sanidade é sinônimo de desempenho, e o cuidado com a imunidade é o alicerce da produção avícola moderna.
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Boehringer Ingelheim anuncia Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing de Aves e Suínos
A executiva assume a posição anteriormente ocupada por Filipe Fernando, que ascendeu ao cargo de Head de Grandes Animais da empresa

A Boehringer Ingelheim, multinacional farmacêutica referência na produção de medicamentos para humanos e animais, anuncia a chegada de Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing da unidade de negócios de Aves e Suínos, assumindo o cargo anteriormente ocupado por Filipe Fernando, novo diretor de Grandes Animais da companhia.
A gerente é graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria, onde também concluiu o mestrado. Além disso, possui doutorado em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e um MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No âmbito profissional, Patricia conta com mais de 18 anos de experiência em empresas nas áreas de saúde, produção e nutrição animal, com forte atuação em marketing estratégico.
“Estou muito contente e animada em iniciar esse novo capítulo profissional em uma empresa líder e referência global na área da saúde, como a Boehringer Ingelheim. Com minha sólida experiência técnica e prática no segmento de avicultura e suinocultura, estou ansiosa para colaborar com a equipe e contribuir ativamente para os resultados e inovações da empresa”, afirma Patricia Aristimunha.
A chegada da executiva, que ingressou no cargo na primeira semana de novembro, reforça o compromisso da Boehringer Ingelheim em fortalecer sua liderança e inovação no mercado de saúde animal, especialmente nos setores de aves e suínos. Com sua vasta experiência no segmento, a empresa espera que Patrícia impulsione ainda mais as estratégias de marketing da companhia, contribuindo significativamente para o sucesso contínuo de seus clientes e parceiros no agronegócio.
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Ventilação eficiente é chave na preparação do agro para a chegada do calor
Manutenção preventiva dos motores ajuda a reduzir perdas e preservar o bem-estar animal

Com a chegada da primavera e a aproximação do verão, as altas temperaturas passam a impactar diretamente a produção animal no Brasil. O calor excessivo é um dos principais fatores de estresse térmico, comprometendo o desempenho dos animais, reduzindo a produtividade e elevando riscos sanitários e econômicos para os produtores.
Segundo Drauzio Menezes, diretor da Hercules Energia em Movimento, a manutenção preventiva dos motores é fundamental nesse período. “A confiabilidade dos motores determina o bom funcionamento dos sistemas de ventilação, que são essenciais para manter as granjas em condições adequadas”, afirma.
Manutenção e ventilação: aliados da produtividade
A ventilação é um dos recursos mais eficazes para preservar o bem-estar dos animais durante os meses mais quentes. Para que os equipamentos cumpram sua função com eficiência, é essencial que os motores estejam revisados e em pleno funcionamento. Entre as ações mais importantes estão a manutenção dos motores, isolamento térmico das estruturas, controle da umidade e fornecimento constante de água fresca, além de ajustes na densidade de lotação em períodos de calor extremo. “Esses sistemas precisam operar com segurança e sem falhas para garantir conforto térmico, reduzir o estresse dos animais e evitar perdas na produção”, reforça Menezes.
Segundo ele, a Hercules Energia em Movimento oferece soluções adequadas para esse tipo de demanda, com motores monofásicos, trifásicos e customizados, todos com alta eficiência energética, conformidade com as normas NEMA e IEC, e aprovação do Inmetro. Os equipamentos são projetados para atender ambientes de produção animal, que exigem desempenho constante mesmo em condições severas.
Alta nas temperaturas exige preparação antecipada
De acordo com previsões do INMET e da Climatempo, a primavera e o verão de 2025/2026 devem registrar temperaturas acima da média histórica em várias regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste, Sudeste e partes do Sul. A previsão também aponta para chuvas mal distribuídas e períodos prolongados de tempo seco, elevando o risco de ondas de calor e agravando os desafios para a criação de aves.
Esse cenário reforça a necessidade de antecipar cuidados com a climatização das áreas de produção animal. “Ambientes bem ventilados ajudam a mitigar os efeitos do calor excessivo, preservando o desempenho zootécnico das aves e garantindo a continuidade da produção com segurança”, conclui Menezes.

