Avicultura
Avicultura brasileira deve iniciar 2026 com cenário favorável
Normalização dos embarques anima o setor, que projeta crescimento na produção e margens confortáveis para o novo ano.

O setor brasileiro de carne de frango inicia 2026 com ambiente favorável e perspectiva de consolidar mais um ano de bons resultados. A recuperação gradual das exportações, após o episódio de gripe aviária que atingiu o Rio Grande do Sul em 2025, reforça esse cenário. Embora o país tenha enfrentado quatro meses de restrições, de maio a agosto, os embargos foram sendo retirados à medida que ficou comprovado que o surto estava limitado a uma única granja comercial. Nos últimos meses, China e União Europeia, que ainda mantinham restrições, também suspenderam as barreiras, abrindo caminho para a normalização completa dos embarques no curto prazo.

No front dos custos, 2026 começa com sinalização positiva para a ração. Porém, a demora no estabelecimento das chuvas no Cerrado acendeu um alerta sobre o plantio do milho safrinha. Parte das lavouras deve ficar fora da janela ideal, o que pode comprometer o potencial produtivo e, dependendo do comportamento climático, gerar pressão sobre os preços do cereal. Ainda assim, o cenário base trabalhado pelo setor segue indicando custos administráveis, sustentando margens confortáveis para a avicultura.
A oferta, por sua vez, continua condicionada à limitação global de material genético, um gargalo que não deve ser resolvido imediatamente. Esse fator tem desacelerado o ritmo de expansão, mas não chega a impedir o crescimento. A projeção é de que a produção nacional avance 3% em 2025 e mais 2% em 2026. As exportações devem permanecer estáveis neste ano, com retomada esperada a partir do próximo.
Mesmo com a melhora consistente das condições de mercado, especialistas reforçam que o setor não pode abrir mão do rigor nas medidas de biossegurança. A prevenção a novos episódios de gripe aviária permanece como elemento-chave para garantir competitividade, proteger o acesso aos mercados internacionais e manter o equilíbrio entre oferta, demanda e preços.

Avicultura
APA abre seleção para médicos veterinários no Programa Estadual de Sanidade Avícola
Processo busca profissionais com experiência comprovada em avicultura. Inscrições vão até 12 de dezembro.

A Associação Paulista de Avicultura (APA) anuncia a abertura do processo seletivo para médicos-veterinários que integrarão o Programa Estadual de Sanidade Avícola, executado com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, por meio de Termo de Colaboração vigente entre as instituições. A iniciativa tem como objetivo fortalecer as ações de vigilância sanitária no estado e ampliar o suporte técnico às regionais.
O processo busca profissionais com notório conhecimento em avicultura, disponibilidade para viagens, possibilidade de mudança de endereço e experiência comprovada no setor. Os candidatos passarão por análise curricular e entrevista de avaliação.
De acordo com o diretor técnico da APA, José Roberto Bottura, a seleção representa um movimento estratégico de reforço institucional. “O Programa Estadual de Sanidade Avícola é fundamental para garantir que São Paulo mantenha seu padrão elevado de biosseguridade e resposta rápida frente aos desafios sanitários da cadeia produtiva. A contratação de profissionais qualificados é essencial para sustentar a vigilância ativa e fortalecer a defesa sanitária em todas as regiões do estado”, afirma Bottura.
Requisitos e envio de currículo
Os interessados devem enviar Curriculum Vitae para o e-mail josiane.meira.apa@gmail.com até 12/12/2025.
O currículo deve obrigatoriamente conter:
• Nome completo e endereço;
• Estado civil;
• Ano de graduação;
• Instituição onde concluiu a graduação;
• Cursos de especialização;
• Experiência profissional comprovada em avicultura.
Encerrado o prazo, a APA realizará análise curricular seguida de contato com os candidatos selecionados para entrevista.
A iniciativa reforça o compromisso da Associação Paulista de Avicultura com a qualificação técnica, a segurança sanitária e o desenvolvimento sustentável da avicultura paulista, setor que segue como referência nacional em produtividade e conformidade sanitária.
Avicultura
Submissão de trabalhos científicos ao 23º Congresso APA de Ovos entra na reta final
Pesquisadores e profissionais têm até 15 de dezembro para enviar estudos. Evento será realizado de 09 a 12 de março de 2026, em Limeira (SP).

A Associação Paulista de Avicultura (APA) reforça que está aberto o período de submissão de trabalhos científicos para o 23º Congresso APA de Produção e Comercialização de Ovos, considerado o principal encontro técnico da avicultura de postura no Brasil. O prazo final para envio é 15 de dezembro de 2025, exclusivamente pelo site oficial.
A edição de 2026 acontece de 09 a 12 de março, no Zarzuela Eventos, em Limeira (SP), e conta com apoio da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA-SP).

Professora e coordenadora dos Trabalhos Científicos, Sarah Sgavioli: “A submissão segue até 15 de dezembro” – Foto: Divulgação/APA
De acordo com a professora e coordenadora dos Trabalhos Científicos, Sarah Sgavioli, a chamada contempla temas que representam o eixo central da produção de ovos: manejo, nutrição, sanidade e outras áreas. “A submissão segue até 15 de dezembro. Nesta edição, serão selecionados 80 trabalhos, que serão publicados nos anais do congresso e apresentados em formato de pôster. Cada trabalho aprovado garante inscrição gratuita ao autor principal e a possibilidade de concorrer ao prêmio de melhor trabalho por área, no valor de um salário-mínimo”, destaca.
A avaliação será conduzida por uma comissão especializada, com foco em rigor técnico, relevância para o setor e aderência às normas do congresso. “Reconhecer a produção acadêmica é parte essencial do nosso papel como entidade técnica. Incentivar, avaliar e dar visibilidade a esses estudos fortalece toda a avicultura de postura”, complementa.
Avicultura
Paraná intensifica fiscalização e reforça biosseguridade em granjas avícolas do Sudoeste
Ação da Adapar vistoria estruturas, rotinas e protocolos sanitários para prevenir doenças de alto impacto e manter a credibilidade da cadeia produtiva de aves no Estado.

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), por meio da Divisão de Sanidade Avícola (Disav) e do Escritório Regional de Dois Vizinhos, na região Sudoeste, promoveu entre os dias 24 e 28 de novembro, uma força-tarefa de fiscalização da biosseguridade em granjas avícolas da região. A iniciativa reforça o compromisso do Estado com a proteção sanitária do plantel paranaense e com a manutenção dos padrões da cadeia produtiva de aves, reconhecida nacional e internacionalmente pela qualidade e segurança.

Fotos: Adapar
O objetivo a ação é a verificação rigorosa de práticas essenciais para a prevenção de enfermidades de grande impacto sanitário e econômico, como a Influenza Aviária e a Doença de Newcastle. Durante as fiscalizações, equipes técnicas da Adapar aplicam um checklist estruturado de biosseguridade, avaliando aspectos como o controle de acesso às propriedades, limpeza e desinfecção das instalações, manejo sanitário, uso adequado de equipamentos, barreiras de contenção e monitoramento dos plantéis.
Participam diretamente da operação 10 servidores. A atividade abrange estabelecimentos avícolas comerciais registrados na Adapar e localizados na área de atuação do Escritório Regional de Dois Vizinhos. O trabalho é conduzido de forma coordenada, padronizada, preza pela eficiência e pelo detalhamento no levantamento das condições estruturais, operacionais e sanitárias das granjas vistoriadas.
Parceria
A força-tarefa foi organizada com o setor produtivo. Em reuniões prévias com empresas integradoras e representantes da cadeia avícola regional, a Adapar apresentou os objetivos da ação e alinhou procedimentos para facilitar o processo de fiscalização.
Como resultado, os produtores puderam revisar previamente suas estruturas e rotinas, garantindo que as equipes fossem recebidas em melhores condições de avaliação. Esse diálogo facilita o cumprimento das exigências legais e reforça a cooperação entre a iniciativa privada e o serviço oficial de defesa agropecuária.
Histórico
As forças-tarefas promovidas pela Disav integram o conjunto de atividades permanentes da Adapar no âmbito da defesa sanitária animal. No Paraná, todas as granjas registradas devem cumprir os requisitos de biosseguridade previstos na Portaria Adapar nº 242/2022 e na Instrução Normativa MAPA nº 56/2007, normas que estabelecem padrões técnicos indispensáveis para garantir a sanidade dos plantéis, prevenir a entrada de agentes patogênicos e assegurar a conformidade dos estabelecimentos junto ao serviço oficial.
Desde o alerta nacional para a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em 2023, o Estado intensificou as ações de vigilância ativa e ampliou a periodicidade das fiscalizações, com foco na prevenção de riscos que possam comprometer a produção avícola. Esse trabalho contínuo contribui diretamente para a manutenção da saúde animal, a proteção econômica do setor e a credibilidade do Paraná como um dos maiores produtores e exportadores de carne de frango do país.



