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Avicultura A economia vem do sol

Avicultores apostam na energia fotovoltaica para diminuir custos de produção

O agronegócio é um dos setores que mais investe nesse tipo de energia limpa. Somente no primeiro semestre de 2019 foram produzidos 32.963kWp, cerca de 86% do total gerado durante todo o ano anterior. Atualmente, o setor rural responde por 13,1% de toda a potência instalada em sistemas de geração própria com a fonte fotovoltaica.

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Fotos: Arquivo/OP Rural

A constância do sol nas cidades brasileiras precisa ser vista como um privilégio, afinal, muitos países mundo afora não têm a presença o ‘Astro Rei’ durante os 12 meses do ano, como aqui no Brasil.

E saber tirar proveito dessa energia proporcionada por ele é algo ainda novo por aqui, mas os números mostram que o Brasil cresce a cada ano na geração de energia fotovoltaica, apesar de ainda ter muito a avançar.

O país ultrapassou na primeira semana de janeiro a marca de 1 milhão de unidades consumidoras (UCs) atendidas pela geração distribuída solar fotovoltaica, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). A potência instalada em 2021 foi de 8,4 GW, aumento de 64% em relação a 2020, quando este número era de 4.798 GW.

O agronegócio é um dos setores que mais investe nesse tipo de energia limpa. Somente no primeiro semestre de 2019 foram produzidos 32.963kWp, cerca de 86% do total gerado durante todo o ano anterior. Atualmente, o setor rural responde por 13,1% de toda a potência instalada em sistemas de geração própria com a fonte fotovoltaica.

Desde 2012, os produtores rurais brasileiros já investiram cerca de R$ 3,4 bilhões em energia fotovoltaica, gerando mais de 21 mil empregos.

Economia

Se por um lado os constantes aumentos na tarifa de energia registrados em 2021, causados pela longa estiagem em algumas regiões do país, impactaram a produção agropecuária, por outro, os dias ensolarados podem ser um diferencial na busca por uma energia limpa e mais barata.

De olho na possibilidade de economizar na conta com energia elétrica, a avicultura, talvez uma das atividades rurais que mais consome e investe para produzir a própria energia, vê no sol, uma maneira de reduzir as despesas para equilibrar o orçamento, em virtude, inclusive, dos crescentes aumentos dos custos de produção.

Avicultor Gilberto Krenchinski

O avicultor Gilberto Krenchinski investiu cerca de R$ 800 mil para instalar o sistema fotovoltaico em sua granja localizada no município de Marechal Cândido Rondon, PR.

Segundo Krenchinski, além da economia, o que pesou na decisão em optar pela energia solar foi o rápido retorno do investimento. “O sistema se paga em quatro anos e meio”, destaca o avicultor.

No local existem oito barracões com capacidade para alojar cerca de 270 mil aves. Para conseguir atender a toda esta demanda, foram instalados na propriedade 368 painéis com potência instalada de 149.04 kWp.

A energia solar produzida na propriedade supre cerca de 95% do total consumido com as aves, e segundo Krenchinski, a economia média mensal com energia elétrica é de R$ 16 mil, conforme a época do ano. “Estou satisfeito com o investimento e não me arrependo de ter instalado energia solar na minha propriedade”, sustenta.

Avicultura

De acordo com o especialista em energia fotovoltaica e sócio-proprietário da MM2 Solar, Marcelo Possoli, entre seus clientes do agronegócio, o setor de avicultura é o que mais investe em modelos fotovoltaicos. “O avicultor é hoje o nosso carro-chefe em investimento em energia solar na nossa empresa”, e completa: “o sistema é viável também para muitos outros segmentos do agro, especialmente em tempos de escassez hídrica”.

Segundo Possoli, o Brasil possui um dos maiores recursos solares de todo o planeta, e por consequência disso, vem assumindo uma posição em destaque no uso da tecnologia. “A energia fotovoltaica ajuda a equilibrar o sistema energético do país”, comenta.

Instalação

Especialista em energia fotovoltaica e sócio-proprietário da MM2 Solar, Marcelo Possoli

A instalação qualificada de um gerador solar, corretamente dimensionado e dentro das normas, pode gerar a economia de energia maior do que uma eventual parcela de financiamento, de acordo com Marcelo Possoli. “E depois de pagar o investimento o produtor gerará a própria energia elétrica a custo zero”, afirma.

De acordo com o especialista, para identificar o tamanho do gerador necessário para suprir a necessidade da propriedade, é preciso dimensionar o gerador com base na média de consumo dos últimos 12 meses. A partir disso e de alguns fatores técnicos é que será possível saber o número de painéis necessários para deixar a propriedade sustentável em energia elétrica. “O inversor será dimensionado com base na quantidade de painéis solares, analisando ainda se será necessário instalar um inversor de maior porte prevendo uma futura ampliação”, explica.

Segundo ele, a opção por painéis solares e equipamentos das melhores marcas proporcionam 10 anos de garantia contra defeito de fabricação e 25 anos de garantia de desempenho. Ainda de acordo com Possoli, dentro de 25 anos, o painel ainda terá capacidade de gerar 80% de energia. “Após esse período a geração pode cair gradualmente, sendo estimada a vida útil e viável do painel em até 40 anos”, menciona Marcelo.

Manutenção

Ter um acompanhamento técnico do seu sistema instalado na propriedade e estar atento as manutenções é muito importante para evitar problemas e aumentar a vida útil dos equipamentos. “Em sistemas de menor porte é somente limpeza dos painéis com água e sabão neutro”, menciona Possoli.

Em usinas solares de maior porte, que possuem mais componentes, é recomendado o reaperto de conexões elétricas, laudo de aterramento, termografia, entre outros.

De acordo com Possoli, a frequência da limpeza dos painéis depende muito do local da instalação. Nas áreas rurais é indicado pelo menos duas vezes ao ano. “É recomendado a contratação de profissional especializado para evitar acidentes ou danos ao sistema”.

Marco regulatório

No início de janeiro, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei 14.300/2022, que estipula um marco regulatório da geração distribuída de energia. A medida é destinada a consumidores que produzem a própria energia elétrica, em particular aquelas geradas por meio de fontes renováveis.

Antes das mudanças, o mercado da geração distribuída era regulado por uma resolução normativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Com a nova lei, as modificações nas regras passarão a ser progressivas. O texto garante que sistemas de geração própria em funcionamento ainda serão reguladas pelas normas atuais até 2045, assim como as novas solicitações de acesso de até 500 kW feitas em até um ano a partir da publicação da lei.

Entretanto, as solicitações feitas após esse período entrarão em um modelo de transição escalonado. Dessa forma, o pagamento da tarifa sofrerá aumento anual da porcentagem a ser paga para o uso do sistema de distribuição (Tusd).

O modelo de transição conta ainda com duas regras distintas: a primeira para os pedidos feitos entre o 13º e o 18º mês após a publicação da lei, com o prazo de transição de oito anos até o pagamento da Tusd. A segunda regra é para pedidos feitos após o 18º mês, com tempo de seis anos.

Dentro destes modelos de transição, para cada unidade de energia injetada na rede elétrica será descontado o equivalente a 4,1% da tarifa de eletricidade média de baixa tensão em 2023. Nos anos seguintes, o desconto sofrerá um aumento gradual de 4,1% ao ano, até atingir 24,3% em 2028. Os descontos serão feitos para cobrir os custos do uso da infraestrutura elétrica, apenas quando a energia elétrica gerada pelo consumidor for injetada na rede.

Já os consumidores com novos sistemas acima de 500 kW da modalidade de autoconsumo remoto, no qual o sistema gerador é instalado em um local diferente daquele em que a energia será consumida, terão que pagar sobre a energia injetada na rede elétrica 29,3% da tarifa de eletricidade média de baixa tensão, de 2023 até 2028.

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Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango

Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

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O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

Foto: Shutterstock

Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.

O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

Foto: Shutterstock

Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.

Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.

O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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Avicultura

União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil

Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

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A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Foto: Freepik

Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.

A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.

Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

Foto: Ari Dias

Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.

Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.

Fonte: Assessoria Mapa
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Exportações gaúchas de aves avançam e reforçam confiança do mercado global

Desempenho positivo em outubro, expansão da receita e sinais de estabilidade sanitária fortalecem o posicionamento do estado no mercado externo.

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O setor agroindustrial avícola do Rio Grande do Sul mantém um ritmo consistente de recuperação nas exportações de carne de frango, tanto processada quanto in natura. Em outubro, o estado registrou alta de 8,8% no volume embarcado em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 60,9 mil toneladas exportadas, um acréscimo de 4,9 mil toneladas frente às 56 mil toneladas enviadas em outubro de 2023.

A receita também avançou: o mês fechou com US$ 108,9 milhões, crescimento de 5% na comparação anual.

No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, o desempenho ainda reflete os impactos do início do ano. Os volumes totais apresentam retração de 1%, enquanto a receita caiu 1,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme quadro abaixo:

O rápido retorno das exportações de carne de aves do Rio Grande do Sul para mercados relevantes, confirma que, tanto o estado quanto o restante do país permanecem livres das doenças que geram restrições internacionais.

Inclusive, o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e muitos outros mercados demonstram a importância do reconhecimento da avicultura do Rio Grande do Sul por parte da China, ainda pendente. “Estamos avançando de forma consistente e, em breve, estaremos plenamente aptos a retomar nossas exportações na totalidade de mercados. Nossas indústrias, altamente capacitadas e equipadas, estão preparadas para atender às demandas de todos os mercados, considerando suas especificidades quanto a volumes e tipos de produtos avícolas”, afirmou José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).

Indústria e produção de ovos

O setor da indústria e produção de ovos ainda registra recuo nos volumes exportados de -5,9% nos dez meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ou seja, -317 toneladas. Porém, na receita acumulada o crescimento foi de 39,2%, atingindo um total de US$ 19 milhões de dólares de janeiro a outubro deste ano.

A receita aumentou 49,5% em outubro comparada a outubro de 2024, atingindo neste mês a cifra de US$ 2.9 milhões de dólares de faturamento. “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”, pontua Santos.

Exportações brasileiras

As exportações brasileiras de carne de frango registraram em outubro o segundo melhor resultado mensal da história do setor, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 501,3 mil toneladas de carne no mês, saldo que superou em 8,2% o volume embarcado no mesmo período do ano passado, com 463,5 mil toneladas.

Presidente Eeecutivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”

Com isso, as exportações de carne de frango no ano (volume acumulado entre janeiro e outubro) chegaram a 4,378 milhões de toneladas, saldo apenas 0,1% menor em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado, com 4,380 milhões de toneladas.

A receita das exportações de outubro chegaram a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024, com US$ 904,4 milhões. No ano (janeiro a outubro), o total chega a US$ 8,031 bilhões, resultado 1,8% menor em relação ao ano anterior, com US$ 8,177 bilhões.

Já as exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2.366 toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,6% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2.083 toneladas.

Em receita, houve incremento de 43,4%, com US$ 6,051 milhões em outubro deste ano, contra US$ 4,219 milhões no mesmo período do ano passado. No ano, a alta acumulada chega a 151,2%, com 36.745 toneladas entre janeiro e outubro deste ano contra 14.626 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve incremento de 180,2%, com US$ 86,883 milhões nos dez primeiros meses deste ano, contra US$ 31,012 milhões no mesmo período do ano passado.

Fonte: Assessoria ABPA
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