Avicultura Sustentabilidade
Avicultor paga R$ 10 na conta de luz após produzir a própria energia
Avicultor do Paraná que instalou placas fotovoltaicas no aviário, em cinco meses, teve redução significativa na conta de luz

10. Este número pode não significar nada para muita gente, mas para o avicultor Anderson de Oliveira é a quantidade em reais que ele paga mensalmente em energia elétrica. A mudança brusca na conta de luz aconteceu após o produtor optar em instalar placas de energia solar em seu aviário, que está localizado no município de Nova Esperança do Sudoeste, PR. 
Foi no ano passado que o avicultor soube dos benefícios que a instalação das placas na propriedade traria. “Conversei com o pessoal da empresa que instalou as placas para mim e eles me mostraram todas as vantagens que elas trariam. Fechamos o contrato em 10 minutos”, conta. O grande motivo em procurar alternativas, explica Oliveira, era o fato de a conta de energia estar, a cada mês, mais alta. “Nós começamos a fazer as contas do consumo e estava ficando cada vez mais difícil pagar”, lembra. O principal requisito exigido por ele era que o produto escolhido desse total segurança. “E isso foi totalmente cumprido”, garante.
Agora faz cinco meses que o produtor diminuiu significativamente sua conta de energia. “Senti uma diferença de 99% na conta. Antes eu pagava uma média de R$ 1,3 mil. Agora, a minha conta é menor de R$ 10. Meu custo foi lá em baixo”, menciona. Atualmente, a economia que o avicultor tem na conta de energia é usada para pagar o investimento nas placas solares. “Mas isso não vai ser a vida toda. Vou pagar isso por oito anos, e depois este dinheiro vai sobrar para mim”, comenta.
Oliveira afirma ainda que recomenda a utilização das placas solares para todos. “Mostro minha conta de energia para todos, meus amigos e família, e digo como este é o futuro e que realmente dá resultados”, expõe. Para aqueles que tem interesse em conhecer o projeto, o avicultor conta que convida a todos até a sua propriedade. “Depois que comentei e mostrei como funciona, muitas pessoas mostraram interesse em também passar a utilizar a energia solar”, diz.
Não somente o quesito economia de energia foi o que convenceu Oliveira a adotar as placas solares. “É uma energia sustentável que usamos. Devemos pensar no futuro, deixar um lugar melhor para os nossos filhos e netos. E é assim que podemos fazer, utilizando esta energia do futuro, que é o sol”, comenta.
Economia e sustentabilidade são palavras-chave
A energia solar tem se tornado popular tanto no meio rural quanto urbano. Porém, olhando somente para o que ela traz de benefício para os avicultores, é possível afirmar que a economia da energia para eles é grande. “Um dos maiores custos da avicultura é a energia elétrica. Em torno de 22 a 25% de tudo o que produtor ganha é convertido em pagamento da conta para a concessionária de energia. Então, 1/4 de tudo o que ele trabalha é utilizado para pagar a conta de luz. É um dos maiores custos da produção”, comenta o diretor-executivo da Biowatts Energia Solar, Pedro Tochetto.
Segundo ele, ao adotar as placas fotovoltaicas, o produtor sai de uma conta de 5, 10 ou 15 mil reais e passa para menos de R$ 100. “É uma redução muito significativa para o avicultor”, afirma. Ele informa que o custo da instalação das placas depende de cada caso. “Quanto maior for a planta, maior será o custo. Por exemplo, em dois aviários dark house, em que o custo é de uma média de R$ 5 mil em energia elétrica, o produtor vai gastar em torno de R$ 270 a 300 mil para a instalação completa. Porém, ele sai de uma conta de R$ 5 mil para passar a pagar R$ 100 na energia elétrica”, argumenta.
Ele explica ainda que, atualmente, o período de recuperação do investimento para o avicultor acontece em cinco anos. “Em áreas urbanas são três anos. No agronegócio são cinco porque a conta de luz é subsidiada, sendo assim mais barata”, esclarece. Além do mais, Tochetto afirma que é importante o produtor rural buscar meios para viabilizar cada vez mais sua produção. “É preciso reduzir custos. O produtor precisa se livrar de tudo aquilo que impede ele de crescer. E vindo para o sistema fotovoltaico, ele tem economia e ainda traz sustentabilidade e uma melhor qualidade de vida para ele e a família”, diz.
Sem burocracia
E se engana o produtor que pensa que é necessária muito burocracia para instalar na propriedade as placas solares. “É feita uma análise com muito cuidado, porque cada produtor tem a sua singularidade e realidade. O projeto é sempre muito bem pensado para trazer realmente o benefício ao produtor rural”, conta o diretor. É uma equipe de engenharia que monta o projeto e tira as dúvidas do avicultor em relação à instalação. “Então é montado um projeto de viabilidade. Caso aprovado pelo produtor, é feita então a homologação, instalação e compensação com a concessionária de energia”, informa.
Todo este trabalho detalhado, explica Tochetto, é para que o produtor tenha total garantia do produto que ele está adquirindo. “Assim, o produtor tem 25 anos de garantia, tendo certeza de que durante todo esse tempo o produto vai funcionar sem problemas e sem a preocupação da concessionária intervir e desligar”, conta. Segundo o diretor, é uma certeza que durante estes 25 anos o produtor não vai pagar uma conta de luz exorbitante. “São anos de uma vida tranquila, em que o avicultor coloca a cabeça no travesseiro e sabe que durante este período, mesmo que mude as alíquotas ou o governo, ele não vai ser impactado”, assegura.
Outras notícias você encontra na edição de Aves de abril/maio de 2019 ou online.

Avicultura
Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango
Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

Foto: Shutterstock
Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.
O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

Foto: Shutterstock
Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.
Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.
O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.
Avicultura
União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil
Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Foto: Freepik
Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.
A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.
Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

Foto: Ari Dias
Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.
Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.
Avicultura
Exportações gaúchas de aves avançam e reforçam confiança do mercado global
Desempenho positivo em outubro, expansão da receita e sinais de estabilidade sanitária fortalecem o posicionamento do estado no mercado externo.

O setor agroindustrial avícola do Rio Grande do Sul mantém um ritmo consistente de recuperação nas exportações de carne de frango, tanto processada quanto in natura. Em outubro, o estado registrou alta de 8,8% no volume embarcado em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 60,9 mil toneladas exportadas, um acréscimo de 4,9 mil toneladas frente às 56 mil toneladas enviadas em outubro de 2023.
A receita também avançou: o mês fechou com US$ 108,9 milhões, crescimento de 5% na comparação anual.
No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, o desempenho ainda reflete os impactos do início do ano. Os volumes totais apresentam retração de 1%, enquanto a receita caiu 1,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme quadro abaixo:

O rápido retorno das exportações de carne de aves do Rio Grande do Sul para mercados relevantes, confirma que, tanto o estado quanto o restante do país permanecem livres das doenças que geram restrições internacionais.
Inclusive, o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e muitos outros mercados demonstram a importância do reconhecimento da avicultura do Rio Grande do Sul por parte da China, ainda pendente. “Estamos avançando de forma consistente e, em breve, estaremos plenamente aptos a retomar nossas exportações na totalidade de mercados. Nossas indústrias, altamente capacitadas e equipadas, estão preparadas para atender às demandas de todos os mercados, considerando suas especificidades quanto a volumes e tipos de produtos avícolas”, afirmou José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).
Indústria e produção de ovos
O setor da indústria e produção de ovos ainda registra recuo nos volumes exportados de -5,9% nos dez meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ou seja, -317 toneladas. Porém, na receita acumulada o crescimento foi de 39,2%, atingindo um total de US$ 19 milhões de dólares de janeiro a outubro deste ano.
A receita aumentou 49,5% em outubro comparada a outubro de 2024, atingindo neste mês a cifra de US$ 2.9 milhões de dólares de faturamento. “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”, pontua Santos.

Exportações brasileiras
As exportações brasileiras de carne de frango registraram em outubro o segundo melhor resultado mensal da história do setor, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 501,3 mil toneladas de carne no mês, saldo que superou em 8,2% o volume embarcado no mesmo período do ano passado, com 463,5 mil toneladas.

Presidente Eeecutivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”
Com isso, as exportações de carne de frango no ano (volume acumulado entre janeiro e outubro) chegaram a 4,378 milhões de toneladas, saldo apenas 0,1% menor em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado, com 4,380 milhões de toneladas.
A receita das exportações de outubro chegaram a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024, com US$ 904,4 milhões. No ano (janeiro a outubro), o total chega a US$ 8,031 bilhões, resultado 1,8% menor em relação ao ano anterior, com US$ 8,177 bilhões.
Já as exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2.366 toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,6% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2.083 toneladas.
Em receita, houve incremento de 43,4%, com US$ 6,051 milhões em outubro deste ano, contra US$ 4,219 milhões no mesmo período do ano passado. No ano, a alta acumulada chega a 151,2%, com 36.745 toneladas entre janeiro e outubro deste ano contra 14.626 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve incremento de 180,2%, com US$ 86,883 milhões nos dez primeiros meses deste ano, contra US$ 31,012 milhões no mesmo período do ano passado.




