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AVES amplia divulgação de informações sobre a Influenza aviária em Santa Maria de Jetibá

Articulação com a municipalidade já vinha sendo realizada anteriormente à confirmação dos casos, sendo iniciada uma organização prévia de ações preventivas, especialmente junto às propriedades rurais.

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AVES junto com o Idaf/ES e a Defesa Civil participou de um encontro com a administração municipal visando ampliar a transmissão de informações para produtores e a população de Santa Maria de Jetibá - Foto: Divulgação/AVES

A Associação dos Avicultores do Espírito Santo (AVES) está ampliando sua comunicação sobre a Influenza aviária com diversas entidades estaduais e prefeituras dos municípios que detém produção avícola no Estado capixaba. Na última sexta-feira (19), a associação, junto com Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) e a Defesa Civil de Santa Maria de Jetibá, participou de um encontro com a administração municipal de Santa Maria de Jetibá visando ampliar a transmissão de informações para produtores e a população da cidade.

A articulação com a municipalidade já vinha sendo realizada anteriormente à confirmação dos casos, através da Secretaria de Defesa Social e o gabinete do prefeito, que na época demonstraram preocupação com o risco da incidência de Influenza aviária nos plantéis avícolas do município, sendo iniciada uma organização prévia de ações preventivas, especialmente junto às propriedades rurais.

O diretor executivo da AVES, Nélio Hand, conta que a ação construída tem objetivo de conscientizar e informar os produtores que trabalham com produção de subsistência e em menor escala, unindo a entidade com as secretarias de Defesa Social, Agropecuária, Meio Ambiente, Saúde e Comunicação de Santa Maria de Jetibá, além de representantes do Idaf/ES e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santa Maria de Jetibá. “Essas informações serão amplamente divulgadas para toda a população, em português e pomerano, os agentes de saúde do município vão disseminar essa comunicação, igrejas e escolas também ajudarão na ampliação dessas informações que ainda serão transmitidas para as comunidades, a”, explicou Hand.

Durante o encontro, a AVES informou sobre a disponibilidade de materiais de apoio para a realização de ações de comunicação pela prefeitura, que, em contrapartida, irá coordenar um trabalho de comunicação para toda a população, em especial produtores de aves de subsistência e avicultores.

As ações serão feitas através das emissoras de rádio; por agentes de saúde que atuam em toda a extensão do município; nas igrejas e escolas, e, posteriormente, nas comunidades. O Idaf/ES dará auxílio na conscientização de avicultores comerciais, com visitas às propriedades. “Essas informações explicarão o que é a Influenza aviária e os riscos que ela oferece para a produção comercial e também as produções menores e de subsistência, que sabemos que existem em propriedades de Santa Maria de Jetibá. Ao mesmo tempo, queremos tranquilizar a população sobre o consumo de ovos e carne de frango”, ressaltou o diretor executivo da AVES.

Com essas ações, a AVES está ampliando um trabalho que já havia sido iniciado em Santa Maria de Jetibá com o Idaf/ES e a SFA-ES/Mapa. A entidade agora está formalizando junto com a Secretaria de Estado da Agricultura (SEAG) e o Idaf parcerias com várias autarquias municipais e estaduais, como as prefeituras, Seama, IEMA, o Sistema OCB/ES, Sistema Faes/Senar e Sindicatos – como o Sindicato dos trabalhadores rurais de Santa Maria de Jetibá, e as secretarias municipais de agricultura e meio ambiente dos municípios, para levar informações às propriedades rurais e, de maneira geral, a população.

Hand salienta que este é um trabalho que está sendo feito no âmbito institucional, para que várias autarquias nos níveis estadual e municipal possam ajudar a fazer essa conscientização a fim de proteger, inicialmente, as aves de subsistência e, consequentemente e fundamentalmente, o plantel avícola comercial. “Nesses aspectos de orientação para produção de subsistência, nós estamos solicitando que as aves fiquem confinadas em ambientes popularmente conhecidos como galinheiros, protegidas de animais externos e tendo acesso a água e ração protegidos e limpos. Além disso, queremos alertar a população para não adquirir aves vivas ou produtos que não sejam certificados, principalmente em ambientes como feiras. Inclusive, fica o alerta porque esse tipo de comercialização pode ser fiscalizado e esses animais ou produtos irregulares podem ser apreendidos”, enfatizou.

Como a população pode ajudar?

A população deve evitar estritamente contato com aves doentes ou mortas, incluindo aves silvestres e, ao avistar essas situações, acionar imediatamente o Idaf no município ou fazer a notificação pelo e-Sisbravet.

Fonte: Assessoria AVES

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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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Brasil lança plataforma sobre saúde dos solos e reforça liderança em agricultura sustentável

Ferramenta da Embrapa reúne mais de 56 mil análises e mostra que dois terços das áreas avaliadas no País apresentam solos saudáveis ou em recuperação.

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Foto: SAA SP

Foi lançada na última segunda-feira (17), na Agrizone, a Casa da Agricultura Sustentável da Embrapa durante a COP 30, em Belém (PA), a Plataforma Saúde do Solo BR – Solos resilientes para sistemas agrícolas sustentáveis. A cerimônia ocorreu no Auditório 1 e marcou a apresentação oficial da tecnologia criada pela Embrapa, que reúne pela primeira vez informações sobre a saúde dos solos brasileiros em um ambiente digital e de acesso público.

 

Na abertura, a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, destacou o simbolismo de apresentar a novidade dentro da Agrizone, espaço que abriga soluções de baixo carbono. “A Agrizone é o começo de uma nova jornada. Estamos mostrando para o mundo inteiro, de forma concreta, que temos tecnologia para desenvolver uma agricultura cada vez mais resiliente às mudanças climáticas”, afirmou.

Para ela, o lançamento reforça o protagonismo do Brasil como líder global em inovação sustentável para a agricultura e os sistemas alimentares.

A Plataforma disponibiliza dados de saúde do solo por estado e município e já reúne cerca de 56 mil amostras, provenientes de 1.502 municípios de todas as regiões do País. O sistema foi construído a partir da geoespacialização dos dados gerados pela BioAS – Bioanálise de Solos, explicou a pesquisadora da Embrapa Cerrados, Ieda Mendes. A ferramenta permite filtros por estado, município, ano, culturas e texturas de solo, além de comparações entre diferentes cultivos. Também gera mapas e gráficos baseados nas funções da bioanálise, como ciclagem, armazenamento e suprimento de nutrientes.

Solos mais saudáveis e produtivos

Os primeiros mapas revelam que predominam no Brasil solos saudáveis ou em processo de recuperação. “Somando solos saudáveis e solos em recuperação, vemos que 66% das áreas analisadas apresentam condições muito boas de saúde. Apenas 4% das amostras representam solos doentes”, afirmou Ieda.

Mato Grosso lidera o número de amostras (10.905), seguido por Minas Gerais (9.680), Paraná (7.607) e Goiás (6.519). O município com maior participação é Alto Taquari (MT), com 1.837 amostras.

A pesquisadora também destacou a forte relação entre saúde do solo e produtividade. No Mato Grosso, a integração dos dados da BioAS com índices do IBGE mostrou que o aumento na proporção de solos doentes está diretamente associado à queda na produção de soja. “Cada 1% de aumento em solos doentes representa uma perda média de 3,1 kg de soja por hectare”.

Em contraste, análises exclusivamente químicas não apresentaram correlação com a produtividade atual, o que indica que o limite produtivo da agricultura brasileira está cada vez mais ligado à qualidade biológica dos solos.

Ieda ressaltou ainda a participação dos produtores na construção da ferramenta. “Temos contribuições que vão do Acre ao extremo sul do Rio Grande do Sul. Ter um trabalho publicado em revistas técnicas é muito bom, mas ver uma tecnologia sendo adotada em todo o Brasil é maravilhoso”, afirmou.

A expectativa é transformar a plataforma, no futuro, em um observatório nacional da saúde dos solos, capaz de gerar relatórios detalhados por município e conectar pesquisadores, laboratórios e agricultores.

A Plataforma Saúde do Solo BR foi desenvolvida com base nos dados da BioAS, tecnologia lançada em 2020 e criada pela Embrapa Cerrados em parceria com a Embrapa Agrobiologia. O método integra indicadores biológicos (atividade enzimática), físicos (textura) e químicos (fertilidade e matéria orgânica).

O banco de dados atual resulta de uma colaboração com 33 laboratórios comerciais de análise de solo, integrantes da Rede Embrapa e usuários da tecnologia.

Fonte: O Presente Rural com Embrapa Cerrados
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