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Aurora inaugura segunda UDG em Chapecó

UDG abrigará 300 machos doadores dentro das melhores condições de bem-estar animal

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A Cooperativa Central Aurora Alimentos – terceiro maior grupo industrial de alimentos cárneos do Brasil –  inaugura às 11 horas da manhã do dia 16 de abril, a segunda Unidade de Disseminação de Genes (UDG II) que permitirá ampliar em 67% a produção de sêmen do complexo agroindustrial. Adotando o que há de mais avançado em genética suína, a UDG II absorveu investimentos da ordem de 17 milhões de reais e está localizada na Linha Tomazzelli, em Chapecó, SC.

O ato inaugural será presidido pelos diretores Mário Lanznaster (presidente), Neivor Canton (vice-presidente), Marcos Antônio Zordan (diretor de agropecuária) e Leomar Somensi (diretor comercial).

Sete anos atrás, a empresa inaugurava a UDG I, no Distrito de Marechal Bormann, também em Chapecó, que continua em plena operação. A nova unidade começou a ser construída em março de 2018 e fica conclusa em 15 de abril deste ano, data em que a Aurora completa 50 anos de fundação.

A UDG II tem área total construída de 4.266,09 m² e abrigará 300 machos doadores dentro das melhores condições de bem-estar animal.

Na unidade UDG I estão alojados 372 machos que, somados aos 300 machos da nova unidade, perfaz um conjunto de 672 machos, o que representa um aumento superior a 80% no plantel fornecedor de material genético. Os doadores são machos híbridos, resultado da composição de diferente raças, fornecidos pelas maiores empresas de genética suína do mundo, como Agroceres PIC, DB Danbred e Topigs Norsvin.

Atualmente, a UDG I produz 13.850 doses por semana ou 60.000 doses mês, volume levemente acima do ideal. Por isso, com a inauguração da segunda unidade, a produção dessa primeira UDG será realinhada para 12.700 doses por semana ou 55.000 doses por mês. Simultaneamente, a UDG II passará a produzir  10.500 doses/semana ou 45.500 doses/mês. Conjugadas, as duas unidades de gens gerarão 100.000 doses mensais, o que representa um incremento de 67%.

Aproximadamente 185.000 fêmeas suínas poderão ser inseminadas com essa produção de sêmen, o que representa 80% do plantel de fêmeas da base produtiva da Aurora, no campo.

Uma equipe de 13 profissionais trabalhará na UDG II, com o suporte de um médico veterinário e responsável técnico. O acesso ao local será rigorosamente restrito com uso de arco de desinfecção, escritório para controle de entrada de pessoas, barreira sanitária (banho de funcionários e visitantes) e quarentena obrigatória.

O complexo UDG II, que ocupa uma área de 272 hectares, é constituído por  arco de desinfecção, três residências para moradores, prédio administrativo, área de lazer e lavanderia, laboratório, central de coleta e processamento de sêmen, área de quarentena, vestiário de quarentena, galpão de serviços, composteira, casa de maravalha, central de lixo, sala de painéis elétricos, geradores de energia, cabine de medição de energia, reservatórios de água, cisterna e lagoas de dejetos.

Haverás dois tipos de coleta e envase: semiautomatizado e automatizado. A  semiautomatizada empregará materiais estéreis e descartáveis garantindo higiene da coleta e a não-contaminação. No processo automatizado serão empregados modernos equipamentos para análise, diluição e envase das doses. As duas modalidades asseguram o alto padrão e a qualidade das doses de sêmen que serão utilizadas pelos produtores.

Devidamente acondicionado, o material genético será distribuído aos produtores do sistema Aurora através de veículos climatizados, com rastreamento e controle de temperatura, assegurando a qualidade das doses até o produtor. A maioria das cooperativas filiadas utilizará esse sêmen (algumas possuem suas próprias centrais de inseminação) e as doses serão entregues aos produtores a custo acessível, pois parte do valor será subsidiado pela Aurora.

Operação

Os 300 reprodutores estarão alojados em instalação climatizada, com pressão positiva e filtro de ar com objetivo de impedir a entrada de agentes patogênicos. Os reprodutores, antes de ingressarem no galpão principal da unidade, serão recebidos no galpão de quarentena que possui o mesmo sistema de climatização e biosseguridade. Ali, por um período de 30 dias, serão monitorados diariamente objetivando garantir que não são portadores de nenhuma doença ou agente infeccioso.

Neste período também serão treinados para coleta de sêmen. Após essa  monitoria e a liberação pelo médico veterinário, os animais serão transferidos para o galpão principal para iniciar sua produção de doses de sêmen.

Os machos mais novos (até doze meses de idade) serão coletados uma vez por semana. Após esta idade já podem ser coletados com mais frequência: duas vezes por semana ou até três coletas em duas semanas em machos com mais tempo na unidade.

A UDG II trabalhará com reposição de animais de 60% ao ano. Dessa forma, permanentemente serão introduzidos doadores de melhor valor genético objetivando a melhoria contínua dos indicadores zootécnicos dos produtores, cooperativas filiadas e Aurora.

O sistema de coleta é semiautomatizado em modernos manequins de coleta, um sistema fechado impedindo a entrada de agentes contaminantes no material ejaculado durante a coleta. Em seguida, o material é transferido ao laboratório em prefeitas condições para ser avaliado com um moderno software e sistema computadorizado: é o CASA, sigla em inglês que significa Sistema Computadorizado de Análise Espermática. Esse sistema automático avalia de forma precisa a cinética individual de cada espermatozóide em face da apresentação detalhada de diferentes parâmetros. Isso é de grande relevância frente à determinação do potencial de fertilidade do macho doador.

Após a avaliação da qualidade dos espermatozóides e sua concentração, realiza-se a diluição com diluentes de última geração, que garantirão proteção e nutrição às células espermáticas com até seis dias de vida útil.

O acondicionamento das doses acontece em modernas envasadoras automatizadas, preparando com agilidade e segurança as doses de sêmen que serão utilizadas pelos produtores. Após o envase as doses são armazenadas em câmeras ou salas com temperaturas específicas. Finalmente, serão destinadas às granjas de produção de leitões em carros climatizados, com rastreamento e controle integral de temperatura, garantindo a qualidade das doses em todas as etapas de coleta, análise, envase e transporte.

Fonte: Assessoria

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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