Conectado com

Notícias Tecnologia

Aurora e a transferência de tecnologia ao campo

O caso da Cooperativa Central Aurora Alimentos é emblemático: ela emprega mais de 500 técnicos em seus diversos programas de transferência de tecnologia ao campo

Publicado em

em

Produtores Rurais associados ajudam na construção da história da Aurora Alimentos - Foto: Divulgação

As cooperativas catarinenses desenvolvem um trabalho extraordinário de qualificação da produção e capacitação das familias rurais. O caso da Cooperativa Central Aurora Alimentos é emblemático: ela emprega mais de 500 técnicos em seus diversos programas de transferência de tecnologia ao campo. O programa “Propriedade Rural Sustentável Aurora (PRSA)” foi criado pela Aurora para desenvolver os cooperados de maneira que atinjam níveis de sustentabilidade nas suas cadeias produtivas envolvendo os processos de gestão e meio ambiente, gerando certificação nos estabelecimentos rurais.

“Propriedade Rural Sustentável Aurora” é a soma dos programas De Olho na Qualidade Rural, Times de Excelência, Suíno Ideal, Leitão Ideal, Qualidade Total Rural, Frango Aurora, Programa Aurora de Qualidade do Leite (PAQL), Creche Aurora e Programa de Capacitação Ambiental.

O diretor de agropecuária da Aurora, Marcos Antônio Zordan, observa que os programas trabalhavam de maneira isolada, por isso surgiu a necessidade de integrá-los, como uma forma de avaliar e premiar os cooperados que aplicam e mantêm seus fundamentos. O grupo de trabalho iniciou as atividades no campo em 2012, na sequência foi realizada a capacitação dos técnicos e definida a maneira de auditoria com indicadores econômicos relativos aos programas-modelos de certificação das propriedades.

O projeto-piloto foi aplicado em quatro cooperativas (Cooper A1, Auriverde, Cooperalfa e Cooperitaipu), com a participação de 12 produtores. Os itens do checklist incluíram: gestão da propriedade; ambiental l; social; gestão específica das atividades; ambiental específica das ações.

Os técnicos que assistem os produtores integrados nas atividades de suínos, aves e leite foram capacitados e treinam os produtores para que atinjam os padrões necessários para certificação. Na sequência, as cooperativas filiadas solicitam a auditoria e, havendo adequação aos padrões com a pontuação necessária, as unidades serão certificadas como Propriedade Rural Sustentável Aurora. Esse esforço conta com o apoio integral de cada cooperativa filiada.

O modelo de certificação das empresas rurais teve a colaboração do consultor do Sebrae Geraldinho Buffon, especialista em ISO 9000.

O programa cumpriu as fases de desenvolvimento dos indicadores de avaliação e do projeto-piloto para verificar se os objetivos estabelecidos; avaliação e aprovação do programa pela direção da Aurora, lançamento, divulgação do programa e planejamento de ações junto as filiadas e treinamento de 245 técnicos do sistema Aurora.

Iniciou em 2016 com a certificação de 16 propriedades, em 2017 foram 53 propriedades e em 2018 foram 128 propriedades certificadas. Isto mostra a importância do programa e a participação das cooperativas filiadas e dos produtores.

Em 2018 o programa alcançou os seguintes indicadores:

FILIADA REMUNERAÇÃO TOTAL PROPRIE

DADES CERTIFICA

DAS

REMUNERAÇÃO

 POR PROPRIEDADE

A1 110.483,09 27 4.091,97
ALFA 36.128,70 19 1.901,51
AURIVERDE 20.349,26 8 2.543,66
COOLACER 19.341,26 8 2.417,66
COOPERVIL 5.297,31 3 1.765,77
COPERDIA 31.078,67 18 1.726,59
ITAIPU 141.607,56 44 3.218,35
TOTAL 364.285,85 128 2.845.98

 

FILIADA REMUNERAÇÃO TOTAL ATIVIDADES CERTIFICADAS REMUNERAÇÃO

  POR ATIVIDADE

AVES CORTE 117.000,51 37 3.162,17
LEITE 102.233,31 50 2.044,67
SUICOOPER III 125.519,75 74 1.696,21
CRECHÁRIO 19.532,28 12 1.627,69
TOTAL 364.285,85 173 2.117,94

 

Produtores estão sendo auditados e recebendo a certificação: “Isso significa desenvolvimento e por consequência rentabilidade, qualidade de vida e preservação dos recursos naturais, deixando um mundo melhor do que recebemos”, assinala o assessor de suinocultura da Aurora Alimentos, Sandro Luiz Tremeá.

O PRSA assegura que o produtor aplica os programas desenvolvidos como o De Olho na Qualidade Rural, QT Rural, Times de Excelência, Suíno Ideal, Leitão Ideal, Frango Aurora, Programa Aurora de Qualidade no Leite, capacitação ambiental etc., visto que a auditoria checa a realidade da propriedade com os conceitos dos programas implementados, certificando aquelas que atenderem os requisitos mínimos.

Para participar é necessário planejar a implantação do programa, capacitar a equipe técnica, analisar e indicar produtores para certificar, avaliar previamente para certificar, solicitar certificação, auditar as propriedades, apreciar relatórios da auditoria, certificar e/ou replanejar melhorias. São premiadas as atividades de suínos, aves e leite que atenderem os critérios. O prêmio (bonificação) é anual e proporcional ao tempo certificado.

Tecnologia e inovação fazem parte dos processos da Aurora Alimentos

Os empregados da Aurora Alimentos passam por constantes treinamentos

 

Fonte: Assessoria

Notícias

Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

Publicado em

em

Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
Continue Lendo

Notícias

Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

Publicado em

em

Fotos: Shutterstock

Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
Continue Lendo

Notícias

Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

Publicado em

em

Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.