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Notícias Em Castro (PR)

Aurora Coop assume operação da planta industrial de suínos da Unium

Com a aquisição, a cooperativa passa a operar oito plantas industriais de suínos e eleva sua capacidade de abate de 28,5 mil para 32 mil suínos/dia.

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Planta industrial de suínos que pertencia à Unium, formada pelas cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal, em Castro (PR) foi assumida pela Aurora Coop nesta segunda-feira (16) - Fotos: Divulgação

A Cooperativa Central Aurora Alimentos (Aurora Coop), terceiro maior grupo agroindustrial de proteína animal do Brasil, assumiu na data de hoje (16 de outubro) a operação da planta industrial de suínos que pertencia à Unium, formada pelas cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal, localizada no município de Castro (PR). O comunicado foi feito pelo presidente Neivor Canton e pelo vice-presidente Marcos Antonio Zordan.

Com a transação passam para a propriedade da Aurora Coop as marcas Alegra, Alegra Black Pork e Alegra Porco & Brasa. O Departamento Comercial da Aurora Coop já está fazendo o atendimento dos clientes dessas marcas.

Em junho passado a Aurora Coop havia firmado acordo de intercooperação para a aquisição da unidade industrial de carnes da Unium (Alegra), cuja operação era realizada em conjunto pelas três cooperativas paranaenses. Em setembro a negociação foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) permitindo que, neste mês de outubro, a Aurora Coop assumisse efetivamente o controle operacional da indústria de processamento de carne suína.

Em razão de cláusula de confidencialidade pactuada entre as partes, o valor da negociação não foi informado. “A negociação ocorre no âmbito da intercooperação e é vantajosa para todo o sistema cooperativista, pois preserva os empregos, assegura a manutenção da atividade pecuária e projeta um horizonte de crescimento para os produtores,” comemoram os dirigentes.

Desde setembro as cooperativas paranaenses Frísia, Castrolanda e Capal passam a integrar o quadro de associadas da Aurora Coop que, na condição de Cooperativa Central, conta agora com 14 cooperativas singulares agropecuárias filiadas.

A unidade de abate e processamento de suínos de Castro – agora sob controle da Aurora Coop – foi inaugurada em 2015 e tem área total construída de 40 mil m². A capacidade de abate da planta industrial é de 3,5 mil suínos por dia. A indústria emprega diretamente 1.736 trabalhadores, os quais serão em sua maioria transferidos para a nova proprietária.

Com a aquisição, a Aurora Coop passa a operar oito plantas industriais de suínos e eleva sua capacidade de abate de 28,5 mil para 32 mil suínos/dia.

A base produtiva a campo que abastece a indústria é formada por 156 produtores que administram 195 empresas rurais. Em 2022, o abate total de suínos atingiu 843.821 animais, o que representa uma média de 70.318 cabeças por mês.

O mix de produtos gerados por essa planta industrial é formado por cortes in natura, miúdos, defumados, salgados, temperados, linguiças frescais, linguiças cozidas, salame, copa e fatiados, além de presuntaria. A produção de industrializados é da ordem de 38.569 toneladas/ano e a produção de cortes chega a 47.147 toneladas/ano.

A planta está habilitada para exportação aos mercados da África do Sul, Argentina, Hong Kong, Líbano, Paraguai, Singapura, Ucrânia, Uruguai e Vietnã.

Com a nova unidade incorporada a sua base agroindustrial, a Aurora Coop aumenta em 12% sua capacidade de abate e processamento de suínos que sobe para 32.000 cabeças por dia. O número de empregados diretos cresce 4% para cerca de 44.000.

Novas filiadas

A aquisição do Frigorífico de Suínos da Unium  pela Aurora Coop oportunizou o ingresso das três cooperativas no quadro de associadas da Cooperativa Central Aurora Alimentos (Aurora Coop) que passa, agora, a contar com 14 cooperativas filiadas.

Fundada em 1951, a Castrolanda mantém 2.185 colaboradores diretos e 1.232 empresários rurais cooperados. A área de atuação envolve leite, sementes e grãos (soja, milho, trigo, cevada), energias renováveis, batatas, suínos e ovinos. Em 2022, a receita operacional bruta fechou em R$ 7,2 bilhões.

Constituída no ano de 1960, a Capal mantém um quadro social de 3.674 empresários rurais cooperados. A cooperativa mantém 1.093 colaboradores diretos. Atua nos mercados de grãos (soja, milho, trigo, cevada), leite, suínos, café e sementes. A receita operacional bruta do último ano foi de R$ 4,3 bilhões.

A Frísia foi criada em 1925 com o nome de Sociedade Hollandeza de Lacticínios. Atualmente tem 1.045 cooperados. Os colaboradores diretos somam 1.168. A receita operacional bruta anual atingiu R$ 7,05 bilhões. Os mercados onde a cooperativa atua são nas áreas de leite, sementes e grãos (soja, milho, trigo, cevada), atividade florestal e suínos.

História

Fundada em 15 de abril de 1969, a Aurora Coop possui uma história sólida de 54 anos de atuação no setor de carnes. Sua sede está localizada em Chapecó (SC), consolidando-se como o terceiro maior conglomerado industrial da indústria de carnes em nível nacional.

A cooperativa é reconhecida como a líder em linguiças frescas e a maior exportadora de suínos do Brasil. Sua presença abrange mais de 120 mil pontos de vendas e alcança mais de 50% dos lares brasileiros. A cooperativa desempenha um papel significativo na economia e no mercado de trabalho, proporcionando cerca de 44 mil empregos diretos. Além disso, possui 14 cooperativas agropecuárias filiadas, com aproximadamente 82 mil famílias rurais envolvidas na produção agrícola.

A capacidade de processamento industrial da Aurora Alimentos é impressionante, com 1,2 milhão de aves processadas diariamente, 32 mil suínos abatidos por dia e 1,5 milhão de litros de leite processados todos os dias. Seu portfólio de produtos é diversificado, abrangendo mais de 850 itens, que incluem produtos à base de carne, leite, massas e vegetais.

A empresa opera várias unidades industriais, incluindo oito plantas frigoríficas de suínos, uma unidade industrial de processamento de carne, nove plantas frigoríficas de aves e uma planta industrial de lácteos. Além disso, possui 10 unidades de rações e armazenamento, nove incubatórios e granjas, 26 unidades comerciais, quatro centros de distribuição e 12 distribuidores regionais.

A Aurora Alimentos é composta por 14 cooperativas agropecuárias filiadas, que são: Cooperalfa, Caslo, Coopervil, Colacer, Copérdia, Cooperitaipu, Cooasgo, Auriverde, Cooper A1, Copercampos, Cocari, Frísia, Castrolanda e Capal. Juntas, essas cooperativas formam uma rede sólida que impulsiona o sucesso e a excelência da Aurora Alimentos no mercado brasileiro e internacional.

Desempenho

O desempenho da Aurora Alimentos em 2022 demonstrou sua sólida presença e relevância no mercado nacional e internacional. A receita operacional brutal atingiu a impressionante marca de R$ 22 bilhões no ano.

No mercado interno, a Aurora Coop registrou R$ 14,1 bilhões em receita operacional bruta, representando 64,3% do total. Além disso, a produção da cooperativa encontrou um lar em 65,6% do mercado doméstico. No mercado externo, a contribuição foi significativa, gerando R$ 7,9 bilhões em receitas, com mais de 80 países adquirindo 34,4% da produção.

A cooperativa alcançou o status de maior exportadora de carne suína do país, respondendo por 25,5% das exportações brasileiras de carne suína em 2022. Na avicultura, sua participação também foi notável, com 7,2% das exportações nacionais de carne de frango .

Os números de produção são igualmente impressionantes, com o abate de 7,1 milhões de cabeças de suínos por ano e 288,5 milhões de aves de corte abatidas anualmente. Além disso, a Aurora Coop processa 507,5 milhões de litros de leite anualmente.

Conselho de Administração

O Conselho de Administração, liderado pelo presidente Neivor Canton, é composto pelo vice-presidente Marcos Antonio Zordan, o secretário Romeo Bet e os conselheiros Luiz Vicente Suzin (Coopervil), Marcos Antonio Trintinalha (Cocari), Élio Casarin (Cooper A1) e Ademir Proner (Coolacer), desempenha um papel fundamental na gestão e direcionamento da cooperativa. Seu trabalho conjunto tem sido essencial para o sucesso contínuo da Aurora Alimentos.

Fonte: Assessoria Aurora Coop
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ABCS reforça práticas de bem-estar animal realizadas pelos produtores e agroindústrias

Prática foi ressaltada durante Audiência Pública na Câmara dos Deputados.

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Foto: Shutterstock

A diretora técnica da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Charli Ludtke participou, na (30) de Audiência Pública na Câmara dos Deputados e solicitada pelos deputados Marcelo Queiroz (Progressistas/RJ) e Aureo Ribeiro (Solidariedade/RJ) com o objetivo de promover o bem-estar na suinocultura, uso prudente de antimicrobianos e de reforçar a transparência no atendimento dos requisitos de bem-estar animal (BEA). Na oportunidade, também foi apresentado a 4ª edição do relatório Observatório Suíno. O Relatório é uma iniciativa da ONG Alianima, que estruturou o Observatório Animal para o acompanhamento de políticas de boas práticas nas agroindústrias de suínos, dando transparência aos compromissos públicos assumidos pelas principais empresas do país.

Para a diretora técnica da ABCS, a Audiência é uma forma de unir os debates e informações dos diversos atores institucionais que atuam em prol do bem estar animal, como o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Ministério da Saúde, Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), ONGs e demais instituições que representam o segmento da suinocultura. “O bem estar animal e o uso prudente aos antimicrobianos são pautas fundamentais no segmento da suinocultura, e devem ser tratados integrando a saúde única, e visando cada vez mais promover um melhor grau de BEA nas criações e nos procedimentos relacionados ao abate dos animais”, disse Charli Ludtke. Ela também reforçou a necessidade de se trabalhar o conceito de bem estar junto a políticas de créditos. “É essencial ter incentivos subsidiados que possam auxiliar o produtor a investir nas adequações, já que o suinocultor tem aceitado e apoiado a adoção das boas práticas de produção”.

Na ocasião, a diretora explicou o trabalho desenvolvido pela a ABCS, que atua em sinergia com as normas estabelecidas pelo MAPA. “Capacitar e auxiliar os nossos produtores e agroindústrias a implementar as diretrizes estabelecidas pelo MAPA é fundamental. Principalmente para simplificar e obter maior adoção quanto a importância de se adequar às exigências do uso prudente dos antimicrobianos e o bem estar animal”. Charli ainda reforçou o conceito de Saúde Única e como a ABCS vem trabalhando o tema para auxiliar o produtor nessa evolução e adequação. “Assegurar o bem-estar é agregar valor à produção, e contribuir para uma suinocultura mais sustentável, priorizando apoio para a transição e buscando políticas de crédito, e tempo de adequação para as normas”, disse Charli.

Para o Consultor da Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA, Iuri Pinheiro Machado,a suinocultura é a única cadeia que que já tem uma norma sobre o tema (Instrução Normativa 113 de 2020), e por isso ela está a frente de outros setores. “A IN 113 mostra a evolução do setor produtivo de suínos, que absorveu bem o conceito de saúde única e da evolução no bem-estar animal apesar das dificuldades econômicas diante das últimas crises”.

Ainda participaram da Audiência: Valéria Stacchini Ferreira Homem – Coordenadora de Saúde Única e Boas Práticas (CSBP) do Ministério da Agricultura e Pecuária; Vanessa Negrini – Diretora do Departamento de Proteção, Defesa e Direitos Animais (DPDA) do Ministério do Meio Ambiente; Denizard André de Abreu Delfino – Coordenação-Geral de Vigilância de Zoonoses e Doenças de Transmissão Vetorial do Ministério da Saúde; Patrycia Sato – Presidente e Diretora Técnica da Organização de Proteção dos Animais– Alianima.

Fonte: Assessoria ABCS
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Confira como será o clima no Brasil em dezembro

Segundo o Inmet, o mês será marcado por volumes mais regulares na parte central do país, continuidade das chuvas na Região Sul e, na Região Nordeste e parte da Região Norte, volumes abaixo da média histórica.

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Foto: Divulgação/Mapa

Em dezembro, a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de chuvas próximas ou abaixo da climatologia do mês em áreas da Região Norte, como o oeste do Amazonas, leste do Pará e Tocantins e grande parte da Região Nordeste (tons em cinza, amarelo e laranja – figura 1a), com volumes previstos inferiores a 200 milímetros (mm). Já a parte leste da Região Nordeste, ainda estará em seu período seco e é normal que os acumulados de chuva não ultrapassem os 100 mm.

Em grande parte das Regiões Centro-Oeste e Sudeste, a previsão indica chuvas acima da média e chuvas mais regulares (tons em azul – figura 1a), com volumes que podem superar os 300 mm em áreas de Mato Grosso, Goiás, centro-sul de Minas Gerais, nordeste de São Paulo e sul do Rio de Janeiro. No norte dos estados de Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo, as chuvas previstas poderão ser abaixo da média, com volumes inferiores a 200 mm.

Para a Região Sul, ainda são previstas chuvas acima da média nos estados do Paraná e Santa Catarina (tons em azul – figura 1a), onde são previstos volumes acima de 180 mm. Volumes inferiores, são previstos para o centro-sul do Rio Grande do Sul, onde as chuvas devem ser próximas ou ligeiramente abaixo da média.

O prognóstico climático do Inmet para o mês de dezembro de 2023 e seu possível impacto na safra 2023/24 para as diferentes regiões produtoras indica que em áreas do Matopiba (região que engloba os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), os baixos volumes de chuva previstos ainda manterão os níveis de água no solo baixos, exceto em áreas do sul de Tocantins e extremo sudoeste da Bahia, onde haverá uma ligeira recuperação da umidade no solo. Essa condição poderá impactar a evolução do plantio e desenvolvimento inicial dos cultivos de primeira safra que já estão em andamento.

Em grande parte do Brasil Central, o retorno gradual das chuvas está sendo importante para a recuperação do armazenamento de água no solo, especialmente em áreas do norte de Mato Grosso e sul de Goiás. No geral, a umidade no solo será favorável para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra, exceto em áreas do norte de Minas Gerais e do Espírito Santo, bem como no noroeste do Mato Grosso do Sul e sudoeste de Mato Grosso, onde os níveis de umidade poderão ser mais baixos.

Na Região Sul, os níveis de água no solo podem continuar elevados e beneficiar as fases iniciais dos cultivos de primeira safra. Contudo, em algumas áreas o excesso de chuvas poderá resultar em excedente hídrico e encharcamento do solo, impactando a colheita dos cultivos de inverno e impedir o avanço da semeadura dos cultivos de primeira safra.

Temperatura

A previsão também indica que as temperaturas que deverão ser acima da média em grande parte do País (tons em amarelo e laranja – figura 1b), principalmente no leste da Região Norte e grande parte da Região Nordeste, onde as temperaturas médias podem superar 28ºC. Ressalta-se que, a ocorrência de dias consecutivos com chuva sobre o oeste da Regiões Sul, poderá amenizar as temperaturas, chegando a valores inferiores a 24°C.

Fonte: Assessoria Mapa
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Balança comercial tem superávit recorde de US$ 8,776 bi em novembro

Safra recorde de soja e queda nas importações puxaram resultado.

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Foto: Claudio Neves

Beneficiada pela queda nas importações de combustíveis e compostos químicos e pela safra recorde de soja, a balança comercial – diferença entre exportações e importações – fechou novembro com superávit de US$ 8,776 bilhões, divulgou nesta sexta-feira (1º) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O resultado é o melhor para meses de novembro e representa alta de 41,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, pelo critério da média diária.

Com o resultado de novembro, a balança comercial acumula superávit de US$ 89,285 bilhões em 2023, maior resultado para o período desde o início da série histórica, em 1989. Desde agosto, o saldo positivo acumulado supera o superávit comercial recorde de US$ 61,525 bilhões de todo o ano passado.

Em relação ao resultado mensal, as exportações ficaram estáveis, enquanto as importações despencaram em novembro. No mês passado, o Brasil vendeu US$ 27,82 bilhões para o exterior, alta de 0,6% em relação ao mesmo mês de 2022 pelo critério da média diária. As compras do exterior somaram US$ 19,044 bilhões, recuo de 11,2% pelo mesmo critério.

Do lado das exportações, a safra recorde de grãos e a recuperação do preço do minério de ferro compensaram a queda internacional no preço de algumas commodities (bens primários com cotação internacional). Do lado das importações, o recuo no preço do petróleo, de derivados e de compostos químicos foi o principal responsável pela retração.

Após baterem recorde no primeiro semestre do ano passado, após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, as commodities recuaram nos últimos meses. Apesar da subida do petróleo e de outros produtos em novembro, os valores continuam inferiores aos do mesmo mês do ano passado.

No mês passado, o volume de mercadorias exportadas subiu 5,1%, enquanto os preços caíram 4% em média na comparação com o mesmo mês do ano passado. Nas importações, a quantidade comprada caiu 1,8%, e os preços médios recuaram 9%.

Setores

No setor agropecuário, a safra recorde de grãos pesou mais nas exportações. O volume de mercadorias embarcadas subiu 46,6% em novembro na comparação com o mesmo mês de 2022, enquanto o preço médio caiu 15,2%. Na indústria de transformação, a quantidade subiu 5%, com o preço médio recuando 2,2%. Na indústria extrativa, que engloba a exportação de minérios e de petróleo, a quantidade exportada caiu 6,5%, enquanto os preços médios caíram 0,7%.

Os produtos com maior destaque nas exportações agropecuárias foram soja (+76%); frutas e nozes não oleaginosas (+81,6%) e animais vivos, exceto pescados ou crustáceos (+12,2%). Em valores absolutos, o destaque positivo é a soja, cujas exportações subiram US$ 1,178 bilhão em relação a novembro do ano passado. A safra recorde fez o volume de embarques de soja aumentar 105,8%, mesmo com o preço médio caindo 14,5%.

Na indústria extrativa, as principais altas foram registradas em minérios de ferro e concentrados (+27,5%) e pedra, areia e cascalho (+37,7%). No caso do ferro, a quantidade exportada aumentou 5,6%, e o preço médio subiu 20,7%, puxados principalmente pelos estímulos para a economia chinesa.

Quanto aos óleos brutos de petróleo, também classificados dentro da indústria extrativa, as exportações caíram 7,4%. Os preços médios recuaram 8,2% em relação a novembro do ano passado, enquanto a quantidade embarcada aumentou apenas 0,9%.

Na indústria de transformação, as maiores altas ocorreram em açúcares e melaços (+36,8%), farelos de soja (+15,3%) e carne bovina (+11%). A crise econômica na Argentina, principal destino das manufaturas brasileiras, também interferiu no recuo das exportações dessa categoria.

Entre os importados, os produtos que tiveram os maiores recuos foram trigo e centeio não moídos (-30,3%); milho não moído, exceto milho doce (-40,1%) e látex e borracha natural (-60,6%), na agropecuária; óleos brutos de petróleo (-35,4%) e gás natural (-11,4%), na indústria extrativa; e compostos organoinorgânicos (-46,9%) e válvulas e tubos termiônicos (-25,4%), na indústria de transformação.

Quanto aos fertilizantes, cujas compras do exterior ainda são impactadas pela guerra entre Rússia e Ucrânia, as importações subiram 2,7% na comparação com novembro do ano passado. No entanto, o crescimento seria maior não fosse a diminuição de 37,7% nos preços. A quantidade importada subiu 64,7%.

Estimativa

Apesar da desvalorização das commodities, o governo prevê saldo positivo recorde de US$ 93 bilhões, contra projeção anterior de US$ 84,7 bilhões, feita em julho.

Segundo o MDIC, as exportações ficarão estáveis em 2023, subindo apenas 0,02% e encerrando o ano em US$ 334,2 bilhões. As estimativas são atualizadas a cada três meses. As importações recuarão 11,5% e fecharão o ano em US$ 241,1 bilhões.

As previsões estão um pouco mais otimistas que as do mercado financeiro. O boletim Focus, pesquisa com analistas de mercado divulgada toda semana pelo Banco Central, projeta superávit de US$ 83,05 bilhões neste ano.

Fonte: Agência Brasil
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