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Aurora avança em atividades-chave do seu negócio

O presidente Neivor Canton falou sobre a história da cooperativa, sobre os planos dessa gigante para se tornar ainda maior no setor de carnes e ponderou sobre as percepções que possui sobre o presente e o futuro do agronegócio no Brasil e no mundo.

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Foto: Divulgação/Aurora Coop

Com um faturamento de R$ 22,2 bilhões em 2022, a Aurora Coop planeja dobrar a sua produção e faturamento nos próximos dez anos. No quinto episódio da série Voz do Cooperativismo, a equipe de reportagem foi até a sede da cooperativa, em Chapecó, Santa Catarina, e conversou com o presidente Neivor Canton. Ele falou sobre a história da cooperativa, sobre os planos dessa gigante para se tornar ainda maior no setor de carnes e ponderou sobre as percepções que possui sobre o presente e o futuro do agronegócio no Brasil e no mundo. Confira os principais trechos da entrevista.

Presidente da Aurora Coop, Neivor Canton. Foto: O Presente Rural

O Presente Rural – Conte um pouco sobre sua trajetória até tornar-se presidente da Aurora Coop e sobre o seu e envolvimento com o cooperativismo.

Neivor Canton – Iniciei a minha trajetória ainda muito jovem, em uma cooperativa singular do grupo Aurora, a Copérdia. Lá eu tive a oportunidade de assumir cargos importantes e tive o privilégio de tomar posse como presidente, sucedendo o grande cooperativista Odacir Zonta. Estive à frente da Copérdia por 12 anos e neste período eu atuei como presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), e da Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro). Essas experiências possibilitaram que eu assumisse, a partir de 2007, funções na diretoria da cooperativa central, que é a Aurora Coop. Nos tempos do grande idealizador do sistema Aurora, o senhor Aury Luiz Bodanese, eu já estava contribuindo no Conselho de Administração. Entre os cargos de destaque também exerci a função de secretário do Conselho da Aurora e por meio de todas estas experiência, desde 2020 estou na Presidência da Aurora, sucedendo o passado presidente Mário Lanznaster, que faleceu e de quem eu era vice-presidente.

O Presente Rural – Com respeito aos ramos de atuação da Aurora, o senhor poderia fornecer detalhes sobre cada um deles e compartilhar como está o desempenho de cada setor?

Neivor Canton – O negócio que deu início à existência da Cooperativa Central foi a suinocultura, porque tínhamos muitos produtores pequenos que não tinham para quem entregar sua produção. A área onde a Aurora iniciou suas atividades já era trabalhada por outras grandes empresas do setor, mas os pequenos produtores não tinham espaço para entregar sua produção. Desta maneira, as oito cooperativas juntaram-se e iniciaram a Cooperativa Central abatendo 200 suínos por dia. Hoje abatemos 30 mil suínos ao dia. Então, uma trajetória de meio século permitiu que a atividade da suinocultura se consolidasse entre os pequenos produtores, que também foram crescendo. Hoje nós não diferenciamos os produtores da Aurora pelo tamanho em relação a outros produtores. Esse nivelamento existe, mas eles próprios se nivelaram por conta da competição do mercado, já que a viabilidade da atividade exige escala e uma série de outras situações.

Nossa suinocultura hoje conta com nove plantas que processam suínos diariamente e nós temos algo em torno de 4 mil produtores que entregam os suínos às nossas cooperativas, que fazem chegar até a Aurora. Cada cooperativa tem sua quota diária para entregar nas plantas determinadas, segundo a melhor logística.

O ingresso da avicultura foi na sequência, um pouco mais tarde. Hoje também temos nove plantas que processam frangos, com um total de 1,3 milhão de frangos abatidos por dia. Estamos com algumas ampliações em curso que deverão adicionar mais volumes nos próximos meses e anos e os produtores também localizados segundo a melhor logística.

Mais recentemente passamos a processar o leite também como uma alternativa para aqueles produtores que não desejaram continuar na suinocultura, porque na grande região agrícola e especialmente no Leste catarinense, todas as famílias tinham alguma coisa de suíno. Mas como o mercado foi exigindo escala para viabilizar a produção tivemos muitos produtores que preferiram deixar esta atividade, desta maneira, o processamento do leite foi a nossa alternativa, pois a maioria ainda trabalhava com a pecuária leiteira, desta forma, ajudamos na tecnificação desta atividade e hoje nós temos, no Oeste de Santa Catarina, uma grande bacia leiteira, que o sistema cooperativo de fato foi o grande incentivador. Hoje processamos cerca de 1 milhão e 600 mil litros de leite por dia, que são industrializados e comercializados.

São estes três os nossos grandes negócios: suínos, aves e leite. Também começamos a trabalhar com peixe, mas isso está apenas começando.

O Presente Rural – Para onde vai toda essa produção de suínos, frangos e leite?

Neivor Canton – O mercado interno é o nosso grande aliado quando falamos em industrialização. O Brasil ainda tem dificuldade de emplacar, em mercados externos, nossos produtos industrializados. De fato, nos países do velho mundo, com sua grande tradição é bastante difícil de alcançar, porém, acreditamos que devagarinho nossos produtos vão passar a ser encontrados em gôndolas nos mercados externos.

No mercado interno temos mais de duzentos milhões de consumidores que consomem volumes extraordinários dos nossos produtos. Já o mercado externo vem absorvendo bastante a nossa produção avícola e constatamos um crescimento extraordinário da avicultura brasileira e que faz com que a gente acredite que dificilmente outros países do mundo terão a competitividade que o Brasil possui no mercado externo.

Com relação ao leite nossa produção é consumida pelo mercado interno, exportamos um pouco de leite em pó, mas é muito pouco.

Desta maneira, podemos dizer que 40% do nosso frango vai para o mercado externo. Algo em torno de 30% do suíno também é exportado. Assim sendo, qualquer plano de crescimento que nós tenhamos nessas duas atividades, suínos e aves, sempre deve ser pensado olhando para o mercado externo.

O Presente Rural – Fale sobre a expansão da Aurora para o Paraná e futuras expansões.

Neivor Canton – Recentemente ajustamos uma intercooperação com três cooperativas dos Campos Gerais do Paraná. Esse é um dos muitos projetos importantes que vai elevar a nossa participação no mercado da suinocultura e avicultura. Mas temos também outros projetos que já foram traçados no nosso planejamento estratégico e que preveem uma continuidade de crescimento adequado à capacidade de consumo e a demanda do consumidor. Na área da produção de leite, que também é uma atividade muito importante para a Aurora, planejamos continuar a resgatar o compromisso que temos com os nossos produtores e aprimorar este negócio.

O Presente Rural – Quais são as perspectivas de crescimento e faturamento para os próximos anos?

Neivor Canton – Para o futuro temos grandes aspirações. Esperamos que com a medida que adicionamos volumes processados em nossas fábricas, acrescentamos novas plantas industriais ou ampliações de plantas que possuímos, bem como a constante utilização de novas máquinas e processos que possibilitam mais volumes de produção e desta forma, mais produtos vão para o supermercado. Isso tudo vai contribuindo para um crescimento que nós imaginamos, em nosso planejamento estratégico, num período de dez anos, duplicar o tamanho da nossa Aurora.

O Presente Rural – Falando em relação à tecnologia que tem invadido o campo de uma forma brutal. Como isso acaba ajudando os cooperados?

Neivor Canton – No campo hoje nada mais se faz sem tecnologia, pois a mão de obra está cada dia mais escassa, e a tecnologia é um recurso que vem sendo empregado, seja na lavoura, na forma de manejo ou nos plantéis de suínos, de aves e do leite.

Nós assistimos diariamente uma competição saudável sob esse aspecto e observamos que o produtor está realmente aberto a essas novas práticas. Quando você visita uma granja você fica encantado com as verdadeiras surpresas que você constata. Essas tecnologias também têm sido um fator de motivação, especialmente para o jovem e isso é muito importante porque a renovação é necessária. Temos hoje uma geração de jovens motivados, que buscam a formação universitária inclusive, mas têm o prazer de retornar e agregar o seu trabalho ao empreendimento rural.

Penso que a tecnologia é o suprassumo e quando iniciamos uma cadeia produtiva auxiliados por ela, estamos melhorando o nosso posicionamento e a competição com os mercados que nós precisamos ter, seja interno ou externo. A tecnologia é imprescindível para a nossa cooperativa e, por isso, nós temos departamentos, áreas e pessoas voltadas diretamente para o aspecto da inovação.

O Presente Rural – Quais os principais desafios da Aurora hoje?

Neivor Canton – O desafio principal é você ser uma organização sólida e que olha para a sua perpetuação, pois o mundo dos negócios dá trancos a toda hora. Você precisa ter organizações bem lideradas, transparentes e que mereçam a confiança da sociedade. Você não pode perder, no entusiasmo, a linha e pensar que tudo é possível, porque logo à frente pode se deparar com situações intransponíveis. É comum que você verifique organizações e cooperativas em situações de dificuldades. Isso foi no passado, é no presente e provavelmente será no futuro. As cooperativas brasileiras ganharam muito desde que elas atingiram a sua autogestão, conquistada com a Constituição de 1988, quando o Estado deixou de ter o poder de interferir nas cooperativas, porque o Estado não é um sócio bem-vindo nesse meio. Com isso, as cooperativas passaram a ter uma responsabilidade maior a partir da sua autogestão. Nesse sentido, é preciso preparar os seus quadros de cooperados e de colaboradores para fazer com que a cooperativa seja um instrumento para o desenvolvimento da sociedade. Acredito que estamos cumprindo o nosso papel e esperamos que toda a sociedade possa reconhecer isso.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de cooperativismo acesse a versão digital de Especial Cooperativismo, clique aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

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Carrefour boicota carne do Mercosul: decisão é vista como protecionismo

Suspensão das compras de carne pelo Carrefour francês reforça críticas ao protecionismo europeu contra o agronegócio brasileiro.

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Presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto: Divulgação/ACCS

A decisão do Carrefour de parar de vender carne proveniente dos países do Mercosul, incluindo o Brasil, gerou fortes reações. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) classificou a medida como “lamentável” e reafirmou que o Brasil segue os mais altos padrões de qualidade e sustentabilidade na produção agropecuária. O anúncio foi motivado por pressões do sindicato agrícola francês FNSEA e alegações relacionadas ao impacto ambiental.

“O Brasil tem uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo. Atendemos a padrões que garantem a rastreabilidade e qualidade das nossas exportações para 160 países, incluindo a União Europeia há mais de 40 anos”, destacou o Mapa, que acusou a medida de ser infundada e prejudicial à reputação do agronegócio nacional.

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, também criticou duramente a decisão. “Essa atitude é claramente protecionista. Não há motivos razoáveis para essas restrições. O Brasil é o maior exportador de alimentos do mundo e seguimos rigorosos padrões ambientais e sanitários”, afirmou. Ele sugeriu que os brasileiros adotem uma resposta proporcional ao boicote. “Se eles boicotam nossos produtos, devemos reconsiderar a compra de produtos dessa rede.”

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento (Apex-Brasil) reforçou que o Brasil desempenha um papel essencial na segurança alimentar global. A Apex classificou como “lamentável” a postura da rede francesa, que poderia prejudicar as relações comerciais e a imagem do Brasil no cenário internacional.

O impacto da decisão também acende debates sobre a relação entre medidas ambientais e práticas protecionistas, muitas vezes vistas como barreiras não tarifárias. Especialistas alertam que atitudes como esta podem prejudicar os esforços globais de segurança alimentar em um momento crítico de demanda crescente.

O que está em jogo?

Enquanto o Carrefour cede à pressão interna, o Brasil continua sua luta por reconhecimento no mercado global, reafirmando a qualidade e sustentabilidade de seus produtos. Para muitos, a decisão francesa representa mais uma batalha na complexa relação entre o Mercosul e a União Europeia.

Fonte: Assessoria ACCS
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‘Conta do Boi’ aponta caminhos para produzir mais e melhor na pecuária

Tema central da Feicorte foi debatido no âmbito da cria e recria durante o segundo dia da feira, em Presidente Prudente.

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Fotos: Arart

O tema “conta do boi” norteou os debates do segundo dia da Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, evento que reúne diversos elos da cadeia da pecuária brasileira, e vai até sexta-feira, 23/11, em Presidente Prudente (SP).

O tema central da feira visa oferecer subsídios e informações que auxiliem o pecuarista a produzir mais e melhor, analisando o sistema de produção em sua propriedade e apontando os fatores que podem ser aperfeiçoados para potencializar os resultados de cada fase.

“Toda a estrutura da ‘conta do boi’ está baseada nos três ciclos principais: cria, recria e engorda, que foram divididos em três painéis, além de um quarto dedicado ao mercado. Hoje, iniciamos os debates destacando as duas primeiras fases, com informações que auxiliem o pecuarista”, explicou o diretor de Mercado Corte da Semex Brasil, Daniel Carvalho, moderador do Fórum Feicorte.

De acordo com o moderador, o painel destacou elementos importantes que mostram que exercer a atividade sem planejamento, profissionalismo, uso de tecnologia e boa execução tende a ser tratado de forma ‘improvisada’, algo que não é mais aceito na pecuária. “Quanto mais profissionais formos na gestão dos recursos, no consumo eficiente, na administração dos insumos e no aproveitamento das informações compartilhadas em eventos como este, mais assertivos seremos em aumentar a produtividade. A mensagem principal é clara: podemos produzir mais. Mas a questão crucial é: como? Para isso, é essencial reconhecer que o mercado está mais oportuno do que nunca nos últimos três anos”, salienta Carvalho.

O médico-veterinário, pecuarista e editor do informativo de mercado pecuário “Notícias do Front”, Rodrigo Albuquerque abordou, em sua apresentação, temas essenciais para a pecuária, como a recuperação do mercado em 2024 e estratégias para aumentar a lucratividade no sistema de cria. Ele destacou as cinco etapas da virada de ciclo pecuário: “Tudo começa com a recuperação do preço nominal do bezerro, seguida pela redução no abate de fêmeas, valorização do boi, recuperação do preço real e, por fim, o aumento dos preços em todas as categorias até o limite da demanda”.

O consultor técnico Rogério Fonseca discutiu a eficiência no sistema de cria, enfatizando a gestão da lotação e o manejo estratégico: “A retirada precoce dos animais da seca permite melhores condições corporais para vacas e novilhas, aumentando a eficiência reprodutiva”.

Fechando o painel, o médico-veterinário e proprietário da empresa Firmasa Tecnologia para Pecuária, Luciano Penteado destacou o papel da gestão integrada: “É fundamental equilibrar a gestão financeira e produtiva. Quem ignora uma dessas áreas corre o risco de sofrer com perdas significativas”.

A cobertura completa do painel está disponível, clicando aqui.

A conta da recria

Professor Rodrigo Goulart, da USP

O segundo painel do Fórum Feicorte debateu a conta do boi, discutindo os desafios e soluções para a recria. O médico-veterinário Rodolfo Saraiva abordou os impactos da saúde animal na rentabilidade da pecuária, destacando como problemas sanitários, como clostridioses e verminoses, podem afetar a produtividade. Ele sugeriu medidas preventivas, como a vacinação e o controle de parasitas, e ressaltou ganhos de até 20 quilos por animal com manejo adequado.

Em seguida, o professor Rodrigo Goulart, da USP, falou sobre a importância da recria no ciclo produtivo, enfatizando a necessidade de estimular o crescimento muscular e evitar a deposição de gordura. Goulart também destacou a variabilidade dos bezerros adquiridos em leilões e a importância do planejamento financeiro para garantir um bom custo-benefício.

O diretor da Agropecuária Maragogipe, Lucas Marques destacou que o sucesso na recria de bovinos está diretamente ligado à união de três pilares: método, conhecimento do negócio e gestão de pessoas. Para ele, esses elementos precisam estar alinhados para gerar resultados consistentes. “É possível ter a melhor genética, o manejo mais avançado e os melhores insumos, mas, sem integrar esses pilares, o resultado não vem”, afirmou. Marques reforçou que estratégias bem definidas e equipes capacitadas são indispensáveis para fechar a conta na pecuária moderna.

“A Feicorte é reconhecida por oferecer conteúdo e informações que contribuem para a evolução da pecuária, incentivando a troca de experiências e conectando o campo, o mercado e as instituições de pesquisa. Os painéis da ‘conta do boi’ têm como objetivo ir além, detalhando cada etapa do processo produtivo, sempre com foco no desenvolvimento sustentável e no fortalecimento da pecuária brasileira”, destaca a CEO da Verum e organizadora da Feicorte, Carla Tuccilio.

A cobertura completa pode ser conferida aqui.

Pecuária solidária arrecada R$ 600 mil para Núcleo Ttere

O Leilão Pecuária Solidária, realizado na noite da última terça-feira (19/11), durante a Feicorte, arrecadou mais de R$ 600 mil destinados ao Núcleo Ttere de Trabalho – Realização, uma entidade assistencial que promove a inclusão social de pessoas com deficiência na região.

Entre os itens leiloados estavam bovinos, equinos, sêmen, insumos agropecuários, equipamentos, joias, tapetes, além de outros itens doados. A iniciativa reforçou a responsabilidade social do setor agropecuário, dando visibilidade a causas sociais.

“O engajamento dos pecuaristas de Presidente Prudente foi excepcional e estamos extremamente felizes com o resultado. O Leilão Pecuária Solidária arrecadou R$ 600 mil, valor que será destinado a uma entidade de confiança, o Núcleo Ttere, que realiza um trabalho maravilhoso e de grande impacto social. Agradecemos imensamente a todos do setor que apoiaram essa causa e à organização da Feicorte, que está sendo um verdadeiro sucesso. O evento começou com uma grande proporção e tem recebido muitos elogios. Ajudar quem precisa é algo que não tem preço. Muito obrigado a todos que contribuíram!”, declarou o secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, Guilherme Piai.

Carne como protagonista

Ampliar a percepção da sociedade sobre a qualidade e a origem da carne brasileira. Esse é o objetivo da Beef Hour, um espaço na Feicorte que reúne projetos, marcas de sucesso e profissionais que contribuem para a construção de uma carne de confiança, abrangendo toda a cadeia produtiva até o consumidor final.

São três painéis, um por dia, com grupos de especialistas diferentes, focados na discussão da carne bovina de qualidade, privilegiando o debate e a interação com o público.

Na agenda de hoje, participaram dos bate-papos o proprietário do restaurante Vermelho Grill, Eduardo Fornari; o zootecnista e pesquisador, Gustavo Rezende; o proprietário da Celeiro Carnes Especiais, Marco Túlio Soares e o agrônomo e consultor Roberto Barcellos.

Fonte: Assessoria Feicorte
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Agro brasileiro conquista quatro novos mercados na China

Ministro da Agricultura destaca potencial de comércio de US$ 450 milhões por ano.

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Fotos: Divulgação/Mapa

Principal parceiro comercial do Brasil, a China abriu quatro mercados para produtos da agropecuária brasileira em acordos firmados por ocasião do encontro bilateral entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping na última quarta-feira (20), em Brasília. Com isso, o Brasil registra a conquista de 281 mercados agropecuários desde o início de 2023.

São quatro protocolos firmados entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Administração Geral de Aduana da China (GACC) que estabelecem os requisitos fitossanitários e sanitários para a exportação dos produtos.

Em uma pauta diversificada, que beneficia produtores de diferentes regiões do Brasil, uvas frescas, gergelim, sorgo e farinha de peixe, óleo de peixe e outras proteínas e gorduras derivadas de pescado para alimentação animal poderão ser comercializados na China.

O anúncio foi feito pelo presidente Lula em declaração à imprensa após a reunião ampliada com o presidente chinês, no Palácio do Alvorada.

“O agronegócio continua a garantir a segurança alimentar chinesa. O Brasil é, desde 2017, o maior fornecedor de alimentos da China”, ressaltou o presidente Lula.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou das cerimônias por ocasião da visita oficial e destacou a importância da retomada da boa relação diplomática entre Brasil e China, que completou 50 anos neste ano de 2024.

“O Brasil já se mostrou um país confiável na posição de maior fornecedor de alimentos e energia renovável e podemos continuar ampliando cada vez mais as parcerias, pois temos gente vocacionada, tecnologia e condições de intensificar nossa produção com sustentabilidade”, destacou o ministro Carlos Fávaro.

Considerando a demanda chinesa dos produtos frutos dos protocolos assinados ao longo de 2023 e a participação brasileira nesses mercados, o potencial comercial é de cerca de US$ 450 milhões por ano, conforme estimativa da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

“Mas se levarmos em conta outras variantes de mercado e o potencial brasileiro, podemos comercializar muito mais, ultrapassando a cifra de US$ 500 milhões por ano. Nestes 4 produtos a China importa quase US$ 7 bilhões e o Brasil vem se consolidando cada vez mais como um parceiro estratégico, confiável e seguro para a China”, explicou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luis Rua.

Maior importadora de gergelim do mundo, com participação de 36,2% nas importações globais do produto, a China desembolsou US$ 1,53 bilhão em 2023 na compra deste produto. Já o Brasil, que ocupou a sétima colocação nas exportações, representando 5,31% do comércio mundial, vem aumentando sua área de plantio do pulse. 

Da mesma forma, o país asiático é o principal importador da farinha de pescado (US$ 2,9 bilhões em importações em 2023).  O Brasil registrou participação de 0,79% das exportações mundiais no ano passado.

No sorgo, a participação brasileira é de 0,29% no mercado mundial. A China importou US$ 1,83 bilhão deste produto no ano passado, sendo a maior parte dos Estados Unidos.

Após crescimento exponencial e recorde de exportações de uvas frescas, o produto brasileiro chega aos consumidores chineses com registro de 2% no comércio mundial desta fruta. A China é um grande consumidor de uvas premium e importou mais de US$ 480 milhões deste produto no ano passado.

No caso das uvas frescas de mesa, deverão ser exportadas frutas majoritariamente dos estados de Pernambuco e da Bahia. Pomares, casas de embalagem e instalações de tratamento a frio devem cumprir boas práticas agrícolas e ser registrados no Mapa.

Já as empresas exportadoras de farinha de peixe, óleo de peixe e outras proteínas e gorduras derivadas de pescado para alimentação animal devem implementar o sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) ou sistema de gerenciamento com base nos princípios da APPCC; estabelecer e executar um sistema para garantir o recall e a rastreabilidade dos produtos; ser aprovadas pelo lado brasileiro e registradas pelo lado chinês. O registro será válido por 5 anos.

As matérias-primas devem ser provenientes de pescado (exceto mamíferos marinhos) capturados na zona marítima doméstica ou em mar aberto e da criação de pescado em cativeiro, ou de subprodutos de pescado provenientes de estabelecimentos que manuseiam pescado para consumo humano.

Fonte: Assessoria Mapa
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