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Aumento no preço dos insumos gera incertezas nos setores avícola e suinícola

Isso vem fazendo com que o produtor tenha um custo de produção muito elevado

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O aumento no preço de insumos como milho e o farelo de soja tem gerando muitas incertezas para os produtores dos setores avícola e suinícola capixabas, que já estão calculando os prejuízos e revendo seus planejamentos para não sofrerem com o desabastecimento e até pararem com suas atividades.

Para se ter uma ideia, o preço do milho já está com um percentual 70% mais caro no comparativo com esse mesmo período do ano passado. Além disso, o farelo de soja já ultrapassou os 100% também em relação a 2019. Isso vem fazendo com que o produtor tenha um custo de produção muito elevado.

A soja também vem mostrando números de que pode haver escassez, muito por conta dos altos índices de exportações praticados neste ano, o que já vem resultando na necessidade de importação do insumo em alguns estados, especialmente da Região Sul do país. Nessa conta, o produtor também vem sofrendo para comprar o insumo.

Ao mesmo tempo, os produtos que são comercializados não estão acompanhando essa mesma elevação que se apresenta no preço dos insumos. No caso do ovo, por exemplo, que está sendo o maior sacrificado nessa situação, o produtor vem colhendo prejuízos.

O diretor executivo da AVES e ASES, ressalta as principais preocupações de ambos os setores com a atual situação. “O que preocupa muito é a questão do risco de desabastecimento que os setores vêm sofrendo, em decorrência das pressões que vêm dos mercados e também das especulações. Os produtores que não tiveram condições de fazer precauções de seus estoques estão encontrando dificuldades para comprar milho, que, por outro lado, não vem sendo comercializado, já que também existe a expectativa de se alcançar melhores pagamentos por parte de quem possui esse insumo em mãos e o fator especulativo que vem contribuindo para esses altos preços”, explicou Nélio.

Entidades fazem alertas

Mesmo com o Governo Federal, através de ministra da agricultura, Tereza Cristina, tendo sinalizado de que não haverá problemas com o abastecimento de milho, isso não vem sendo sentido no dia a dia de quem precisa desses insumos.

Desde o início do segundo semestre, a AVES e a ASES vêm trabalhando para alertar as autoridades e esteve com a ministra da agricultura, junto com representantes de vários estados através de reunião promovida com a ABPA, onde foram propostas medidas para viabilizar importação também para estados que estão distantes dos insumos. A situação também foi reforçada através da bancada capixaba em Brasília que diante da gravidade do assunto foi mobilizada pelas duas entidades estaduais e aplicou esforços junto ao Ministério da Agricultura.

Segundo Nélio, hoje o Espírito Santo é o estado que tem o custo mais alto em relação aos insumos no país, e, até o momento, não ocorreu nenhuma posição concreta para ao menos amenizar essa situação.

“Há uma grande preocupação com os reflexos de tudo isso, na qual os produtores do setor de postura comercial já estão antecipando descartes antes do período habitual e já existe uma programação de redução do número de alojamento de pintainhas entre 10 e 15%, conforme levantado junto ao setor local. Somente desta forma será possível fazer com o preço final acabe alcançando a margem dos insumos”, detalhou o diretor executivo da AVES e ASES.

Presidente da AVES e também avicultor, Ademar Kerckhoff ressaltou os principais problemas enfrentados pelo setor avícola capixaba. “Estamos vivendo um momento inesperado com a pandemia, que trouxe uma nova realidade, onde os preços das commodities foram valorizados pela alta do dólar e o nosso setor sofreu muito pela elevação dos insumos como o milho e a soja. Além disso, estamos tendo dificuldades para comprar embalagens de caixas de papelão e de outros materiais. Isso tudo, inevitavelmente, vai refletir para o consumidor na hora das compras”, destacou Ademar.

Já o presidente da ASES, Jayme Meroto, frisou que existe uma preocupação para o final do ano. “Existe uma preocupação com esses custos altos e com o risco de não termos insumos nesse final de 2020, porque, ao contrário do que estão falando as autoridades, os setores produtivos de carne e ovos não estão conseguindo encontrar milho e soja de forma suficiente para atravessar esse período, principalmente o pequeno produtor que não tem capacidade de estoque. No caso setor suíno, que está remunerando, também existe a preocupação que esses custos continuem em alta, o que pode significar uma retração no consumo”, alertou Jayme.

Produtores já temem parar suas atividades

Embora se tenha a perspectiva de um estoque de passagem de 2020 para 2021 com um total de mais de nove milhões de toneladas, os setores de avicultura e suinocultura vêm encontrando desafios para garantir o abastecimento.

Na área de frango de corte, as integradoras já estão replanejando os alojamentos, ou seja, alojando menos, o que pode gerar dificuldades. Além disso, os avicultores independentes também já estão reduzindo seus plantéis.

Representante do Grupo Venturini, Fellipe Venturini, destacou que o consumidor final é quem acabará arcando com essas elevações de preços. “Os reflexos desse aumento no dia a dia da produção são os preços dos produtos mais caros, o prazo de pagamento diminuiu consideravelmente para não ficarmos ‘nas mãos’ de quem detêm os insumos. A situação é muito complicada e precisamos, como alternativa, repassar esses valores para o consumidor final, que, infelizmente, terá que pagar essa conta”, disse Fellipe.

Pelo lado das integradoras, o diretor-superintendente da Proteinorte Alimentos, Elder Marim, enfatiza que a empresa realizou o replanejamento de seus alojamentos desde o início da pandemia. “O replanejamento dos alojamentos iniciou-se por causa da pandemia e, em seguida, pelo aumento dos preços dos produtos agrícolas e também pela dificuldade de suprimento de matérias-primas para o abatedouro, por exemplo, embalagens, materiais de manutenção, dentre outros. A indústria acabou absorvendo todos esses custos e não repassou para os integrados, onde, para estes, o que aumentou foi o espaço de vazio sanitário entre um alojamento e outro”, explicou Elder.

Ele também frisou que o aumento dos insumos foi repentino e relatou incertezas para o primeiro semestre de 2021. “Os custos que mais subiram foram do milho, soja e óleo degomado, porém, o aumento desses insumos foi grande e repentino, o que inviabilizou o repasse para o consumidor. Por essa razão nós não estamos conseguindo vender pelo preço de custo de reposição. Como trabalhamos com estoque de segurança, estamos conseguindo operar sem gerar demissões. A nossa maior preocupação ainda é com o primeiro semestre de 2021, devido a provável falta de poder aquisitivo e incertezas com relação à safra para o próximo ano”, contou o diretor-superintendente da Proteinorte.

Já a avicultora familiar do setor de postura comercial e proprietária da Granja Dom Bosco, Joseméri Gagno Caliman, enfatizou a dificuldade que tem encontrado para comprar milho, que atualmente ela tem adquirido no Tocantins. “Tivemos dificuldades para comprar alguns tipos de insumos e até embalagens. Hoje, estamos comprando milho do Tocantins, muito por causa das dificuldades para encontrar esse insumo”, disse Joseméri.

Ela também agradeceu a união dos avicultores neste momento. “Aqui, em Venda Nova do Imigrante, contamos com a união que temos com outros produtores de ovos que realizam empréstimos de produtos para manter suas produções, mas já passamos por muitas preocupações nos últimos dias, se teríamos milho e soja para alimentar nossas aves, já tivemos momentos em que pensamos que os animais passariam fome em decorrência do atraso do produto que adquirimos. Infelizmente não temos silos na granja, acabamos armazenando os insumos em pequenas quantidades e estamos tendo que mudar nosso planejamento desde a alimentação das aves até nos horários de nossos colaboradores”, descreve a proprietária da Granja Dom Bosco.

Em meio a essa situação, os produtores que não estão conseguindo os insumos estão parando suas atividades e retirando seus lotes. Isso tudo tem resultado na queda da renda para o produtor, além do desemprego.

Nélio destaca que todo esse prejuízo pode chegar ao consumidor final. “No final das contas, os maiores prejudicados serão os produtores de pequeno porte, o trabalhador que pode sofrer com o desemprego e o também o consumidor final que terá que arcar com preços mais altos na hora de ir às compras”, finalizou o diretor executivo da AVES e ASES.

Fonte: Assessoria

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Depois de quatro meses de alta, preço do suíno vivo estabiliza

Veja um panorama completo do mercado de suínos em setembro de 2024!

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Foto: Shutterstoke

Desde que as cotações do suíno começaram a subir de forma consistente, em maio deste ano, o setor se perguntava qual seria o teto. Depois de mais de 20% de aumento no preço do suíno vivo, tanto na Bolsa de Belo Horizonte/MG (tabela 1), quanto nas principais praças de comercialização do Brasil (gráfico 1), atingiu-se o maior patamar do ano em meados de agosto/24, se mantendo relativamente estável desde então.

Tabela 1. Preço da Bolsa de suínos Belo Horizonte (BSEMG) em cada semana do ano de 2024 (R$/kg vivo). Na legenda (cores) é possível verificar o destaque para alguns movimentos relevantes do mercado de suíno vivo – Elaborado por Iuri Pinheiro Machado com dados da BSEMG

 

Gráfico 1. Indicador suíno vivo CEPEA/ESALQ (R$/kg) em SP, MG, PR, SC e RS nos último 60 dias úteis, até dia 13/09/2024 (cotação indicada no gráfico) – Fonte: CEPEA

 

A cotação da carcaça suína na Grande São Paulo, ultrapassou a marca dos R$ 13,00 em setembro/24 (gráfico 2), algo que só ocorreu em novembro de 2020 (gráfico 3)

Gráfico 2. Preço médio mensal da carcaça suína especial em São Paulo (R$/kg) nos último 2 anos, até dia 13/09/2024 (cotação indicada no gráfico). Fonte: CEPEA.

Gráfico 3. Preço médio mensal da carcaça suína especial no atacado da Grande São Paulo (R$/kg) de 2020 até agosto de 2024. Fonte: CEPE-Esalq/USP

 

Certamente, uma das explicações para o preço do suíno atingir este teto momentâneo é a competitividade em relação às outras proteínas, com o preço da carcaça suína se aproximando da bovina e se afastando da de frango (tabela 2). Na referida tabela observa-se que a menor competitividade em preço no ano foi atingida em agosto/24 e nas primeiras semanas de setembro/24.

Tabela 2. Spread em porcento (R$/kg de carcaça) do boi em relação ao suíno, e do suíno em relação ao frango resfriado em São Paulo em 2021, 2022, 2023 e de janeiro a setembro de 2024 e no dia 13/09/24. Dados de setembro/24 até dia 13/09. – Elaborado por Iuri Pinheiro Machado com dados do CEPEA

O IBGE publicou em 05 de setembro os dados completos de abate do segundo trimestre/24, reforçando, no acumulado do 1° semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, a estabilidade na produção e disponibilidade interna das carnes de frango e suína e destacando a alta oferta de carne bovina (tabela 3). Na referida tabela a projeção de consumo per capita nos primeiros 6 meses do ano representa um aumento de 6,5% no consumo somado das três carnes, sendo quase praticamente todo este incremento se deve somente à carne bovina. Ou seja, o brasileiro está comendo 6 kg a mais de carne bovina no ano, sem diminuir o consumo das demais carnes.

Tabela 3. Produção brasileira, exportação e disponibilidade interna mensais (em toneladas) das três carnes no primeiro semestre de 2023 e 2024. Volumes de exportação líquidos (descontados volumes importados). Consumo per capita ano projetado p/2024 sobre a mesma população do ano passado. – Elaborado por Iuri P. Machado com dados do IBGE e Secex.

Analisando exclusivamente o mercado de carne suína, se por um lado houve estabilização da produção, com crescimento insignificante do abate no 1° semestre em relação ao mesmo período do ano passado e retração em relação ao segundo semestre de 2023 (tabela 4 e 5), as exportações no acumulado do ano, até agosto/24, continuam superando os volumes do ano passado (tabela 6), com quase 5% a mais de embarques de carne suína in natura, sendo que, pela primeira vez na história, dois meses consecutivos (julho e agosto/24) ultrapassaram a marca de 100 mil toneladas de carne in natura exportadas.

Tabela 4. Abate semestral de 2015 e 2024 em cabeças e em toneladas de carcaças de suínos e evolução percentual em relação ao semestre anterior e o mesmo semestre do ano anterior. – Elaborado por Iuri P. Machado com dados do IBGE.

Tabela 5. Abate do 1°  semestre de 2024 e 2023 por estado, em cabeças e toneladas de carcaças e diferença entre um período e outro. – Elaborado por Iuri P. Machado com dados do IBGE.

 

Tabela 6. Volumes exportados de carne suína brasileira in natura (em toneladas), mês a mês, em 2021, 2022, 2023 e 2024 e comparativo percentual de 2024 (de janeiro a agosto) com o mesmo período do ano passado. – Elaborado por Iuri P. Machado, com dados da Secex.

O mercado chinês e Hong Kong continuam em retração, enquanto Filipinas, Chile, Singapura, Japão, México e Coreia do Sul mais que compensam esta queda (tabelas 7 e 8), seguindo o tão esperado processo de pulverização das exportações.

Tabela 7. Principais destinos da carne suína brasileira in natura exportada entre janeiro e agosto de 2024, comparado com o mesmo período de 2023, com valor em dólar (FOB). Ordem dos países estabelecida sobre volumes de 2024. – Elaborado por Iuri P. Machado, com dados da Secex.

Tabela 8. Principais destinos da carne suína brasileira in natura exportada em agosto de 2024, com valor em dólar (FOB). – Elaborado por Iuri P. Machado com dados da Secex

A pergunta do momento é: “será que o último trimestre apresentará um novo patamar de preço, acima do que estamos vendo neste 3° trimestre?”

Ainda é cedo para responder a esta pergunta de forma categórica, mas, se analisarmos o histórico dos últimos 9 anos (gráfico 4), sempre o preço médio do suíno no 4° trimestre supera o preço médio do terceiro trimestre.

Gráfico 4. Preço em R$/kg de carcaça suína especial na Grande São Paulo, média trimestral, de 2015 até 2024, sem correção inflacionária. No gráfico está marcado (em pontilhado vermelho) o crescimento do preço do quarto trimestre em relação ao terceiro, em todos os anos. *média do terceiro trimestre de 2024 até o dia 13*09*2024. – Elaborado por Iuri P. Machado com dados do CEPEA

Resta saber se os demais fatores contribuirão para que esta alta se repita no final de 2024. Exportações de carne suína em bom ritmo e carcaça bovina em alta (melhorando a competitividade da carne suína) são favoráveis à concretização deste novo ciclo de elevação de preço no fim de ano, mas é a relação oferta e procura da carne suína o maior determinante. Como não se espera crescimento expressivo da produção de suínos nos próximos meses e o mercado consumidor doméstico, com desemprego em baixa e a entrada do 13° salário, deve manter o viés de alta, especialmente nos meses de novembro e dezembro.

Milho sobe após a colheita, mas relação de troca está muito favorável ao suinocultor

O custo dos principais insumos, principalmente o milho (gráfico 5), cuja segunda safra se encerrou, teve alta nas últimas semanas, mas não na mesma intensidade da alta do preço do suíno. Da mesma forma, o farelo de soja tem se mantido estável. Este comportamento do mercado resultou em um momento de melhor relação de troca do suíno com o mix de milho e farelo de soja (gráfico 6).

Gráfico 5. Preço do milho (R$/SC 60kg) em Campitas(SP), nos últimos 24 meses, até dia 13/09/24. – Fonte: CEPEA

 

Gráfico 6. Relação de troca suíno : mix milho + farelo de soja (R$/kg) em São Paulo, de julho/21 a set/24.
Composição do mix: para cada quilograma de mix são 740g de milho e 260g de farelo de soja por quilograma de mix – *média de setembro/24 até dia 13/09 – Elaborado por Iuri P. Machado com dados do CEPEA – preços estado de São Paulo

Segundo o levantamento mensal de custos da Embrapa, cruzando com dados de preço do suíno do CEPEA (tabela 9), o mês de agosto foi o melhor dos últimos anos em termos de margens financeiras para o produtor nos três estados do Sul.

Tabela 9. Custos totais (ciclo completo), preço de venda e lucro/prejuízo estimados nos três estados do Sul (R$/kg suíno vivo vendido), em 2023 e de janeiro a agosto de 2024. – Elaborado por Iuri P. Machado com dados: Embrapa (custos) e Cepea (preço).

Ainda é cedo para projetar a safra 2024/25. O plantio do milho 1ª safra (verão) já foi iniciado nos estados ao Sul. Segundo a consultoria MBagro, por enquanto há pouca informação disponível. O plantio da soja, embora já autorizado para início de setembro, avança a partir de meados do mês. O clima mostra precipitações no Brasil restritas aos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Amazonas, mas com baixos acumulados. No restante do país o tempo seco e com temperaturas acima da média prevalece, mas está dentro do calendário normal. Segundo a mesma consultoria até o momento não há comprometimento da safra verão ou perspectiva de que o plantio da segunda safra fique fora da janela ideal.

Considerações finais

Para Marcelo Lopes, presidente da ABCS, “Com o mercado externo e doméstico aquecidos, a suinocultura brasileira consolida margens positivas e se prepara para o período historicamente mais favorável, o último trimestre. Todas as atenções ficam por conta do plantio da safra 2024/25 que, conforme o clima pode colocar pressão sobre os custos de produção”, finaliza.

Fonte: Assessoria ABCS
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Centro de inteligência e mercado em aquicultura chega aos cinco anos

Iniciativa da Embrapa e de parceiros reúne dados e informações do setor.

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Foto: Arquivo/OPR

Neste mês de setembro, o Centro de Inteligência e Mercado em Aquicultura (CIAqui), coordenado pela Embrapa, completa cinco anos. Num mesmo espaço digital (https://www.embrapa.br/cim-centro-de-inteligencia-e-mercado-em-aquicultura), os usuários podem acessar diferentes tipos de dados e informações dessa cadeia produtiva de valor que cresce a cada ano. Mesmo ainda longe de transformar todo o seu potencial aquícola em realidade, o Brasil vem aprimorando a atividade. Disponibilizar conteúdos de maneira organizada e constante ajuda no crescimento da aquicultura nacional.

Manoel Pedroza é pesquisador da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO) na área de economia aquícola e coordena o centro, que vem evoluindo com o tempo. “Ao longo desses cinco anos, o CIAqui incorporou novos painéis de dados, tais como cotações de alevinos e filés de peixe, infomapas, custos de produção de tilápia e novos dados de produção. Além disso, passou por mudanças no seu design, o tornando mais funcional. Atualmente, o centro conta com uma média de 1.500 acessos por mês, por pessoas de todo o Brasil e também do exterior”, explica.

Um dos principais produtos disponibilizados é o Informe de Comércio Exterior da Piscicultura, editado a cada trimestre. Desde 2020, ele divulga números e outros conteúdos sobre as movimentações do Brasil na venda e na compra de produtos do setor, com natural destaque para a tilápia, principal espécie tanto na produção como na exportação nacionais. A próxima edição do boletim (de número 19) sairá em outubro, compreendendo o terceiro trimestre de 2024. Segundo Manoel, o informativo é “utilizado por diversos atores da cadeia produtiva. Os
dados de exportações apresentados também podem ser acessados de forma interativa por meio dos painéis do CIAqui”.

Uma das pessoas que costuma acessar o centro é Rui Donizete Teixeira, chefe de divisão do Departamento de Indústria do Pescado (DIP) do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). “Geralmente, tem sido utilizado como consulta para auxiliar em levantamento estatístico de
balança comercial do pescado. Com os dados obtidos, tenho feito comparação com outras fontes de informações, gerando material para auxiliar nas políticas públicas do departamento”, relata.

Confiabilidade e melhorias – Rui elogia a iniciativa de construção do CIAqui: “a base para se fazer gestão pública e governança de uma cadeia produtiva inicia com informações confiáveis. Portanto, a consulta a um site confiável, como o CIAqui, oriundo de uma instituição conceituada e de referência como a Embrapa, nos tranquiliza quanto aos dados disponibilizados”.

Entre os tipos de conteúdos disponíveis, estão a produção nacional por ano, cotações e custos de produção. Para os próximos meses, uma novidade está sendo preparada: “em breve, lançaremos um aplicativo voltado especificamente para dados de comércio exterior da
piscicultura. Além disso, pretendemos implementar novas parcerias com instituições e empresas visando a levantar e disponibilizar novos ndados e estudos. A implementação da versão em inglês é outra melhoria prevista para o CIAqui”, adianta Manoel.

Os parceiros da Embrapa nesse trabalho são o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), as secretarias estaduais da Agricultura e Pecuária (Seagro) e da Aquicultura e Pesca (Sepea) do Tocantins, além dos ministérios da Pesca e Aquicultura (MPA) e da Agricultura e
Pecuária (Mapa).

Fonte: Assessoria Embrapa Pesca e Aquicultura
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Frísia é uma das maiores organizações do Brasil

Informação foi apresentada na edição especial Valor 1.000, elaborado pelo jornal Valor Econômico.

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Unidade de recebimento de grãos Frísia em Carambeí (PR) - Foto: Divulgação/Arquivo Frísia

A Frísia, com presença nos estados do Paraná e Tocantins, é uma das maiores organizações do Brasil. A cooperativa está na posição 198 de 1.000 empresas ranqueadas na edição especial Valor 1.000, elaborada pelo jornal Valor Econômico. Já na região Sul, a Frísia está alocada na 40ª posição.

O faturamento da cooperativa em 2023, ano de análise da edição, foi de R$ 6,45 bilhões. Ano passado, a Frísia produziu 334,7 milhões de litros de leite, crescimento de quase 7% sobre o período anterior.

A produtividade média diária dos cooperados saltou de 3.342 litros para 3.680 litros. Em relação a grãos, as unidades operacionais do Paraná e Tocantins receberam, em conjunto, mais de um milhão de toneladas, sendo 818.066 toneladas no Paraná e 186.143 toneladas no Tocantins.

O caderno especial tem a parceria do Serasa Experian e do Centro de Estudos em Finanças da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGVcef).

A análise é baseada em dados contábeis e financeiros públicos ou fornecidos pelas empresas para avaliar os diferentes aspectos de negócios.

Fonte: Assessoria Frísia
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IFC

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