Conectado com
VOZ DO COOP

Notícias

Aumento na exportação de soja revela retomada de vendas externas recordes

Aumento das cotações refletem a dinâmica atual do mercado interno, com fatores econômicos globais e locais que influenciam diretamente o comportamento dos preços e da oferta.

Publicado em

em

Fotos: Shutterstock

As exportações de soja atingiram 13,95 milhões de toneladas em junho deste ano, com acréscimo de 3,7% em relação ao mês anterior, quando chegaram a 13,45 milhões. De acordo com o Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado na última terça-feira (23), esse resultado aponta para a retomada do movimento de vendas externas recordes.

Segundo a análise do Boletim, o aumento das cotações refletem a dinâmica atual do mercado interno, com fatores econômicos globais e locais que influenciam diretamente o comportamento dos preços e da oferta. Outros aspectos, como a valorização do dólar, também impactam significativamente, pois torna o produto brasileiro mais competitivo nas negociações externas, ao mesmo tempo em que aumenta os custos para produtores, sobretudo no plantio da próxima safra.

O estudo aponta ainda que a crescente demanda por óleo de soja para usos industriais e de biocombustíveis destaca a versatilidade e a importância desse produto no mercado brasileiro e global. O retorno dos prêmios de exportação aos níveis de 2022 sugere uma recuperação e um fortalecimento das posições do Brasil como um dos principais exportadores de soja e seus derivados.

No caso do milho, as vendas internacionais no mesmo período atingiram 850 mil toneladas, contra 420 mil toneladas observadas no mês passado. Os índices do milho nos portos brasileiros registraram aumentos impulsionados por vários fatores, entre eles o incremento nas cotações globais do cereal, a elevação dos prêmios de exportação e a valorização do dólar. No entanto, os preços internos continuam enfraquecidos, devido a fatores como os avanços nas colheitas da primeira e segunda safras, uma demanda relativamente baixa, entre outros.

Nas exportações pelos portos do Arco Norte, em junho/2024 foram expedidas 36,3% da soja e 49% da movimentação acumulada de milho. Por Santos, também foram escoadas 35,7% da soja e 26,9% do milho, enquanto o porto de Paranaguá totalizou 12,6% do montante nacional da oleaginosa e uma diminuição do cereal, de 19,2% para 6,5%, no mesmo período. Já pelo porto de São Francisco do Sul, foram escoadas 6,2% da soja e 9,6% do milho.

Fretes

Na Região Sudeste do país, o Boletim destaca que, em Minas Gerais, os produtos agropecuários responderam por 38,3% do valor total das vendas externas do estado. Pela primeira vez na série histórica, a média mensal das exportações foi superior a US$ 1 bilhão no período de janeiro a maio/2024. Com isso, na avaliação das transportadoras, o grande volume de soja que continua armazenado fará com que o setor siga aquecido ao longo do segundo semestre, que poderá inclusive ser reforçado pelo aporte de embarques de milho da safra atual, cuja comercialização no estado e volume exportado, em relação ao ano passado, não ultrapassou 50% da produção.

Foto: Giuliano De Luca/OP Rural

Já em São Paulo, o mercado de fretes também esteve aquecido devido ao incremento na comercialização do milho. Apesar da baixa demanda por fertilizantes, as cotações foram de alta em quase todos os trechos pesquisados.

No Centro-Oeste, os fretes com origem no Distrito Federal registraram variações de aumento em quase todas as praças pesquisadas, com destaque para as rotas com destino a Santos, Guarujá e Osvaldo Cruz, em São Paulo. Em Mato Grosso, a colheita do milho segunda safra, em conjunto com a reta final dos embarques de soja para liberação de espaço e a conjuntura de intensas negociações, causaram forte impacto na logística mato-grossense e elevada demanda por transportes, o que impulsionou a alta das cotações em todas as praças estaduais.

O frete a partir de Mato Grosso do Sul também ficou mais caro em junho, pelos mesmos motivos de colheita do milho segunda safra, necessidade de abertura de espaço nos armazéns e demanda por soja aquecida. Já em Goiás, apesar do incremento na demanda por fretes, em função do avanço da colheita do milho, as empresas se queixam dos baixos preços dos produtos.

Quanto à Região Nordeste, no estado do Maranhão houve um aumento da demanda por serviços de transporte dos grãos e, consequentemente, a tendência de elevação dos preços dos fretes rodoviários no estado, com o deslocamento dos grãos para o porto de Itaqui, para o Terminal Ferroviário de Porto Franco e para outros estados.

Na Bahia, onde o fluxo logístico com o transporte de grãos e fertilizantes foi intenso em junho de 2024, identificaram-se altas nos fretes e no volume transportado em relação ao mês anterior. No Piauí, o mercado de fretes também segue bastante aquecido, com forte aumento na demanda, que provocou uma reação nos fretes nas diversas rotas de escoamento do estado. Na média, oincremento nos valores ficou em cerca de 4,27%, em comparação ao mês anterior.

Na Região Sul, o Paraná, com exceção da praça de Ponta Grossa, que manteve o preço anterior, apresentou aumento em todos os demais trechos, especialmente a partir de Cascavel (16,34%) e de Campo Mourão (10%).

O Boletim Logístico da Conab traz ainda informações sobre os desembarques de adubos e fertilizantes nos portos brasileiros e ainda dados sobre a movimentação de estoques da Conab, realizada por transportadoras contratadas via leilão eletrônico. O periódico mensal coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. Confira a edição completa do Boletim Logístico – Julho/2024, disponível no site da Companhia.

Fonte: Assessoria Conab

Notícias

Colômbia abre mercado para exportação de grãos secos de destilaria

Com esta nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 105ª abertura neste ano, totalizando 183 aberturas em 58 destinos desde o início de 2023.

Publicado em

em

Foto: Shutterstock

O Governo da Colômbia autorizou, a partir desta sexta-feira (06), a exportação pelo Brasil de grãos secos de destilaria ao país, conhecidos como DDG ou DDGS, para aquele país.

O insumo é uma fonte proteica e energética utilizada na produção de ração para ruminantes, suínos, aves, peixes e camarões. Os DDG/DDGS são gerados a partir da produção de etanol de milho na segunda safra.

A plantação é feita na mesma área da safra principal, após a sua colheita e no mesmo ano agrícola. Assim, não demanda terra adicional para ser cultivada, o que resulta em melhor aproveitamento dos recursos naturais.

Com esta nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 105ª abertura neste ano, totalizando 183 aberturas em 58 destinos desde o início de 2023.

Fonte: Assessoria Mapa
Continue Lendo

Notícias

Câmara Temática de Gestão de Risco Agropecuário cria GTs para fortalecimento das políticas públicas no setor

Objetivo é enfrentar os desafios críticos no setor, como os riscos climáticos, operacionais, de crédito e a necessidade de inovação tecnológica.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Em busca de aprimorar as políticas públicas voltadas ao setor do agronegócio, a Câmara Temática de Gestão de Risco Agropecuário do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) criou quatro Grupos de Trabalho (GTs) focados em temas prioritários como inovação tecnológica, riscos climáticos, operacionais e crédito. “A criação desses GTs é uma resposta ao crescente reconhecimento da importância de uma abordagem estruturada para lidar com os riscos que afetam a produção agrícola. A adesão de representantes de todos os setores envolvidos, como seguradoras, produtores e o próprio governo, mostra o comprometimento com a sustentabilidade e a resiliência do agro brasileiro”, destacou o presidente da Câmara Temática, Vitor Ozaki. 

O GT de Política Integrada de Gestão de Riscos na Agropecuária visa propor uma política que vá além do seguro rural, englobando outros riscos da cadeia produtiva como os tecnológicos, sanitários e logísticos.  

Já o GT de Inovação Tecnológica, Científica e de Negócios se propõe a desenvolver novas ferramentas digitais e modelos de parceria para modernizar o ZARC (Zoneamento Agrícola de Risco Climático) e melhorar o acesso às informações de risco. 

Tem também o GT de Integração Crédito e Seguro Rural com foco na criação de sinergias entre as políticas de crédito rural e o seguro rural, buscando aumentar a resiliência financeira dos produtores e melhorar o acesso a financiamentos sustentáveis, como o FIAGRO. 

E, por último, o GT de Acompanhamento e Inovações no Programa de Subvenção ao Prêmio de Seguro Rural (PSR) que será responsável por monitorar a execução do PSR, identificar desafios orçamentários e operacionais, além de propor inovações que expandam o alcance do programa entre os produtores rurais. 

A gestão de risco é um tema estratégico para o agronegócio brasileiro, que tem enfrentado desafios cada vez maiores devido à imprevisibilidade climática e às oscilações do mercado. Nesse contexto, o papel da Câmara Temática e dos GTs se torna ainda mais relevante para assegurar a sustentabilidade financeira dos produtores rurais e a competitividade do setor. “A Câmara Temática é um espaço privilegiado de debate técnico que permite aprimorar as políticas públicas e integrar diversos atores do setor, gerando soluções concretas para problemas complexos. As contribuições dos Grupos de Trabalho serão decisivas para o futuro da gestão de risco no agronegócio”, afirmou o diretor de Gestão de Risco, Jônatas Pulquério.   

Os Grupos de Trabalho terão prazos de até 12 meses para a entrega de relatórios finais, com diagnósticos e propostas que visam aprimorar a gestão de risco no agro, além de fortalecer programas como o PSR e o PROAGRO.  

Com essas iniciativas, o Mapa reafirma seu compromisso com a criação de soluções integradas e inovadoras, capazes de enfrentar os desafios e garantir o crescimento sustentável do agronegócio no Brasil. 

Fonte: Assessoria Mapa
Continue Lendo

Notícias

Portaria define 11 novos postos para adidos agrícolas na África, Ásia e Américas

Com a ampliação, o Brasil passa a contar com sete adidos agrícolas em embaixadas na África e fortalecerá sua presença em importantes parceiros econômicos e mercados potenciais, expandindo as oportunidades para o setor agrícola nacional.

Publicado em

em

O Ministério da Agricultura e o Ministério das Relações Exteriores definiram os locais dos 11 novos adidos agrícolas do Brasil no exterior. As futuras adidâncias serão na Argélia, Bangladesh, Chile, Costa Rica, Emirados Árabes Unidos, Etiópia (incluindo União Africana, Djibuti e Sudão do Sul), Filipinas (incluindo Ilhas Marshall, Micronésia e Palau), Irã, Malásia (incluindo Brunei), Nigéria e Turquia.

Com a ampliação, o Brasil passa a contar com sete adidos agrícolas em embaixadas na África e fortalecerá sua presença em importantes parceiros econômicos e mercados potenciais, expandindo as oportunidades para o setor agrícola nacional. “As novas adidâncias reflete o reconhecimento da importância do agronegócio e de sua maior inserção no mercado internacional para o Brasil. Com os novos postos iremos potencializar ainda mais as oportunidades para o setor, gerando empregos e renda para os brasileiros, principalmente em virtude das aberturas de mercados”, pontuou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.  

No mês de julho, o Governo Federal havia assinado o Decreto presidencial autorizando o aumento das adidâncias agrícolas de 29 para 40 postos. Essa ampliação do número foi a maior desde que a função foi criada, em 2008, pelo Decreto nº 6.464, já que estão sendo implementadas de uma única vez. 

Os adidos agrícolas desempenham funções de assessoramento junto às representações diplomáticas brasileiras no exterior. Suas principais atividades envolvem a identificação de oportunidades de comércio, investimentos e cooperação para o agronegócio brasileiro. Para isso, mantêm interlocução com representantes dos setores público e privado, formadores de opinião relevantes na sociedade civil e academia. 

Atualmente, há adidos agrícolas nos seguintes locais: África do Sul, Alemanha, Angola, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China (dois adidos), Colômbia, Coreia do Sul, Egito, Estados Unidos da América, França (Delegação do Brasil junto às Organizações Internacionais Econômicas Sediadas em Paris), Índia, Indonésia, Itália (Delegação Permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura e aos Organismos Internacionais), Japão, Marrocos, México, Suíça (Delegação do Brasil junto à Organização Mundial do Comércio e outras organizações econômicas em Genebra), Peru, Reino Unido, Rússia, Singapura, Tailândia, Bélgica (Missão do Brasil junto à União Europeia em Bruxelas, dois adidos) e Vietnã. 

Fonte: Assessoria Mapa
Continue Lendo
ABMRA 2024

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.