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Aumento de produtividade sobrecarrega estrutura óssea dos frangos e desafia avicultura de corte

O apontamento é da professora da área de Nutrição e Produção de Frangos de Corte da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Jovanir Inês Müller Fernandes.

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O melhoramento genético permitiu o rápido crescimento em um curto período de tempo das atuais linhagens de frangos de corte, no entanto, esse aumento de produtividade tem resultado em sobrecarga na estrutura óssea das aves, exigindo maior atenção do setor devido a doenças causadas pelo sobrepeso muscular sobre os ossos, mas que podem ser prevenidas com algumas medidas que envolvem soluções nutricionais e manejo adequado em cada fase de vida dos animais.

Professora da área de Nutrição e Produção de Frangos de Corte da Universidade Federal do Paraná, Jovanir Inês Müller Fernandes – Foto: Arquivo Pessoal

Em entrevista exclusiva ao Jornal O Presente Rural, a professora da área de Nutrição e Produção de Frangos de Corte da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Jovanir Inês Müller Fernandes, explica que o aumento de produtividade tem feito com que o centro de gravidade dos frangos esteja sendo deslocado para frente em comparação com seus ancestrais, o que afeta a maneira como os animais se locomovem, resultando em pressão adicional em seus quadris e pernas, atingindo principalmente três pontos de choque: a quarta vértebra torácica e as epífises proximais da tíbia e do fêmur.

Nesses locais, conforme explica a docente, são produzidas lesões mecânicas e microfraturas e tensões nas cartilagens imaturas, especialmente na parte proximal dos ossos. “As lesões mecânicas danificam e rompem os vasos sanguíneos que chegam até a placa de crescimento e como consequência as bactérias que circulam no sangue conseguem chegar às microfaturas e colonizá-las, iniciando as inflamações sépticas”, esclarece Jovanir, que foi uma das palestrantes do Bloco Nutrição e Manejo no 23º Simpósio Brasil Sul de Avicultura, realizado em meados de abril, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó, SC.

Além disso, com a proibição do uso dos antibióticos promotores de crescimento, a manutenção da saúde da mucosa do trato gastrointestinal representa um desafio crescente para a avicultura. “A perda da função intestinal, principalmente por disbiose ou disbacteriose (desequilíbrio da flora intestinal), pelo aumento da permeabilidade da barreira na mucosa e por inflamação crônica, estão interconectados por resultarem na estimulação do sistema imunológico de mucosa”, expõe.

Esta condição se associa à redução na digestibilidade dos nutrientes, translocação de bactérias do intestino à corrente sanguínea e de lipopolissacarídeos e padrões moleculares associados a microrganismos desencadeiam a liberação de citocinas pró-inflamatórias na corrente sanguínea, chegando a tecidos distantes como o ósseo. “A sinalização imunológica por citocinas em resposta tanto aos processos inflamatórios locais nas placas de crescimento dos ossos como à invasão da camada epitelial intestinal por agentes patogênicos pode induzir a perda de tecido ósseo, por provocar a osteoclastogênese via sistema RANKL/RANK/OPG, resultando em dificuldade locomotora, pior mineralização e ossos mais frágeis que que não resistem ao processo de desossa mecânica no abatedouro”, evidencia Jovanir.

Papel da nutrição

A nutrição desempenha um papel fundamental para a obtenção de um tecido ósseo de alta qualidade. O crescimento ósseo pode ser afetado pelos níveis e fontes de cálcio, fósforo, microelementos minerais, aminoácidos e vitaminas, principalmente a vitamina D3. “O controle da homeostase do cálcio é importante na manutenção da resistência óssea. A baixa concentração plasmática de cálcio e/ou de 25(OH)D3 pode aumentar os níveis de reabsorção óssea, diminuindo a resistência e aumentando a porosidade óssea, resultando em ossos frágeis”, afirma Jovanir.
Conforme a especialista, a deficiência de cálcio em aves não está restrita apenas à alimentação ou a má absorção, mas pode estar associada à presença de fatores antinutricionais, que se complexam com o cálcio, tornando-o indisponível à absorção intestinal. “É fundamental associar a solubilidade das fontes de calcário com a granulometria e a escolha de uma fitase de mercado para o melhor aproveitamento do cálcio pelo metabolismo ósseo. A qualidade nutricional e microbiológica da ração, bem como o processamento também podem afetar o fornecimento e aproveitamento dos nutrientes pela mucosa intestinal e consequentemente impactar a saúde óssea”, reforça.

Seleção genética

Pelo trabalho de seleção genética que vem sendo desenvolvido pelas principais casas genéticas, há uma estimativa de redução de meio dia/ano para atingir o peso de abate e com aumento crescente no rendimento de peito.

Se por um lado os dados são otimistas em relação ao aumento do volume de carne sendo produzido, a crescente deposição de músculo peitoral traz preocupações em relação à saúde esquelética das aves. “O processo natural de formação, maturação e calcificação do tecido ósseo é relativamente lento e a qualidade óssea depende da arquitetura, do remodelamento ósseo e da mineralização”, observa Jovanir, acrescentando: “Apesar dos ossos dessas linhagens modernas crescerem no mesmo ritmo, a mineralização óssea não acompanha esse intenso crescimento, o que impacta em ossos mais porosos e frágeis à idade de abate”.

Qualidade do ambiente de criação

As práticas de manejo que afetam diretamente a saúde óssea estão relacionadas principalmente com a manutenção de um material de cama de qualidade. “Camas úmidas aumentam a riqueza e diversidade da microbiota patogênica que pode alterar o microbioma da ave e desencadear a disbiose intestinal, pode favorecer a translocação bacteriana pelas lesões de podermatite e afetar a mucosa respiratória pelo aumento da produção de amônia, que consequentemente resulta em desafios à mucosa respiratória e aumento da sinalização imunológica por citocinas e moléculas inflamatórias”, cita Jovanir.

Por outro lado, camas secas com presença de placas e torrões oferecem instabilidade no andar das aves e geram lesões mecânicas na placa de crescimento. “O estresse por calor tem efeito nocivo diretamente sobre o processo de remodelamento ósseo, devido à sinalização imunológica – aumento de citocinas inflamatórias – e do aumento dos níveis de corticosterona, que resultam em falhas na mineralização óssea”, revela.

Principais doenças ósseas

Os problemas locomotores dos frangos de corte têm sido associados com alterações na placa de crescimento, raquitismo, discondroplasia, condrodistrofia, a necrose de cabeça do fêmur ou condronecrose bacteriana com osteomielite, espondilolistese, desordens do desenvolvimento ósseo e defeitos de angulação do tipo valgus e varus. “A claudicação observada nos casos de condronecrose bacteriana e osteomielite é a causa mais comum de problemas nas pernas em frangos de corte de crescimento rápido, causando consideráveis perdas econômicas”, frisa Jovanir.

Avaliação da saúde óssea

Conforme a especialista, em razão da alta densidade de alojamento dos frangos de corte nos aviários comerciais, muitas vezes a identificação de problemas locomotores torna-se uma tarefa difícil. Por isso, é importante que as agroindústrias tenham um histórico de avaliações ósseas de lotes abatidos com fragilidade óssea e fraturas, incluindo resistência óssea à quebra, medidas de comprimento e espessura dos ossos, análise do teor de cinzas ósseas e níveis sanguíneos circulantes de cálcio, fósforo e vitamina D (25(OH)D3), elenca Jovanir.

No entanto, a especialista ressalta que o desenvolvimento de metodologias utilizando biomarcadores sanguíneos que refletem a atividade de formação óssea ou reabsorção óssea é de extrema necessidade para monitorar o estado da saúde óssea sob condições de campo. “Os marcadores biológicos são indicadores mensuráveis de substâncias ou compostos biológicos que se associam com condições ósseas normais ou anormais”, aponta Jovanir.

De acordo com a docente da UFPR, existem dois grupos de marcadores bioquímicos de remodelação óssea que já são utilizados na medicina humana: de formação óssea e de reabsorção óssea. Do ponto de vista de sua função, os biomarcadores ósseos são divididos em dois grupos: componentes da matriz óssea liberados na circulação durante a formação ou reabsorção óssea e enzimas que refletem a atividade metabólica dos osteoblastos ou osteoclastos. “Atualmente o colágeno N-terminalpropeptídeo de extensão tipo I (PINP) e telopeptídeo de reticulação C-terminal sérico de colágeno tipo I (CTX-I) são considerados os marcadores referentes à formação e reabsorção óssea, respectivamente”, especifica Jovanir.

A avaliação da saúde óssea em animais de rápido crescimento como frangos de corte necessita de biomarcadores confiáveis, específicos e sensíveis para o monitoramento contínuo do estado de saúde óssea. “Talvez não seja possível que apenas um biomarcador possa examinar todos os aspectos relacionados com a saúde óssea das aves e, portanto, é provável que seja necessária uma combinação de múltiplos biomarcadores, associada às análises de qualidade óssea que já vem sendo realizadas para avaliar a saúde óssea sob condições de campo”, analisa a professora.

Condenações

Os problemas locomotores dos frangos de corte comprometem o bem-estar das aves, pela dificuldade de locomoção, dor e inabilidade para alcançar os bebedouros e comedouros, além de resultar no comprometimento do desempenho produtivo do lote. “A fragilidade óssea resulta também no aumento das fraturas durante o abate e a ocorrência de partículas ósseas na carne desossada dos frangos”, chama atenção Jovanir.

Os registros do Serviço de Inspeção Federal (SIF) apontam que as condenações parciais por contusão e fratura podem atingir cerca de 5% do total do abate e em lotes com desafios sanitários esse valor aumenta e ocorre principalmente em ossos longos. “A desuniformidade do peso corporal das aves gerada pelo comprometimento ósseo é também uma causa das fraturas devido à falha na regulagem dos equipamentos de desossa em abatedouros automatizados”, pontua.

Medidas preventivas

O desafio maior na cadeia avícola atual, segundo Jovanir, é a adoção dos programas de retirada dos antibióticos e, ao mesmo tempo, a manutenção da saúde intestinal das aves para suprir os nutrientes necessários ao crescimento do animal, estabilidade do microbioma intestinal e manutenção da homeostase do sistema imunológico de mucosa.

Para isso, a docente da UFPR diz que é preciso primeiro trabalhar com uma ‘rampa de retirada dos antibióticos promotores de crescimento’, reforçando as medidas de biossegurança, entre elas aumento do intervalo entre lotes, programas de vacinação, melhoria na digestibilidade dos ingredientes da ração, avaliação da solubilidade do calcário utilizado, adoção de estratégias nutricionais de manutenção da saúde intestinal, qualidade de água (microbiológica e química), ambiência e melhores práticas de manejo.

Ela também ressalta que a diminuição da densidade de alojamento permite uma melhor qualidade da cama e do ar, assim como maior espaço para a locomoção das aves, o que contribui com a saúde óssea dos animais. “Essa medida também permite estratégias de enriquecimento ambiental que podem contribuir com a melhoria do processo de remodelamento ósseo. O manejo da cama é fundamental para evitar instabilidade e comprometimento do processo de angiogênese e osteogênese”, salienta.

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Fonte: O Presente Rural

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Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango

Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

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O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

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Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.

O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

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Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.

Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.

O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil

Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

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A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Foto: Freepik

Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.

A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.

Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

Foto: Ari Dias

Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.

Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.

Fonte: Assessoria Mapa
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Exportações gaúchas de aves avançam e reforçam confiança do mercado global

Desempenho positivo em outubro, expansão da receita e sinais de estabilidade sanitária fortalecem o posicionamento do estado no mercado externo.

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O setor agroindustrial avícola do Rio Grande do Sul mantém um ritmo consistente de recuperação nas exportações de carne de frango, tanto processada quanto in natura. Em outubro, o estado registrou alta de 8,8% no volume embarcado em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 60,9 mil toneladas exportadas, um acréscimo de 4,9 mil toneladas frente às 56 mil toneladas enviadas em outubro de 2023.

A receita também avançou: o mês fechou com US$ 108,9 milhões, crescimento de 5% na comparação anual.

No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, o desempenho ainda reflete os impactos do início do ano. Os volumes totais apresentam retração de 1%, enquanto a receita caiu 1,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme quadro abaixo:

O rápido retorno das exportações de carne de aves do Rio Grande do Sul para mercados relevantes, confirma que, tanto o estado quanto o restante do país permanecem livres das doenças que geram restrições internacionais.

Inclusive, o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e muitos outros mercados demonstram a importância do reconhecimento da avicultura do Rio Grande do Sul por parte da China, ainda pendente. “Estamos avançando de forma consistente e, em breve, estaremos plenamente aptos a retomar nossas exportações na totalidade de mercados. Nossas indústrias, altamente capacitadas e equipadas, estão preparadas para atender às demandas de todos os mercados, considerando suas especificidades quanto a volumes e tipos de produtos avícolas”, afirmou José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).

Indústria e produção de ovos

O setor da indústria e produção de ovos ainda registra recuo nos volumes exportados de -5,9% nos dez meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ou seja, -317 toneladas. Porém, na receita acumulada o crescimento foi de 39,2%, atingindo um total de US$ 19 milhões de dólares de janeiro a outubro deste ano.

A receita aumentou 49,5% em outubro comparada a outubro de 2024, atingindo neste mês a cifra de US$ 2.9 milhões de dólares de faturamento. “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”, pontua Santos.

Exportações brasileiras

As exportações brasileiras de carne de frango registraram em outubro o segundo melhor resultado mensal da história do setor, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 501,3 mil toneladas de carne no mês, saldo que superou em 8,2% o volume embarcado no mesmo período do ano passado, com 463,5 mil toneladas.

Presidente Eeecutivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”

Com isso, as exportações de carne de frango no ano (volume acumulado entre janeiro e outubro) chegaram a 4,378 milhões de toneladas, saldo apenas 0,1% menor em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado, com 4,380 milhões de toneladas.

A receita das exportações de outubro chegaram a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024, com US$ 904,4 milhões. No ano (janeiro a outubro), o total chega a US$ 8,031 bilhões, resultado 1,8% menor em relação ao ano anterior, com US$ 8,177 bilhões.

Já as exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2.366 toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,6% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2.083 toneladas.

Em receita, houve incremento de 43,4%, com US$ 6,051 milhões em outubro deste ano, contra US$ 4,219 milhões no mesmo período do ano passado. No ano, a alta acumulada chega a 151,2%, com 36.745 toneladas entre janeiro e outubro deste ano contra 14.626 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve incremento de 180,2%, com US$ 86,883 milhões nos dez primeiros meses deste ano, contra US$ 31,012 milhões no mesmo período do ano passado.

Fonte: Assessoria ABPA
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