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Avicultura

Aumento da produção e do consumo interno de frango são esperados em 2016

Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o consumo de carne de frango deve passar de 9,34 milhões para 9,6 milhões de toneladas, enquanto a oferta do produto deve subir de 13 milhões para 13,5 milhões de toneladas

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Apesar do momento favorável às exportações por conta da valorização do dólar, o setor avícola brasileiro tem boas perspectivas também para o mercado interno em 2016, com aumento da produção e do consumo. Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o consumo de carne de frango deve passar de 9,34 milhões para 9,6 milhões de toneladas, enquanto a oferta do produto deve subir de 13 milhões para 13,5 milhões de toneladas.

A análise está no Boletim Ativos da Avicultura, elaborado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). “Além da possibilidade de preços ainda elevados da carne bovina, com as projeções de baixo crescimento da economia brasileira, o consumo de proteínas mais em conta, como o frango, tende a se sobressair”, explica o levantamento.

O boletim alerta, no entanto, para o aumento dos custos de produção, que já ocorreu em 2015, que também será impactado pela questão cambial, embora a valorização dos preços da carne tenha compensado a elevação dos custos. Este será um dos desafios neste ano, especialmente na parte de nutrição animal, pois os preços do milho e do farelo de soja, principais componentes das rações, devem subir. A alta da moeda norte-americana também deve encarecer outros itens importados utilizados na produção. Devem pesar, ainda, nos custos de produção, a energia elétrica e a mão de obra.

O estudo constatou alta dos custos de produção da avicultura integrada em 2015, na qual produtor e indústria firmam parceria em contrato para criação de animais e fornecimento de matéria-prima para a indústria. Entre as regiões analisadas pelo levantamento feito pela CNA e Cepea, o Custo Operacional Efetivo (COE), que engloba as despesas no dia a dia da atividade, subiu até 11% de janeiro a novembro, como ocorreu em Mato Grosso.

Um dos itens que mais pesou foi a energia elétrica, que teve aumento de até 59% em São Paulo no mesmo período. O combustível também influenciou o aumento do COE, principalmente em território paulista, com elevação de 21,66%. Em Minas Gerais, os gastos com a aquisição de maravalha, insumo utilizado na cama de frango, suplemento usado na alimentação animal, subiram mais de 20%. Em Mato Grosso, o uso do gás para aquecimento das aves nas granjas teve valorização de 31%.

Exportações 
Os embarques de carne de frango para outros países, que atingiram recorde em 2015, devem continuar favorecidos pelo câmbio. Segundo o USDA, as exportações do Brasil devem crescer 3,7% neste ano na comparação com o ano passado, totalizando 3,88 milhões de toneladas. Segundo o estudo, as exportações de carne de frango no ano passado foram beneficiadas pelo câmbio e pelos casos de influenza aviaria nos Estados Unidos, principal concorrente do Brasil neste mercado.

O Brasil também pode enfrentar maior concorrência no mercado internacional. Os americanos, recuperados dos problemas com a influenza aviaria neste ano, devem aumentar sua oferta de carne de frango. “Além disso, é preciso ficar atento a novas configurações políticas entre as nações, como é o caso do Tratado Transpacífico, acordo comercial firmado em outubro entre o Japão, Estados Unidos e mais dez países, que deve facilitar as transações entre eles, inclusive de carnes”, afirma o boletim.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

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Avicultura

Brasil abre mercado em Moçambique para exportação de material genético avícola

Acordo sanitário autoriza envio de ovos férteis e pintos de um dia, fortalece a presença do agronegócio brasileiro na África e amplia para 521 as oportunidades comerciais desde 2023.

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O governo brasileiro concluiu negociação sanitária com Moçambique, que resultou na autorização de exportações brasileiras de material genético avícola (ovos férteis e pintos de um dia) àquele país.

Além de contribuir para a melhoria de qualidade do plantel moçambicano, esta abertura de mercado promove a diversificação das parcerias do Brasil e a expansão do agronegócio brasileiro na África, ao oferecer oportunidades futuras para os produtores nacionais, em vista do grande potencial do continente africano em termos de crescimento econômico e demográfico.

Com cerca de 33 milhões de habitantes, Moçambique importou mais de US$ 24 milhões em produtos agropecuários do Brasil entre janeiro e novembro de 2025, com destaque para proteína animal.

Com este anúncio, o agronegócio brasileiro alcança 521 novas oportunidades de comércio, em 81 destinos, desde o início de 2023.

Tais resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Fonte: Assessoria Mapa
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Indústria avícola amplia presença na diretoria da Associação Brasileira de Reciclagem

Nova composição da ABRA reforça a integração entre cadeias produtivas e destaca o papel estratégico da reciclagem animal na sustentabilidade do agronegócio brasileiro.

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A Associação Brasileira de Reciclagem (ABRA) definiu, na última sexta-feira (12), a nova composição de seu Conselho Diretivo e Fiscal, com mandato até 2028. A assembleia geral marcou a renovação parcial da liderança da entidade e sinalizou uma maior aproximação entre a indústria de reciclagem animal e setores estratégicos do agronegócio, como a avicultura.

Entre os nomes eleitos para as vice-presidências está Hugo Bongiorno, cuja chegada à diretoria amplia a participação do segmento avícola nas decisões da associação. O movimento ocorre em um momento em que a reciclagem animal ganha relevância dentro das discussões sobre economia circular, destinação adequada de subprodutos e redução de impactos ambientais ao longo das cadeias produtivas.

Dados do Anuário da ABRA de 2024 mostram a dimensão econômica do setor. O Brasil ocupa atualmente a terceira posição entre os maiores exportadores mundiais de gorduras de animais terrestres e a quarta colocação no ranking de exportações de farinhas de origem animal. Os números reforçam a importância da atividade não apenas do ponto de vista ambiental, mas também como geradora de valor, renda e divisas para o país.

A presença de representantes de diferentes cadeias produtivas na diretoria da entidade reflete a complexidade do setor e a necessidade de articulação entre indústrias de proteína animal, recicladores e órgãos reguladores. “Como único representante da avicultura brasileira e paranaense na diretoria, a proposta é levar para a ABRA a força do nosso setor. Por isso, fico feliz por contribuir para este trabalho”, afirmou Bongiorno, que atua como diretor da Unifrango e da Avenorte Guibon Foods.

A nova gestão será liderada por Pedro Daniel Bittar, reconduzido à presidência da ABRA. Também integram o Conselho Diretivo os vice-presidentes José Carlos Silva de Carvalho Júnior, Dimas Ribeiro Martins Júnior, Murilo Santana, Fabio Garcia Spironelli e Hugo Bongiorno. Já o Conselho Fiscal será composto por Rodrigo Hermes de Araújo, Wagner Fernandes Coura e Alisson Barros Navarro, com Vicenzo Fuga, Rodrigo Francisco e Roger Matias Pires como suplentes.

Com a nova configuração, a ABRA busca fortalecer o diálogo institucional, aprimorar práticas de reciclagem animal e ampliar a contribuição do setor para uma agropecuária mais eficiente e ambientalmente responsável.

Fonte: O Presente Rural com Unifrango
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Avicultura

Avicultura supera ano crítico e pode entrar em 2026 com bases sólidas para crescer

Após enfrentar pressões sanitárias, custos elevados e restrições comerciais em 2025, o setor mostra resiliência, retoma exportações e reforça a confiança do mercado global.

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O ano de 2025 entra para a história recente da avicultura brasileira como um dos anos mais desafiadores. O setor enfrentou pressão sanitária global, instabilidade geopolítica, custos de produção elevados e restrições comerciais temporárias em mercados-chave. Mesmo assim, a cadeia mostrou capacidade de adaptação, coordenação institucional e resiliência produtiva.

A ação conjunta do Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e de entidades estaduais foi decisiva para conter danos e recuperar a confiança externa. Missões técnicas, diplomacia sanitária ativa e transparência nos controles sustentaram a reabertura gradual de importantes destinos ao longo do segundo semestre, reposicionando o Brasil como fornecedor confiável de proteína animal.

Os sinais de retomada já aparecem nos números do comércio exterior. Dados preliminares indicam que as exportações de carne de frango em dezembro devem superar 500 mil toneladas, o que levará o acumulado do ano a mais de 5 milhões de toneladas. Esse avanço ocorre em paralelo a uma gestão mais cautelosa da oferta: o alojamento de 559 milhões de pintos em novembro ficou abaixo das projeções iniciais, próximas de 600 milhões. O ajuste ajudou a equilibrar oferta e demanda e a dar previsibilidade ao mercado.

Para 2026, o cenário é positivo. A agenda econômica global tende a impulsionar o consumo de proteínas, com a retomada de mercados emergentes e regiões em recuperação. Nesse contexto, o Brasil – e, em especial, o Paraná, líder nacional – está bem-posicionado para atender ao mercado interno e aos principais compradores internacionais.

Investimentos contínuos para promover o bem-estar animal, biosseguridade e sustentabilidade reforçam essa perspectiva. A modernização de sistemas produtivos, o fortalecimento de protocolos sanitários e a adoção de práticas alinhadas às exigências ESG elevam o padrão da produção e ampliam a competitividade. Mais do que reagir, a avicultura brasileira se prepara para liderar, oferecendo proteína de alta qualidade, segura e produzida de forma responsável.

Depois de um ano de provas e aprendizados, o setor está ainda mais robusto e inicia 2026 com fundamentos sólidos, confiança renovada e expectativa de crescimento sustentável, reafirmando seu papel estratégico na segurança alimentar global.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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