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Aumenta competitividade da cadeia de suínos

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Um modelo que traz mais competitividade para a suinocultura nacional, proporciona qualidade de vida às porcas no período da prenhez e ainda faz vivê-las por mais tempo. É a gestação coletiva, que já tem sido adotada por produtores brasileiros, visando a atender os princípios de bem-estar animal e as tendências do mercado internacional.
Enquanto na gestação em gaiolas as porcas passam a vida inteira confinadas – sem espaço para se virar, apenas para deitar e levantar, além de comer, beber água, defecar e ser inseminadas no mesmo local -, na prenhez coletiva há uma nova proposta: o animal pode viver em um ambiente no qual interage com os demais suínos e evita escaras – feridas causadas pela falta de movimentação -, estresse, problemas fisiológicos e sanitários.
Por muito tempo, os produtores acreditavam que criar os animais presos em gaiolas evitaria brigas entre eles e aumentaria a produtividade das matrizes, prevenindo abortos, além de facilitar o manejo dos animais, controlando o cio e a quantidade de alimento de cada uma das porcas.
Entretanto, de acordo com a representante da Comissão de Bem-estar Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Liziè Buss, pesquisas já mostram que matrizes em condições de confinamento até produzem dentro do esperado, mas podem não estar bem.
"Essas porcas passam a vida produtiva inteira na gaiola. Só são levadas para uma gaiola um pouco maior na hora de parir. A vida delas acaba sendo frustrante e estressante, por não conseguir expressar comportamentos naturais. Com isso, elas vivem menos do que deveriam, fazendo com que o produtor tenha de renovar as matrizes com mais frequência", diz Liziè.
Tratar os animais adequadamente e melhorar suas condições de vida são algumas das premissas do bem-estar animal. "Um bom grau de bem-estar significa que o animal está confortável, saudável, bem nutrido, seguro e que não há prejuízos para sua saúde física e mental", acrescenta a representante da Comissão de Bem-estar Animal do Mapa.
Como funciona

A gestação coletiva de porcas proporciona todos esses requisitos. O sistema funciona deste modo: a baia coletiva é subdividida em diversas baias menores, chamadas de baias de fuga. No centro, é instalada uma máquina de alimentação automatizada para cada 80 fêmeas. Assim, não há disputa por comida, evitando brigas entre os animais. Produtores menores podem alojar matrizes em grupo de seis a oito animais, usando arraçoamento manual ou semiautomático.

As matrizes passam todo o tempo no galpão coletivo, onde podem caminhar, interagir, escolher local para deitar e área para defecar e urinar. As porcas ficam assim até o momento do parto, quando vão para gaiolas de parição, o que evita o esmagamento dos leitões.
Segundo Liziè, esse sistema melhora o conforto dos animais, além de aumentar a longevidade deles. Isso, assinala, evita que o produtor tenha de fazer descarte prematuro de matrizes.
Mercado internacional

A gestação coletiva de matrizes suínas já é realidade entre os três maiores produtores mundiais de suínos – China, União Europeia e Estados Unidos, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Quarto maior criador mundial de suínos, o Brasil está se adaptando à nova realidade para que seus produtores se mantenham competitivos e a sua suinocultura tenha boa imagem no exterior. Para tanto, a cadeia produtiva do setor também está investindo em técnicas de bem-estar animal.
Os produtores e empresas que atendem aos requisitos das diretrizes de bem-estar animal – destaca Liziè – estão em posiç ão privilegiada nas negociações com os compradores. Isso porque o atendimento das exigências das diretrizes de bem-estar animal se torna uma característica intrínsecas do produto, expressando um valor econômico potencial e uma qualidade ética superior.
 

Fonte: VS Comunicação- Mapa

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Boi gordo enfrenta semanas de instabilidade e pressão nas cotações

Recuo de até R$ 13/@ reflete um mercado mais sensível antes do período de maior consumo.

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Foto: Ana Maio

A possibilidade de novas medidas protecionistas da China voltou a gerar incerteza no mercado pecuário brasileiro. O país asiático, principal destino da carne bovina do Brasil, estaria avaliando restringir a entrada do produto, mas não há qualquer confirmação oficial até o momento. Mesmo assim, os rumores foram suficientes para pressionar os contratos futuros do boi nas últimas semanas.

As especulações ganharam força no início de novembro, indicando que Pequim poderia retomar o movimento iniciado em 2024, quando alegou excesso de oferta interna para reduzir as importações. A decisão, que inicialmente seria tomada em agosto de 2025, foi adiada para novembro, ampliando a cautela dos agentes e intensificando a queda na curva futura: em duas semanas, os contratos recuaram entre R$ 10 e R$ 13 por arroba.

Foto: Gisele Rosso

Com a China respondendo por cerca de 50% das exportações brasileiras de carne bovina, qualquer redução nos embarques tende a impactar diretamente os preços do boi gordo, especialmente em um momento de forte ritmo de produção.

Apesar da tensão, o cenário de curto prazo permanece positivo. A demanda doméstica, reforçada pela sazonalidade do fim de ano, e o recente alívio nas barreiras impostas pelos Estados Unidos ajudam a sustentar as cotações. Caso os abates não avancem mais de 10% em novembro e dezembro, a disponibilidade interna deve ficar abaixo da registrada em outubro, movimento que favorece a recuperação dos preços da carne nos próximos 30 dias.

Para 2026, as projeções seguem otimistas para a pecuária brasileira. A expectativa é de menor oferta de animais terminados, custos de produção mais competitivos e demanda externa firme, em um contexto de queda da produção e das exportações de concorrentes, especialmente dos Estados Unidos. A principal atenção fica por conta do preço da reposição, que subiu de forma expressiva e exige valores mais ajustados na venda do boi gordo para assegurar a rentabilidade na terminação.

Fonte: O Presente Rural com informações Consultoria Agro Itaú BBA Agro
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Novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável busca impulsionar produção de leite no Noroeste de Minas Gerais

Assistência técnica, pesquisa aplicada e melhorias genéticas a 150 propriedades familiares, com foco em produtividade, sustentabilidade e fortalecimento da cadeia leiteira no Noroeste mineiro até 2028.

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Foto: Carlos Eduardo Santos

O fortalecimento e a ampliação da produção de leite de produtores de Paracatu (MG), de forma sustentável, eficiente e de qualidade, ganharam impulso com o início do novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável, desenvolvido em parceria entre a Embrapa Cerrados e a Cooperativa Agropecuária do Vale do Paracatu (Coopervap).

O projeto é desenvolvido no âmbito do Programa Mais Leite Saudável (PMLS) do MAPA desde 2020. O Programa Mais Leite Saudável é um incentivo fiscal que permite a laticínios e cooperativas obter até 50% de desconto (crédito presumido) no valor de PIS/Pasep e COFINS relativo à comercialização do leite cru utilizado como insumo, desde que desenvolvam projetos que fortaleçam e qualifiquem a cadeia produtiva por meio de ações diretas junto aos produtores.

O treinamento dos técnicos recém-selecionados foi realizado no fim de outubro, e as primeiras visitas às propriedades ocorreram no início de novembro. Essa é a terceira fase do projeto, que conta com o acompanhamento do pesquisador José Humberto Xavier e do analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados, Carlos Eduardo Santos.

O projeto articula as dimensões de assistência técnica e pesquisa e atuará nessa etapa com uma rede de 150 propriedades rurais familiares, que receberão acompanhamento de três veterinários e dois agrônomos, seguindo o modelo implantado em 2020. A equipe da Embrapa atua na capacitação técnica e metodológica dos técnicos e na condução de testes de validação participativa de tecnologias promissoras junto aos agricultores da rede.

A nova etapa, prevista para ser concluída em 2028, busca desenvolver alternativas para novos sistemas de cultivo com foco na agricultura de conservação, oferecer apoio técnico ao melhoramento genético dos animais de reposição com o uso de inseminação artificial e ampliar o alcance dos resultados já obtidos, beneficiando mais agricultores familiares e contribuindo para o desenvolvimento regional.

Segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados, José Humberto Xavier, os sistemas de cultivo desenvolvidos até agora melhoraram o desempenho das lavouras destinadas à alimentação do rebanho, mas ainda são necessários ajustes para reduzir a perda de qualidade do solo causada pelo preparo convencional e pela elevada extração de nutrientes advinda da colheita da silagem, além de evitar problemas de compactação quando o solo está úmido. Ele destaca também os desafios de aumentar a produtividade e reduzir a penosidade do trabalho com mecanização adequada.

O analista Carlos Eduardo Santos ressaltou a importância de melhorar o padrão genético do rebanho. “A reposição das matrizes é, tradicionalmente, feita pela compra de animais de outros rebanhos. Isso gera riscos produtivos e sanitários, além de custos elevados. Por isso, a Coopervap pretende implementar um programa próprio de reposição, formulado com base nas experiências dos técnicos e produtores ao longo da parceria”, afirmou.

Fonte: Assessoria Embrapa Cerrados
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Curso gratuito da Embrapa ensina manejo correto de resíduos na pecuária leiteira

Capacitação on-line orienta produtores a adequar propriedades à legislação ambiental e transformar dejetos em insumo seguro e sustentável.

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Foto: Julio Palhares

Como fazer corretamente o manejo dos dejetos da propriedade leiteira e adequá-la à legislação e à segurança dos humanos, animais e meio ambiente? Agora, técnicos e produtores têm à disposição um curso on-line, disponível pela plataforma de capacitações a distância da Embrapa, o E-Campo, para aprender como realizar essa gestão. A capacitação “Manejo de resíduos na propriedade leiteira” é gratuita e deve ocupar uma carga horária de aproximadamente 24 horas do participante.

O treinamento fecha o ciclo de uma série de outros cursos relacionados ao manejo ambiental da atividade leiteira: conceitos básicos em manejo ambiental da propriedade leiteira e manejo hídrico da propriedade leiteira, também disponíveis na plataforma E-Campo.

De acordo com o pesquisador responsável, Julio Palhares, identificou-se uma carência de conhecimento sobre como manejar os resíduos da atividade leiteira para adequar a propriedade frente às determinações das agências ambientais. “O correto manejo é importante para dar qualidade de vida aos que vivem na propriedade e no seu entorno, bem como para garantir a qualidade ambiental da atividade e o uso dos resíduos como fertilizante”, explica Palhares.

A promoção do curso ainda contribui para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), como as metas 2 e 12. A 2 refere-se à promoção da agricultura sustentável de produção de alimentos e prevê práticas agropecuárias resilientes, manutenção dos ecossistemas, fortalecimento da capacidade de adaptação às mudanças climáticas, etc. O ODS 12 diz respeito ao consumo e produção responsáveis, principalmente no que diz respeito à gestão sustentável.

O treinamento tem oferta contínua, ou seja, o inscrito terá acesso por tempo indeterminado.

Fonte: Assessoria Embrapa Pecuária Sudeste
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