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Auditores fiscais federais agropecuários defendem políticas de segurança nas atividades de fiscalização
Durante o 7º Conaffa, categoria aprovou diretrizes que incluem estudos sobre o uso de câmeras corporais e medidas para melhorar as condições de trabalho, em resposta ao aumento de casos de assédio e ameaças contra os profissionais.

Como forma de proteger a integridade física dos auditores fiscais federais agropecuários, os profissionais defendem a realização de estudos sobre a viabilidade e a efetividade do uso de câmeras corporais durante as atividades de inspeção. A medida integra o conjunto de 20 diretrizes aprovadas no 7º Congresso Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Conaffa), realizado na última semana, em Bento Gonçalves (RS).
Promovido pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), o evento, realizado a cada três anos, reúne os profissionais para debater os rumos da carreira e definir estratégias de mobilização. As diretrizes aprovadas também incluem o desenvolvimento de uma política permanente de monitoramento das condições de trabalho dos auditores lotados em unidades fora das Superintendências Federais de Agricultura (SFAs).

Foto: Anffa Sindical
A proposta sobre o uso de câmeras corporais surge diante do aumento de casos de assédio e intimidação contra auditores durante o exercício de suas funções. Nos últimos anos, foram registradas denúncias caluniosas, ameaças e até tentativas de homicídio como forma de pressões para inibir as atividades de fiscalização e auditoria.
Além disso, a discussão acontece no momento em que tramitam no Congresso Nacional projetos de lei que propõem o porte de arma para auditores fiscais federais agropecuários e técnicos em fiscalização federal agropecuária, com o objetivo de garantir segurança durante as atividades em campo, especialmente em locais isolados ou de maior vulnerabilidade.
As propostas buscam reconhecer o risco inerente às funções desempenhadas pelos servidores, que atuam em defesa da saúde pública e da qualidade dos produtos agropecuários. “Nossos profissionais atuam na linha de frente da defesa agropecuária, em locais estratégicos e de alta sensibilidade econômica. É fundamental garantir condições de trabalho seguras e estruturadas para que possam cumprir seu papel com independência e integridade, com foco no interesse público, que sempre deve estar acima de pressões econômicas ou qualquer outro interesse”, afirmou o presidente do Anffa Sindical, Janus Pablo Macedo.

Foto: Divulgação/Anffa Sindical
Entre os demais temas aprovados durante o Conaffa estão a promoção de estudos sobre o impacto do teletrabalho na carreira, a realização de ciclos de debates sobre os principais temas que envolvem a atuação do auditor fiscal federal agropecuário na regulação e fiscalização da atividade agropecuária e seus impactos socioeconômicos e ambientais, além da criação de um fundo financeiro de atividade sindical e da implementação de debates obrigatórios nas eleições do Anffa Sindical. “Segurança e estrutura são condições indispensáveis para a efetividade da fiscalização e para a proteção da sociedade e do agronegócio brasileiro”, reforçou Macedo.
Carta de Bento Gonçalves

Presidente do Anffa Sindical, Janus Pablo Macedo: “Segurança e estrutura são condições indispensáveis para a efetividade da fiscalização e para a proteção da sociedade e do agronegócio brasileiro”
O encerramento do Conaffa foi marcado pela aprovação da Carta de Bento Gonçalves, documento que expressa preocupação com os rumos da Reforma Administrativa em tramitação no Congresso Nacional. O texto, que pode ser acessado aqui, alerta que a proposta ameaça a eficiência e a estrutura do serviço público, enfraquecendo os princípios do pacto federativo e da independência dos Poderes, bases do Estado Democrático de Direito. “O fortalecimento do Estado brasileiro depende de servidores valorizados, estruturas técnicas sólidas e políticas guiadas pelo interesse público. Reduzir o serviço público a uma lógica de mercado é um retrocesso institucional e social sem precedentes. Conclamamos os parlamentares a rejeitarem a proposta de Reforma Administrativa e o Governo Federal a defender com firmeza o serviço público e a soberania nacional”, destaca trecho da Carta, que será encaminhada a autoridades e parlamentares.
Ao avaliar o evento, o presidente do Anffa Sindical ressaltou o engajamento dos filiados e o caráter propositivo das discussões. “O Conaffa foi um marco pela riqueza dos debates e pelo comprometimento dos colegas. As diretrizes aprovadas orientarão nosso planejamento estratégico nos próximos anos, fortalecendo o Sindicato, valorizando a carreira e contribuindo para o fortalecimento da fiscalização agropecuária, indispensável para a segurança dos alimentos e o desenvolvimento do Brasil”, ressaltou.
O Anffa Sindical apoia e estimula a realização de estudos e ações que ampliem a segurança e assegurem melhores condições de trabalho aos auditores fiscais federais agropecuários. A entidade destaca que a valorização e a proteção dos servidores são fundamentais para garantir a efetividade da fiscalização, a segurança alimentar da população e a credibilidade do agronegócio brasileiro.

Notícias Livre de imprevistos
Empresas agrícolas apostam em tecnologia para aumentar produtividade e segurança
O uso de câmeras de segurança inteligentes, permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

Nos últimos anos, o setor agrícola brasileiro tem investido cada vez mais em diferentes tecnologias. O objetivo é ampliar a forma de monitorar as plantações em tempo real, para saber exatamente sobre o período ideal para plantio, irrigação e colheita, sendo instrumentos que funcionam como importantes aliados para o trabalho na agricultura.
Da mesma forma, os investimentos em tecnologia também se fazem necessários nas propriedades visando a segurança destes espaços, com o objetivo de garantir que o patrimônio esteja livre de imprevistos.
Pensando nisso, apresentamos este artigo para você, que possui empresas agrícolas, ou propriedades, e ainda está em dúvida sobre quais os tipos de tecnologia poderá investir para aumentar a sua produtividade e segurança.
Melhorando o desempenho das plantações
Existem diversas tecnologias voltadas exclusivamente para fornecer melhorias para as propriedades rurais, com o desenvolvimento de máquinas e equipamentos que se tornaram aliados para o desenvolvimento agrário.
Um dos exemplos a serem destacados é voltado à agricultura de precisão. Através de dados de GPS, imagens de satélite e sensores, é possível avaliar a qualidade do solo e das diferentes culturas existentes na fazenda. O objetivo é garantir a aplicação adequada de sementes, fertilizantes, defensivos e outros insumos, de modo a garantir a eficiência da produção.
Atualmente, a conectividade nas propriedades já é uma realidade. E a internet das coisas (IoT) se torna uma importante aliada. Através da instalação de sensores no solo, em plantas e máquinas, é possível coletar dados em tempo real sobre a temperatura, umidade, níveis de nutrientes e condições climáticas. Isso permite um manejo eficiente para a irrigação da região, além de detectar determinados problemas precocemente.
Da mesma forma, tecnologias como inteligência artificial e big data se somam juntos às melhorias para o setor agrícola, através do uso de algoritmos de IA para analisar grandes volumes de dados sobre o andamento das culturas plantadas, fazendo com que os produtores tenham real noção de lidar com o seu plantio de acordo com a demanda exigida.
E isso também soma-se a equipamentos modernos e automatizados, como os tratores e colheitadeiras autônomos, que fazem o trabalho no campo por 24 horas por dia, garantindo a redução de custos operacionais. Outro exemplo pode ser visto com os drones, que através de câmeras e sensores, fazem o monitoramento aéreo das lavouras, para localizar áreas que necessitam de maior cuidado.
Segurança como aliada ao setor
Atualmente, se tornou cada vez mais necessário que as empresas agrícolas também invistam em segurança, para proteger sua plantação, maquinário, e até mesmo as pessoas que estão trabalhando nas propriedades. Pensando nisso, também há tecnologias que contribuem com a segurança no setor.
Um dos exemplos está justamente no sistema de reconhecimento de placas de veículos. que ajuda a identificar todos os veículos que estiverem dentro das instalações das propriedades. Além disso, estes dispositivos são essenciais para fiscalizar e monitorar atividades suspeitas nos locais fechados, com o objetivo de oferecer resposta imediata em caso de possíveis ameaças.
Outro recurso que vem ganhando espaço é o uso de câmeras de segurança inteligentes, capazes de detectar comportamentos anormais, movimentos fora do padrão ou a presença de pessoas em áreas restritas. Essas câmeras permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.
Há também o caso dos softwares de gestão agrícola, que se tornam aliados para a avaliação de riscos dentro da área de cultivo, tornando o ambiente mais seguro para os trabalhadores, de modo a garantir a execução dos serviços de acordo com as normas regulatórias.
A rastreabilidade também entra no processo, com o uso de ferramentas como o blockchain, responsáveis pelo rastreio da origem e do percurso dos produtos agrícolas. O objetivo é aumentar a transparência de toda a cadeia de suprimentos até o consumidor final, gerando segurança alimentar.
Conclusão
Investir em tecnologias para o setor agrícola é uma necessidade de grande importância, principalmente para a melhora da produtividade e segurança das operações. Isso traz credibilidade às propriedades que estão mais atentas às necessidades do mercado, com a realização dos trabalhos de forma eficaz.
Portanto, é fundamental que os proprietários de áreas agrícolas estejam cada vez mais atentos às necessidades de mercado, de forma a ampliar a sua gama de clientes, e a crescer suas vendas.
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Estreia de filme sobre Aury Bodanese será transmitida pelo O Presente Rural
Longa-metragem “Antes do Nascer do Sol” terá lançamento nacional ao vivo nesta terça (18), a partir das 19h. A obra reconstrói a trajetória e o legado de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro e referência no desenvolvimento do agronegócio catarinense.

O filme “Antes do Nascer do Sol”, que narra a trajetória de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro, estreia oficialmente nesta terça-feira (18), às 19 horas. A transmissão ao vivo está programada para começar às 18h57 e você pode conferir no canal de YouTube de O Presente Rural.
Mais de 20 plataformas de comunicação, distribuídas em quatro estados, vão acompanhar o evento simultaneamente, ampliando o alcance da produção cultural. O lançamento marca um dos maiores movimentos de difusão audiovisual já realizados por um grupo regional de mídia no Sul do país.
Criado por Osnei de Lima e Julmir Cecon, o longa-metragem reconstrói a vida, a obra e o impacto de Bodanese no desenvolvimento do agronegócio catarinense e nacional. O roteiro destaca a atuação dele na consolidação do modelo cooperativista na região Oeste, reconhecido por transformar pequenas propriedades e fortalecer cadeias produtivas como leite, suínos e aves.
A direção de marketing do projeto é assinada por Fernanda Moreira, do Grupo Condá, responsável por coordenar a estratégia que conectou veículos de comunicação e plataformas digitais para o lançamento simultâneo.
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Relação de troca melhora e abre espaço para antecipação de compras de fertilizantes, aponta Itaú BBA
Após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais.

A relação de troca entre fertilizantes e os principais produtos agrícolas brasileiros apresentou melhora contínua nos últimos três meses e voltou a níveis próximos da média histórica para nitrogenados e potássicos. A avaliação é da Consultoria Agro do Itaú BBA, no relatório divulgado nesta terça-feira (18), referente novembro de 2025, que aponta um cenário mais favorável para produtores planejarem a safrinha de 2026 e até iniciarem compras para a safra de verão de 2027.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR
Segundo os analistas, após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais. O MAP atingiu a mínima do ano, e a ureia voltou a patamares semelhantes aos de 2024
Fosfatados ainda pesam
Com a queda das cotações, a relação de troca melhorou para a maior parte das culturas, refletindo um equilíbrio maior entre custo dos insumos e preços agrícolas. Ainda assim, os fertilizantes fosfatados continuam acima da média histórica, mantendo pressão sobre operações que dependem de maiores doses de MAP e similares.
A única exceção é o café: com as cotações do grão em forte alta ao longo de 2025, o setor registra as melhores relações de troca já

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
observadas no histórico da consultoria, o que torna a compra de fertilizantes particularmente atrativa para os cafeicultores
Fontes mais baratas e diluídas
O relatório destaca um movimento estruturante no mercado brasileiro: o avanço do uso de fertilizantes com menor concentração do macronutriente, mas preço mais competitivo por ponto percentual de N ou P₂O₅.
Nos nitrogenados, o sulfato de amônio (SAM) passou a oferecer melhor custo por unidade de nitrogênio do que a ureia, atraindo demanda adicional. Entre os fosfatados, o supersimples (SSP) ganhou espaço pela menor cotação nominal, seguido do supertriplo (TSP), que também avança em relação ao tradicional MAP
O efeito já aparece nas importações: entre janeiro e outubro de 2025, pela primeira vez o Brasil importou mais SAM que ureia, e mais SSP do que MAP, um marco inédito nas duas cadeias

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
Oportunidades para safrinha de 2026
Com as relações de troca mais favoráveis e preços recuados, o Itaú BBA avalia que há espaço para acelerar as compras da safrinha de inverno de 2026, que estão atrasadas. Os analistas também citam a possibilidade de produtores iniciarem, desde já, a montagem do pacote tecnológico para a safra 2027, aproveitando o momento de maior previsibilidade de custos
Câmbio segue como ponto de atenção
Apesar da queda nas cotações internacionais de ureia, MAP e KCl, o relatório lembra que a taxa de câmbio continua sendo um fator determinante na formação de preços internos. Movimentos do dólar frente ao real podem neutralizar parte da competitividade obtida pela retração externa dos fertilizantes, especialmente em um momento marcado por instabilidades macroeconômicas globais



