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Auditores agropecuários ensinam a escolher peixe de qualidade na Semana Santa

Affas realizam um trabalho intenso, de fiscalização e inspeção dos pescados, da produção à mesa do brasileiro. Aprenda a escolher um bom pescado para a próxima sexta-feira.

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Foto: Divulgação/Anffa Sindical

Na Semana Santa, período tradicional de maior consumo de peixes em todo o país, o bacalhau é o preferido por muitos brasileiros, mas o pescado, que também tem consumo significativo no período, é, sem dúvida, o mais procurado pela maioria, principalmente, devido às melhores opções de preço. O termo pescado engloba todos os tipos de peixes, incluindo crustáceos, camarões, moluscos, entre outros.

Os auditores fiscais federais agropecuários (Affas) realizam um trabalho intenso, de fiscalização e inspeção dos pescados, da produção à mesa do brasileiro. No entanto, quando os pescados e demais peixes chegam aos estabelecimentos comerciais, cabe ao consumidor estar atento à escolha, verificando as características do produto, para evitar intoxicações e outras doenças causadas pela ingestão do alimento inadequado ao consumo.

É relativamente simples averiguar a qualidade desses produtos, observando aspectos importantes, na hora da compra, mas nada como ser orientado por quem faz esse trabalho rotineiramente, como os Affas. Carolina Cerqueira, Affa que atua no 3º Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sipoa/SFA-DF) do Ministério a Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), informa que o auditor agropecuário acompanha toda a cadeia produtiva do pescado.

Segundo ela, as principais características a serem observadas pelo consumidor no momento da compra do pescado estão relacionadas ao frescor e a uma análise dos atributos sensoriais do peixe. Entre elas, a auditora destaca a quantidade de gelo que envolve o peixe, que precisa estar imerso em uma boa camada de gelo, em temperatura baixa.

Textura, pele e escamas do pescado também devem ser observadas com atenção. A região próxima à cauda deve estar limpa, lisa e livre de perfurações, com um aspecto brilhante e odor normal, característico do produto. Quanto às escamas, Carolina recomenda que se observe a firmeza delas, pois ao tentar puxar, a escama não deve se soltar do peixe. “O próximo passo é olhar as nadadeiras”, informa e alerta que elas devem ser resistentes quando puxadas. E acrescenta que, assim como as escamas, as nadadeiras também não devem se soltar do peixe.

Outra região importante a ser observada é a barriga do peixe, onde o consumidor deve apalpar com um dedo e verificar se a impressão digital desaparece logo em seguida. Caso ela se mantenha, é sinal que o peixe está inadequado para o consumo.

A região dos olhos do pescado é outro local importante para avaliação, na escolha desse tipo de produto. “Os olhos devem estar limpos, translúcidos, transparentes, com aspecto vivo, convexo e ocupando toda a cavidade orbitária do peixe”, ensina Carolina.

Por último, outro aspecto que definirá a boa qualidade ou não do pescado é a coloração das brânquias ou guelras, que devem ter cor rosa avermelhada, de aspecto úmido e brilhante. “É muito simples e importante que o consumidor saiba escolher o peixe de boa qualidade, seguro e acondicionado de forma adequada. Assim, podemos consumir uma fonte de proteína extremamente rica e saudável, livre de parasitas, microorganismos e toxinas que pode fazer mal à saúde. Fique atento ao peixe que você vai comprar”, alerta a Affa.

Os auditores agropecuários que fiscalizam e inspecionam pescados e demais espécies de peixes, além de avaliarem todas as caraterísticas desses produtos e verificar se atendem às normas sanitárias para o consumo, recorrem a análises laboratoriais feitas nos laboratórios oficiais credenciados ao Mapa. Os Affas agem também por denúncias e verificam os produtos no local.

O que observar na compra do peixe

1 – Pescado deve estar envolvido (em contato) com boa quantidade de gelo, pois precisa estar acondicionado a baixas temperaturas;

2 – Região da cauda deve estar limpa, lisa e livre de perfurações, com aspecto brilhante e odor normal;

3 – Escamas e nadadeiras devem ser firmes e não se soltar quando puxadas;

4 — A barriga também deve ser firme e quando apalpada, deve registrar a impressão digital, que deve desaparecer em seguida. Ela não deve se manter visível.

5 – Os olhos do peixe devem estar limpos, translúcidos; transparentes, com aspecto vivo, convexo e ocupando toda a cavidade orbitária;

6 – Brânquias ou guelras devem ter coloração rosa e avermelhada, úmida e brilhante.

Fonte: Assessoria Affas

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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