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Auditora do Mapa alerta para uso inadequado de antimicrobianos

Diretrizes do Mapa guiam do produtor à indústria do que deve ser feito em relação a utilização dos antimicrobianos, especialmente aqueles utilizados como promotores de crescimento

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Arquivo/OP Rural

A utilização de antimicrobianos na produção animal há algum tempo vem causando calorosas discussões entre produtores, indústria e mercado consumidor. É sabido que a utilização deles para a produção de proteína animal é benéfica quando utilizada em baixa escala. Porém, consumidores estão exigindo, cada vez mais, que as proteínas sejam livres destes medicamentos. Para resolver a situação, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) conta com algumas diretrizes que devem ser seguidas por toda a cadeia produtiva. 

O Mapa é responsável pela regulamentação do registro, fabricação, comércio e uso dos antibióticos para animais, explica a auditora fiscal federal agropecuária e coordenadora da Comissão sobre Prevenção da Resistência aos Antimicrobianos em Animais, no âmbito da SDA/MAPA – CPRA/DAS, Suzana Bresslau. “Os produtos de uso veterinário recebem registro pelo Mapa somente quando os requisitos de segurança, qualidade e eficácia estabelecidos na legislação brasileira são atendidos”, conta.

A auditora afirma que as diretrizes do Mapa relacionadas à utilização responsável de antimicrobianos estão dispostas no Plano de Ação Nacional para Prevenção e Controle da Resistência aos Antimicrobianos, no âmbito da agropecuária, o PAN-BR AGRO, onde há diversas ações relacionadas ao tema. “Entre elas, constam a promoção de estratégias de comunicação e educação em saúde, o aprimoramento da formação e capacitação de profissionais e gestores da área de saúde animal, o monitoramento integrado da resistência aos antimicrobianos, a ampliação do conhecimento científico sobre o tema, a implantação de medidas de prevenção e controle de infecções, a promoção do uso racional de antimicrobianos e o gerenciamento adequado de seus resíduos”, informa.

Suzana comenta que o Mapa entende que todos os envolvidos na cadeia devem atender às diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) quanto ao tema. “Em especial atendendo a abordagem de Saúde Única e alinhado as recomendações da Tripartite OMS/FAO/OIE no Plano de Ação Global sobre Resistência aos Antimicrobianos”, diz.

O que a auditora fiscal federal reitera é que os envolvidos na cadeia devem estar sempre atentos às diretrizes da OIE. “Alguns exemplos são usar antimicrobianos somente quando necessário; aumentar a supervisão veterinária para o uso; respeitar a dosagem prescrita, a duração do tratamento e o período de retirada; adquirir antimicrobianos de fontes e distribuidores autorizados; e usar antimicrobianos somente associados a boas práticas de saúde animal, de higiene e vacinação”, expõe.

Segundo ela, se destacam ainda as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) sobre a descontinuidade do uso de antimicrobianos de importância médica para a melhoria de desempenho e sobre as restrições para o uso de fluorquinolonas, cefalosporinas de 3ª e 4ª geração e colistina. “Devendo ser limitado para uso terapêutico como uma segunda escolha, baseado em resultados de testes bacteriológicos, evitando o uso off-label deles”, explica Suzana.

Preocupação deve ser do produtor à indústria

Além do mais, de acordo com a auditora, é importante que o produtor tenha a compreensão de que os antimicrobianos são medicamentos essências para a saúde humana e animal e que é preciso ser preservada a capacidade de combater infecções. Sem contar que estas ferramentas não devem ser utilizadas em substituição às boas práticas de manejo, de higiene e vacinação. “Trata-se de uma oportunidade para avaliar o sistema atual de produção e reforçar a implementação de práticas agropecuárias que reduzam a possibilidade de infecções e, consequentemente, reduzam a necessidade do uso de antimicrobianos nos animais”, diz.

Suzana comenta que é previsto que os produtores aumentarão a conscientização sobre a necessidade do uso responsável de antimicrobianos e haverá uma melhora no status sanitário dos rebanhos pela implementação das boas práticas agropecuárias.

A auditora reitera ainda que o combate à resistência aos antimicrobianos é responsabilidade de todos os envolvidos na cadeia produtiva de proteína animal. “A indústria deve qualificar seus fornecedores e estimular o uso racional de antimicrobianos, priorizando também a implementação das boas práticas de manejo, de higiene e vacinação”, reforça.

E os antimicrobianos promotores de crescimento…

Já quanto aos antimicrobianos promotores de crescimento, Suzana comenta que considerando os compromissos assumidos pelo Brasil e as recentes recomendações da OMS e da OIE, o Mapa publicou em dezembro de 2018 a Portaria DAS 171, informando sobre a intenção de proibição como aditivo melhorador de desempenho dos antimicrobianos tilosina, lincomicina, virginiamicina, bacitracina e tiamulina e concedendo prazo para manifestações técnicas. Este prazo, explica a profissional, foi postergado pela Portaria DAS 15, de 01 de fevereiro de 2019.

“O Mapa já vinha trabalhando nesta matéria, com diversas proibições de antimicrobianos para a finalidade de aditivo melhorador de desempenho desde 1998, e mais recente, como demonstram as Instruções Normativas nº 45/2016 (proibição da substância antimicrobiana sulfato de colistina com a finalidade de aditivo zootécnico melhorador de desempenho) e nº 14/2012 (proibição das substâncias antimicrobianas espiramicina e eritromicina com finalidade de aditivo zootécnico melhorador de desempenho)”, conta.

A auditora fiscal informa ainda que o Brasil tem trabalhado fortemente neste tema, atendendo à abordagem de Saúde Única e alinhando às recomendações da OMS/FAO/OIE no Plano de Ação Global sobre Resistência aos Antimicrobianos. “Isso porque este é um tema de relevância global, sendo considerada uma ameaça à efetividade do tratamento de diversas infecções. As diretrizes do Mapa relacionadas à utilização responsável de antimicrobianos e à adaptação a essa realidade estão dispostas no Plano de Ação Nacional para Prevenção e Controle da Resistência aos Antimicrobianos, no âmbito da Agropecuária, o PAN-BR AGRO”, finaliza.

Outras notícias você encontra na edição de Aves de abril/maio de 2019 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Avicultura

AVES reconhece os melhores ovos do Espírito Santo em 2025

Concurso reuniu 39 amostras e avaliou rigorosamente casca, clara e gema em três etapas técnicas, confirmando a evolução da avicultura capixaba e premiando produtores que se destacam em excelência e manejo.

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Fotos: Divulgação/AVES

A Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES) realizou em Santa Maria de Jetibá mais uma edição do Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba, iniciativa já tradicional que reconhece o profissionalismo, o cuidado e a evolução técnica da avicultura do Estado. A edição de 2025 registrou uma forte participação, com 27 amostras de ovos brancos e 12 de ovos vermelhos enviadas por produtores de diversas regiões capixabas, reforçando o alcance da atividade e a importância do evento para a cadeia produtiva.

Marcado por rigor técnico, o concurso estruturou sua avaliação em três etapas conduzidas pela Comissão Organizadora e por um grupo de dez jurados convidados, representantes de empresas, instituições e entidades do setor avícola de diferentes estados. O médico-veterinário Leandro Marinho, do Idaf, atuou como auditor externo, garantindo neutralidade e transparência ao processo.

Na primeira fase, as amostras passaram pela análise objetiva da Máquina Digital Egg Tester, que avaliou resistência e espessura da casca e Unidade Haugh, parâmetro de referência internacional para medir a qualidade interna dos ovos. Todas as amostras foram submetidas aos mesmos critérios, e apenas as dez mais bem classificadas de cada categoria avançaram. A segunda etapa consistiu em uma análise visual minuciosa da qualidade externa, em que os jurados avaliaram uniformidade de tamanho, limpeza, textura e formato dos ovos, além da coloração da casca no caso dos ovos vermelhos. As amostras iniciavam com pontuação máxima e perdiam pontos conforme fossem identificadas pequenas imperfeições, o que destacou o cuidado dos produtores com manejo, nutrição e ambiência.

A etapa final abriu quatro ovos de cada amostra finalista para avaliação interna. Os jurados observaram presença de manchas de sangue, resíduos de oviduto, consistência do albúmen, centralização da gema e uniformidade de cor, consolidando a pontuação final. Representando a Avimig, o jurado Gustavo Ribeiro Fonseca elogiou o desempenho dos produtores capixabas: “No contexto geral, os avicultores estão de parabéns. São ovos de muita qualidade”, exaltou.

Já a médica-veterinária Karin Grossman, da Poly Sell, destacou a relevância do concurso para o fortalecimento do setor: “É uma satisfação para mim estar participando desse concurso. É um reconhecimento de um trabalho realizado ao longo dos anos, colaborando para a melhoria da qualidade dos ovos”, salientou.

Para a coordenadora técnica da AVES, Carolina Covre, os resultados reforçam o papel estratégico da iniciativa. Segundo ela, a edição de 2025 ocorreu exatamente como planejado, com forte adesão, avaliações criteriosas e alto nível de desempenho entre os concorrentes. “O concurso cumpre seu papel de estimular qualidade, aprimorar práticas e fortalecer a avicultura do Espírito Santo”, afirmou.

Vencedores

Ao final das três etapas, a AVES anunciou os vencedores. Na categoria ovos brancos, o primeiro lugar ficou com Jerusa Stuhr, da Avícola Mãe e Filhos, seguida por Waldemiro Berger, da Ovos Santa Maria, e por Jesebel Foesch Botelho e Thiago Botelho, da Botelho Alimentos. Na categoria ovos vermelhos, o campeão foi Antônio Venturini, da Ovos da Nonna, enquanto Jesebel e Thiago Botelho ficaram em segundo lugar e Lourival Bold, do Sítio Pai e Filhos, em terceiro.

As empresas vencedoras do primeiro lugar que possuem marca comercial própria terão o direito de usar um selo especial em suas embalagens, identificando os produtos como “Melhor Ovo Branco do Espírito Santo – Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba 2025” e “Melhor Ovo Vermelho do Espírito Santo – Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba 2025”.

Empresas reconhecidas

Também foram divulgadas as empresas de genética e nutrição responsáveis pelo suporte técnico aos produtores vencedores, reforçando o papel fundamental desses parceiros na obtenção de resultados de excelência. Na categoria Ovos Brancos, a campeã Jerusa Stuhr contou com genética Bovans White e nutrição fornecida pela ADM-Nutriminas. O segundo colocado, Waldemiro Berger, utilizou genética Hy-Line W80 e recebeu assistência nutricional da DSM. Já o terceiro lugar, representado por Jesebel Foesch Botelho e Thiago Botelho, trabalhou com genética Bovans White e nutrição da Brasfeed.

Na categoria Ovos Vermelhos, o primeiro colocado, Antônio Venturini, utilizou genética Hy-Line Brown e nutrição da Agroceres Multimix. Em segundo lugar, Jesebel Foesch Botelho e Thiago Botelho competiram com genética Bovans Brown e suporte nutricional da Brasfeed. O terceiro colocado, Lourival Bold, participou com aves de genética Hy-Line Brown e nutrição fornecida pela Auster.

A edição 2025 do Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba reafirma o compromisso da AVES com a promoção de boas práticas, a difusão de conhecimento e o reconhecimento do trabalho dos avicultores. Mais do que premiar os melhores ovos do ano, o evento funciona como ferramenta técnica e educativa, contribuindo diretamente para o avanço da avicultura capixaba.

Fonte: Assessoria AVES
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Avicultura

Primeiro Encontro da Avicultura Capixaba impulsiona diálogo, inovação e qualidade

Evento da AVES reuniu a cadeia produtiva, premiou excelência em ovos e reforçou a importância econômica da atividade para o Espírito Santo.

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Fotos: Divulgação

A Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES) realizou, em 13 de novembro, a primeira edição do Encontro da Avicultura Capixaba, em Santa Maria de Jetibá. O evento reuniu produtores, empresas dos segmentos de corte e postura, pesquisadores, lideranças do setor e representantes do poder público para um dia de debates, capacitação e integração, reforçando a força da avicultura no Estado.

O produtor e presidente da Nater Coop e do Conselho Deliberativo da AVES, Denilson Potratz, destacou o avanço da atividade no Espírito Santo e o compromisso da entidade com o fortalecimento do setor. “Precisamos atuar de forma constante na cadeia para incentivar excelência na produção e garantir alimentos de qualidade ao consumidor”, afirmou.

O diretor executivo da associação, Nélio Hand, reforçou o papel econômico e social da avicultura capixaba, que fornece carne de frango e ovos com segurança e qualidade. “Eventos como este refletem a importância de um setor organizado e voltado à solução de desafios e geração de oportunidades”, salientou.

A abertura contou com autoridades estaduais e municipais, entre elas o secretário de Agricultura, Ênio Bergoli, o deputado estadual Adilson Espindula e o prefeito de Santa Maria de Jetibá, Ronan Zocoloto. Em seus discursos, destacaram a relevância da avicultura para a economia regional, especialmente na região serrana, e o papel da AVES como articuladora do desenvolvimento produtivo.

Santa Maria de Jetibá, conhecida como a “Capital do Ovo”, foi palco para o encontro. O município é o maior produtor de ovos do Brasil, com cerca de 14 milhões de unidades por dia. “Nada mais justo que este evento seja realizado aqui”, afirmou o prefeito.

Concurso valoriza qualidade dos ovos

Um dos destaques da programação foi o Concurso Qualidade de Ovos, que incentiva boas práticas de manejo, nutrição, sanidade e excelência no produto final. A edição recebeu 39 inscrições, 27 de ovos brancos e 12 de vermelhos, e teve avaliação técnica criteriosa. “O número expressivo de participantes mostra o interesse dos produtores em qualificar ainda mais seus produtos”, avaliou a coordenadora técnica da AVES, Carolina Covre.

O concurso foi transmitido ao vivo no YouTube, com grande participação de produtores e empresas.

Espaço Empresarial aproxima produtores e fornecedores

O encontro também contou com o Espaço Empresarial, área destinada à interação entre empresas e produtores, com demonstração de tecnologias, produtos e serviços. O formato interativo foi bastante elogiado pelos visitantes.

Durante o dia, duas palestras de destaque foram ministradas: Bruno Pessamilio apresentou detalhes do Plano de Contingência para Influenza Aviária, enquanto Christian Lohbauer analisou cenários e tendências para o agronegócio no Brasil e no mundo.

O evento terminou com apresentações de grupos de dança pomerana, valorizando a cultura local, seguidas de um jantar de confraternização.

Com a forte participação do público e o sucesso da iniciativa, a AVES anunciou que o Encontro da Avicultura Capixaba passará a ser anual, integrando oficialmente o calendário da entidade. A ação reforça o compromisso da associação em impulsionar o setor e valorizar o trabalho dos produtores.

Fonte: O Presente Rural com Aves/Ases
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Avicultura

Excesso de oferta amplia recuo dos ovos e limita reação das cotações

Segunda semana seguida de baixas registra até 8% de desvalorização, com expectativa de manutenção do viés negativo em novembro.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

As cotações dos ovos seguem em queda nas regiões acompanhadas pelo Cepea, esse movimento é verificado pela segunda semana consecutiva.

Em parte das praças, as desvalorizações em sete dias chegam a 8%. De acordo com pesquisadores do Cepea, o menor ritmo de vendas vem aumentando gradualmente os estoques nas granjas.

Assim, produtores têm tido dificuldades em manter os valores da proteína e acabam cedendo nas negociações.

Colaboradores do Cepea indicam que, diante da maior oferta, não há espaço para reação positiva nos valores da proteína, e a tendência é de que os preços sigam enfraquecidos até o encerramento deste mês.

Fonte: Assessoria Cepea
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