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Atraso no ritmo do plantio da soja pode comprometer potencial produtivo

Especialistas do CESB alertam que lavouras podem sofrer com chuvas irregulares, maior suscetibilidade a pragas, doenças e possível aumento dos custos

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Paulo Pires/Divulgação

A safra de 2019/2020 de soja no Brasil está sendo marcada por atrasos no plantio, em comparação com a última safra. Essa situação pode afetar diretamente o potencial produtivo, segundo especialistas do Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB). Problemas como chuvas irregulares, pior adaptação varietal e mais suscetibilidade a pragas e doenças podem ser enfrentados pelos produtores por conta da situação.

Segundo última projeção da consultoria AgRural, o plantio atingiu 93% da área estimada para o Brasil. Em 2018, estava em 96%. A consultoria relatou em seu boletim que seria preciso que as chuvas viessem com intensidade até fevereiro para tentar evitar que não haja quebra de produtividade.

Para o engenheiro agrônomo Ricardo Silveiro Balardin, membro-fundador do CESB e PhD em Fitopatologia, esses atrasos afetam diretamente o potencial produtivo da soja. Ele destaca a questão da adaptação varietal, que deve ficar prejudicada por conta desse desaceleramento, além das doenças que podem atacar as lavouras. “Poderá ser observado um aumento na pressão de inóculo (principalmente ferrugem), podendo implicar em um maior número de pulverizações (provavelmente não previstas). Neste caso, é provável que o produtor atrase a primeira aplicação, na tentativa de manter o número de pulverizações no que foi programado/comprado, com evidente comprometimento no resultado final”, afirma.

Além de também destacar a maior pressão por infestação de pragas, o engenheiro agrônomo e membro do CESB, Daniel Glat, relata que o milho safrinha também poderá ser prejudicado. “Ele é extremamente dependente da data de plantio de soja, porque as águas vão acabando em maio e junho. Quanto mais cedo plantar a safrinha de milho melhor e, quanto mais tarde, pior. Tenho impressão que o potencial de perda no milho safrinha pode ser até maior que a soja”, explica.

O engenheiro agrônomo, mestre em Fertilidade de Solo e Nutrição de Plantas e membro do CESB, Breno Araújo concorda que o atraso do plantio da soja irá afetar a janela indicada para o milho safrinha. “Plantar milho fora da janela de safrinha talvez não seja a melhor estratégia para construir um ambiente de alta produção. Talvez seja melhor colocar alguma planta de cobertura, corrigir o solo e pensar que a próxima safra pode ser até dez sacas por hectare melhor”, explica.

Produtores sentem os problemas

O produtor do Rio Grande do Sul, Maurício de Bortoli, campeão da última edição do Desafio CESB de Máxima Produtividade de Soja, relata que houve um atraso de 15 dias no plantio da soja em suas áreas por conta de chuvas irregulares. Assim, ele acabou perdendo a janela ideal na região, que seria entre 20 de outubro e 10 de novembro. “Começamos a semear os materiais mais rústicos, que servem para diluir o plantio e escoltar colheita, no dia 12 de novembro. Os melhores só semeamos a partir de 15 de novembro. Esse atraso vai resultar em uma queda de potencial produtivo, porque essas genéticas não respondem tanto a atrasos de plantio, acabam crescendo menos, com menos nós produtivos”, declara.

O produtor Pedro Lima, consultor de Minas Gerais e bicampeão do Desafio CESB, também ficou aguardando as chuvas, mas elas não vieram na data mais indicada para o início de seu plantio, que seria entre 15 de outubro e 15 de novembro. “Veio um pouco de chuva e plantamos. Mas como a chuva foi sumindo, tivemos que parar. E o peso da data de plantio é enorme para a questão da produtividade”, afirma.

Desafio CESB

Os sojicultores que desejarem se auto desafiar para obter ganhos de produção em suas propriedades já podem se inscrever na 12ª edição do Desafio CESB de Máxima Produtividade de Soja. O Desafio promovido pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB) é um dos principais eventos na área da cultura de soja do Brasil e pode ser considerado como um dos principais meios de contribuição para a elevação da média de produtividade da oleaginosa no País. As inscrições para o Desafio do CESB poderão ser realizadas pelo site do Comitê até 31 janeiro de 2020.

As áreas inscritas devem ter entre 2,5 e 10 hectares e podem concorrer em uma das duas categorias do Desafio: plantio irrigado ou não irrigado (sequeiro). Nesta edição, foi adotado um novo sistema de inscrições, com uma interface mais moderna e intuitiva, para facilitar o acesso e o acompanhamento por parte dos participantes. A revelação dos campeões acontece em junho de 2020 durante o Fórum Nacional de Máxima Produtividade de Soja.

Fonte: Assessoria

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Comércio exterior e logística no setor agropecuário: desafios e oportunidades para o transporte e escoamento

Exportações de soja em outubro, caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro.

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Fotos: Claudio Neves

O mercado de fretes e a logística de escoamento se destacam como elementos essenciais no atual cenário da agricultura brasileira, especialmente diante do crescimento expressivo da produção de grãos previsto para a safra 2024/25. A estimativa de 322,53 milhões de toneladas de grãos, um aumento de 8,2% em relação à safra anterior, traz desafios adicionais para a infraestrutura de transporte e os processos logísticos do país. A análise consta na nova edição do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta sexta-feira (22).

A melhoria nas condições climáticas tem favorecido o avanço das semeaduras, com destaque para as culturas de soja e milho, mas, para que a produção chegue ao mercado internacional, é crucial um sistema de escoamento eficiente. Nesse sentido, os portos brasileiros desempenham papel fundamental, especialmente os do Arco Norte, que têm se consolidado como uma via vital para exportação. Em outubro de 2024, os portos do Arco Norte responderam por 35,1% das exportações de grãos, superando a participação de 33,9% registrada no mesmo período de 2023.

Com o aumento da produção de soja e milho, as expectativas de escoamento nos próximos meses apontam para um cenário desafiador, com necessidade de otimizar os fretes para atender ao crescimento das exportações. Em outubro, as exportações de soja caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro. Já as exportações de milho, que enfrentam uma redução de 34,1% nas estimativas para a safra 2023/24, exigem adaptação no transporte, uma vez que a oferta menor pode reduzir a demanda por fretes no curto prazo, mas com aumento da competição por capacidade logística.

A movimentação de fertilizantes, por sua vez, também demanda atenção na logística. Em outubro de 2024, os portos brasileiros importaram 4,9 milhões de toneladas de fertilizantes, o que representa um incremento de 5,9% em relação ao mês anterior. Este crescimento contínuo na importação exige um cuidado especial no transporte desses insumos, visto que o Brasil é um dos maiores compradores internacionais e uma base importante de consumo de fertilizantes.

Por outro lado, o transporte de cargas no Brasil segue enfrentando desafios estruturais. De acordo com o Boletim da Conab, a ampliação das capacidades de escoamento nos portos, especialmente no Arco Norte, é uma estratégia chave para lidar com o aumento do volume de exportações e garantir que os fretes se mantenham competitivos.

Em suma, a logística no setor agropecuário brasileiro se apresenta como um elo crucial para garantir o sucesso das exportações de grãos. A integração entre os diferentes modais de transporte, o aprimoramento da infraestrutura portuária e a adaptação às demandas de escoamento serão decisivos para que o Brasil continue sendo um dos maiores exportadores de commodities agrícolas do mundo.

Fretes

Em outubro de 2024, os preços do frete apresentaram variações significativas entre os estados brasileiros. Os preços subiram em estados como Bahia, Goiás e Minas Gerais e Distrito Federal, principalmente devido ao aumento na demanda, impulsionado pela exportação de grãos e a importação de fertilizantes. Em Goiás, a melhora nos preços do milho também gerou aumento na demanda por fretes. Já em estados como Paraná, Piauí e São Paulo, os preços ficaram mais baratos, com o Paraná registrando uma redução de 16,67% na região de Cascavel, refletindo a baixa demanda por grãos. No Piauí, a diminuição nas exportações de soja resultou em uma queda de 4,10% no mercado de fretes. Por outro lado, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade nos preços, com pouca variação nas cotações, devido a um equilíbrio entre a demanda e a oferta de fretes.

O Boletim Logístico da Conab é um periódico mensal que coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. Confira a edição completa do Boletim Logístico – Novembro/2024, disponível no site da Companhia.

Fonte: Assessoria Conab
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Clima favorável impulsiona cultivos da primeira safra, aponta boletim de monitoramento

Precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

As condições climáticas favoráveis nas primeiras semanas de novembro impactaram positivamente o cenário agrícola brasileiro. Na região Central do país, precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.

O Norte-Nordeste experimentou uma expansão das áreas beneficiadas por chuvas, incluindo regiões do Matopiba que anteriormente enfrentavam déficit hídrico. Esse cenário impulsionou o processo de semeadura na maior parte dessa região.

Foto: Gilson Abreu

Em contraste, o Sul do país registrou uma redução nas precipitações, o que facilitou o avanço da colheita do trigo e a semeadura dos cultivos de primeira safra. De modo geral, as condições agroclimáticas se mostraram favoráveis, proporcionando umidade adequada para o desenvolvimento das lavouras.

No Rio Grande do Sul, a semeadura do arroz progrediu significativamente, com a maior parte concluída dentro do período considerado ideal. A maioria das lavouras encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo, beneficiando-se das condições climáticas que favoreceram a germinação e o estabelecimento das plantas. Em Santa Catarina, temperaturas médias e incidência solar adequadas contribuíram para o bom desenvolvimento das culturas.

Estas informações estão presentes no Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam).

A versão completa do Boletim está disponível para consulta no site oficial da Conab, acesse clicando aqui.

Fonte: Assessoria Conab
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Show Rural investe em obras para melhorar experiência de visitantes

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição.

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Fotos: Divulgação/Coopavel

Avançam os preparativos para a 37ª edição do Show Rural Coopavel, evento que reafirma o Oeste do Paraná como um dos principais polos do agronegócio mundial. De 10 a 14 de fevereiro de 2025, visitantes do Brasil e do exterior terão acesso a um espaço renovado, com melhorias que reforçam o compromisso da Coopavel com a inovação, a sustentabilidade e a excelência em infraestrutura. “Melhorar continuamente é uma das regras que fazem o sucesso do Show Rural, referência em inovações e tendências para o agronegócio”, destaca o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição. O restaurante do parque está em ampliação em 500 metros quadrados, permitindo o atendimento de mais mil pessoas por refeição. A área de entrega de bebidas é reformulada para otimizar o fluxo, enquanto novos buffets, mesas e utensílios foram adquiridos para manter o alto padrão de qualidade em uma estrutura com capacidade para servir mais de 40 mil refeições diariamente.

A mobilidade no parque também recebe melhorias. São mais de seis mil metros quadrados de ruas asfaltadas. Uma das novidades mais aguardadas é a cobertura da Rua 10, que conecta o Portal 4 ao Pavilhão da Agricultura Familiar. Com 400 metros lineares, essa obra, viabilizada em parceria com a Barigui/Volkswagen, eleva para mais de 6,2 mil metros quadrados a área coberta do parque, garantindo conforto aos visitantes em qualquer condição climática, observa o coordenador geral Rogério Rizzardi.

Para ônibus

Para receber caravanas de todo o Brasil e de outros países será criado um estacionamento exclusivo para ônibus com capacidade para 400 veículos. Estrategicamente localizada, a nova estrutura promete praticidade e organização para os grupos que participam da maior mostra de tecnologia para o campo da América Latina.

Outro destaque é o barracão de 1,2 mil metros quadrados dedicado à gestão de resíduos. Essa estrutura permitirá separação e correta destinação de materiais antes, durante e depois do evento, reforçando o compromisso da cooperativa e do evento técnico com práticas ambientalmente responsáveis.

Evolução

Com essas inovações e investimentos, o Show Rural Coopavel segue como referência global, combinando hospitalidade, tecnologia e respeito ao meio ambiente, reforça o presidente Dilvo Grolli. O tema da 37ª edição será Nossa natureza fala mais alto.

Fonte: Assessoria Coopavel
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