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Atraso no plantio da soja pode impactar outras culturas
Falta de chuvas que atinge grande parte do Brasil está afetando os rios desde a Amazônia até a Região Sul, com isso, apesar do encerramento do vazio sanitário da soja, não devemos observar grande avanço do plantio em setembro.
Na atualização de setembro, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) manteve a produtividade das lavouras americanas em 3,6 t/ha (59,7 sc/ha). A falta de chuvas que atinge grande parte do Brasil está afetando os rios desde a Amazônia até a Região Sul. Apesar do encerramento do vazio sanitário da soja, não devemos observar grande avanço do plantio em setembro. O atraso da soja pode gerar consequências para outras culturas, como algodão e milho safrinha.
A produção dos EUA foi reduzida em 100 mil toneladas, enquanto os estoques americanos projetados para 2024/25 caíram 200 mil toneladas, para 15 milhões de toneladas. Ainda assim, o incremento sobre a safra passada é de 61,7%. O estoque final global sofreu leve reajuste para cima, +300 mil t ante agosto, enquanto as projeções de produção para Brasil e Argentina foram mantidas sem 169 e 51 milhões de toneladas, respectivamente.
Os rios Paraná e Paraguai estão próximos dos níveis mínimos do ano, o que tem atrapalhado a navegação e o transporte de grãos. O impacto nesse momento é limitado, por conta da sazonalidade dos embarques, mas as barcaças estão navegando com menor capacidade e maior tempo.
A perspectiva de atraso na consolidação do regime de chuvas no Brasil não deve permitir um plantio acelerado para a safra 2024/25. Os modelos apresentam alguma divergência em relação a entrada das frentes frias, porém o consenso é de que isso aconteça de forma irregular. Apesar da possibilidade de atraso, o cenário para a safra brasileira segue positivo, uma vez que a expectativa é de que, quando estabelecidas, as chuvas aconteçam dentro da normalidade.
A depender do atraso, podemos ver alguma migração da soja para algodão 1ª safra, diante da janela bem apertada de plantio da safrinha da fibra no Mato Grosso (MT). Além disso, o atraso da soja acaba retardando o plantio do milho segunda safra, aumentando os riscos climáticos para o desenvolvimento do cereal. Podemos ver também uma logística mais ociosa em janeiro, com a entrada mais tardia da soja.
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Boletim do leite de novembro
OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.
Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre
A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.
Derivados registram pequenas valorizações em outubro
Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).
Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta
Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.
Custos com nutrição animal sobem em outubro
O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.
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Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo
Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.
Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.
As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.
“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.
“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.
O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.
Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.
“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.
A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.
Concursos estaduais
Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.
O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran
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Cotações do trigo se estabilizam no Brasil
Apesar da queda de quase 20% na produtividade do Paraná, o rendimento nacional deve crescer 13,3%, compensando a redução de área e mantendo a oferta em 8,1 milhões de toneladas, 0,1% acima da do ano passado.
Levantamentos do Cepea mostram que os preços domésticos do trigo variaram menos na última semana, enquanto os internacionais caíram com força.
Pesquisadores do Cepea explicam que a colheita do cereal caminha para a reta final no Brasil, mas estimativas oficiais apontam estabilidade na oferta nacional.
Segundo dados da Conab, a área com trigo no País correspondeu a 3,07 milhões de hectares, 11,6% menor que em 2023.
Apesar da queda de quase 20% na produtividade do Paraná, o rendimento nacional deve crescer 13,3%, compensando a redução de área e mantendo a oferta em 8,1 milhões de toneladas, 0,1% acima da do ano passado.