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Avicultura

Atenção à digestão do frango

Experimentos têm demonstrado que a adição de probióticos nas dietas de aves resulta em melhor conversão alimentar e ganho de peso

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O processo para ter resultados em Ganho de Peso Diário (GPD) e Conversão Alimentar vai muito além de fornecer a ração e dar condições de acesso das aves ao alimento. É preciso ter certeza de que as aves farão a melhor digestão. Conforme o gerente de serviços ao cliente da Zoetis – Aves – Brasil, o médico veterinário doutor em Ciência Animal, Eduardo Muniz, o objetivo funcional essencial da digestão é apresentar os nutrientes e a energia encontrados no alimento à superfície absorvente de forma que possam ser facilmente absorvidos e permitir sua fácil assimilação e utilização. “Quanto mais eficaz for esse processo digestivo, maior será a produtividade e os ganhos na produção das aves”, afirma.

Muniz explica que a disputa por cereais (a principal fonte de energia na alimentação de aves) entre a agricultura e a população humana sempre em crescimento implicam em um eventual aumento no custo da energia na alimentação de aves. Assim, a maximização da liberação da energia fornecida pelos cereais é crucial para assegurar uma produção animal com economia. O maior aproveitamento nutricional reflete em resultados econômicos ao final de cada lote.

Muniz lembra que há vários fatores que afetam o requerimento de energia de frangos de corte, sendo a variabilidade na qualidade dos ingredientes utilizados na ração das aves um dos mais impactantes para o desempenho e para a composição da carcaça. Esta variação está relacionada a fatores antinutricionais como taninos, lectinas, inibidores de tripsina e gossipol, proteínas alergênicas e as saponinas e outros. Ele expõe que esses fatores antinutricionais dificultam a ação das enzimas digestivas e podem alterar a morfologia intestinal e consequentemente interferem na digestibilidade e absorção dos nutrientes. O clima, mais precisamente a temperatura também é um fator considerado crítico, isto porque, dependendo da magnitude e da duração do estresse térmico sofrido pelas aves, poderão ocorrer desde pequenos decréscimos no desempenho até perda de peso e mesmo mortalidade. “Daí a importância de se tratarem conjuntamente os fatores dietéticos e climáticos”, aconselha.

Boa digestão

A má absorção e aproveitamento da energia dos alimentos ocasiona conseqüências às aves. Conforme o profissional da Zoetis, todo o fator que afeta a digestão e resulta em má absorção e aproveitamento da energia dos alimentos leva a prejuízos no resultado zootécnico e financeiro do produtor. Ou seja, neste caso existe um aumento no custo de produção levando a perdas significativas. A boa notícia é que há alternativas para o avicultor influenciar em uma melhora da conversão alimentar dos frangos. Uma delas é com o uso de probióticos. Muniz cita que vários experimentos têm demonstrado que a adição de probióticos nas dietas de aves resulta em melhor conversão alimentar e ganho de peso superior quando comparado aos controles. Isso é decorrente do fato de que alguns probióticos são naturalmente microrganismos produtores de enzimas. “Esta produção de enzimas é dirigida pelos ingredientes da dieta e colabora com o aumento da digestibilidade e disponibilidade de energia metabolizável”, ressalta o especialista.

 

O restante da matéria você pode conferir na edição de aves de setembro/outubro 2015 ou no link (http://www.flip3d.com.br/web/pub/opresenterural/?numero=121)

Fonte: O Presente Rural

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Avicultura

Brasil abre mercado em Moçambique para exportação de material genético avícola

Acordo sanitário autoriza envio de ovos férteis e pintos de um dia, fortalece a presença do agronegócio brasileiro na África e amplia para 521 as oportunidades comerciais desde 2023.

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O governo brasileiro concluiu negociação sanitária com Moçambique, que resultou na autorização de exportações brasileiras de material genético avícola (ovos férteis e pintos de um dia) àquele país.

Além de contribuir para a melhoria de qualidade do plantel moçambicano, esta abertura de mercado promove a diversificação das parcerias do Brasil e a expansão do agronegócio brasileiro na África, ao oferecer oportunidades futuras para os produtores nacionais, em vista do grande potencial do continente africano em termos de crescimento econômico e demográfico.

Com cerca de 33 milhões de habitantes, Moçambique importou mais de US$ 24 milhões em produtos agropecuários do Brasil entre janeiro e novembro de 2025, com destaque para proteína animal.

Com este anúncio, o agronegócio brasileiro alcança 521 novas oportunidades de comércio, em 81 destinos, desde o início de 2023.

Tais resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Fonte: Assessoria Mapa
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Indústria avícola amplia presença na diretoria da Associação Brasileira de Reciclagem

Nova composição da ABRA reforça a integração entre cadeias produtivas e destaca o papel estratégico da reciclagem animal na sustentabilidade do agronegócio brasileiro.

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A Associação Brasileira de Reciclagem (ABRA) definiu, na última sexta-feira (12), a nova composição de seu Conselho Diretivo e Fiscal, com mandato até 2028. A assembleia geral marcou a renovação parcial da liderança da entidade e sinalizou uma maior aproximação entre a indústria de reciclagem animal e setores estratégicos do agronegócio, como a avicultura.

Entre os nomes eleitos para as vice-presidências está Hugo Bongiorno, cuja chegada à diretoria amplia a participação do segmento avícola nas decisões da associação. O movimento ocorre em um momento em que a reciclagem animal ganha relevância dentro das discussões sobre economia circular, destinação adequada de subprodutos e redução de impactos ambientais ao longo das cadeias produtivas.

Dados do Anuário da ABRA de 2024 mostram a dimensão econômica do setor. O Brasil ocupa atualmente a terceira posição entre os maiores exportadores mundiais de gorduras de animais terrestres e a quarta colocação no ranking de exportações de farinhas de origem animal. Os números reforçam a importância da atividade não apenas do ponto de vista ambiental, mas também como geradora de valor, renda e divisas para o país.

A presença de representantes de diferentes cadeias produtivas na diretoria da entidade reflete a complexidade do setor e a necessidade de articulação entre indústrias de proteína animal, recicladores e órgãos reguladores. “Como único representante da avicultura brasileira e paranaense na diretoria, a proposta é levar para a ABRA a força do nosso setor. Por isso, fico feliz por contribuir para este trabalho”, afirmou Bongiorno, que atua como diretor da Unifrango e da Avenorte Guibon Foods.

A nova gestão será liderada por Pedro Daniel Bittar, reconduzido à presidência da ABRA. Também integram o Conselho Diretivo os vice-presidentes José Carlos Silva de Carvalho Júnior, Dimas Ribeiro Martins Júnior, Murilo Santana, Fabio Garcia Spironelli e Hugo Bongiorno. Já o Conselho Fiscal será composto por Rodrigo Hermes de Araújo, Wagner Fernandes Coura e Alisson Barros Navarro, com Vicenzo Fuga, Rodrigo Francisco e Roger Matias Pires como suplentes.

Com a nova configuração, a ABRA busca fortalecer o diálogo institucional, aprimorar práticas de reciclagem animal e ampliar a contribuição do setor para uma agropecuária mais eficiente e ambientalmente responsável.

Fonte: O Presente Rural com Unifrango
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Avicultura supera ano crítico e pode entrar em 2026 com bases sólidas para crescer

Após enfrentar pressões sanitárias, custos elevados e restrições comerciais em 2025, o setor mostra resiliência, retoma exportações e reforça a confiança do mercado global.

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O ano de 2025 entra para a história recente da avicultura brasileira como um dos anos mais desafiadores. O setor enfrentou pressão sanitária global, instabilidade geopolítica, custos de produção elevados e restrições comerciais temporárias em mercados-chave. Mesmo assim, a cadeia mostrou capacidade de adaptação, coordenação institucional e resiliência produtiva.

A ação conjunta do Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e de entidades estaduais foi decisiva para conter danos e recuperar a confiança externa. Missões técnicas, diplomacia sanitária ativa e transparência nos controles sustentaram a reabertura gradual de importantes destinos ao longo do segundo semestre, reposicionando o Brasil como fornecedor confiável de proteína animal.

Os sinais de retomada já aparecem nos números do comércio exterior. Dados preliminares indicam que as exportações de carne de frango em dezembro devem superar 500 mil toneladas, o que levará o acumulado do ano a mais de 5 milhões de toneladas. Esse avanço ocorre em paralelo a uma gestão mais cautelosa da oferta: o alojamento de 559 milhões de pintos em novembro ficou abaixo das projeções iniciais, próximas de 600 milhões. O ajuste ajudou a equilibrar oferta e demanda e a dar previsibilidade ao mercado.

Para 2026, o cenário é positivo. A agenda econômica global tende a impulsionar o consumo de proteínas, com a retomada de mercados emergentes e regiões em recuperação. Nesse contexto, o Brasil – e, em especial, o Paraná, líder nacional – está bem-posicionado para atender ao mercado interno e aos principais compradores internacionais.

Investimentos contínuos para promover o bem-estar animal, biosseguridade e sustentabilidade reforçam essa perspectiva. A modernização de sistemas produtivos, o fortalecimento de protocolos sanitários e a adoção de práticas alinhadas às exigências ESG elevam o padrão da produção e ampliam a competitividade. Mais do que reagir, a avicultura brasileira se prepara para liderar, oferecendo proteína de alta qualidade, segura e produzida de forma responsável.

Depois de um ano de provas e aprendizados, o setor está ainda mais robusto e inicia 2026 com fundamentos sólidos, confiança renovada e expectativa de crescimento sustentável, reafirmando seu papel estratégico na segurança alimentar global.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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