Suínos / Peixes
Até junho preço mínimo do suíno deve ser oficial
O
mercado de suínos está em fase de ajustes, segundo avalia o presidente da
Associação Brasileira de Criadores de Suínos, Marcelo Lopes. Desde o final de
2012 começou um processo de recuperação. Porém, há algumas semanas, iniciou um
processo inverso com queda de preços, reforçado no período de quaresma, o que,
na opinião do presidente, chega a ser comum neste período do ano. Ele acredita
que, apesar do déficit de preço que vem sendo registrado, não há ameaça de
chegar a uma crise tão extrema quanto a vivida no ano passado. Para avaliar
isso temos alguns argumentos, e o principal deles é que os insumos estão em
preços bem menores que no ano passado, quando recebíamos pouco, mas gastávamos
muito para produzir, pontua, citando o farelo de soja, que até dezembro havia
suinocultor pagando uma média de R$ 1,5 mil a tonelada e atualmente o preço
gira em cerca de R$ 750 a tonelada.
Além
disso, o presidente avalia que, historicamente, os preços em 2013 não caíram
tanto nos últimos tempos. Mais ainda, a suinocultura brasileira trabalha na
iminência de conseguir a oficialização do preço mínimo.
Motivos
A
cada queda de preço do suíno desproporcional para época, há o questionamento do
motivo, que quase sempre tem influência das exportações. Marcelo Lopes explica
que, desta vez, está havendo uma especulação negativa relacionada à interrupção
da compra de carne suína brasileira pela Ucrânia. Isto causa um viés negativo
no mercado interno, afirma. Para o dirigente nacional, há uma expectativa
positiva para maio quando os portos da Ucrânia e Rússia começam a estar abertos
novamente para a carne do Brasil. Segundo Lopes, os argumentos dos importadores
sugerindo problemas sanitários no Brasil são pretextos para renegociação de
valores. Mas é importante que a negociação está caminhando bem e devemos ter
um segundo semestre extremamente interessante para a suinocultura. Deve haver
uma queda ainda maior dos grãos, principalmente o milho, reduzindo nosso custo
de produção. Temos tudo para recuperar as perdas de 2012, diz.
Preço
mínimo
O
otimismo da ABCS também se baseia, segundo Marcelo Lopes, no fato que o plantel
brasileiro está bastante equilibrado: Não está sobrando carne, argumenta.
Além disso, uma bandeira antiga da associação está prestes a ser conquistada:
o preço mínimo da carne suína. Ele expõe que tudo se inclina para que o preço
mínimo já esteja implantado antes o recesso parlamentar do Congresso Nacional,
que acontece no mês de julho. O projeto já passou pela Comissão de Finanças,
que era a mais delicada, devido aos empecilhos financeiros que envolve. Agora a
matéria está sendo avaliada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ),
onde, no entender do presidente da ABCS, não deve haver imprevistos, tendo em
vista todo o cuidado que foi tomado na elaboração do projeto.
Aliado
Para
Marcelo Lopes, a suinocultura brasileira precisa investir mais no mercado
interno para depender menos das exportações para regular seus preços. Por isso,
diz ele, a ABCS tem como uma de suas prioridades trabalhar com o Plano Nacional
de Desenvolvimento da Carne Suína (PNDS), que visa, entre outros aspectos,
aumentar o consumo interno da proteína. O mercado nacional é tão importante
quanto o externo, e o preço mínimo vai dar garantias ao produtor e evitar
crises tão extremadas, porque vai obrigar o governo a reagir e intervir quando,
numa crise, os preços atingirem patamares limites, conclui. (Leia
entrevista completa na próxima edição de O Presente Rural)
Fonte: O Presente
Suínos / Peixes
Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta
ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas
A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.
Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.
Posicionamento da ACCS
O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.
Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.
Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.
A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.
Suínos / Peixes
Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul
Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.
Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.
As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.
Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.
O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.
O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.
Suínos / Peixes
Preços maiores na primeira quinzena reduzem competitividade da carne suína
Impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.
Os preços médios da carne suína no atacado da Grande São Paulo subiram comparando-se a primeira quinzena de abril com o mês anterior
Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.
Já para as proteínas concorrentes (bovina e de frango), o movimento foi de queda em igual comparativo. Como resultado, levantamento do Cepea apontou redução na competitividade da carne suína frente às substitutas.
Ressalta-se, contudo, que, neste começo de segunda quinzena, as vendas da proteína suína vêm diminuindo, enfraquecendo os valores.