Conectado com

Notícias Giro Brasil

Associação Brasileira da Raça Holandesa apresenta cases de sucesso no Agroleite  

Histórias de três produtores que uniram a família em torno do leite e hoje são referência na atividade foram destaques no Giro Brasil.

Publicado em

em

Superintendente técnico administrativo da ABCBRH, Timotheo Silveira, e o presidente da ABCBRH, Hans Groenwold, ladeiam os produtores Juliano Petry, Armando Carvalho Filho e Eudes Braga: histórias transformadas pelo leite

A Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (ABCBRH) reuniu, na noite de terça-feira (16), durante o Agroleite 2022, produtores dos Estados de Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais no Giro Brasil. Neste encontro, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer a realidade de três propriedades produtoras de leite.

O presidente da ABCBRH, Hans Groenwold, menciona que a iniciativa é muito importante, principalmente pela troca de informações entre produtores de diferentes regiões, com sistemas de produção distintos. “Temos que promover mais esse tipo de intercâmbio, pois é grande a diversidade de produtores nesse país maravilhoso em que vivemos”, frisa.

O superintendente técnico administrativo da ABCBRH, Timotheo Silveira, destaca que a ideia do Giro Brasil é oportunizar um momento em que o produtor fala para outro produtor. “Plantamos uma semente hoje e esperamos que outros eventos como esse aconteçam para que outros pecuaristas possam contar suas histórias”, espera Silveira.

Cases de sucesso

Como uma boa roda de conversa, os convidados Armando Carvalho Filho, do Paraná; Eudes Braga, de Minas Gerais; e Juliano Petry, de Santa Catarina, contaram sobre suas trajetórias na atividade leiteira e aspectos específicos de suas propriedades.

Produtor paranaense Armando Carvalho Filho – Fotos: Divulgação/ABCBRH

Armando é produtor em Castro (PR) e atua na propriedade da família. O início do investimento em pecuária se deu em 1994, quando sua mãe trocou uma caminhonete D20 por 20 vacas. Em 1998, com seis animais, Armando iniciou sua própria leiteria. Anos depois, em 2010, os plantéis de mãe e filho se unificaram para que Armando e o irmão Flávio atuassem juntos na Agro Arkafla. A propriedade tem hoje mais de mil vacas em lactação, com produção média de 42 litros por animal, total de quase 42 mil litros por dia.

Olhando para trás o produtor acredita estar vivendo o melhor momento de sua vida, não só pelo preço do leite estar bom, mas pelo que vem construindo ao longo do tempo. “Espero continuar prosperando. É preciso ter dedicação, ter foco”, ressaltou.

Produtor mineiro Eudes Braga

A história de Eudes Braga na atividade começou através do queijo. Braga comercializava o produto e, em 2004, sentiu a vontade de produzir seu próprio queijo minas artesanal; comprou uma bezerra, número que em 2005 chegou a 30 animais soltos a pasto. Quatro anos depois, em 2008, adquiriu uma pequena propriedade para dar início a sua produção. Investiu em estrutura e em genética, com avaliação de 100% do rebanho.

Eudes relatou que foi grande o desafio de colocar o produto no mercado e conquistar os consumidores. “O queijo foi quem deu nome e sobrenome a minha pessoa. E é muito prazeroso produzir um produto, colocar na mesa do consumidor, e saber que está contribuindo para a sociedade, para a parte humanitária, ser protagonista e alimentar uma população inteira”, salientou.

Ele observa que descobriu ao longo dos anos sobre a importância de ser eficiente na produção de leite, o que é o grande valor do negócio.

Produtor catarinense Juliano Petry

O agora produtor de leite, Juliano Petry era frentista há 15 anos na cidade de Seara (SC) quando surgiu a oportunidade de mudar de vida. Em 2010, ele e a esposa adquiriram uma propriedade e no ano seguinte empreenderam na suinocultura. Foi em 2015 que a relação com o leite começou, até então com gado da raça Jersey. A aquisição dos primeiros animais da raça holandesa aconteceu em 2019 e a propriedade despertou para o melhoramento genético. Petry participa de feiras da região e já conquistou prêmios com seus animais.

Com simplicidade e recursos próprios, o criador vem investindo para progredir na atividade. “Nos consideramos felizes por termos vindo do nada e ter a propriedade que nós temos. É uma área pequena, não temos muito como expandir, mas vamos trabalhar para buscar sempre algo a mais”, comentou o produtor.

Ponto de encontro

No Agroleite 2022, a associação está na Casa da Raça Holandesa, localizada na praça central da Cidade do Leite. O acesso ao evento e a todas as atividades da programação é gratuito.

Fonte: Ascom ABCBRH

Notícias

Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

Publicado em

em

Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
Continue Lendo

Notícias

Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

Publicado em

em

Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
Continue Lendo

Notícias

Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

Publicado em

em

Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.