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ASEMG promove, em conjunto com suas filiadas, a 5ª edição do Fórum Estadual da Suinocultura
Evento acontece de 28 a 30 de outubro e tem inscrição gratuita!

Entre os dias 28 a 30 de outubro acontecerá a 5ª edição do Fórum Estadual da Suinocultura, um projeto que surgiu da união das quatro associações mineiras, Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (ASEMG) e suas afiliadas regionais: Associação dos Suinocultores do Centro Oeste Mineiro (ASSUICOM), Associação dos Suinocultores do Vale do Piranga (ASSUVAP), e Associação dos Suinocultores do Triângulo e Alto Paranaíba (ASTAP), todas afiliadas da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), com o objetivo de levar ao produtor informações relevantes, que impactem diretamente no dia a dia do negócio da suinocultura.
O evento é de grande relevância para o debate e novos conhecimentos sobre setor, envolvendo autoridades, especialistas e setor privado. “O nosso Fórum Estadual é um evento importante do calendário do suinocultor mineiro. Trata-se de um momento de renovação de conhecimento e relacionamento entre produtores de carne suína de todos os polos produtivos do Estado” explicou o presidente da ASEMG, João Carlos Bretas Leite.
Neste ano de 2024 o Fórum optou por trabalhar diferentes frentes de conteúdo que vão de produtividade dos times das granjas, passando por sanidade, técnicas de negociação, mercado de grãos, tema responsável por 70% do custo de produção das granjas, e tendências do mercado mundial de carnes. A abertura ocorrerá de forma online no dia 28 de outubro (segunda-feira) às 10h, através do Canal do Youtube da ASEMG, com a palestra “Tempo e produtividade na Suinocultura: estratégias para resultados consistentes.”
A convidada será a especialista em otimização de rotinas e aumento de produtividade, com uma abordagem prática e estratégica que tem ajudado inúmeras pessoas a alcançar resultados significativos em suas carreiras e vidas pessoais, Lorena Fonseca.
No segundo dia, o evento tratará de sanidade, e acontecerá na terça-feira (29), também através do Canal do Youtube da ASEMG, às 14h, e contará com o painel “A importância da retirada de aftosa para o mercado de suínos em Minas Gerais”. Com a exposição da atual situação de Minas Frente ao status de Zona Livre, ministrado pelo Fiscal Agropecuário/Médico Veterinário do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), atuante como Coordenador do programa de vigilância da Febre Aftosa Natanael Lamas Dias.
Em um segundo momento a Médica Veterinária e Gerente de Serviços Veterinários na Topigs Norsvin, América Latina Heloiza Irtes apresenta a exposição 2 falando sobre “Os desafios de operação no setor de suínos frente ao processo de Zona Livre de Aftosa”. A mediação fica a cargo de Bruno de Morais, Médico Veterinário pelo Centro Universitário ICESP de Brasília, pós-graduado em Bioestatística e mestrando em Epidemiologia Veterinária pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Animal da Universidade de Brasília. Atualmente, é analista técnico da ABCS.
O Fórum Estadual da Suinocultura encerrá sua agenda de forma presencial na sede da entidade que congrega os suinocultores de Minas, a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (ASEMG), em Belo Horizonte, no dia 30 de outubro (quarta-feira) a partir das 11h com uma série de painéis que garantirão muito conhecimento e novas perspectivas aos participantes.
O evento iniciará com o painel “Outro Lado da Mesa: Domine as Táticas dos Compradores para melhorar suas vendas”, que terá como âncora Marcelo Pereira, master em negociação pela Harvard Business School, professor com amplo conhecimento e experiência em vendas e compras nacionais e internacionais. Atuante como consultor e professor de negociação, liderança, vendas e influência na Conquer, escola de negócios que se tornou referência de ensino no Brasil nos últimos anos. Participam da mesa redonda Alvimar Jalles, Médico Veterinário e Consultor de Mercado da ASEMG e Willian Fernandes Naves- Gerente Comercial Fazenda São Paulo.
Já no período da tarde, a partir das 14h, um time de especialistas trará todo o panorama do “Mercado Mundial de Carnes & Grãos”. Com mediação de Everton Daniel, Zootecnista pela Universidade Federal de Santa Maria Mestre e Doutor em Nutrição Animal pela UNESP. Este painel foi dividido por temas, a primeira tratativa será “Commodities & Safras” com William Costa, Engenheiro Agrônomo, MBA em Gestão Estratégica de Negócios, atualmente Analista de Commodities. Com sete anos de Cargill, anteriormente integrou o time comercial de Mercado Interno, atuando com negociações de commodities Milho, Soja, Óleo de soja e Caroço de Algodão.
O segundo assunto será “Mercado Asiáticos, Europeu e EUA” apresentado por Leandro Hackenhaar Engenheiro Agrônomo e Mestre em Nutrição Animal pela ESALQ/USP. Líder Técnico da Cargill Animal Nutrition and Health, atuando com foco em leitões, auxiliando globalmente clientes e negócios da Cargill a otimizar recursos e melhorar rentabilidade e Diretor do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal. Fechando as capacitações do evento, será discutido “Mercado Brasileiro”, com a participação de Wilson de Souza Júnior Coordenador de inteligência de mercado, Cargill Nutrição Animal, Engenheiro Agrônomo, UFV com MBA em Data Science & Analytics, USP/Esalq. As inscrições são gratuitas todos os dias e podem ser feitas, clicando aqui.

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025
Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves
A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.
Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.
Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.
Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves
Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.
Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.
Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.
Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro
Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.
No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.
Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável
Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”
Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.
Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.
As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).
Maior mercado mundial de bioinsumos
O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.
A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.
Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.
Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.



