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Aromas – uma forte tendência no mercado de carnes
Diante do valor do sentido olfativo, os aromas estão diretamente ligados a experiência do consumo de alimentos, o que faz o olfato ter grande participação no sabor que as pessoas sentem ao ingerir um alimento.

Para falar de aromas, é preciso explanar sobre dois sentidos humanos diretamente ligados ao tema, o paladar e o olfato. Muitos acreditam que sejam dois sistemas sensoriais distintos, no entanto são intimamente ligados. O olfato é um sistema extremamente sensível com capacidade de reconhecer milhares de moléculas diferentes, especialmente as mais voláteis, que são os principais componentes dos aromas. Os aromas chegam ao nariz e se dissolvem na mucosa de receptores olfativos, que enviam sinais nervosos para a região responsável pelo sentido no cérebro, que reconhece o sabor e identifica o alimento que está sendo percebido ou consumido.
Cada ingrediente tem uma característica única e a criação dos aromas são resultado de uma colaboração contínua entre aromistas, chefs, cientistas e especialistas em aplicações. Graças a essa parceria, eles conseguem proporcionar soluções seguras que oferecem experiências autênticas ao consumidor, como até mesmo encapsular o aroma para manter a sensação original de determinado alimento. Sejam de ervas e especiarias, métodos de cocção, aromas lácteos até pratos regionais e exóticos. São os sabores que geram experiências nostálgicas e nos fazem lembrar de cada momento especial que foi vivido, aquele momento em que o alimento foi provado no passado. Isso ocorre pois durante a mastigação, o olfato atua com o paladar para enviar ao cérebro informações sobre o que está sendo ingerido.
Diante do valor do sentido olfativo, os aromas estão diretamente ligados a experiência do consumo de alimentos, o que faz o olfato ter grande participação no sabor que as pessoas sentem ao ingerir um alimento. O ser humano é capaz de identificar mais de 10 mil cheiros, aromas ou odores e grande parte do que é identificado como sabor, é um aroma. Então, comprovadamente, “comemos com os olhos”, paladar e olfato. Sabe aquele aroma maravilhoso de carne sendo assada na brasa? Ou do frango com batatas no almoço de domingo, ou uma bela costelinha de porco ao molho barbecue? Então, os aromas caracterizam os sabores de cada uma delas e têm o poder de ampliar a complexidade da experiência que determinado alimento pode proporcionar ao consumidor, isso significa que um produto se torna apetitoso por suas características olfativas e visuais, além de sua proposta de sabor. Existem estudos que comprovam que as características sensoriais, principalmente o aroma, tem efeito direto na escolha do consumidor, já que grande parte do sabor do alimento é influenciado pela sua composição aromática. Quem nunca apreciou o aroma de um pedaço de bacon durante uma compra no supermercado, que atire a primeira pedra.
Para simplificar o que é bastante complexo e eliminando a explicação teórica química, existem três tipos de classificação de aromas. Os naturais, que são criados a partir de matérias primas naturais obtidas a partir de processos naturais, como via enzimática, por exemplo. Os aromas idênticos aos naturais, utilizam matérias primas idênticas ao natural, que são moléculas criadas ou desenvolvidas para replicar de forma exata as mesmas moléculas naturais. Quimicamente e funcionalmente são idênticas. Já os aromas artificiais contêm moléculas aromáticas que ainda não foram encontradas na natureza, no entanto são validadas e aprovadas para o consumo. Independente da classificação, podem ter diferentes formas de apresentação: líquido, pó, pasta, emulsões e pasta, dependendo da necessidade de aplicação.
Padronização de sabor
Durante o processamento, os alimentos passam por modificações, apresentando muitas vezes perdas de sabor e os aromas são essenciais nessa reposição. Eles podem proporcionar experiências mais completas e a padronização dos sabores. Além disso, com o seu uso, existe a possibilidade de maior diversidade de sabores, visto que é possível desenvolver uma ampla variedade de notas sensoriais a partir de um único aroma tornando-o, por exemplo, mais fresco, maduro, com notas de alguma geleia, mais ou menos verde, amargo, floral, tostado, cozido entre outros. São inúmeras as possibilidades de sabores que podemos criar quando pensamos em aromatizantes.
Um bom exemplo são as carnes de porco processadas harmonizadas com vinho, famosas em datas comemorativas como as festas de fim de ano. A dosagem de vinho influencia diretamente na consistência do produto e precisa de um equilíbrio perfeito para ser marcante o suficiente sem que o sabor fique carregado demais. O vinho também pode amargar o produto devido sua concentração alcoólica, dependendo do modo de preparo escolhido. Por isso, o aroma de vinho é um ótimo exemplo de preferência dos processadores.
Outro benefício do uso de aromas em produtos cárneos é a economia gerada com seu uso, pois a dosagem de utilização dos aromas nos alimentos e bebidas é normalmente baixa tornando os custos versus a dosagem bem acessíveis a diferentes perfis de clientes. Outro diferencial é a possibilidade de criar aromas personalizados para cada cliente ou marca, com um produto distinto e com características únicas do que já existe no mercado.
Versatilidade
Os aromas são amplamente utilizados na indústria cárnica para inúmeras finalidades. A primeira delas é aumentar a diversidade das linhas de produtos, já que a condimentação atual conhecida pelo brasileiro é tradicional e para isso os aromas podem servir como um diferenciador na saborização de produtos cárneos. Os aromas também podem auxiliar a caracterização de um determinado corte de carne específico, como por exemplo, trazer o realce do sabor de picanha em um hambúrguer feito com carne de picanha moída. Desta forma, o impacto de sabor é consideravelmente maior que um hambúrguer sem esse aroma e a permanência na boca é amplificada. Outro exemplo bem claro disso é o uso de aromas em produtos plant based. Quando foi lançado o revolucionário hambúrguer de plantas, com textura e gosto de carne, muitos carnívoros assumidos se surpreenderam positivamente. Isso se deve à combinação de aromatizantes e ingredientes naturais.
Além de acentuar o sabor dos cortes, os aromas também podem remeter a um método de preparo específico, como grelhado, cozido ou frito. Com a utilização de aromas em formulações cárneas, a quantidade de matérias primas pode ser otimizada, já que os aromas conferem um grande impacto de sabor proporcionando otimização de estoque e frete. . Processos como defumação ou fermentação são longos e podem ter efeitos sensoriais potencializados pelo aroma. Também vale lembrar a possibilidade da retirada de ingredientes alergênicos de um produto, com a substituição por aromas, sem promover diferenças sensoriais significativas.
Menos sal e mais sabor
O sal é um dos ingredientes mais antigos e utilizados do mundo. Ele realça o sabor dos produtos salgados. Porém seu uso deve ser moderado e seu excesso pode acarretar uma série de problemas à saúde. Este é um dos pontos que o consumidor está bastante antenado e é um fator que pode fazê-lo deixar de comprar um produto que consumia há décadas, caso ele apresente alta porcentagem de sódio em sua composição.
Já existem tecnologias disponíveis no mercado que permitem o desenvolvimento de alimentos e bebidas com menos sódio e açúcar na composição, mas que continuam entregando um excelente perfil de sabor. São aromas naturais, chamados de moduladores, que interagem com os receptores gustativos da boca, modificando a percepção geral do paladar e aumentando a percepção do sabor salgado. Assim possibilitam a redução de sal em até 40%, podendo ser aplicados em bebidas, molhos, sopas, caldos, snacks, lácteos, panificados, pratos prontos e food service. Segundo uma pesquisa da Nielsen em parceria com o Idec, apenas 37% dos brasileiros dizem ter suas necessidades atendidas no mercado alimentício e 66% pagariam mais por alimentos sem ingredientes indesejáveis. Por isso produtos com soluções como essa são cada vez mais procurados pelos consumidores.
Alexandre Matos é formado em Engenharia Química pela Universidade Oswaldo Cruz. Aromista Sênior, atua no setor há mais de 25 anos em criação de aromas, inovação em Taste, métodos de fabricação, aplicações, características químicas e organolépticas. Alexandre tem sólida experiência em análises química e sensorial e é Diretor técnico na Kerry, responsável pelo time de RD&A Taste na América Latina.

Empresas Limpeza, proteção e performance
Placas Evaporativas: estão eficientes ou colapsando?
Tratar a água corretamente é a diferença entre fazer manutenção constante e garantir eficiência e durabilidade ao sistema de resfriamento.

O conforto térmico é essencial para o bom desempenho dos animais, e os sistemas de resfriamento evaporativo são aliados importantes nesse processo. No entanto, a eficiência dessas placas depende diretamente da qualidade da água utilizada.
A água dura — rica em cálcio e magnésio — forma incrustações nas placas, reduzindo sua capacidade de absorção e evaporação. O resultado são ambientes menos refrigerados, maior consumo de energia e menor vida útil das placas.
Quando a água também apresenta alta alcalinidade ou pH desbalanceado, o problema se agrava: os carbonatos formados aderem às superfícies, causando entupimentos e desgaste do sistema.
A simples limpeza física, por vezes, não resolve. É necessário um tratamento preventivo, que mantenha o pH controlado, os minerais em suspensão e reduza a carga microbiológica — evitando incrustações, proliferação de contaminantes e algas.
Tratar a água corretamente é a diferença entre fazer manutenção constante e garantir eficiência e durabilidade ao sistema de resfriamento.
American Plac Limp: eficiência e proteção para o seu sistema evaporativo
Desenvolvido pela American Nutrients, o American Plac Limp é uma solução completa para o tratamento da água em sistemas de placas evaporativas.
Sua composição neutraliza íons alcalinos e equilibrar o pH da água; quebra as ligações químicas dos sais de cálcio e magnésio responsáveis pelas incrustações; mantem os minerais dispersos, prevenindo o acúmulo nas superfícies; controla o crescimento microbiológico, prolongando a durabilidade das placas; e garante maior eficiência de resfriamento, preservando o fluxo de ar e a capacidade de evaporação.
O produto é de fácil aplicação, compatível com sistemas automatizados de dosagem e pode ser utilizado tanto de forma preventiva quanto corretiva. Em média, recomenda-se o uso de 200 a 300 gramas de American Plac Limp por 1.000 litros de água, conforme a qualidade e dureza da água.
Resultados comprovados
Ensaios laboratoriais realizados com placas de celulose de diferentes fornecedores demonstraram que o uso do American Plac Limp mantém a integridade física das placas, sem comprometer colagem, rigidez ou estrutura.
As avaliações, conduzidas por períodos prolongados, indicaram ausência de depósitos minerais visíveis e preservação da consistência e peso das placas, mesmo após meses de contato.
E o que fazer com placas já incrustadas? Detertrex Ácido CE tem ação imediata
O Detertrex Ácido CE, desenvolvido pela American Nutrients, é um desincrustante concentrado com formação de espuma, formulado para atuar diretamente sobre os sais minerais aderidos à superfície das placas. Ele dissolve incrustações minerais visíveis; restaura a permeabilidade e a coloração original das placas; melhora o fluxo de ar e o poder de evaporação; garante limpeza profunda sem agredir a estrutura da celulose; e pode ser aplicado com equipamento de espuma, pulverizador ou bomba de pressão.
- Aplicação do Detertrex acido
- Placas evaporativas – Antes X Depois
Entenda!
O desempenho de um sistema de resfriamento evaporativo começa na qualidade da água, um fator que impacta diretamente a eficiência térmica, a durabilidade das placas e o conforto dos animais.
Ignorar parâmetros como dureza, pH e alcalinidade é abrir espaço para perdas de eficiência, maior consumo de energia e custos elevados de manutenção.
Em conjunto, Detertrex Ácido CE e American Plac Limp representam uma estratégia completa de limpeza, proteção e performance, assegurando:
- Eficiência contínua no resfriamento evaporativo;
- Maior durabilidade das placas de celulose;
- Redução dos custos operacionais;
- Bem-estar animal e produtividade otimizada.
Juntas, essas soluções garantem ambientes mais frescos, animais mais produtivos e resultados mais duradouros. Porque eficiência não é apenas manter o sistema funcionando é garantir que cada gota de água trabalhe a favor do seu desempenho.

Empresas Expertise em manejo
Aviagen e Nutriza fortalecem colaboração em nova edição do Conexão Aviagen – In Company
Evento contou com três dias de aprendizado prático, análise de dados e troca de experiências

Entre 11 e 13 de novembro, a Aviagen® América Latina realizou mais uma edição do Conexão Aviagen – In Company, desta vez com a equipe da Nutriza, em Pires do Rio (GO). O evento reuniu profissionais de recria e produção para aprofundar a colaboração e identificar oportunidades de melhoria no desempenho dos lotes e nos resultados reprodutivos.
Três dias de aprendizado prático e troca
A programação combinou visitas de campo, análise de dados, palestras e sessões interativas em grupo. Os participantes exploraram boas práticas e compartilharam insights para enfrentar desafios do dia a dia. Os especialistas de Serviços Técnicos da Aviagen, Antônio Amâncio, Bruno Machado, Alcides Paes, Almir Rocha e Tiago Gurski conduziram as discussões, acompanhados pelo supervisor regional de Vendas, Marcel Pacheco.
Da teoria à prática
O primeiro dia começou com uma visita à granja de recria e uma sessão de revisão de dados. O segundo dia teve foco nas granjas de produção e na análise de desempenho, gerando conversas sobre pontos de melhoria e estratégias de manejo. O último dia contou com palestras sobre temas como “Conformação ideal dos machos”, “Manejo de machos visando à fertilidade” e “Fatores críticos dos processos produtivos”, além de atividades dinâmicas que incentivaram a interação e o compartilhamento de conhecimento.
Criando o sucesso dos clientes
A Aviagen desenvolveu o formato in company para aproximar sua equipe da realidade dos clientes, permitindo aprendizado prático e colaboração junto aos clientes. O evento reafirmou o compromisso da Aviagen com o desenvolvimento de expertise em manejo e o fortalecimento de relacionamentos de longo prazo.
“Queremos agradecer a Aviagen pela troca de experiências e engajamento entre as equipes técnicas, focando no manejo de galos para melhoria de eclosão. Foi um momento especial, pois tivemos acompanhamento no campo, desde a recria, produção de ovos e finalizando com a interação e atividades práticas, engajando a equipe. A equipe Aviagen conseguiu mostrar os conceitos da linhagem Ross e conectar diretamente com a parte prática”, comentou Matheus Faria de Souza, gerente geral de Agropecuária da Nutriza.
“Nosso objetivo é ‘criar o sucesso juntos’, apoiando cada cliente de forma personalizada”, afirmou o supervisor regional de Serviços Técnicos da Aviagen no Brasil, Antonio Amâncio. “Esse formato permite que a teoria seja aplicada imediatamente em campo, gerando impacto real e fortalecendo a cooperação entre as equipes”, concluiu.
Empresas Discussões sanitárias
American Nutrients reforça a cadeia exportadora da carne suína ao aderir ao programa livre de ractopamina
A empresa oficializou sua adesão total ao programa como parte de uma estratégia de competitividade

A ractopamina, um agonista β-adrenérgico amplamente utilizado para melhorar ganho de peso e eficiência alimentar em suínos, permanece no centro das discussões sanitárias internacionais. Embora seu uso seja regulamentado no Brasil, diversos mercados estratégicos — como União Europeia, China e Rússia — possuem tolerância zero para resíduos desta substância em produtos de origem suína.
O ponto crítico está na cadeia de alimentação: a inclusão de ractopamina na ração de suínos pode resultar na sua detecção na carne, mesmo quando utilizada dentro das doses permitidas. Essa presença residual é suficiente para inviabilizar exportações e comprometer toda a cadeia produtiva voltada a mercados que adotam exigências mais restritivas.
Com o objetivo de assegurar conformidade sanitária, rastreabilidade e segurança na exportação, o Ministério da Agricultura e Pecuária instituiu o Programa de Produção Livre de Ractopamina. A certificação reconhece empresas que mantêm protocolos rigorosos de controle para garantir ausência parcial ou total da molécula em qualquer etapa da produção de rações para suínos.
A American Nutrients oficializou sua adesão total ao programa como parte de uma estratégia de competitividade e alinhamento às demandas globais. Ao assegurar que suas soluções nutricionais estão completamente isentas de ractopamina, a empresa fortalece a confiança de frigoríficos, integradoras e produtores que dependem de dietas certificadas para acessar mercados premium.
Esta iniciativa reforça o compromisso da American Nutrients com a qualidade, a transparência e a sustentabilidade da cadeia suinícola. Em um cenário de crescente rigor sanitário internacional, a nutrição animal livre de ractopamina é um elemento-chave para manter e expandir a participação brasileira nos mercados mais exigentes do mundo.



