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Armazenamento de energia ganha atenção do agronegócio brasileiro

Segundo a Absolar, o número de unidades produtoras dessa energia passou de 54 mil em 2020 para 471 mil no final de 2024. Hoje, o meio rural representa quase 15% de toda a potência solar instalada no Brasil.

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Foto: Divulgação/ORI Energy

Economia, estabilidade energética, aumento da capacidade produtiva e menor dependência de combustíveis fósseis. Esses são alguns dos fatores que têm motivado produtores rurais brasileiros a dar mais um passo no uso da energia solar fotovoltaica e implementar o sistema híbrido de energia solar, que alia a produção de energia fotovoltaica por meio dos painéis solares a um sistema de baterias e inversores capazes de armazenar essa energia.

Fotos: Divulgação/OP Rural

A produção de energia solar está em expansão no agronegócio brasileiro nos últimos anos. Segundo a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar), o número de unidades produtoras dessa energia passou de 54 mil em 2020 para 471 mil no final de 2024. Hoje, o meio rural representa quase 15% de toda a potência solar instalada no Brasil.

Diante desse potencial promissor, as baterias chegam no agro como importante aliada, entre outros, para evitar as perdas e prejuízos financeiros causados pelos apagões e instabilidade energética nessas propriedades.

Vale ressaltar que a energia solar no campo supre a necessidade de importantes atividades, entre elas a irrigação das lavouras, climatização e iluminação das granjas e manutenção de câmaras frias e tanques de resfriamento. “O armazenamento de energia permite que propriedades rurais maximizem o uso da energia solar, reduzindo a dependência da rede elétrica e de geradores a diesel. Com baterias, é possível armazenar o excedente gerado durante o dia para uso noturno ou em períodos de baixa geração, garantindo maior estabilidade e segurança energética”, explica o engenheiro Marcelo Niendicker.

Além disso, as baterias permitem a redução do consumo de diesel nessas propriedades, tendo em vista que a

integração entre diesel, solar e armazenamento garantem um suprimento energético contínuo e eficiente. “Durante o dia, os painéis solares alimentam a propriedade e carregam as baterias. Caso a demanda ultrapasse a capacidade da bateria, o gerador a diesel entra em operação como backup. Esse modelo reduz o consumo desse combustível fóssil e melhora a eficiência energética da propriedade”, explica o engenheiro.

Economia e melhoria da rentabilidade do negócio, muitas vezes, é o fator decisório para a opção pelos sistemas de armazenamento. “Esse sistema permite a redução de custos operacionais, protege contra oscilações de preços da energia e melhora a sustentabilidade das operações agrícolas. Além disso, sistemas de armazenamento ajudam em regiões remotas, onde a eletricidade pode ser instável ou cara”, complementa Niendicker.

Exemplos

O engenheiro também exemplifica como baterias de diferentes potências podem suprir as necessidades operacionais de uma propriedade rural:

Bateria de 50 kWh → Alimenta 5 bombas d’água de 1 CV por 10 horas para irrigação.

Bateria de 100 kWh → Mantém um sistema de ordenha automatizado e iluminação funcionando por 12 horas.

Bateria de 200 kWh → Suporta um pivô central de irrigação e refrigeração de leite por 8 horas, reduzindo o uso de diesel.

Demanda

A diretora de Transição Energética da ORI Energy, Luciana Machado, confirma que a aceitação pelos sistemas de armazenamento de energia com baterias no agronegócio cresceu significativamente. “Inicialmente, havia uma resistência devido ao custo elevado e à falta de conhecimento técnico. No entanto, com a queda nos preços das baterias e o aumento da conscientização sobre os benefícios, muitos produtores rurais passaram a adotar essa tecnologia. Hoje, a procura por sistemas de armazenamento é alta, impulsionada pela necessidade de estabilidade energética e redução de custos”, confirma.

Luciana explica que os produtores optam por sistemas que garantam fornecimento contínuo de energia, especialmente em áreas com instabilidade elétrica, de forma que tenham garantida a estabilidade elétrica e as operações agrícolas não sejam interrompidas. Além disso, há o anseio dos produtores pela possibilidade de redução de gastos com eletricidade, além da sustentabilidade no negócio, tendo em vista que o sistema permite reduzir a dependência de combustíveis fósseis. “A combinação das baterias aos painéis fotovoltaicos aumenta a eficiência e a resiliência das operações agrícolas, proporcionando uma solução mais sustentável e econômica”, salienta.

O acesso à edição digital do Bovinos, Grãos & Máquinas é gratuito. Para ler a versão completa on-line, basta clicar aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural com ORI Energy

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Imac leva campanha tira-dúvidas sobre regeneração de áreas degradadas à região Leste de Mato Grosso

Ação do Imac levou suporte direto aos produtores, esclareceu pendências no sistema de autovistoria e reforçou a importância do Prem para recuperar áreas e garantir a continuidade das vendas de gado.

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Foto: Divulgação/IMAC

Pecuaristas de Confresa e Nova Xavantina receberam nesta semana técnicos do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), como parte de uma campanha de orientação sobre a regeneração de áreas degradadas por meio do Programa de Reinserção e Monitoramento (Prem). Nesta semana, analistas do instituto percorreram propriedades rurais, conversaram com os produtores e auxiliaram no uso correto do sistema de autovistoria exigido durante o processo de recuperação das áreas.

Pecuarista há 33 anos em Confresa, Hélio Fernandes Vasques administra uma fazenda de 117 hectares e aderiu ao Prem há cerca de dois anos, depois de ficar impedido de comercializar gado para o frigorífico da região. Com dificuldades no uso do sistema, ele recebeu a equipe do Imac e teve todas as pendências esclarecidas. “As explicações foram bem produtivas, tiraram muitas dúvidas. Eu acho muito importante essa visita, ajuda muito. A maioria das pessoas que mora na roça tem os filhos que podem fazer a vistoria, mas nem sempre eles moram junto. Quase todo mundo é velho, tem muita dificuldade, às vezes só falando pelo celular a gente não consegue aprender”, afirmou o produtor.

Crédito: Divulgação/Rede ILPF

Criado em 2021 pelo Imac, o Prem funciona como uma ponte entre regularização ambiental e manutenção da atividade econômica. O programa orienta e acompanha a regeneração de áreas desmatadas ilegalmente, possibilitando que o produtor retorne ao mercado formal. Isso porque alertas de desmatamento podem gerar embargos e impedir a venda de animais aos frigoríficos, causando prejuízos significativos às fazendas.

Ao aderir ao Prem e iniciar a recuperação da área, o produtor recebe a Autorização de Comercialização Temporária (ACT), documento que confirma que ele está regularizando a propriedade e, por isso, pode continuar vendendo o gado enquanto o processo de regeneração avança. “O Prem é um programa que alia regularização, transparência e compromisso ambiental. As visitas em Confresa e Nova Xavantina mostraram que os pecuaristas estão abertos ao diálogo e querem fazer a coisa certa. Nosso papel é garantir que eles tenham todas as ferramentas e informações para conduzir a regeneração das áreas da forma correta e sustentável”, explica o gerente de Conformidade do Imac e coordenador do Prem, Tássio Bizelli.

A campanha também reforça o alinhamento de Mato Grosso às exigências dos mercados nacionais e internacionais, cada vez mais atentos à origem sustentável da carne. O Prem integra o conjunto de políticas que posicionam o estado na vanguarda da pecuária responsável, ao lado de iniciativas como o Passaporte Verde.

Para o próximo ano, já estão previstas novas ações de orientação aos produtores, incluindo caravanas, workshops e atendimentos regionais focados em dúvidas técnicas e uso da plataforma do Prem. “Somos aliados dos produtores e estamos sempre auxiliando em todo o processo de regeneração das áreas degradadas”, enfatiza Tássio.

Fonte: Assessoria IMAC
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Pressão do campo reacende debate sobre crise do leite em Brasília

Produtores e entidades conseguiram avanço nas discussões sobre antidumping e cobraram a retomada do grupo interministerial para ações urgentes na cadeia leiteira.

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Foto: Arnaldo Alves/AEN

A Abraleite, representada pelo presidente Geraldo Borges, participou na manhã desta terça-feira de uma reunião no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) com o ministro e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. A audiência reuniu parlamentares da situação e da oposição, sendo 3 deles membros da FPA, além das entidades CNA, Abraleite e OCB, com o objetivo de debater a crise que afeta a produção de leite no Brasil.

Durante a audiência, o MDIC anunciou que acolheu o recurso apresentado pela CNA referente à similaridade entre leite e leite em pó e informou que dará prosseguimento à investigação antidumping sobre as importações de leite em pó da Argentina e do Uruguai. A investigação, requerida pela CNA, conta com o apoio da Abraleite e da OCB.
Durante a reunião, o presidente da Abraleite, Geraldo Borges, agradeceu aos ministros e suas equipes pela atenção às demandas do setor, além do apoio dos deputados que têm conduzido as audiências sobre a crise do leite.
Ele reforçou a urgência de reativar o Grupo de Trabalho Interministerial, essencial para construir ações emergenciais e estruturantes, afirmando que Abraleite, CNA e OCB estão prontas para contribuir. A proposta recebeu sinalização positiva dos ministros.

Borges também destacou a união dos parlamentares, ressaltando que a cadeia do leite é uma questão de Estado, dada sua importância econômica e social.

A reunião contou com a participação, pelo MDIC, do ministro Geraldo Alckmin, do secretário-executivo Márcio Dias e de sua equipe; do ministro Paulo Teixeira (MDA); dos deputados federais Domingos Sávio (PL/MG) que solicitou a audiência, Ana Paula Leão (PP/MG), Elton Welter (PT/PR) e Zé Silva (Solidariedade/MG); de Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB e presidente do IPA; de Geraldo Borges, presidente da ABRALEITE; e, pela CNA, de Jônadan Hsuan Min Ma, vice-presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite e presidente da Comissão Técnica de Pecuária de Leite da FAEMG, e de Guilherme Dias, assessor.

Fonte: Assessoria Abraleite
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Troféu Destaque Holandês celebra excelência da raça em ano desafiador

Gadolando reúne produtores, parceiros e entidades no dia 13 de dezembro, em Esteio (RS), para reconhecer resultados de destaque em genética, produção e dedicação à atividade leiteira em 2025.

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Foto: Cláudio Bergman/Divulgação

O reconhecimento do trabalho de produtores, parceiros, entidades e empresas junto à raça holandesa em 2025, em um ano desafiador para o setor, ocorre no próximo dia 13 de dezembro com a entrega do Troféu Destaque Holandês. Como de praxe, a homenagem será durante a confraternização de fim de ano da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), no pavilhão do Gado Leiteiro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS).

O presidente da Gadolando, Marcos Tang, destaca que, apesar dos desafios, com a deterioração nos preços da produção de leite, é importante valorizar, sobretudo, os produtores que desempenharam suas atividades com dedicação, sabedoria, uso de tecnologia e muito amor pelo que fazem, culminando em excelência na entrega de seus resultados. “Sabemos que haveria muitos mais a serem premiados, porém precisamos adotar critérios para essa escolha”, observou.

Tang reforça, inicialmente, o reconhecimento aos produtores, associados ou cooperados, que se sobressaíram nos serviços realizados junto à Gadolando, como registro genealógico, controle leiteiro e classificação. “Essas ações são fundamentais para o melhoramento genético da raça Holandesa e para o fortalecimento do nosso rebanho”, pontua, colocando que há produtores que obtêm resultados expressivos em volume de leite, qualidade e sólidos, “revelando verdadeiro domínio na condução da atividade e na excelência da raça”.

O dirigente também lembra das vacas diferenciadas em sua morfologia, como novilhas de primeiro parto classificadas acima de 85 pontos, assim como animais que atingem 90 pontos ou mais, demonstrando o avanço contínuo do rebanho Holandês do Rio Grande do Sul que, conforme salienta, é  fruto do mérito e do trabalho dedicado dos produtores. “Este é o momento de reconhecimento e gratidão por tudo o que fazem pela raça Holandesa e de homenageá-los junto com as suas famílias, pois apesar de seus resultados extraordinários, muitos destaques não participam de feiras tradicionais como a Fenasul  e a Expointer”, observa.

Segundo Tang, as entidades que caminham ao lado da Gadolando também precisam ser reconhecidas. “A nossa Associação não atua de forma isolada, conta com entidades parceiras e amigas que sempre nos apoiam em eventos e em nossos pleitos, especialmente neste momento em que a união se faz ainda mais necessária. Essas organizações, empresas, associações e federações merecem igualmente essa distinção, pois é por meio dessas parcerias que conseguimos avançar e fortalecer nosso trabalho”, enfatiza.

O presidente da Gadolando ressalta, ainda, o apoio  do setor jornalístico, que, segundo ele, cumpre um papel essencial ao levar ao grande público a verdadeira realidade do agro. “Esse trabalho evidencia o amor, o cuidado e o respeito com que nossos produtores tratam seus animais, sempre pautados no bem-estar animal e na produção consciente. Como sempre reforçamos: animal mal cuidado não produz, e a nossa atividade é feita com responsabilidade, carinho e dedicação”, reitera, agradecendo a todos que contribuíram para o fortalecimento da raça Holandesa e para o desenvolvimento da atividade leiteira no Rio Grande do Sul.

Fonte: Assessoria Gadolando
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