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Áreas declivosas de pastagens são negligenciadas, aponta pesquisador

Com correto manejo e revitalização, áreas declivosas subprodutivas passam a ter alta fertilidade e são excelente opção para criação de bezerros, de acordo com doutor Elir de Oliveira

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Um terreno o qual muitos pecuaristas não apostam as fichas e nem dinheiro são áreas declivosas. Mas, e se estiver comprovado que estes são os melhores espaços quando o assunto é a criação de bezerros? Pois foi isso que o pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), doutor Elir de Oliveira, apresentou durante o Show Rural Coopavel, que aconteceu em fevereiro em Cascavel, PR. Ele mostrou que com o correto tratamento do solo e das forragens utilizadas, estas áreas se tornam excelentes para a produção de bezerros.

De acordo com Oliveira, pesquisadores do Instituto realizaram avaliações e diagnóstico em algumas propriedades declivosas paranaenses. O que foi constatado é que estes são solos de altíssima fertilidade. “Estes solos só tinham um problema, que era a falta de fósforo. Enquanto deveria haver em torno de 10 a 12 ppm, eles tinham somente 1pmm. E o fósforo é um componente importante, já que sem ele não há qualidade”, informa. Isso mostrou o grande potencial das áreas declivosas, acrescenta o pesquisador.

Oliveira afirma que a cultivar mais vista em áreas de pastagens é a braquiária. “O pecuarista está induzido a chegar na loja de sementes e já pedir a braquiária. Mas existem outras cultivares que são mais modernas e produtivas”, conta. O pesquisador diz que para o produtor que não quer adubar o pasto ou utilizar tecnologia, a braquiária é uma boa opção. Mas, já aquele que pretende ir um pouco adiante e quer ter uma pecuária mais competitiva, procurar outras espécies de cultivar é uma opção.

Pastagens em áreas declivosas semi revitalizadas apresentam um grande potencial na produção de bezerros, confidencia Oliveira. “Com a correta revitalização haverá melhoras nos índices zootécnicos, propiciando uma maior rentabilidade ao pecuarista”, afirma. Mas, para isso, o pesquisador conta que é preciso que o produtor invista mais em adubação das pastagens. “A pecuária muitas vezes não é tratada como uma cultura. O produtor aduba o milho, a soja, mas quando vamos ver a área de pastagem, ele fica até com vergonha de dizer que aquela área é dele”, diz.

O primeiro passo para tornar estas áreas mais produtivas é fazer o correto diagnóstico e ver o que está faltando e o que é preciso fazer. “Então vamos ver se tem erosão, como está a população de pastagem, se não tem buraco no meio”, informa Oliveira. “Depois faremos a fosfatagem, adubação, a semeadura”, continua. Uma dica dada pelo pesquisador é o produtor realizar também a semeadura de aveia, azevém e ervilhaca. “São ótimas culturas para quem também quer garantir pastagem durante o inverno”, confidencia.

Importância do fósforo e nitrogênio

O pesquisador reiterou a importância do fósforo na pastagem. “É o elemento mais barato e de mais fácil acesso. É somente levado pela erosão. Sem contar que é muito móvel na planta, absorvendo da folha até a raiz”, conta. O elemento ainda é responsável pelo crescimento da planta, atuando na multiplicação das células e promovendo o crescimento da raiz. “E esse crescimento é tudo, porque auxilia depois na rebrota”, informa. O fósforo é ainda responsável pela energia da planta. “Sem o fósforo não adianta fazer outras coisas, não tem acordo ou conversa. Não adianta o produtor colocar somente nitrogênio ou calcário e achar que vai ter respostas”, reforça.

Outra dica dada pelo pesquisador é a importância da adubação nitrogenada nestas áreas. “Se você corrigir o cálcio, potássio e ter uma variedade boa de capim, mas não adubar com nitrogênio, com pelo menos 500 quilos por hectare durante o ano, você não vai ter uma pecuária produtiva, tanto de leite quanto de corte”, confessa. É recomendado que se faça essa adubação nitrogenada com uma programação, sendo 50% entre setembro e outubro, e os outros 50% em janeiro, aconselha Oliveira.

Além de corrigir, também é importante fazer o correto manejo das pastagens. “O pasto tem a altura de entrada e saída. Então no outono e inverno é importante fazer a revisão de piquete. Já na primavera é preciso realizar mais sobre semeadura do capim. Isso é essencial para o pecuarista ter uma área competitiva”, informa. O resultado deste correto acompanhamento e manejo é o aumento em até três vezes na produção, além da viabilização econômica da propriedade.  

Carvalho acrescenta que a ervilhaca é uma boa opção para fixação do nitrogênio. Segundo ele, a falta do componente é uma das principais causas de degradação de pastagens. “Isso é uma concordância entre todos os pesquisadores. Não somente manejo, mas na falta de fertilidade a adubação de nitrogênio aumenta a produção”, confirma. Ele explica que o elemento também ajuda no aumento da raiz, número de folhas, reserva de carboidrato, além de auxiliar no aumento da proteína, ampliando expressivamente a forragem e intensificando a produção. “Quando o produtor aduba com nitrogênio a planta entra no inverno produzindo e na primavera antecipa o rebrote. Por isso é importante”, avalia.

Mais informações você encontra na edição de Bovinos, Grãos e Máquinas de março/abril de 2018 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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