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Aquicultura: uso de enzimas na dieta dos animais proporciona maior rentabilidade
Compostos enzimáticos melhoram a digestibilidade dos nutrientes, promovendo uma série de benefícios ao produtor

O aproveitamento de nutrientes presentes na dieta dos animais é um fator fundamental para melhorar a rentabilidade das criações, inclusive na aquicultura. Entretanto, também pode ser considerado um desafio no manejo de peixes e camarões, já que nem todos os alimentos conseguem ser absorvidos de maneira natural. Neste processo, a digestibilidade é essencial na busca pela eficiência alimentar.
Como explica a zootecnista Carolina Farias, gerente de vendas para aquicultura da Alltech, o organismo dos peixes é preparado fisiologicamente para aproveitar nutrientes disponíveis na natureza, entretanto alguns deles não são totalmente absorvidos. Para alimentá-los em cultivos, a exigência fisiológica dos animais é atendida com farinhas de origem animal e vegetal. Mas como explica a especialista, apenas isso não é suficiente: “alguns ingredientes de origem vegetal contêm substâncias antinutricionais para os peixes, que além de não serem bem aproveitadas, acabam piorando a absorção de outros elementos”, diz.
Por conta disso, as enzimas são tão importantes, já que têm a função de acelerar algumas reações químicas específicas dentro do organismo dos animais, quebrando moléculas maiores em menores, o que acaba facilitando a absorção de nutrientes pelo intestino, ou seja, melhorando a digestibilidade. “Por meio das enzimas, conseguimos quebrar compostos antinutricionais e elevar o aproveitamento de nutrientes que não estariam disponíveis sem a tecnologia”, comenta.
Os benefícios do uso de soluções enzimáticas na dieta dos animais já têm sido observados na prática, como relata Giuliano Mathias Dias, produtor de tilápia em Caconde (SP), que, ao utilizar a tecnologia na alimentação dos peixes. “Com a enzima melhoramos 0.2 na conversão alimentar, que é uma diferença significativa quando se pensa em grandes volumes” comenta.
Além da maior produção de filé com a mesma quantidade de peixe, o produtor também notou outros benefícios: “outro resultado positivo foi a diminuição de mortalidade e melhora significativa também no crescimento. Tudo relacionado talvez ao melhor aproveitamento da ração proporcionado pela enzima”, diz.
A utilização de um complexo enzimático depende da fase, da genética e até do manejo do animal, e vale ressaltar que o seu uso na aquicultura não só potencializa a conversão alimentar, mas também traz uma série de benefícios ao produtor: “o que você oferece ao animal vai ser melhor absorvido, então consequentemente vai ter maior um ganho de peso, maior manutenção dos parâmetros de qualidade de água, e maior aproveitamento de nutrientes, pontos muito importantes para a manutenção da produtividade e a rentabilidade da produção. Quanto mais o animal crescer e ficar bem de saúde, num ambiente adequado, melhor vai ser para ele”, explica Carolina.
Solução para formulação
Para auxiliar o setor a melhorar a eficiência alimentar dos animais, a Alltech possui em seu portfólio as soluções Allzyme´s. Allzyme SSF e Allzyme Vegpro auxiliam na saúde do sistema digestivo do animal e maximizam a digestibilidade dos nutrientes da dieta.

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Cobb-Vantress inaugura maior incubatório da América Latina, em Prata (MG)
Nova unidade teve investimento de R$ 60 milhões e amplia a capacidade de produção da companhia

A Cobb-Vantress, líder global em genética avícola, iniciou oficialmente as operações de seu incubatório no município de Prata, em Minas Gerais, no mês de maio. Com investimento de R$ 60 milhões, a unidade é a maior e a mais moderna da empresa na América Latina. O incubatório representa um marco importante na ampliação da capacidade de produção no Brasil, fortalecendo o país como hub de genética avícola para a América do Sul.
Projetado com tecnologia de ponta e sistemas de automação de última geração, o incubatório tem capacidade para aumentar a produção da companhia em até 25%. A nova unidade integra o plano de expansão da Cobb no Brasil e tem como objetivo suprir a crescente demanda dos clientes no país e no exterior. Também reforça o compromisso com a segurança de abastecimento de reprodutoras no mercado. No fim de maio, o incubatório realizou sua primeira entrega de matrizes a clientes da companhia, marcando o início da operação.
O incubatório de Prata está instalado em uma área construída de 5.200 m². O espaço abriga equipamentos modernos, como incubadoras de etapa única, esteiras automatizadas e máquinas de vacinação de última geração, oferecendo alto padrão de biosseguridade, rastreabilidade e eficiência produtiva. Com a unidade, a Cobb segue comprometida em sustentar a posição de melhor produto entregue no campo.
A planta foi desenhada com projeto modular, para permitir futuras expansões, e contempla um centro de distribuição anexo, que recebe mercadorias, matérias-primas e demais insumos que serão utilizados na produção das granjas e do incubatório, conferindo agilidade e maior segurança no fornecimento de insumos às demais unidades da empresa em Minas Gerais.
Antes da implantação do incubatório, a companhia realizou amplo estudo ambiental e sanitário na região para garantir a ausência de criações avícolas ou suínas em um raio estratégico, seguindo rigorosamente os protocolos do modelo de compartimentação adotado pela Cobb. A biosseguridade foi considerada em todas as etapas da estrutura, desde o fluxo interno de colaboradores até o sistema de ventilação, esgotamento sanitário e descarte de resíduos.
A unidade também está estrategicamente localizada às margens da BR 153, que atravessa o País e facilita o escoamento da produção para clientes, principalmente das regiões Centro-oeste, Norte e Nordeste.
Alinhado às práticas sustentáveis da companhia, o incubatório de Prata conta com uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) própria, para realizar o tratamento de todos os resíduos gerados por sua operação, além de coleta seletiva e descarte responsável. Além disso, reuniu o conhecimento técnico das áreas de Segurança do Trabalho, Meio Ambiente e Sanidade da companhia para garantir máxima segurança às atividades e aos colaboradores.
“A biosseguridade, a sustentabilidade e o bem-estar animal foram os pilares que nortearam cada etapa deste projeto. Escolhemos a região de Prata de forma bastante criteriosa e alinhada aos princípios da compartimentação avícola, no qual atuamos de forma responsável e segura. Com a inauguração, a companhia se mantém em uma rota de crescimento sustentável, pronta para atender à demanda interna e externa”, explica Bernardo Gallo, vice-presidente da Cobb.
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Brasil passa a ter banco nacional de antígenos e vacinas contra febre aftosa
Repositório de antígenos garante fornecimento rápido de vacinas em caso de surto de febre aftosa; investimento é fundamental para garantia do status sanitário de país livre sem vacinação.

O Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, assinou nesta quinta-feira (18/12), um contrato com o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) para a criação do primeiro banco brasileiro de antígenos e vacinas contra febre aftosa, um estoque estratégico de insumos para a formulação rápida de vacinas em eventuais casos de surto localizado da doença.
O Tecpar, por sua vez, firmou um acordo de cooperação tecnológica com a Biogénesis Bagó, em março de 2025, para a transferência e internalização de tecnologia para a criação do banco nacional de antígenos e vacinas contra febre aftosa. A companhia se tornou o braço tecnológico do Tecpar para a produção das vacinas, bem como para o controle de qualidade e armazenamento dos antígenos.
O banco nacional de antígenos e vacinas contra febre aftosa tem como objetivo ser um estoque estratégico de insumos para a rápida formulação de uma vacina em caso de surto. O contrato assinado em Brasília prevê a criação do banco com 10 milhões de doses de antígenos de dois sorotipos do vírus de febre aftosa que mais circularam no Brasil. O contrato de 10 anos prevê ainda o fornecimento imediato de até 10 milhões de doses da vacina para o Ministério, em casos de eventuais surtos.
Hoje, o Brasil é um país livre de febre aftosa sem vacinação animal, status reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e a criação do banco de antígenos é uma das formalidades exigidas.
“Trata-se de mais um passo histórico no fortalecimento da pecuária brasileira e do nosso sistema sanitário. O Brasil tornou-se uma referência sanitária para o mundo. Faz parte do processo de conquista de mercados ter sanidade e garantia de produtos seguros para o fornecimento, tanto para a população brasileira como também para a exportação. Estamos fazendo a nossa parte ao investir no banco de antígenos, juntamente com o Tecpar, do Paraná, que é uma referência e parcerias internacionais com a empresa argentina Biogénesis Bagó. Estou muito feliz por termos encontrado parceiros competentes e dedicados, que vão ajudar o Brasil a manter esse status que foi conquistado com muito suor, muita dedicação e investimento, mas que agora requer uma atenção ainda muito maior. Então é um dia histórico de preparação para um futuro tranquilo para a nossa pecuária”, declara o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
Para o Country Manager da Biogénesis Bagó, Marcelo Bulman, num momento em que o Brasil assume pela primeira vez a liderança mundial na produção de carne bovina, superando os EUA, com 12,35 milhões de toneladas este ano, a criação do banco de antígenos e vacinas contra febre aftosa traz mais tranquilidade ao setor produtivo. “A Biogénesis Bagó é a responsável pelo banco de antígenos da Argentina desde 2000, dos EUA e Canadá desde 2006, além de países como Taiwan e Coreia do Sul. Ou seja, as principais potências produtoras de carne bovina do mundo têm o status sanitário de livre de febre aftosa sem vacinação de seus rebanhos aos cuidados da Biogénesis Bagó. Para nós, é um orgulho e uma grande responsabilidade sermos responsáveis pela segurança do status sanitário do rebanho brasileiro”.
“A criação do banco de antígenos no Brasil por meio da parceria da Biogénesis Bagó com o Tecpar consolida a trabalho da companhia de contribuir para a segurança do status sanitário dos rebanhos das Américas, de Norte a Sul. Para isso, a companhia investe continuamente em pesquisa e desenvolvimento para avaliar as diferentes necessidades de acordo com cada tipo de emergência”, salienta o gerente de Relações Governamentais e Assuntos Regulatórios da Biogénesis Bagó Brasil, Fabrício Bortolanza.
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Evonik celebra 10 anos da primeira produção em Castro e destaca trajetória da unidade no Paraná
Solenidade reuniu autoridades municipais, lideranças da empresa e parceiros locais

No último dia 12 de dezembro, a Evonik realizou uma solenidade para marcar os 10 anos da primeira produção de sua unidade fabril localizada em Castro, no Paraná, dedicada ao mercado de nutrição animal. O encontro reuniu autoridades municipais, lideranças da empresa e colaboradores em uma programação voltada ao reconhecimento do marco e da trajetória da operação.
A programação incluiu o descerramento de placa alusiva ao marco da primeira produção local, em dezembro de 2015, visita guiada às instalações e um almoço com os convidados. Os pronunciamentos destacaram a relevância da unidade para a cadeia de nutrição animal, setor em que o Paraná ocupa papel estratégico no cenário nacional e internacional.
Estiveram presentes autoridades municipais de Castro, entre elas o secretário de Governo, Ricardo Cardoso Filho; o secretário de Planejamento e Patrimônio, Rodrigo Moraes da Silva; o secretário de Saúde, Dr. Matilvani Moreira; o secretário de Infraestrutura do Interior e Logística, Eleandro Pereira; o secretário de Indústria, Comércio e Turismo, Kasciano Morais; e o comandante da Polícia Militar, 1º Tenente Bruno Araujo. A presença das autoridades, moradores e empresários locais reforçou a parceria contínua entre a empresa, o poder público e a comunidade desde a implantação da unidade, relação que contribui para o desenvolvimento da região.
Representando a Evonik, participaram Marcio Araki, vice-presidente de Operações América Central e do Sul; Paulo Teixeira, vice-presidente de Animal Nutrition Américas; e Miguel Menezes, diretor industrial de Animal Nutrition em Castro, além de colaboradores da unidade. A cerimônia também contou com a presença de profissionais da Cargill que atuam no site de Castro, reforçando a cooperação estabelecida entre as duas empresas, considerada fundamental para a rotina operacional da unidade.
Sustentabilidade, cooperação e atuação global
Ao longo da última década, a fábrica instalada em Castro ampliou sua contribuição para os mercados atendidos pela empresa, incluindo países da América Latina, África e Europa. Nesse período, foram implementadas melhorias contínuas em processos e práticas de sustentabilidade, com atenção especial à redução da pegada de carbono dos produtos (PCF – Product Carbon Footprint) e à eficiência energética.
A unidade produz Biolys®, fonte concentrada de L-lisina utilizada como aditivo essencial na nutrição animal. O processo produtivo é baseado em fermentação a partir de substratos renováveis derivados do milho. Integrada ao complexo industrial da Cargill, a fábrica recebe desta a dextrose fabricada a partir de milho de fornecedores locais, o que favorece eficiência logística e reduz transportes de longa distância. Operando com biotecnologia de alta eficiência e processo livre de resíduos, supre 100% de suas necessidades de energia elétrica com fontes renováveis. Desde 2021, registra redução consistente nas emissões de CO2 associadas à produção do Biolys®, aproximando-se da neutralidade de carbono.
Além dos avanços operacionais e ambientais, a unidade também mantém um trabalho contínuo de integração com a comunidade local. Desde sua implantação, a Evonik desenvolve iniciativas sociais em parceria com instituições da região, incluindo apoio a escolas, melhorias em espaços comunitários e doações para organizações de acolhimento e assistência social. Segundo a empresa, essas iniciativas refletem o vínculo construído com a comunidade ao longo dos anos.
A celebração reforçou a importância da unidade de Castro para a operação global de nutrição animal da Evonik e para o ecossistema produtivo do Paraná, além de reconhecer a contribuição das equipes e das parcerias locais ao longo desses 10 anos.

