Avicultura Qualitti Alimentos
“Aquelas mulheres que descobrem a sua força e o seu valor têm uma ascensão muito rápida”
Syla Altomari é sócia proprietária da Qualitti Alimentos, empresa familiar que começou em 1986 com a mãe, dona Maria Divina

Administrar uma empresa se torna um trabalho prazeroso e gratificante quando se faz o que se ama. Este é o caso de Syla Altomari que é sócia proprietária da Qualitti Alimentos, empresa familiar que começou em 1986 com a mãe, dona Maria Divina. A empresa fica em Morrinhos, GO.
Syla é zootecnista, mas já trabalha no setor muito antes disso. Aos 13 anos já começou a ajudar a família na empresa. “Ajudava a minha mãe, que foi quem começou a Qualitti. Ela resolveu aproveitar a estrutura que tinha na chácara em que morávamos e começou a criar alguns pintinhos para poder vender frango caipira na feira da cidade. Eu e meus irmãos ajudávamos a minha mãe nessa empreitada”, conta. Ela recorda que com o tempo a empresa foi tomando tamanho, uma vez que este era um negócio que estava dando certo. “Além de entregar o frango na feira, passamos a atender alguns supermercados e açougues e depois também estávamos atendendo cidades vizinhas. Com isso, fomos investindo cada vez mais, melhorando a produção e a Qualitti foi crescendo com a força trabalhadora da nossa família”, afirma.
Atualmente a empresa está com mais de 30 anos. Mas, neste meio tempo Syla sentiu a necessidade de se especializar para tratar dos assuntos técnicos que a empresa – que só crescia – necessitava. “Eu fui para Goiânia e fiz a faculdade de zootecnia, que é a minha formação. Trabalhei muito voltada para essa área de fomento e criação de frango a campo”, conta. Hoje, quem comanda a empresa é Syla e o irmão. “Depois de uma determina ascensão da empresa a gente quis dar um conforto maior para a minha mãe. Então tiramos ela da operação, porque ela encabeçava o frigorífico, matando frango, criando na granja. E nós conseguimos chegar a uma estrutura em que pudemos tirar ela desse serviço pesado. Hoje ela é aposentada”, diz.
Com o passar do tempo, Syla e o irmão passaram a adotar tecnologias e sistemas para garantir o bom funcionamento da empresa. “Hoje nós somos uma das poucas empresas do Brasil que tem o sistema vertical de produção. Então a gente recebe os pintinhos, mas a criação é nossa. Nós não temos integrados, toda a criação do frango é nossa. Além disso, nós ainda abatemos e comercializamos”, conta. Além disso, a família possui fazendas produtivas, que garantem o grão para a nutrição dos animais. “Grande parte do grão produzido para fabricação da ração é oriunda das nossas fazendas também”, informa.
Quem pensa que a família está satisfeita dessa forma, está enganado. Os planos são para verticalizar ainda mais. “Temos no planejamento montar um incubatório, ou seja, ter a produção toda nossa”, afirma. Além disso, a tendência é a produção somente crescer. “Estamos agora na pré-inauguração de uma planta com capacidade de abate de 200 mil aves/dia. Hoje a planta que temos abate 50 mil aves/dia e a planta que está ficando pronta é para uma capacidade de 200 mil aves. Uma das mais modernas da América Latina que deve começar a produção no meio do ano”, comenta. Atualmente a Qualitti conta com aproximadamente 600 colaboradores. “Quando começarmos com a nova planta, a tendência é que passaremos para a faixa de 1,3 mil colaboradores”, diz.
A empresa produz frangos de corte, mas em 2016 iniciou também na produção de suínos. “Temos uma unidade na cidade de Piracanjuba, onde a gente entrou no mercado suíno e também temos alguns cortes e produtos mais industrializados, para agregar mais valor na produção. Trabalhamos com defumados, linguiças e alguns embutidos”, conta.
Mulheres no comando
Syla diz que pelo fato da empresa em que está ser familiar ela não teve muitos problemas com relação a ascensão de departamentos. “Eu cresci profissionalmente e em função da empresa para a empresa. Então quando eu vejo essa pergunta, se eu tive desafios em crescer, desde o início eu já estava de uma forma assumindo responsabilidades e eu cresci profissionalmente e me fiz dentro da empresa. Então, nesse ponto eu não atribuo que tive muitas dificuldades”, comenta.
Porém, a empreendedora informa que as dificuldades na liderança são em relação de quando a empresa vai crescendo e a mulher precisa trabalhar em um ambiente que antes era predominantemente masculino. “Os desafios que basicamente temos é de nos posicionar de uma forma muito correta e fazer valer a nossa liderança em um ambiente que as vezes as pessoas desacreditam muito na palavra da mulher. Principalmente em ambientes que eram basicamente masculinos. Então você vai em granjas, na área de produção, até mesmo dentro do frigorífico e a grande maioria são homens, e receber ordens de mulheres ainda é um pouco incomum. Mas como eu sempre falo, a minha felicidade foi crescer junto com a empresa”, diz.
Dessa forma, explica Syla, como ela está na empresa desde o início, não é incomum para os colaboradores a verem no cargo de liderança. “Aos poucos fomos aumentando o quadro de colaboradores e eles já entravam sabendo que a liderança era minha e que eu sempre tive o meu irmão junto, na retaguarda, me apoiando. Então eu não tive tanta dificuldade para exercer a liderança dentro da empresa. Ela veio naturalmente com o crescimento e a gente abraçando as responsabilidades conforme havia necessidade”, afirma.
Além disso, a empreendedora conta que é perceptível cada vez mais mulheres ocupando cargos importantes dentro das empresas, cooperativas e agroindústrias. “Eu vejo isso e acho que muitas das minhas referências, quando eu iniciei, eram femininas. Começando pela minha mãe, que já passava para mim essa visão de mulher batalhadora, que trabalha. Foi uma herança muito importante para mim”, comenta. Ela diz que foi possível notar a ascensão da mulher dentro dos mais diversos setores na produção agrícola. “É muito notório que cada vez mais as mulheres ganham esse espaço e isso é em decorrência da sua capacidade e competência, pela sensibilidade de entender com mais agilidade, porque a mulher é versátil. Eu acho que a grande jogada disso tudo é que a mulher se encaixa e se adapta muito rápido, porque ela é treinada para isso na vida. Então eu vejo essa ascensão mesmo, em todos os setores, de mulheres entrando e fazendo um trabalhando tão bom ou às vezes muito melhor, porque tem uma percepção que o homem hoje ainda não consegue ter na mesma velocidade”, menciona.
O pré-conceito ainda existe
Para Syla, as mulheres ainda enfrentam certa resistência no mercado de trabalho. “Toda vez que você pré-julga alguma coisa, você tem um pré-conceito, e a gente vê que isso acontece muitas vezes só por serem mulheres”, comenta. Ela diz que a mulher tem um papel fundamental na sociedade, não tanto quanto alguns anos atrás, mas ela ainda carrega sozinha esse trabalho que é o cuidar da família. “É uma responsabilidade que é delegada a mulher na grande maior das vezes, além da maternidade. Então a gente vê que a maternidade é um papel muito importante, mas que para a empresa pesa no cargo de liderança, porque a empresa acaba fazendo a conta da mulher que afasta quando a criança fica doente ou pela maternidade. Ela acaba ficando restrita com algumas coisas. Então ainda existe esse conceito muito grande com relação a isso que às vezes limita muito o crescimento da mulher dentro da empresa”, diz.
Syla comenta que existe essa responsabilidade muito grande em cima da mulher, de ser mãe e continuar a carreira. “É um compromisso muito grande e delicioso. Ser mãe é uma das coisas que acho que complementa muito esse lado da mulher de entender e se adaptar com muito mais facilidade”, expõe. Dessa forma, comenta, existe nas empresas essa análise em cima da mulher. “Então ela tem que se superar e ser a melhor para poder justificar esse possível afastamento ou pausa na carreira para atender essa necessidade ou continuidade da família”, explica.
Mesmo com estas dificuldades, é possível ver mulheres no topo. E Syla se considera um exemplo para aquelas que sonham em um dia chegar lá. “Eu me vejo como uma inspiração e já chegaram vários depoimentos até mim de pessoas falando isso. Eu acho bacana, porque eu sempre incentivo bastante. Hoje 60% da força trabalhadora da nossa empresa é feminina, então as mulheres estão ganhando amplitude e necessitam bastante desse incentivo, que depositem nelas essa confiança”, comenta. Segundo Syla, é muito bacana saber que de uma forma ou de outra, acaba sendo uma referência positiva para outras pessoas. “Eu entendo que hoje eu faço esse papel também aqui dentro e é bastante importante”, afirma.
O papel da mulher dentro do agro
De acordo com Syla, a participação da mulher no agronegócio se tornou e é fundamental para o desenvolvimento do setor. “A percepção da mulher e a sua adaptação aos desafios é muito rápida, além da sensibilidade aguçada e todas tem uma dedicação extrema. Hoje eu falo que o agronegócio precisa dessa perspicácia feminina”, diz. Antes o agronegócio era muito visto como algo que necessita muito do trabalho braçal, por ser algo pesado. Syla comenta que hoje isso não é mais assim. “O agro é muito mais do que isso. É fazer conta, planilhar, planejar, fazer estratégias, dominar tecnologias. Então hoje você vê mulheres pilotando colheitadeiras, e muitos preferem que sejam elas, porque são muito mais cuidadosas, zelosas, prestam mais atenção no que está sendo feito e tem mais cuidado, assim até o rendimento é melhor. O agro nacional tem crescido bastante com a ajuda das mulheres, e temos vários exemplos dentro da cadeia nacional”, afirma.
Para Syla, ainda existem alguns desafios que a mulher precisa enfrentar no agronegócio. “Assim como em qualquer outro lugar, o desafio é ter visibilidade e oportunidades para mostrar sua capacidade. Hoje a mulher vem mostrando isso cada vez mais, que onde ela entra faz a diferença. Quando a oportunidade é dada a mulher mostra que consegue fazer tudo com muita sabedoria. É um desafio para a mulher não somente no agro, mas em tudo hoje, por ter que assumir essa dupla responsabilidade, já que o papel de cuidar da família ainda é visto como da mulher”, diz.
Um conselho dado por Syla para todas as mulheres é acreditar em si mesma. “Aquelas mulheres que descobrem a sua força e o seu valor tem uma ascensão muito rápida. A mulher precisa ter mais confiança nela mesma, no seu papel e na sua importância. Ainda tem muitas mulheres que vivem à sombra de um passado, de uma cultura que está impregnada e ela às vezes não acredita no próprio potencial, força e capacidade. Aquela que acredita em si consegue trilhar caminhos em uma velocidade muito rápida, porque ela tem essa capacidade, sabedoria e esperteza. E as mulheres precisam enxergar isso. Acho que o que precisa para a mulher é isso, aquelas que ainda não alcançaram é porque não acreditam em si. Acreditando no seu potencial, ela consegue mostrar a que veio, porque é muito notório o trabalho que toda mulher faz”, conclui.
Outras notícias você encontra na edição de Aves de abril/maio de 2021 ou online.

Avicultura
Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango
Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

Foto: Shutterstock
Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.
O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

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Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.
Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.
O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.
Avicultura
União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil
Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

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Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.
A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.
Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

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Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.
Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.
Avicultura
Exportações gaúchas de aves avançam e reforçam confiança do mercado global
Desempenho positivo em outubro, expansão da receita e sinais de estabilidade sanitária fortalecem o posicionamento do estado no mercado externo.

O setor agroindustrial avícola do Rio Grande do Sul mantém um ritmo consistente de recuperação nas exportações de carne de frango, tanto processada quanto in natura. Em outubro, o estado registrou alta de 8,8% no volume embarcado em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 60,9 mil toneladas exportadas, um acréscimo de 4,9 mil toneladas frente às 56 mil toneladas enviadas em outubro de 2023.
A receita também avançou: o mês fechou com US$ 108,9 milhões, crescimento de 5% na comparação anual.
No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, o desempenho ainda reflete os impactos do início do ano. Os volumes totais apresentam retração de 1%, enquanto a receita caiu 1,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme quadro abaixo:

O rápido retorno das exportações de carne de aves do Rio Grande do Sul para mercados relevantes, confirma que, tanto o estado quanto o restante do país permanecem livres das doenças que geram restrições internacionais.
Inclusive, o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e muitos outros mercados demonstram a importância do reconhecimento da avicultura do Rio Grande do Sul por parte da China, ainda pendente. “Estamos avançando de forma consistente e, em breve, estaremos plenamente aptos a retomar nossas exportações na totalidade de mercados. Nossas indústrias, altamente capacitadas e equipadas, estão preparadas para atender às demandas de todos os mercados, considerando suas especificidades quanto a volumes e tipos de produtos avícolas”, afirmou José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).
Indústria e produção de ovos
O setor da indústria e produção de ovos ainda registra recuo nos volumes exportados de -5,9% nos dez meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ou seja, -317 toneladas. Porém, na receita acumulada o crescimento foi de 39,2%, atingindo um total de US$ 19 milhões de dólares de janeiro a outubro deste ano.
A receita aumentou 49,5% em outubro comparada a outubro de 2024, atingindo neste mês a cifra de US$ 2.9 milhões de dólares de faturamento. “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”, pontua Santos.

Exportações brasileiras
As exportações brasileiras de carne de frango registraram em outubro o segundo melhor resultado mensal da história do setor, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 501,3 mil toneladas de carne no mês, saldo que superou em 8,2% o volume embarcado no mesmo período do ano passado, com 463,5 mil toneladas.

Presidente Eeecutivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”
Com isso, as exportações de carne de frango no ano (volume acumulado entre janeiro e outubro) chegaram a 4,378 milhões de toneladas, saldo apenas 0,1% menor em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado, com 4,380 milhões de toneladas.
A receita das exportações de outubro chegaram a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024, com US$ 904,4 milhões. No ano (janeiro a outubro), o total chega a US$ 8,031 bilhões, resultado 1,8% menor em relação ao ano anterior, com US$ 8,177 bilhões.
Já as exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2.366 toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,6% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2.083 toneladas.
Em receita, houve incremento de 43,4%, com US$ 6,051 milhões em outubro deste ano, contra US$ 4,219 milhões no mesmo período do ano passado. No ano, a alta acumulada chega a 151,2%, com 36.745 toneladas entre janeiro e outubro deste ano contra 14.626 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve incremento de 180,2%, com US$ 86,883 milhões nos dez primeiros meses deste ano, contra US$ 31,012 milhões no mesmo período do ano passado.




