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APTA de Portas Abertas aproxima a ciência da sociedade paulista

Durante dois dias, dez unidades da APTA vão mostrar como é desenvolvido o trabalho de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias voltadas ao desenvolvimento do agronegócio.

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Agência abre suas portas para receber estudantes de escolas públicas e particulares e a sociedade em geral para uma troca de experiências - Foto: Divulgação

Nos dias 18 e 19 de novembro, dez unidades da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) literalmente abrirão suas portas para receber estudantes de escolas públicas e particulares e a sociedade em geral para uma troca de experiências entre os pesquisadores dos Institutos e a população de sete diferentes cidades paulistas. Com diversas atividades, os espaços estarão abertos das 9 às 17 horas nos dois dias.

“Essa ação tem como objetivo aproximar as comunidades próximas aos trabalhos realizados nas unidades da APTA. Abriremos as portas das instalações dos Institutos para que todos possam conhecer a estrutura, os experimentos e as atividades desenvolvidas em prol do agronegócio paulista, que influenciam diretamente o dia a dia da população de todo o país”, afirma o coordenador da APTA, Sergio Tutui.

Participarão da ação, na cidade de São Paulo, o Instituto de Economia Agrícola (IEA), o Instituto de Pesca (IP) e o Instituto Biológico (IB). Em Campinas, serão duas unidades: o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) e o Instituto Agronômico (IAC). Fechando a lista estão as unidades da APTA Regional de Pariquera-Açu, de Itapetininga e de Assis, além do Centro de Seringueira e Sistemas Agroflorestais do IAC, em Votuporanga, e as unidades do Instituto de Zootecnia (IZ) nas cidades de Nova Odessa e Registro.

O primeiro dia da ação será focado na visitação de escolas, com o objetivo de apresentar aos alunos da região de cada unidade como é desenvolvido o trabalho de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias voltadas ao desenvolvimento do agronegócio. No sábado, segundo dia, as unidades serão abertas para a comunidade em geral, que poderão visitar as instalações e participar das atividades preparadas pelas equipes dos Institutos.

Para a ação, as unidades preparam estações que destacam os estudos e as tecnologias desenvolvidas por cada uma delas e que fazem parte do dia a dia da população. “Temos diversos trabalhos relevantes que saíram de pesquisas desenvolvidas por nossos cientistas para a agricultura e criação animal. Será uma experiência muito importante para todos nós, tendo em vista que teremos a oportunidade de mostrar nossas tecnologias para o público que está em nossa volta”, finaliza Tutui.

Pluralidade de atrações

Nos dois dias, cada instituição contará com uma programação específica composta por várias atividades práticas, teóricas e visitações. Na APTA Regional de Pariquera-Açu, o público conhecerá experimentos e a colheita de banana e pupunha, além de visitar os setores de piscicultura e cacau e uma estufa com material genético utilizado para melhoramento de antúrio. Na unidade de Itapetininga, com direito a passeio de trenzinho trator, os participantes terão acesso as cadeias produtivas de soja e o sistema integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).

Na APTA Regional de Assis serão apresentados experimentos com uva, animais dos projetos de bovinocultura de leite e piscicultura da unidade, além da coleção de variedades de mandioca de indústria e mesa. Já o Centro de Seringueira e Sistemas Agroflorestais, em Votuporanga, contará com um circuito de campos experimentais e o público terá acesso ao sistema de aquaponia que está sendo montando no local.

Em Campinas, o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) terá testes sensoriais, visita a planta e laboratório e exposição. No Instituto Agronômico (IAC), o público conhecerá o maior acervo de títulos de agricultura da América Latina, na biblioteca da entidade, além de poder “retornar” à arquitetura do passado por meios dos prédios históricos do local. Durante os dois dias, os participantes também terão acesso a exposições e projetos nos Centros de Pesquisa sobre café, horticultura, grãos e fibras, fitossanidade, solos e recursos ambientais, recursos genéticos vegetais, biossistemas agrícolas e pós-colheita, frutas, cana, citricultura, engenharia e automação, seringueira e sistemas agroflorestais.

Nos dois dias, o Instituto de Zootecnia (IZ), em Nova Odessa, oferecerá uma série de atividades ao ar livre, como visitas ao Sistema Aquapec, que integra piscicultura de recirculação e aquaponia à pecuária em sistemas de ILPF, e ao Laboratório Móvel de Análise da Qualidade do Leite. A biblioteca do local também estará aberta, haverá sorteio de brindes e o público participante vai conhecer as instalações e estruturas do local, além de duas áreas importantes de pesquisa: a Vitrine tecnológica de Aves e Ovos e Setor de Ovinocultura.

Na capital, a programação do Instituto de Economia Agrícola (IEA) terá a exposição da memória institucional do IEA, mostra de objetos comemorativos, equipamentos usados em trabalho de campo, publicações históricas etc; e levantamentos estatísticos com destaque para o retorno social dessas pesquisas.

Fechando a série de ações, também em São Paulo, o Instituto de Pesca Vila Mariana e o Instituto Biológico terão uma programação com 10 atividades que vão desde a criação do peixe-zebra, passando pela coleta de amostras de água in loco, apresentação do aquário com tilápia e do Museu de Pesca de Santos Itinerante, em Santos, venda de produtos à base de pescado, até uma oficina de origami.

Fonte: Ascom

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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