Conectado com

Bovinos / Grãos / Máquinas Crise no mercado de fertilizantes

Aprosoja Brasil analisa atual cenário dos grãos e alerta sobre falta de insumos agrícolas para safra 2022/2023

As dificuldades provocadas pela deficiência energética nos principais países produtores e a dependência do agronegócio brasileiro de insumos importados podem comprometer a safra 2022/2023. Atualmente, o país importa em torno de 76% da matéria-prima de seus fertilizantes e agrotóxicos da China, da Rússia e da Índia, nações que enfrentam obstáculos para manter o ritmo de produção.

Publicado em

em

Fotos: Arquivo OP Rural

Se nós humanos já sofremos com as altas temperaturas e a secura do ar pela falta de chuva, as plantas no campo são duramente atingidas com esses eventos climáticos adversos, prejudicando seu desenvolvimento, reduzindo sua produtividade e gerando quebra da safra. Isso é o que foi registrado na temporada 2020/2021, em que a soja sofreu com a escassez hídrica, o que atrasou seu plantio e causou a colheita tardia; e com a produção da segunda safra da cultura de milho, severamente afetada, principalmente na região Centro-Sul, onde as precipitações pluviométricas foram abaixo da média e houve ocorrência de geadas.

Apesar dos problemas enfrentados, a produção da oleaginosa foi recorde, estimada em 137,9 milhões de toneladas, aumento de 8,9% em relação à safra 2019/2020, enquanto a do cereal teve uma redução expressiva de produtividade avaliada em 16,4% quando comparada ao ciclo anterior, chegando a meros 85,7 milhões de toneladas. As informações são da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

As duas culturas estão entre os produtos com maior contribuição ao Valor Bruto de Produção Agropecuária (VBP), com a soja representando R$ 364,8 bilhões e o milho R$ 124,1 bilhões. Líder nacional na produção de grãos, o Mato Grosso é o principal contribuinte para a formação do índice brasileiro, movimentando R$ 195,2 bilhões no ano passado, sendo responsável por 17,43% do VBP brasileiro. Para 2022, a soja tem faturamento previsto de R$ 356,6 bilhões e o milho de R$ 148,5 bilhões.

Principal produtor de grãos do Brasil, Mato Grosso alcançou 36 milhões de toneladas de soja na safra 2020/2021, um aumento de 1,83% em relação a temporada anterior, atingindo a maior produção da cultura na série histórica. E a produção de milho mato-grossense ficou consolidada em 32,56 milhões de toneladas, queda de 8,14% ante a safra anterior, em virtude da semeadura fora da janela ideal atrelada ao menor volume de chuva.

Presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Antonio Galvan: “Enquanto a soja subiu em torno de 70% em dólar, os valores dos fertilizantes aumentaram mais de 200% em dólar, e alguns itens de defensivos agrícolas como glifosato e diquat chegaram a subir 300% em dólar” – Foto: Divulgação/Aprosoja Brasil

“Quem plantou cedo, principalmente no Paraná, teve perda com a soja, mas quem plantou um pouco mais tarde já conseguiu ter uma boa colheita. A estiagem e a geada que aconteceram danificaram muito o milho na segunda safra, onde faltou chuva e logo depois veio o frio muito intenso, prejudicando muitas lavouras de São Paulo e do Paraná, principalmente por conta da geada. Mas, a estiagem foi geral, com efeito em todas as regiões do país, inclusive no próprio Mato Grosso, Estado que sofreu com a falta de chuva muito cedo na produção de milho, porém não chegou a atingir a produção de soja de forma grave, tanto é que a cultura teve um novo recorde nacional, ultrapassando 137 milhões de toneladas na safra 2020/2021. Contudo, os produtores do Paraná e do Rio Grande do Sul tiveram um prejuízo bastante grande com a soja, mas a nível de Brasil as perdas foram pontuais”, analisa o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Antonio Galvan, em entrevista ao Jornal O Presente Rural.

Margem de lucro

Por sua vez, Galvan avalia que embora tenha tido desafios, os agricultores que compraram os insumos da lavoura a custo baixo e não fizemos venda futura antecipada conseguiram contabilizar uma boa margem de lucro, mas aqueles que venderam o grão de forma antecipada não conseguiram aproveitar os bons preços da soja na safra passada em relação aos custos de produção, mesmo assim não ficaram no prejuízo. “Em torno de 70% da safra foi vendida antecipadamente, esse produtor teve uma margem de lucro bem menor, mas ainda assim teve lucro, pelo fato de ter fechado o custo da produção, até por isso que o grão foi vendido para garantir o pagamento do custo dessa lavoura, mas quem arriscou e não fez venda futura ou vendeu pouco e deixou para comercializar o grão pós-colheita com certeza auferiu uma margem relativamente boa, podemos dizer que foi um bom ano de um modo geral”, avalia.

Por outro lado, o presidente da Aprosoja pontua que os produtores de milho tiveram um ano bem difícil. “Na segunda safra de milho os produtores do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e até no próprio Mato Grosso amargaram prejuízos enormes, mas para a safra de soja 2020/2021 foi um ano relativamente bom para grande maioria dos produtores brasileiros da safra 2020/2021”, menciona Galvan.

Demanda externa

No acumulado dos 11 primeiros meses do ano passado, o Brasil exportou 83,4 milhões de toneladas de soja em grão, volume que ultrapassa as exportações anuais de toda a série histórica. E no acumulado do ano até fim de novembro, os embarques de milho correspondiam 17,4 milhões de toneladas, ante 33,4 milhões no ano completo de 2020. A projeção de importação manteve-se inalterada em 2,3 milhões de toneladas.

Agricultura intensiva

O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de soja, no entanto, Galvan diz que é possível melhorar a produtividade das lavouras além de fomentar a agricultura intensiva no país, expandindo o cultivo para os espaços aonde estão concentradas as atividades de pecuária. “São áreas que precisam ser corrigidas o solo pelo fato de estarem com pastagens bastante degradadas, então a tendência do Brasil se consolidar como maior produtor de soja do mundo é um fato que dificilmente vai inverter nos próximos anos. E como exportador já somos o maior há muitos anos e tende a permanecer assim”, enfatiza Galvan.

Safra 2021/2022

As safras 2021/2022 de soja e milho devem alcançar 259,8 milhões de toneladas, um crescimento de 15,8% em relação à safra anterior, o que representa 35,4 milhões de toneladas a mais, conforme o 3º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Protagonista da safra de grãos brasileira, a produção da soja é estimada em 142,79 milhões de toneladas para a temporada 2021/2022, um aumento de 4% em relação à safra 2020/2021. O crescimento da área a ser plantada é 3,7% maior em comparação à safra do ano passado, podendo atingir 40,3 mil hectares. Se confirmada, será um novo recorde.

A projeção de exportação é de 90,6 milhões de toneladas e o estoque final da safra 2021/2022 é projetado em 5,2 milhões de toneladas, motivado principalmente pelas alterações de esmagamento e exportações em 2021.

A segunda maior produção de grãos do país é de milho, que deve registrar um volume aproximado de 117,1 milhões de toneladas, um crescimento de 34,6% em relação ao exercício anterior, reflexo do aumento de área a ser cultivada, projetada em 20,9 mil hectares nas três safras do grão, incremento de 5,1%.

A produtividade das lavouras deve crescer 28,1%, com média de 5,5 mil quilos por hectare. Já para a demanda interna ao longo da safra 2021/2022 é projetado 76,8 milhões de toneladas. Para importação é esperado um volume de 900 mil toneladas ao longo da safra 2021/2022, redução de 67% da internalização futura de milho, que ocorre em virtude da expectativa de disponibilidade do cereal no mercado nacional em 2022.

Diante do aumento da produção da safra 2021/2022 e de uma moeda doméstica desvalorizada, a Conab estima que apenas 36,7 milhões de toneladas de milho serão exportadas. Já o estoque final está previsto em 13,4 milhões de toneladas, o que indica uma recomposição da disponibilidade interna da cultura ao fim deste ano.

Estiagem preocupa e já são estimadas perdas na safra 2021/2022

De acordo com o presidente da Aprosoja Brasil, a maior parte das regiões brasileiras já concluíram o plantio da soja na safra 2021/2022, apenas em alguns pontos do Rio Grande do Sul e do Pará, que tem ainda áreas para fazer a semeadura em razão de que iniciam o plantio mais tarde, mas a proporção a nível de Brasil é pequena que falta plantar e os atrasos são bastante pontuais.

“A seca no Sul do país voltou a nos preocupar, principalmente no Rio Grande do Sul, onde a estiagem está mais grave do que a enfrentada no mesmo período no fim de 2020 e no início do ano passado. Essa situação vem trazendo danos irreversíveis aos produtores. Na região Sul do Mato Grosso do Sul já temos relatos de danos causados pela seca, abaixo de Ponta Porã sentido a Guaíra, no Paraná, mesma situação. Então essa safra está muito mais preocupante do que a anterior, porque a estiagem perdura com força ainda”, alerta Galvan.

Em decorrência da estiagem prolongada, já se estima quebras de mais de 50% na safra dos Estados gaúcho e paranaense. “Se continuar com essa escassez hídrica haverá quebras consideráveis. Isso preocupa bastante o setor. E assim se encontra também o milho da safra de verão 2021/2022, que é plantado nos três Estados do Sul e em algumas regiões de São Paulo, embora em proporção menor, então isso é muito preocupante”, salienta, acrescentando: “Os relatos de perda de produtividade e produção em relação à essa safra é muito maior do que a da safra passada por conta da estiagem que está ocorrendo no Sul do Brasil, pegando algumas regiões já do Mato Grosso do Sul”.

Alta dos insumos e escassez de produtos acende alerta para safra 2022/2023

Galvan demonstra preocupação com a crise no mercado de insumos, revelando que as dificuldades provocadas pela deficiência energética nos principais países produtores e a dependência do agronegócio brasileiro de insumos importados podem comprometer a safra 2022/2023. Atualmente, o país importa em torno de 76% da matéria-prima de seus fertilizantes e agrotóxicos da China, da Rússia e da Índia, nações que enfrentam obstáculos para manter o ritmo de produção.

“O grande dilema do produtor rural está com a safra 2022/2023, porque os custos de produção para a safra 2021/2022 subiram no decorrer do ano passado e como o produtor costuma comprar os insumos com antecedência, normalmente no fim do ano anterior à safra seguinte, não há risco de desabastecimento, além do mais, por terem esse planejamento, já compraram os fertilizantes e agrotóxicos para a safra atual com um custo menor do que os valores praticados neste momento”, expõe Galvan.

De acordo com o presidente da Aprosoja Brasil, alguns agricultores brasileiros já enfrentam dificuldades para garantir o suprimento para o próximo ciclo da produção de grãos. Segundo Galvan, a baixa oferta de fertilizantes e agrotóxicos está gerando alta nos preços, com alguns insumos chegando a mais de 300% de aumento. “Essa é uma preocupação de todos os produtores do mundo, não está restrita apenas ao Brasil. Enquanto a soja subiu em torno de 70% em dólar, os valores dos fertilizantes aumentaram mais de 200% em dólar, e alguns itens de defensivos agrícolas como glifosato e diquat chegaram a subir 300% em dólar, então hoje os custos de insumos estão muito além do que nós tínhamos nas safras passadas, por isso a safra 2022/2023 é a que mais nos preocupa. Para o ciclo 2021/2022 o que está preocupando mais é a estiagem no Sul do país”, afirma, ampliando: “Essa é uma realidade que vamos encarar daqui para frente. Com os atuais preços dos insumos, as lavouras estão praticamente inviabilizadas, quem é arrendatário está com o custo de produção praticamente inviabilizado para a safra 2022/2023”, conclui.

Mais informações sobre o cenário nacional de grãos você pode conferir na edição digital do Anuário do Agronegócio Brasileiro.

Bovinos / Grãos / Máquinas

Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

Publicado em

em

Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
Continue Lendo

Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

Publicado em

em

Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
Continue Lendo

Bovinos / Grãos / Máquinas

Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

Publicado em

em

Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.