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Após incidência de geada, produtores passam a calcular prejuízos

Segundo estimativa do Deral, o fenômeno pode ter afetado 108 mil hectares de milho safrinha na região. Onda de frio foi a mais intensa dos últimos 16 anos

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Os frequentes dias de frio rigoroso deixaram um rastro desolador nas lavouras de todo o Paraná. De acordo com levantamento da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), cerca de 70% da área agricultável do Estado pode ter sido castigada com as geadas classificadas de moderada a forte intensidade, e que foram registradas desde a última quarta-feira (08) até ontem (13).

Conforme o técnico de Toledo do Departamento de Economia Rural (Deral), órgão ligado à Seab, João Luiz Raimundo Nogueira, estima-se que aproximadamente 25% das áreas cultivadas com milho safrinha se encontram na fase de formação de grãos, estando, portanto, suscetíveis aos efeitos prejudiciais da geada. “Nós estamos em contato com o pessoal de campo, mas ainda é cedo para saber os efeitos e quanto disso será realmente prejudicado. Deve levar cerca de dez dias para sabermos o quanto foi prejudicial a geada registrada entre sábado (11) e segunda-feira (ontem). A área cultivada na região de Toledo, Oeste do Estado, é de 433.151 hectares, sendo que 108.287,75 hectares podem ter sido afetados pela geada”, menciona.

Nogueira comenta que as produções nas regiões de outros municípios do Oeste, como Francisco Alves e Terra Roxa devem sofrer consequências maiores em função da cultura atrasada. Já no caso das cidades da região de Marechal Cândido Rondon, abrangendo Entre Rios do Oeste, Mercedes, Nova Santa Rosa, Pato Bragado e Quatro Pontes, as lavouras devem ser prejudicadas, contudo em escala menor. “As lavouras estão na fase de formação de grãos e início de maturação. Se gear a produtividade pode ser afetada e muito, dependendo do estágio de desenvolvimento. Ainda não temos como medir o que essas perdas nas lavouras representam em termos financeiros”, afirma, salientando existir apreensão por parte dos produtores rurais, que passam a calcular os prejuízos em decorrência da geada, ou então que passam a torcer para que suas lavouras não sejam afetadas.

Prejuízo de R$ 20 mil

O produtor orgânico Pedro Göëder cultiva hortaliças, frutas e milho para vacas leiteiras. Ele relatou à reportagem de O Presente que acumulou pelo menos R$ 5 mil de prejuízo devido aos três dias de geada, sendo que a menor temperatura chegou a -3,7º no domingo (12). Göëder tem uma propriedade de dez hectares situada na Linha Bandeirantes, no distrito de Novo Três Passos, em Marechal Rondon.

Ele integra a Associação Central dos Produtores Rurais Ecológicos (Acempre), sendo o responsável pelo fornecimento de em torno de 1,5 mil pés de alface ao mês, além de repolho, brócolis, couve-folha, couve-flor, almeirão, chicória, rabanete, beterraba, cenoura, temperos verdes e abobrinha. Göëder lembra que a alface, por exemplo, é vendido por ele ao preço de R$ 1,5 quando a Acempre faz a rotulagem, ou a R$ 2 quando o produtor rotula a hortaliça, cuja margem de lucro é de aproximadamente R$ 0,40 ou R$ 0,50 a unidade.

“Eu estava pronto para colher abobrinha, alface, alface-americana, almeirão, chicória, entre outros, mas dessa produção 70% ficou totalmente comprometida pela geada. A outra parte também foi castigada, porém ainda não sei a intensidade”, lamenta. O rondonense expõe que as hortaliças que escaparam de uma chuva de granizo há algumas semanas foram “queimadas” pela geada. “O que não serve mais será enterrado, dando lugar ao novo plantio de hortaliças. Uma parte pode ser recuperada com a irrigação, mesmo assim a qualidade não será a mesma. Se não der geada, em 30 dias podemos ter uma nova safra”, ressalta.

O produtor lembra que ao todo os prejuízos alcançam as cifras de R$ 20 mil. Isso porque parte da produção foi comprometida pelos índices recordes de chuva registrados entre outubro do ano passado e fevereiro deste ano. “A chuvarada fez tudo apodrecer, depois teve granizo e agora geada. Na realidade nós estamos patinando desde outubro. Dessa vez a geada veio com tudo, afetando até as hortaliças que estão cobertas pelo sombrite. A situação está complicada, de modo que eu não sei o que fazer se der mais uma geada”, completa.

Frio Recorde

O despencar dos termômetros bateu o recorde dos últimos 16 anos, de acordo com informações fornecidas pelo meteorologista Cézar Duquia, do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar). “O frio intenso já passou, sendo que as geadas ficam afastadas do Estado, fazendo com que sejam registradas temperaturas mais amenas”, diz. Conforme Duquia, a sequência de frio rigoroso desde a última quarta-feira estacionou na região e depois foi embora. Segundo ele, em Marechal Rondon as temperaturas foram de 3º no sábado, -0,3º no domingo e 1,9º ontem. “A partir desses dias o frio fica menos rigoroso, sendo que o horizonte para esta semana é de chuvas a confirmar, mas depois do deslocamento dessas áreas pode ser que retome uma nova onda de frio”, finaliza.

Fonte: O Presente

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Governo federal reforça compromisso na busca de mais investimentos para a Embrapa

Atualmente, para cada R$ 1 investido na Embrapa, R$ 21,23 retornam para a sociedade brasileira. Conforme o Balanço Social de 2023, o lucro social da empresa foi de R$ 85,12 bilhões com mais de 66,2 mil novos empregos criados.

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Com foco na revolução para o futuro do agro brasileiro, na quinta-feira (25), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) celebrou seus 51 anos de criação. Na ocasião, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reforçaram o compromisso em trazer mais investimentos para alavancar o crescimento da empresa.

A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, pontuou que há 14 anos um presidente da República não ia à empresa. “A Embrapa é a empresa de maior respeitabilidade do Brasil e cabe a nós, do governo, dar a ela o tamanho que ela merece”, ponderou o presidente Lula. “Não é bondade do governo federal. É o reconhecimento da importância da Embrapa no desenvolvimento agrícola do nosso país. Cada dinheiro investido na Embrapa, retornam milhões de reais para o Brasil”, completou.

Fotos: Divulgação/Mapa

O ministro Fávaro ressaltou o importante papel da Embrapa no avanço da vocação brasileira para a produção de alimentos. Desde a criação da empresa, o Brasil passou de importador para um dos principais exportadores do mundo. “Sob a gestão do presidente Lula, saímos da 13ª, somos a 9ª e vamos, rapidamente, ser a 8ª economia do mundo, descobrimos há 50 anos a nossa verdadeira vocação, que é produzir alimentos de qualidade”, destacou o ministro.

Atualmente, para cada R$ 1 investido na Embrapa, R$ 21,23 retornam para a sociedade brasileira. Conforme o Balanço Social de 2023, o lucro social da empresa foi de R$ 85,12 bilhões com mais de 66,2 mil novos empregos criados. “Fortalecer e trazer a empresa de volta ao PAC, buscar com que a Embrapa se prepare para os próximos 50 anos é um legado que o presidente Lula está deixando a partir de agora”, completou Fávaro. Para isso, o presidente convocou, durante a cerimônia, os ministros Fávaro e Paulo Texeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) para uma reunião com foco nas demandas da Embrapa para os próximos 50 anos.

A presidente Silvia Massruhá destacou o impacto do trabalho realizado pela Embrapa. “Derrotar a fome, garantir a segurança alimentar no nosso país e no mundo, o acesso a alimentos saudáveis e de qualidade para todos os cidadãos, a promoção da melhoria do bem-estar e de qualidade de vida, o desenvolvimento sustentável, o enfrentamento dos efeitos da mudança do clima, a redução das desigualdades no campo, fazendo com que o conhecimento e a inovação tecnológica produzidos alcancem o pequeno, o médio, o grande produtor rural, dos menos até os mais tecnificados. É para isso que a Embrapa trabalha”.

Terceirização

Ao enfatizar que o reconhecido trabalho de pesquisa e desenvolvimento realizado pela Embrapa é feito, sobretudo, por pessoas, Fávaro lembrou as palavras da presidente ao destacar que a ciência não é feita apenas com investimentos. “Por isso, deixamos aqui a garantia de que não haverá a terceirização da carreira de auxiliar de pesquisa”, disse o ministro em atenção a um dos pleitos dos servidores da Embrapa. A empresa conta com 7,7 mil trabalhadores atuando em 43 unidades em todo o país.

Acordos de cooperação

Durante o evento, foram celebrados dois acordos de cooperação técnica de abrangência internacional com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) e a Corporação Financeira Internacional (IFC) – que juntos formam o Grupo Banco Mundial (GBM) – foi firmado o Memorando de Entendimento para o desenvolvimento de projetos para um setor agroalimentar mais verde, resiliente e inclusivo, apoiado em modelos de empreendedorismo rural e intercâmbio científico para países em desenvolvimento com duração de cinco anos.

Já a cooperação técnica com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) tem como objetivo o Desenvolvimento colaborativo da agricultura de precisão e digital para o fortalecimento dos ecossistemas de inovação e a sustentabilidade do agro brasileiro. A proposta é aumentar a transparência, confiabilidade e eficiência do processo produtivo brasileiro com referência na expertise japonesa no domínio de ferramentas da Tecnologia da Informação e Comunicação.

Ao todo, foram sete acordos estratégicos celebrados durante o evento, incluindo parcerias com os ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), além de envolveram o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste).

Em 26 de abril de 1973 foi empossada a primeira diretoria da Embrapa no Ministério da Agricultura. A celebração dos 51 anos da empresa ocorre de 25 a 27 de abril na sua sede, em Brasília (DF).

A cerimônia desta quinta-feira também contou com a presença da primeira-dama Janja, dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad; da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos; da Gestão, Inovação e Serviços Públicos, Esther Dweck; do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira e do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência República, Marcio Macêdo.

Fonte: Assessoria Mapa
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PMGZ ganha evidência em evento latino-americano 

Eric Costa, técnico da ABCZ, apresentou as ferramentas do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos e impactos na seleção de rebanhos bovinos.

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Foto: Divulgação/ABCZ

O Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ), da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), foi destaque na programação do 24º Simpósio Latino-Americano, durante a 33ª Feira Agropecuária Internacional (Agropecruz), realizada recentemente em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. O técnico da ABCZ, Eric Costa, foi responsável pela apresentação, que abordou o impacto do programa no trabalho de seleção e melhoramento genético de rebanhos bovinos no Brasil e no exterior.

“Este é um evento muito expressivo na Bolívia que, nesta edição, teve mais de 600 participantes de diversos países. É uma grande satisfação poder divulgar o trabalho da ABCZ em um evento desta magnitude. Tivemos oportunidade de demonstrar as diversas ferramentas disponibilizadas pelo PMGZ para auxiliar os criadores no trabalho de seleção, como de acasalamento dirigido, análise de tendências genéticas, monitoramento genético, descarte e reposição de matrizes, sempre visando o diagnóstico do rebanho e as possíveis correções para melhoria de determinadas características”, ressaltou o técnico.

Renovação de convênio

Ainda durante a Agropecruz, foi renovado o convênio entre a ABCZ, Faculdades Associadas de Uberaba (Fazu), e a Asociación Boliviana de Criadores de Cebú (Asocebu), que oferece benefícios para criadores associados e filhos de associados do país vizinho. Estiveram presentes o diretor da Fazu, Caio Márcio Gonçalves, o vice-presidente da Fundação Educacional para o Desenvolvimento das Ciências Agrárias (Fundagri) e conselheiro da ABCZ, José Olavo Borges Mendes Júnior, o coordenador do curso de Zootecnia da Fazu, Rayner Barbieri, e o membro do Conselho Deliberativo da Fundagri, José Peres de Lima Neto.

Fonte: Assessoria ABCZ
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Perspectivas do cenário macroeconômico serão tratadas pelo embaixador do cooperativismo na Expofrísia

Roberto Rodrigues vai tratar sobre perspectivas do cenário macroeconômico no fim tarde desta quinta-feira (25), trazendo informações a cadeia produtiva, seus impactos anteriores e o que pode se esperar dos próximos anos.

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Roberto Rodrigues é um dos maiores nomes do agro no Brasil e embaixador do cooperativismo da Organização das Nações Unidas - Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural

A safra 2023/2024 foi desafiadora para os produtores, com queda dos preços, oscilação climática e aumento do custo de produção. Esse conjunto de fatores obrigou os produtores a trabalharem com várias frentes, muitas vezes de forma simultânea. Para auxiliar na busca por uma previsibilidade na próxima safra, a Expofrísia, traz a palestra de Roberto Rodrigues, um dos maiores nomes do agro no Brasil e embaixador do cooperativismo da Organização das Nações Unidas (ONU). A entrada da feira é gratuita e a inscrição pode ser feita clicando aqui.

Na tarde desta quinta-feira (25), a feira realiza a sexta edição do Fórum Comercial, para tratar dos mercados de grãos, leite e proteína animal. No evento, o público terá acesso a informações mercadológicas relevantes e atualizadas para o agricultor e o pecuarista tomarem as melhores decisões.

Em seguida, no fim da tarde, haverá a palestra principal de Roberto Rodrigues com o tema: perspectivas do cenário macroeconômico. A apresentação tratará da cadeia produtiva, seus impactos anteriores e o que pode esperar dos próximos anos.

Rodrigues é coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV), é engenheiro agrônomo pela USP e professor do Departamento de Economia Rural da Unesp, em Jaboticabal (SP). Foi secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, além de ter sido presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e da Sociedade Rural Brasileira (SRB).

Expofrísia

Pelo segundo ano consecutivo, a Expofrísia e o Digital Agro acontecem de forma simultânea em Carambeí, município localizado na região dos Campos Gerais do Paraná.

Os eventos levam ao público exposição de gado leiteiro e soluções para o agronegócio que atendam a dinâmica do campo com sustentabilidade, inovações e tendências para a agricultura digital e a pecuária.

A feira é realizada pela Cooperativa Frísia com apoio técnico da Fundação ABC.

Fonte: Assessoria Expofrísia
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