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Após 37 anos, superintendente do SRGS se despede da ABCS
À frente do Serviço de Registro Genealógico de Suínos (SRGS), Valmir Rosa acompanhou de perto os avanços da suinocultura brasileira
Nos últimos 37 anos, o médico veterinário Valmir Costa da Rosa dedicou sua vida em prol da suinocultura, prestando serviços como superintendente do Serviço de Registro Genealógico de Suínos (SRGS) da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), na unidade de Estrela, RS. Em março deste ano, a entidade se despede do colaborador exemplar que testemunhou fatos marcantes e os avanços da cadeia suinícola brasileira ao longo desse tempo.
Natural do Rio Grande do Sul, Valmir iniciou sua jornada profissional servindo no Exército Brasileiro e, após se formar em medicina veterinária na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), foi trabalhar em um frigorífico em Goiânia, GO. Nesse meio tempo, prestou concurso para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e teve que voltar para seu estado natal, onde assumiu o cargo público na superintendência do MAPA no RS. Esse foi um momento fundamental para direcionar sua carreira e dar início a sua atuação dentro da suinocultura.
Em 1981, Valmir foi designado a coordenar uma inspeção a fim de regularizar o serviço de registro genealógico feito em Estrela, durante quatro anos. “O meu papel, no início, era recolher os registros que foram emitidos indevidamente em alguns estados. Nós transferimos todos os documentos para a ABCS, que era a entidade apontada pelo Ministério como a responsável por esse serviço e, até 1986, eu coordenei essa intervenção”, explica. “Foi uma questão de afinidade. Eu realmente gostei do que fiz, e sei que foi importante para mim e para entidade. Foi bom para os dois lados, pois crescemos juntos”.
O inspetor técnico da ABCS, Gilberto da Silva, esteve lado a lado de Valmir desde o início de sua trajetória e destacou sua capacidade de ouvir, antes de executar qualquer ação, o que agregava ainda mais para o bom relacionamento entre toda a equipe. Ele lembra que a atuação do colega foi fundamental para o avanço técnico da cadeia de suínos de todo o país. “O Valmir sempre atuava em cima do trabalho que se decidia a nível de conselho técnico. Ele providenciava para que as coisas fossem feitas sempre dentro das regras e das condições que se havia. Sempre foi um profissional muito organizado, com uma linha de trabalho muito tranquila, fazendo tudo muito bem organizado, e isso era importante”, destaca.
Tempos depois de acabada a intervenção, o presidente da ABCS à época, Valdomiro Ferreira Júnior, solicitou ao Ministério sua permanência na entidade. “Ele me fez um convite para que eu, embora aposentado do MAPA, continuasse trabalhando no serviço de registro genealógico. Então, a partir de 1994, eu não era mais um funcionário do Ministério e sim um prestador de serviços da ABCS, onde continuei até o final de março desse ano”, recorda Valmir.
Rubens Valentini, presidente da ABCS de 2005 a 2009, afirma que trabalhar com o superintendente da entidade era tranquilo, devido ao seu jeito prestativo e cumpridor de suas responsabilidades. “Como pessoa e como profissional o Valmir é muito competente, amável e prestativo. Além disso, é uma testemunha importantíssima da história da ABCS e da suinocultura brasileira. Ele conhece aspectos da história da instituição que não estão registrados em lugar algum e isso é muito valioso”, salienta o suinocultor.
A evolução da suinocultura brasileira
Em 63 anos de história da ABCS, Valmir foi o 4º a ocupar o cargo de superintendente do SRGS e teve a oportunidade de acompanhar de perto muitas mudanças significativas para o setor, inclusive a abertura do escritório administrativo da entidade na capital do país. Durante seu mandato, Rubens Valentini organizou para que a presidência, a equipe administrativa, de marketing e política fosse transferida para Brasília, enquanto em Estrela permanecia o setor de registro genealógico de suínos.
O médico veterinário enfatiza também os avanços do associativismo dos suinocultores, com alta concentração das granjas; as exigências sanitárias que aumentaram consideravelmente, trazendo mais segurança alimentar; aumento do controle de qualidade feito nas importações, a partir da década de 1990; e também as mudanças estruturais, com os avanços tecnológicos. “O próprio registro genealógico, que era feito com máquina de escrever, foi modernizado e hoje é emitido online nas próprias granjas, com fiscalização da instituição”, pontua.
Além de testemunhar o crescimento técnico do setor, Valmir foi um dos idealizadores do evento que hoje reúne líderes da indústria de insumos, produtores, representantes de entidades estaduais, gestores da agroindústria e executivos do varejo a fim de fortalecer a união do setor na busca por objetivos comuns. O Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (SNDS), que teve sua primeira edição em 1987, acontece a cada dois anos e hoje está na 18ª edição, em Curitiba (PR), foi pensado para levar informações relevantes para os suinocultores, bem como discutir os desafios da cadeia – tanto problema de comercialização, como sanitário, de melhoramento, até o que é debatido hoje, relacionado à política, questões de mercado e grãos.
O atual presidente da entidade, Marcelo Lopes, reconhece a importância do serviço prestado pelo profissional, com tamanha dedicação e cuidado, para o desenvolvimento da suinocultura brasileira. “Se hoje somos referência em matéria de registro genealógico e somos valorizados pelas diretorias estaduais e empresas parceiras do setor, é graças ao envolvimento de profissionais como o Sr. Valmir, que dedicou 37 anos para o desenvolvimento técnico da suinocultura do nosso país”.
O Sistema ABCS reconhece seu apoio e seu papel na história da ABCS, além da excelência na prestação de serviços em prol da cadeia suinícola brasileira.
Fonte: Assessoria
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Comércio exterior e logística no setor agropecuário: desafios e oportunidades para o transporte e escoamento
Exportações de soja em outubro, caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro.
O mercado de fretes e a logística de escoamento se destacam como elementos essenciais no atual cenário da agricultura brasileira, especialmente diante do crescimento expressivo da produção de grãos previsto para a safra 2024/25. A estimativa de 322,53 milhões de toneladas de grãos, um aumento de 8,2% em relação à safra anterior, traz desafios adicionais para a infraestrutura de transporte e os processos logísticos do país. A análise consta na nova edição do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta sexta-feira (22).
A melhoria nas condições climáticas tem favorecido o avanço das semeaduras, com destaque para as culturas de soja e milho, mas, para que a produção chegue ao mercado internacional, é crucial um sistema de escoamento eficiente. Nesse sentido, os portos brasileiros desempenham papel fundamental, especialmente os do Arco Norte, que têm se consolidado como uma via vital para exportação. Em outubro de 2024, os portos do Arco Norte responderam por 35,1% das exportações de grãos, superando a participação de 33,9% registrada no mesmo período de 2023.
Com o aumento da produção de soja e milho, as expectativas de escoamento nos próximos meses apontam para um cenário desafiador, com necessidade de otimizar os fretes para atender ao crescimento das exportações. Em outubro, as exportações de soja caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro. Já as exportações de milho, que enfrentam uma redução de 34,1% nas estimativas para a safra 2023/24, exigem adaptação no transporte, uma vez que a oferta menor pode reduzir a demanda por fretes no curto prazo, mas com aumento da competição por capacidade logística.
A movimentação de fertilizantes, por sua vez, também demanda atenção na logística. Em outubro de 2024, os portos brasileiros importaram 4,9 milhões de toneladas de fertilizantes, o que representa um incremento de 5,9% em relação ao mês anterior. Este crescimento contínuo na importação exige um cuidado especial no transporte desses insumos, visto que o Brasil é um dos maiores compradores internacionais e uma base importante de consumo de fertilizantes.
Por outro lado, o transporte de cargas no Brasil segue enfrentando desafios estruturais. De acordo com o Boletim da Conab, a ampliação das capacidades de escoamento nos portos, especialmente no Arco Norte, é uma estratégia chave para lidar com o aumento do volume de exportações e garantir que os fretes se mantenham competitivos.
Em suma, a logística no setor agropecuário brasileiro se apresenta como um elo crucial para garantir o sucesso das exportações de grãos. A integração entre os diferentes modais de transporte, o aprimoramento da infraestrutura portuária e a adaptação às demandas de escoamento serão decisivos para que o Brasil continue sendo um dos maiores exportadores de commodities agrícolas do mundo.
Fretes
Em outubro de 2024, os preços do frete apresentaram variações significativas entre os estados brasileiros. Os preços subiram em estados como Bahia, Goiás e Minas Gerais e Distrito Federal, principalmente devido ao aumento na demanda, impulsionado pela exportação de grãos e a importação de fertilizantes. Em Goiás, a melhora nos preços do milho também gerou aumento na demanda por fretes. Já em estados como Paraná, Piauí e São Paulo, os preços ficaram mais baratos, com o Paraná registrando uma redução de 16,67% na região de Cascavel, refletindo a baixa demanda por grãos. No Piauí, a diminuição nas exportações de soja resultou em uma queda de 4,10% no mercado de fretes. Por outro lado, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade nos preços, com pouca variação nas cotações, devido a um equilíbrio entre a demanda e a oferta de fretes.
O Boletim Logístico da Conab é um periódico mensal que coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. Confira a edição completa do Boletim Logístico – Novembro/2024, disponível no site da Companhia.
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Clima favorável impulsiona cultivos da primeira safra, aponta boletim de monitoramento
Precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos.
As condições climáticas favoráveis nas primeiras semanas de novembro impactaram positivamente o cenário agrícola brasileiro. Na região Central do país, precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.
O Norte-Nordeste experimentou uma expansão das áreas beneficiadas por chuvas, incluindo regiões do Matopiba que anteriormente enfrentavam déficit hídrico. Esse cenário impulsionou o processo de semeadura na maior parte dessa região.
Em contraste, o Sul do país registrou uma redução nas precipitações, o que facilitou o avanço da colheita do trigo e a semeadura dos cultivos de primeira safra. De modo geral, as condições agroclimáticas se mostraram favoráveis, proporcionando umidade adequada para o desenvolvimento das lavouras.
No Rio Grande do Sul, a semeadura do arroz progrediu significativamente, com a maior parte concluída dentro do período considerado ideal. A maioria das lavouras encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo, beneficiando-se das condições climáticas que favoreceram a germinação e o estabelecimento das plantas. Em Santa Catarina, temperaturas médias e incidência solar adequadas contribuíram para o bom desenvolvimento das culturas.
Estas informações estão presentes no Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam).
A versão completa do Boletim está disponível para consulta no site oficial da Conab, acesse clicando aqui.
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Show Rural investe em obras para melhorar experiência de visitantes
Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição.
Avançam os preparativos para a 37ª edição do Show Rural Coopavel, evento que reafirma o Oeste do Paraná como um dos principais polos do agronegócio mundial. De 10 a 14 de fevereiro de 2025, visitantes do Brasil e do exterior terão acesso a um espaço renovado, com melhorias que reforçam o compromisso da Coopavel com a inovação, a sustentabilidade e a excelência em infraestrutura. “Melhorar continuamente é uma das regras que fazem o sucesso do Show Rural, referência em inovações e tendências para o agronegócio”, destaca o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.
Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição. O restaurante do parque está em ampliação em 500 metros quadrados, permitindo o atendimento de mais mil pessoas por refeição. A área de entrega de bebidas é reformulada para otimizar o fluxo, enquanto novos buffets, mesas e utensílios foram adquiridos para manter o alto padrão de qualidade em uma estrutura com capacidade para servir mais de 40 mil refeições diariamente.
A mobilidade no parque também recebe melhorias. São mais de seis mil metros quadrados de ruas asfaltadas. Uma das novidades mais aguardadas é a cobertura da Rua 10, que conecta o Portal 4 ao Pavilhão da Agricultura Familiar. Com 400 metros lineares, essa obra, viabilizada em parceria com a Barigui/Volkswagen, eleva para mais de 6,2 mil metros quadrados a área coberta do parque, garantindo conforto aos visitantes em qualquer condição climática, observa o coordenador geral Rogério Rizzardi.
Para ônibus
Para receber caravanas de todo o Brasil e de outros países será criado um estacionamento exclusivo para ônibus com capacidade para 400 veículos. Estrategicamente localizada, a nova estrutura promete praticidade e organização para os grupos que participam da maior mostra de tecnologia para o campo da América Latina.
Outro destaque é o barracão de 1,2 mil metros quadrados dedicado à gestão de resíduos. Essa estrutura permitirá separação e correta destinação de materiais antes, durante e depois do evento, reforçando o compromisso da cooperativa e do evento técnico com práticas ambientalmente responsáveis.
Evolução
Com essas inovações e investimentos, o Show Rural Coopavel segue como referência global, combinando hospitalidade, tecnologia e respeito ao meio ambiente, reforça o presidente Dilvo Grolli. O tema da 37ª edição será Nossa natureza fala mais alto.