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Notícias Internacionalização do setor

ApexBrasil e MPA firmam parceria para impulsionar exportações de pescados

Apesar do vasto potencial para produção pesqueira, o Brasil ainda participa com apenas 0,23% das exportações mundiais do setor. Juntos, ApexBrasil e o MPA querem mudar essa realidade

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Foto: Enir Rodrigues

Caiu na rede da ApexBrasil, e é peixe! Na quarta-feira (24), a Agência Brasileira de Promoção de Exportações (ApexBrasil) e o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) uniram forças para promover a cadeia produtiva da pesca e aquicultura brasileira no mundo. As instituições assinaram um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para juntas estimularem a internacionalização do setor.

A cerimônia foi realizada na sede do MPA, com a presença do ministro André de Paula e do presidente da ApexBrasil, Jorge Viana. O ministro comemorou a aproximação das instituições. “Estamos sendo convocados a avançar, a responder, então recebo aqui a ApexBrasil com a certeza de que a gente vai poder escrever esse setor em dois momentos: antes da parceria da ApexBrasil e depois da parceria da ApexBrasil”, celebrou.

O presidente da Agência reforçou a importância do acordo, dado o potencial do setor no Brasil. Ele lembrou que 1 bilhão de pessoas no planeta dependa da pesca, que representa uma dieta rica em proteína. “O Brasil não pode ficar de fora”, defendeu.

Viana explicou, ainda, que os pescados representam quase metade do comércio internacional de proteínas, o Brasil ainda participa de maneira tímida. “Enquanto nas exportações globais de carne bovina temos 18% do marketshare, na suína 6% e nas aves 20%, quando chega na pesca, a participação é de 0,2%. Isso é um indicativo de que precisamos atuar fortemente nesse mercado”, concluiu Jorge Viana.

O ACT tem como objetivo principal a promoção de ações que impulsionem os negócios internacionais da cadeia produtiva da pesca e aquicultura brasileira. A parceria envolve o desenvolvimento de estudos de inteligência de mercado, ações de capacitação de empresas para exportação, promoção comercial e ações de imagem e posicionamento do Brasil no mercado internacional.

Novo momento

A aproximação entre as instituições faz parte de um contexto de fortalecimento das iniciativas para internacionalização do setor. Em setembro de 2023, por exemplo, a ApexBrasil realizou o Exporta Mais Brasil Pescados, que promoveu rodadas de negócios entre empresas brasileiras com compradores internacionais. O resultado, após 36 reuniões de negócios, foi de mais de R$ 80 milhões em negócios gerados em até 12 meses.

Em dezembro, a Agência oficializou um novo projeto setorial com a Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (ABIPESCA), o “Brazilian Seafood”, para elevar o Brasil a uma referência mundial na exportação de pescados. O convênio tem duração de dois anos, até 2025, e prevê ações de capacitação, promoção comercial e imagem. O valor do investimento total é de pouco mais de R$ 8 milhões, sendo R$ 4,8 milhões (60%) de valor Apex e R$3,2 milhões (40%) de contrapartida da entidade.

Para 2024, o projeto prevê a participação em feiras internacionais, como Seafood Boston e Barcelona e a China Fisheries and Seafood Expo. Também estão previstos eventos estratégicos no Brasil com compradores internacionais, além de iniciativas de capacitação, branding e comunicação. De olho na inclusão de mulheres na exportação, durante a Seafood Brasil, em agosto, o projeto ainda promoverá um Fórum Feminino da Pesca.

A diretora de Relações Institucionais da Abipesca, Liliam Catunda, também participou da cerimônia de assinatura do ACT, reforçando o esforço conjunto para a internacionalização dos pescados brasileiros. “O Brasil é um país continental e com condições climáticas favoráveis para o desenvolvimento sustentável da pesca e aquicultura. Temos centenas de espécies aquáticas que têm um grande valor”, destacou. “Com essa parceria estratégia entre ApexBrasil, setor produtivo e Ministério da Pesca e Aquicultura a gente eleva a pesca a um novo patamar”, complementou.

Um mar de oportunidades

As proteínas de peixes e frutos do mar têm sido cada vez mais essenciais para garantir a segurança alimentar global. Em 2022, o comércio mundial de pescados atingiu US$ 148,3 bilhões. O Brasil, contudo, ainda tem participação tímida desse mercado.

Apesar de ter um dos maiores litorais do mundo e uma das maiores reservas de água doce, o país é um importador líquido de pescados: quase 60% do que consumimos, especialmente salmão e bacalhau, provêm de fornecedores internacionais, como Vietnã (24%), Portugal (21%), Argentina (17%) e Chile (16%).

No total, o Brasil participa com uma fatia de apenas 0,23% do total global exportado em produtos de pesca (dados de 2022). Em 2023, o valor chegou a US$306,5, enviados sobretudo para Estados Unidos (55%) e China (22%).

A indústria pesqueira nacional do Brasil está em crescimento, tanto a aquicultura quanto a pesca sustentável. Nossa produção inclui peixes, crustáceos e mariscos frescos, congelados e conservas. O objetivo da parceria entre ApexBrasil, MPA e Abipesca é justamente ampliar a presença brasileira no mercado global, gerando oportunidades para o desenvolvimento econômico do setor.

Fonte: Assessoria

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Falta de chuva preocupa; cotações da soja têm novos aumentos

Paridade de exportação indica, ainda, valores maiores para o próximo mês, o que reforça a resistência dos sojicultores em negociar grandes quantidades no curto prazo. 

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Foto: Geraldo Bubniak

A falta de chuva nas principais regiões produtoras de soja no Brasil vem deixando agentes em alerta, visto que esse cenário pode atrasar o início da semeadura na temporada 2024/25.

Segundo pesquisas do Cepea, nesse cenário, vendedores restringem o volume ofertado no spot nacional, ao passo que consumidores domésticos e internacionais disputam a aquisição de novos lotes.

Com a demanda superando a oferta, os prêmios de exportação e os preços domésticos seguem em alta, também conforme levantamentos do Cepea.

A paridade de exportação indica, ainda, valores maiores para o próximo mês, o que reforça a resistência dos sojicultores em negociar grandes quantidades no curto prazo.

Fonte: Assessoria Cepea
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Exportação de ovos cai 42% em um ano e processados têm menor participação desde dezembro de 2022

De acordo com dados da Secex, o Brasil exportou 1,239 mil toneladas de ovos in natura e processados em agosto, quantidade 4,7% menor que a de julho e 42% inferior à de agosto de 2023. 

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Foto: Rodrigo Félix Leal

As exportações brasileiras de ovos comerciais recuaram pelo segundo mês consecutivo, refletindo a diminuição nos embarques de produtos processados, como ovalbumina e ovos secos/cozidos.

De acordo com dados da Secex, compilados e analisados pelo Cepea, o Brasil exportou 1,239 mil toneladas de ovos in natura e processados em agosto, quantidade 4,7% menor que a de julho e 42% inferior à de agosto de 2023.

Das vendas externas registradas no último mês, apenas 24,6% (o equivalente a 305 toneladas) corresponderam a produtos processados, a menor participação dessa categoria desde dezembro de 2022, também conforme a Secex.

Fonte: Assessoria Cepea
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Preços do milho seguem em alta no Brasil

Atentos às recentes valorizações externa e interna e preocupados com o clima nas principais regiões produtoras da safra de verão do Brasil, vendedores vêm limitando o volume ofertado.

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Foto: Gilson Abreu

Levantamentos do Cepea mostram que os preços do milho seguem em alta no mercado doméstico.

Segundo pesquisadores deste Centro, atentos às recentes valorizações externa e interna e preocupados com o clima nas principais regiões produtoras da safra de verão do Brasil, vendedores vêm limitando o volume ofertado.

Do lado da demanda, pesquisadores do Cepea explicam que a procura internacional pelo milho brasileiro tem se aquecido, sustentada pela maior paridade de exportação.

Compradores internos também têm retomado as negociações, seja para recompor estoques e/ou por temerem novas valorizações nos próximos dias.

Quanto aos embarques, em agosto, somaram 6,06 milhões de toneladas do cereal, praticamente o dobro das 3,55 milhões escoadas em julho, mas ainda 35% inferiores aos de agosto de 2023, conforme dados Secex.

Fonte: Assessoria Cepea
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