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Suínos

ApexBrasil e Abipesca firmam convênio de mais de R$ 8 milhões para elevar Brasil a uma referência mundial na exportação de pescados

Com duração de dois anos, o Brazilian Seafood prevê ações de capacitação, promoção comercial e de imagem do setor no comércio internacional.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Nesta terça-feira (20), às 15h30, na sede do Ministério da Pesca e Aquicultura, em Brasília, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca) vão assinar convênio para o desenvolvimento do projeto setorial Brazilian SeaFood. O objetivo do projeto é elevar o Brasil a uma referência mundial na exportação de pescados. Na cerimônia de assinatura estarão presentes o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, o presidente da Abipesca, Eduardo Lobo e outras autoridades.

Com duração de dois anos, o Brazilian Seafood prevê ações de capacitação, promoção comercial e de imagem do setor no comércio internacional. O investimento total é de pouco mais de R$ 8 milhões, sendo R$ 4,8 milhões (60%) de valor ApexBrasil e R$ 3,2 milhões (40%) de contrapartida da entidade.

Para este ano, o projeto prevê a participação em feiras internacionais, como Seafood Boston e Barcelona e a China Fisheries and Seafood Expo. Também estão previstos eventos estratégicos no Brasil com compradores internacionais, além de iniciativas de capacitação, branding e comunicação. De olho na inclusão de mulheres na exportação, durante o encontro Seafood Brasil, em agosto, o projeto promoverá ainda um Fórum Feminino da Pesca.

O convênio faz parte de um contexto de fortalecimento das iniciativas para internacionalização do setor. Em setembro de 2023, por exemplo, a ApexBrasil realizou o Exporta Mais Brasil Pescados, que promoveu rodadas de negócios entre empresas brasileiras com compradores internacionais. O resultado, após 36 reuniões de negócios, foi de mais de R$ 80 milhões em negócios gerados em até 12 meses.

Além disso, em janeiro de 2024, a Agência assinou um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o Ministério da Pesca e Aquicultura. O ACT tem a finalidade de ampliar a internacionalização da cadeia produtiva do pescado brasileiro por meio de ações voltadas à qualificação de empresas, inteligência de mercado, promoção comercial e de imagem.

Fonte: Assessoria ApexBrasil

Colunistas

Comunicação e Marketing como mola propulsora do consumo de carne suína no Brasil

Se até pouco tempo o consumo era freado por percepções equivocadas, hoje a comunicação correta, direcionada e baseada em evidências abre caminho para quebrar paradigmas.

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Foto: Claudio Pazetto

Artigo escrito por Felipe Ceolin, médico-veterinário, mestre em Ciências Veterinárias, com especialização em Qualidade de Alimentos, em Gestão Comercial e em Marketing, e atual diretor comercial da Agência Comunica Agro.

O mercado da carne suína vive no Brasil um momento transição. A proteína, antes limitada por barreiras culturais e mitos relacionados à saúde, vem conquistando espaço na mesa do consumidor.

Se até pouco tempo o consumo era freado por percepções equivocadas, hoje a comunicação correta, direcionada e baseada em evidências abre caminho para quebrar paradigmas. Estudos recentes revelam que o brasileiro passou a reconhecer características como sabor, valor nutricional e versatilidade da carne suína, demonstrando uma mudança clara no comportamento de compra e consumo. É nesse cenário que o marketing se transforma em importante aliado da cadeia produtiva.

Foto: Shutterstock

Reposicionar para crescer

Para aumentar a participação na mesa das famílias é preciso comunicar aquilo que o consumidor precisava ouvir:
— que é uma carne segura,
— rica em nutrientes,
— competitiva em preço,
— e extremamente versátil na culinária.

Campanhas educativas, conteúdos informativos e a presença mais forte nas mídias sociais têm ajudado a construir essa nova imagem. Quando o consumidor entende o produto, ele compra com mais confiança – e essa confiança só existe quando existe uma comunicação clara e alinhada as suas expectativas.

O marketing não apenas divulga, ele conecta. Ao simplificar informações técnicas, aproximar o produtor do consumidor e mostrar maneiras práticas de preparo, a comunicação se torna um instrumento de transformação cultural.

Apresentar novos cortes, propor receitas, explicar processos de qualidade, destacar certificações e reforçar a rastreabilidade são estratégias que aumentam a percepção de valor e, consequentemente, estimulam o consumo.

Digital: o novo campo do agro

As redes sociais se tornaram o “supermercado digital” do consumidor moderno. Ali ele busca receitas, tira dúvidas, avalia produtos e

Foto: Divulgação/Pexels

compartilha experiências.
Indústrias, cooperativas e associações que investem em presença digital tornam-se mais competitivas e ampliam sua capacidade de influenciar preferências.

Vídeos curtos, reels com receitas simples, influenciadores culinários e campanhas segmentadas têm desempenhado papel fundamental na aproximação com o consumidor urbano, historicamente mais distante da realidade da cadeia produtiva e do campo.

Promoções e estratégias de varejo

Além do ambiente digital, o ponto de venda continua sendo o território decisivo da conversão. Embalagens mais atrativas, materiais explicativos, promoções e ações conjuntas com o varejo aumentam a visibilidade e reduzem a insegurança de quem tomando decisão na frente da gondola.

Marketing como elo da cadeia produtiva

A cadeia de carne suína brasileira é altamente tecnificada, sustentável e reconhecida, mas essa excelência precisa ser comunicada. O marketing tem o papel de unir elos – do campo ao consumidor – e transformar conhecimento técnico em mensagens simples e que engajam.

Fonte: O Presente Rural com Felipe Ceolin
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Suínos Imunização inteligente

Gel comestível surge como alternativa para reduzir estresse e melhorar vacinação de suínos

Tecnologia permite imunização coletiva com menos manejo, mantém eficácia contra Salmonella e ganha espaço como estratégia para elevar bem-estar animal e eficiência produtiva.

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Fotos: Divulgação/American Nutrtients

Artigo escrito por Luiza Marchiori Severo, analista de P&D na American Nutrients do Brasil e acadêmica do curso de Farmácia; e por Daiane Carvalho, médica-veterinária e coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento e Responsável Técnica da American Nutrients do Brasil.

A suinocultura enfrenta desafios complexos na busca por eficiência produtiva, controle sanitário, escassez de mão de obra e bem-estar animal. Doenças infecciosas, como a salmonelose, ainda figuram entre as principais preocupações sanitárias em granjas comerciais, exigindo estratégias de imunização compatíveis com práticas alinhadas a maior eficiência na aplicação e menos estresse aos animais. Nesse contexto, o debate sobre métodos alternativos de vacinação ganha cada vez mais força.

Vacinas orais compostas por microrganismos vivos podem ser administradas aos suínos tanto individualmente, utilizando o método de drench, quanto coletivamente por meio da água de bebida. A aplicação coletiva via bebedouros apresenta a vantagem de reduzir significativamente o estresse dos animais e dos operadores, pois é um procedimento rápido e que demanda pouca mão de obra. Por outro lado, a administração oral individual, como o drench frequentemente empregado em leitões na maternidade, exige contenção um a um para garantir a ingestão adequada, tornando o processo mais trabalhoso e potencialmente mais estressante para os suínos.

Neste contexto, a aplicação oral de vacinas exige soluções tecnológicas que assegurem maior praticidade, estabilidade do imunógeno, homogeneidade da distribuição e, principalmente, aceitação espontânea pelos animais. É neste ponto que o conhecimento dos aspectos relacionados à fisiologia sensorial dos suínos é fundamental no desenvolvimento de produtos que possam atuar como veículos de alta atratividade para vacinas via oral, garantindo maior eficiência nos processos vacinais, bem-estar animal e praticidade.

Gel Comestível

O gel comestível é uma matriz semissólida, palatável e nutritiva, que contém componentes seguros e atrativos ao consumo dos suínos. Esse veículo possibilita a administração coletiva da vacina diretamente em comedouros auxiliares – sem a necessidade de manejo individualizado. Ao ser disponibilizado em áreas acessíveis das baias, o gel é consumido de forma espontânea pelos leitões, respeitando seu comportamento natural e reduzindo drasticamente o estresse associado ao processo de vacinação.

Em estudo conduzido em 2024 avaliou-se a eficácia da vacinação oral contra Salmonella Typhimurium por meio da aplicação através do gel, comparando-se os resultados com a administração tradicional por drench oral. Os leitões vacinados com o gel apresentaram desempenho zootécnico semelhante ao grupo que recebeu a vacina por drench. Além disso, os animais vacinados com o gel apresentaram menor incidência de lesões intestinais após o desafio com cepa virulenta do agente patogênico. Estes resultados comprovam a eficiência do processo de vacinação com a utilização do gel palatável. Da mesma forma, outros pesquisadores, ao avaliar a eficiência de acesso a um gel comercial comestível, evidenciaram que de 10 leitegadas avaliadas, 92% dos animais acessaram o gel, sendo 89% em até 6 horas. Como conclusão os autores afirmaram que o alto percentual de leitões consumidores observados neste estudo demostrou ser uma via de aplicação promissora na vacinação na suinocultura.

Além de favorecer o bem-estar animal, o gel comestível oferece benefícios operacionais significativos: economia de tempo, redução de mão de obra e maior biosseguridade, visto que que se reduz consideravelmente a necessidade de uma equipe externa de vacinadores.

Qualidade, Eficiência e Sustentabilidade

Para que a vacinação via gel comestível seja efetiva, é essencial garantir a homogeneidade da distribuição da vacina no veículo, assegurando que todos os animais recebam uma dose adequada. Ensaios realizados em laboratórios e granjas já demonstram que essa tecnologia é capaz de manter a viabilidade do imunógeno por períodos compatíveis com a recomendação de consumo de vacinas via oral após diluídas, mantendo sua eficácia mesmo em condições ambientais variáveis.

Além disso, o uso de veículos comestíveis está alinhado às boas práticas de fabricação e aos princípios de biosseguridade preconizados por legislações nacionais e internacionais. Com isso, a alternativa se mostra viável tanto técnica quanto economicamente, oferecendo à suinocultura uma ferramenta inovadora para o controle sanitário.

Considerações Finais

A adoção de métodos alternativos à vacinação tradicional representa um avanço estratégico para a suinocultura brasileira, ao aliar eficiência imunológica a práticas mais humanizadas e sustentáveis. Soluções como a vacinação oral, os dispositivos sem agulha e o uso de veículos comestíveis – como o gel – permitem reduzir significativamente o estresse animal, simplificar rotinas de manejo e minimizar riscos operacionais. Investir nessas tecnologias é essencial para fortalecer um modelo de produção alinhado aos princípios do bem-estar animal, da biosseguridade e da competitividade no mercado global.

As referências bibliográficas estão com as autoras. Contato: cq@americannutrients.com.br

Com distribuição nacional nas principais regiões produtoras do agro brasileiro, O Presente Rural – Suinocultura também está disponível em formato digital. O conteúdo completo pode ser acessado gratuitamente em PDF, na aba Edições Impressas do site.

Fonte: O Presente Rural
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Suínos

Produção suína avança 2,6% no trimestre e atinge 15,01 milhões de abates, aponta IBGE

Segundo dados preliminares da Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística acompanhados pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), o volume de carcaças também subiu 0,9%, indicando recuperação consistente no setor da suinocultura.

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Foto: Divulgação/Mapa

O IBGE publicou, no último dia 12, dados preliminares de abate do terceiro trimestre de 2025, com recorde histórico de cabeças e toneladas de carcaças produzidas num intervalo de 3 meses. Conforme a tabela 1, a seguir, entre julho e setembro de 2025 foram abatidos 15,8 milhões de suínos, representando 1,488 milhões de toneladas de carcaças, respectivamente, 5,26% e 6,07% a mais que o mesmo período do ano passado; este crescimento representa mais que o dobro do incremento ocorrido no 3º trimestre de 2024 em relação a 2023 (em destaque na mesma tabela 1).

No acumulado de janeiro a setembro deste ano o crescimento do abate, comparado com 2024, foi de pouco mais de 1,5 milhões de cabeças (+3,43%), representando quase 200 mil toneladas de carcaças a mais (+4,88%), um aumento surpreendente e bem acima do que se esperava no início do ano.

Tabela 1. Abate brasileiro de suínos trimestral de janeiro de 2024 a setembro de 2025 (*), em cabeças, toneladas de carcaças e peso médio das carcaças, comprado com o mesmo período do ano anterior. (*) dados de julho a setembro 2025 são preliminares Elaborado por Iuri P. Machado com dados do IBGE.

As exportações continuam crescendo em relação a 2024. Depois de volumes recorde em setembro, o mês de outubro fechou como o segundo melhor mês da história, com 125,6 mil toneladas e carne suína in natura exportada, um incremento de 8% em relação a outubro de 2024 (tabela 2). No acumulado do ano (de janeiro a outubro) já foram embarcadas 1.110.636 toneladas de carne in natura, 13,53% (132,4 mil toneladas) a mais que o mesmo período de 2024.

Tabela 2. Volumes exportados de carne suína brasileira in natura (em toneladas), mês a mês, em 2021, 2022, 2023, 2024 e de janeiro a outubro de 2025 e diferença percentual de 2025 para 2024. Elaborado por Iuri P. Machado, com dados da Secex.

Filipinas se mantém na liderança como principal destino de nossa carne suína e, a China, outrora maior parceiro, embora no acumulado do ano se mantenha na segunda colocação (tabela 3), no mês de outubro/25 terminou em quarto lugar (tabela 4), sendo superada por Japão e México, dois destinos altamente exigentes e que se consolidaram como mercados relevantes para a carne suína brasileira muito recentemente.

Tabela 3. Exportação brasileira de carne suína in natura por destino de janeiro a outubro de 2025 (em toneladas e em US$) comparado com o mesmo período de 2024. Elaborado por Iuri P. Machado, com dados da Secex.

Tabela 4. Exportação brasileira de carne suína in natura por destino em OUTUBRO de 2025 (em toneladas e em US$) comparado com outubro de 2024. Elaborado por Iuri P. Machado, com dados da Secex.

Devido ao surpreendente aumento de abate ao longo do ano, mesmo com o expressivo incremento das exportações, houve aumento de mais de 2% na disponibilidade interna de carne suína em 2025, sendo que, no período mais recente, este crescimento foi ainda maior, quando comparado com o mesmo período do ano passado. Esta pequena sobreoferta certamente contribuiu para a estabilidade nas cotações do suíno vivo observada nas últimas semanas, na maioria das praças (gráfico 1).

Gráfico 1. Indicador SUÍNO VIVO – CEPEA/ESALQ (R$/kg) em MG, PR, RS, SC e SP, diário, de 02/10/25 a 12/11/2025. Preços de 12/11/25 em destaque Fonte: CEPEA.

Dados preliminares de exportação de novembro/25 indicam um recuo nas exportações diárias de carne suína in natura (5.448 toneladas por dia útil até dia 07 de novembro). Ainda é cedo para determinar uma estimativa mais precisa, porém o fim de ano sinaliza para uma redução do ritmo nos embarques, isto, aliado ao fato de que o mês de novembro se encaminha para a segunda quinzena sem sinais de alta significativa nos preços, indica que terminaremos o ano com preços estáveis, sem viés de alta significativa, apesar do aumento sazonal da demanda interna.

CONAB mantém para a safra 2025/26; milho e farelo de soja sobem, mas relação de troca continua boa

O segundo levantamento da safra 2025/26 da CONAB, publicado dia 13/11, não trouxe alterações significativas nas estimativas de produção, tanto da safra verão, quanto da segunda safra. Como estamos no momento de plantio da primeira safra, mais dedicada à soja, o mercado tem variado pouco, mas com viés de alta do milho e do farelo de soja. Uma alta relativamente pequena, mas, no caso do milho, constante (gráfico 2).

Gráfico 2. Preço médio DIÁRIO do MILHO (R$/SC 60kg) em CAMPINAS-SP, nos últimos 30 dias úteis, até dia 12/11/2025. Fonte: Cepea

Mesmo com a alta dos principais insumos o custo de produção (tabela 5) e a relação de troca do suíno com milho e farelo de troca (gráfico 3) ainda estão muito favoráveis para o suinocultor.

Tabela 5. Custos totais (ciclo completo), preço de venda e lucro/prejuízo estimados, mensais, nos três estados do Sul (R$/kg suíno vivo vendido) de janeiro a outubro de 2025 e a média anual de 2024. Elaborado por Iuri P. Machado com dados: Embrapa (custos), Cepea (preço do suíno)

Gráfico 3. Relação de troca SUÍNO: MIX milho + farelo de soja (R$/kg) em São Paulo, de novembro/23 a novembro/25 (até dia 12/11/25). Relação de troca ideal, acima de 5,00 Composição do MIX: para cada quilograma de MIX, 740g de milho e 260g de farelo de soja. Elaborado por Iuri P. Machado com dados do CEPEA – preços estado de São Paulo

O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, explica que ao contrário do ano passado, em que houve uma alta bastante expressiva das cotações no mês de novembro/24, este ano os preços pagos aos produtores se mantêm mais estáveis, mesmo com a aproximação do Natal. “Isto porque, apesar do expressivo crescimento das exportações, a disponibilidade interna também aumentou, resultado de uma alta inesperada do abate já apurado até setembro que trouxe um crescimento na produção brasileira muito acima do que se projetava no início do ano”, conclui.

Fonte: Assessoria ABCS
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