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Apesar de ano atípico, 2020 foi positivo para o setor pecuário

De acordo com o consultor em gerenciamento de risco da área da pecuária da StoneX, Caio Toledo, este ano foi marcado por uma baixa oferta de gado disponível no Brasil

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Arquivo/OP Rural

Dois mil e vinte foi um ano muito bom para alguns e bastante desafiador para outros. Entender o comportamento do mercado foi crucial para definir em qual destes dois grupos o pecuarista esteve. Por isso, é importante que o produtor entenda o que está acontece o veja o que pode acontecer para que 2021 seja um ano melhor.

De acordo com o consultor em gerenciamento de risco da área da pecuária da StoneX, Caio Toledo, este ano foi marcado por uma baixa oferta de gado disponível no Brasil. “São dois os pontos chaves para essa baixa: a reposição e os insumos, principalmente o milho, que é basicamente 30% do custo do pecuarista”, comenta.

O primeiro ponto destacado pelo profissional quanto a reposição é a retenção de fêmeas e o ciclo pecuário. “Essa questão de alta ou baixa no abate de fêmeas vem muito envolvido com a questão do preço do bezerro e com a questão da rentabilidade da atividade da cria. Então o que podemos perceber, desde o primeiro trimestre de 2019, é que nós já tínhamos um mercado naquele momento que já se posicionava num topo de abate de fêmeas e dali em diante deveria, por si só, começar a ter uma baixa oferta de fêmeas dado que os pecuaristas deveriam reter elas dentro da fazenda, uma vez que a expectativa futura sobre o boi gordo era extremamente positiva e fora isso a atividade de cria começava aos poucos a ser muito rentável”, analisa.

Toledo explica que a alta do preço do bezerro e a possibilidade de alta da arroba tem corroborado, desde 2019, para uma retenção de fêmeas para o abate. “Ou seja, em 2020 nós já esperávamos e sabíamos que seria um mercado de baixa oferta de fêmeas disponíveis, isso é, a oferta de fêmeas nós não teríamos, nós teríamos que contar para o ano inteiro, falando em oferta, com os animais machos, uma vez que as fêmeas estariam praticamente fora do jogo”, diz.

Além disso, o consultor comenta que ao longo dos anos, de 2012 a 2020, foi possível observar uma queda na produção de bezerros de 43% em São Paulo. “Ou seja, a pecuária está saindo aos poucos do Estado de São Paulo. Se pegarmos o abate de fêmeas podemos ver ele progredindo em alguns Estados e em outros retendo, em uma dinâmica de ciclo de mercado onde o ano de 2020 nós não teríamos fêmeas. Se olharmos que a tempos também já não temos bezerro em São Paulo, tudo nos mostra que ao longo dos anos faltaria gado disponível para o abate no Estado”, afirma.

Toledo informa que hoje São Paulo acaba sendo abastecido por animais de fora, como do Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. “São Paulo vive um momento crônico de falta de oferta de gado que não é algo de hoje, é algo que podemos observar de anos para trás, onde a produção de bezerros é cada vez menor. Então isso tem levado o mercado a um certo ponto que para se abastecer, principalmente os frigoríficos que estão na região de São Paulo, buscarem animais fora”, conta. Atualmente, explica, o Estado não consegue se sustentar apenas com animais internos. “Assim, se pegarmos o ano de 2020 nós tínhamos a primeira coisa que impactou muito o mercado, foi a questão de retenção de fêmeas, ou seja, não tinha animal fêmea para o abate ao longo do ano. Aí nós temos um segundo ponto, que São Paulo, em especial, tinha menos animais ainda principalmente macho, porque a pecuária tem se tornado menor, ou seja, a pecuária no Estado tem deixado de ser uma atividade como no Centro-Oeste, no Mato Grosso”, diz.

O consultor comenta que assim é possível observar ao longo de 2020 que esse problema crônico de São Paulo mexeu com o preço do bezerro. “Se a gente for olhar ao longo dos anos, desde 2011, o Estado tem uma falta de oferta de bezerros. E quanto menos bezerros a demanda acaba puxando o preço total que é pago por esse animal”, comenta. Além do mais, explica Toledo, 2020 foi um ano peculiar, onde houve uma falta de fêmeas e um bezerro com preço valorizado. “Este foi um ano em que todo mundo foi ao mercado comprar bezerro na época do coronavírus, entre maio e agosto. E 2020 foi marcado pela questão da pandemia e os impactos que ela trouxe na oferta de gado, que foi grande”, conta.

Toledo lembra que se olhar para este período de maio a agosto, é um momento em que havia muita dúvida do que iria acontecer e isso gerou um obstáculo na oferta de gado para o segundo semestre, principalmente no confinamento. “A situação deste ano foi que estava faltando gado em São Paulo, um período onde todo mundo está buscando bezerro e o boi gordo não está subindo na mesma velocidade que o bezerro”, menciona.

De acordo com o consultor, o preço do bezerro e do boi gordo futuro acabou prejudicando o pecuarista, que olhava que aquela compra não seria rentável a longo prazo, porque não havia perspectiva de melhora de preço. “Isso principalmente em maio, discutindo qual seria a demanda interno do Brasil, com muitas regiões em lockdown, não sabíamos o futuro da demanda interna”, comenta. Além disso, Toledo diz que as projeções para 2020 mostram queda nos animais confinados no Brasil. “A reposição é um entrave forte para o pecuarista e pode ser um entrave em 2021”, diz.

Quanto a reposição, ele explica que 2020 não foi um ano fácil, principalmente quanto a questão da perda do poder de compra do pecuarista. “Temos a questão da baixa oferta de fêmeas disponíveis, que por um lado interferiu muito o pecuarista, principalmente aquele que não se planejou, que foi a alta do milho”, comenta. Segundo o consultor, este ano o preço do milho acabou prejudicando o pecuarista. “Tivemos perda do poder de compra da reposição e do milho. Tudo isso acaba interferindo no mercado que refletiu na queda do confinamento”, afirma. Segundo ele, isso afetou a pecuária porque o país está vivendo um momento que não tem gado e nem fêmea disponível porque há uma redução no confinamento nesse ano. “Isso acabou trazendo o mercado para o patamar que está, mas ele vai mostrar muito do que está acontecendo na frente, porque não é somente de oferta que o preço sobe, precisamos olhar do outro lado da moeda, que são as demandas”, explica.

Comportamento do mercado externo

Lá fora, a situação foi um pouco diferente. Toledo conta que em 2020, muito mais que em outros anos, as exportações têm sido o foco principal dos frigoríficos. “Principalmente o mercado asiático”, diz. Este tem sido um ano bom para as exportações, o que também é bom para o Brasil. “Metade foi para o mercado asiático. A China é o principal mercado em questão de volume, e todos sabem os problemas de China com a questão sanitária com os suínos. Isso é bom para o Brasil”, afirma.

O consultor explica que o país asiático é um grande consumista da carne brasileira. “Mas eles não pagam a mais pela nossa carne. Eles compram cortes de menor valor agregado. A Europa é um país que compra uma carne mais cara, então é melhor o Brasil exportar carne para a Europa do que para a China”, menciona. Porém, mesmo assim, em setembro de 2020 45% do faturamento das exportações brasileiras vieram do mercado asiático. “Hoje a China acaba sendo o nosso puxador da pecuária, principalmente em relação a demanda externa”, diz.

E não somente a China, mas outro fator que ajudou 2020 foi a questão do câmbio. “O dólar teve um impacto positivo nas exportações brasileiras de carne bovina. Temos a China nos ajudando na questão externa e temos o câmbio jogando a nosso favor. O que é muito bom, principalmente a questão que temos, que é delicada, do mercado doméstico”, afirma.

Toledo acende um alerta quanto a questão do spread entre a carne que vai para a China e a carne que vai para o mercado doméstico. “Esse spread, dependendo do corte, ele já fica até no negativo, ou seja, valeria mais a pena vender aqui do que para o mercado asiático. O grande problema disso é que em algum momento pode bater no volume exportado. Então essas altas que estamos vendo nas exportações pode em algum momento se tornar uma barreira, um teto, justamente porque a carne que vende para lá acabaria sendo mais rentável vender aqui”, conta.

O consultor explica que o grande problema disso é que o Brasil não aceita volume, mas sim preço. “Hoje a demanda interna brasileira, se vermos por classes da sociedade, a classe média deixou de consumir alguns cortes enquanto as classes atrás dela voltaram a impulsionar um pouco essa conta”, comenta. Dessa forma, na demanda interna foi possível notar que o preço da carne no atacado acabou dando sustentação também para a arroba. “Temos a falta de oferta, as exportações e o preço pago pela carne no mercado doméstico jogando a favor da arroba. Eu estou falando de preço, não de volume. É importante lembrar que este ano a produção de carne bovina reduziu 17%. O mercado doméstico não necessita de tanta carne como no passado. Hoje o mercado doméstico aceita muito preço. E isso acontece por conta do impacto do auxílio emergencial nos alimentos”, afirma.

De uma maneira geral, o consultor explica que alguns pontos que geram preocupação na pecuária para o fim deste ano e o início do ano que vem é quanto a diminuição do auxílio emergencial, que foi um fator que ajudou nos preços da carne, a redução das expectativas de crescimento econômico interno e o aumento do desemprego. Já do lado externo, o que preocupa é quanto a valorização cambial, a paralização das altas contínuas dos preços dos suínos na China e a pi01ora no spread da carne no mercado interno x mercado externo, com destaque para a China.

Outras notícias você encontra na edição de Nutrição e Saúde Animal de 2020 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Bovinos / Grãos / Máquinas

Brasil avança em norma que libera exportação de subprodutos de bovinos e bubalinos

Proposta moderniza regras sanitárias e permite que empresas do Sisbi-Poa destinem materiais sem demanda interna a plantas com inspeção federal para exportação.

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Foto: Gisele Rosso

O Brasil deu um passo importante para ampliar o aproveitamento de subprodutos de bovinos e bubalinos destinados ao mercado internacional. O Projeto de Lei 4314/2016, de autoria do ex-deputado Jerônimo Goergen (RS), moderniza regras sanitárias e autoriza que empresas integrantes do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-Poa) destinem ao exterior materiais que não têm demanda alimentar no mercado interno, desde que o envio seja feito por estabelecimentos com fiscalização federal.

A proposta, aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara, na terça-feira (18), recebeu ajustes de redação e correções técnicas apresentadas pelo relator, deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB).

Ele destacou que versões anteriores do texto acumulavam vícios materiais e erros de referência à Lei 1.283/1950, que regula a inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal no país, o que comprometia a clareza normativa e poderia gerar insegurança jurídica.

Adequação técnica e segurança jurídica

Deputado Cabo Gilberto Silva: “A remissão incorreta não decorre da vontade do legislador, mas de um erro material, passível de correção. Preservar a referência ao artigo 12 garante coerência e evita contradições interpretativas” – Foto: Divulgação/FPA

Cabo Gilberto apontou que substitutivos anteriores citavam equivocadamente o artigo 11 da Lei 1.283/1950, quando a referência correta deveria ser o artigo 12, que trata diretamente das condições de inspeção sanitária. Para o relator, manter o erro poderia abrir brechas interpretativas. “A remissão incorreta não decorre da vontade do legislador, mas de um erro material, passível de correção. Preservar a referência ao artigo 12 garante coerência e evita contradições interpretativas”, afirmou.

Ele também corrigiu dispositivos que, segundo sua avaliação, extrapolavam a competência do Parlamento ao abordarem temas típicos de regulamentação pelo Poder Executivo. “Alguns trechos invadiam competências próprias do Poder Executivo. Ajustamos essas inconsistências para preservar a constitucionalidade e a técnica legislativa”, explicou.

Exportação via estabelecimentos com inspeção federal

Com essas correções, o texto final deixa claro que estabelecimentos estaduais ou municipais integrados ao Sisbi-Poa poderão destinar subprodutos sem demanda local a plantas industriais com inspeção federal, habilitadas pelo Ministério da Agricultura para exportação.

A medida atende mercados externos que utilizam esses materiais em diversas aplicações industriais e contribui para ampliar o aproveitamento de resíduos do abate, fortalecer a cadeia produtiva e garantir conformidade sanitária nas operações internacionais.

Avanço regulatório

Para o deputado Cabo Gilberto, a atualização moderniza a legislação e posiciona o Brasil para aproveitar melhor oportunidades no comércio global. “A atualização aperfeiçoa a legislação, reforça o papel do Sisbi-Poa e contribui para que o país aproveite oportunidades no mercado internacional sem comprometer a fiscalização sanitária”, destacou o relator.

Fonte: Assessoria FPA
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Aliança Láctea debate crise do leite e traça estratégias para fortalecer o setor no Sul e Sudeste

Encontro em Florianópolis reuniu lideranças de vários estados para discutir competitividade, exportações, antidumping e ações conjuntas para reverter a crise da cadeia produtiva.

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Encontro realizado na sede do Sistema Faesc/Senar, em Florianópolis, ocorreu de forma híbrida reunindo participantes dos três Estados do Sul, do Centro Oeste e de São Paulo - Foto: Silvania Cuochinski/MB Comunicação

Os desafios do atual cenário da cadeia produtiva do leite e as estratégias para fortalecer o setor foram destaques na reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira (ALSB), realizada na terça-feira (18), na sede do Sistema Faesc/Senar, em Florianópolis. O evento, realizado de forma híbrida, reuniu lideranças das federações de agricultura, representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, bem como de governos estaduais e entidades dos três Estados do Sul, do Centro Oeste e de São Paulo, para discutir temas estratégicos para o futuro da cadeia produtiva do leite.

A abertura do evento reforçou a importância da atuação conjunta para a construção de políticas públicas que assegurem competitividade, sustentabilidade e crescimento para o segmento. Durante sua explanação, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc), José Zeferino Pedrozo, expressou a satisfação em sediar o encontro e expôs a preocupação com essa grave crise que afeta diretamente a economia rural e a sobrevivência de mais de milhares de famílias produtoras.

Registro das lideranças que participaram da reunião de forma presencial – Foto: Enzo Santiago

O dirigente lembrou da audiência pública, recém-realizada pela Alesc, para discutir a atual situação da cadeia produtiva. “A Assembleia Legislativa, por iniciativa do deputado estadual Altair Silva, promoveu essa audiência pública que oportunizou discussões relevantes sobre o tema. Representamos a Federação da Agricultura do nosso estado e, para nossa surpresa, a mobilização foi tão significativa que contou com mais de 700 pessoas. O evento resultou na criação de uma comissão que trabalhará estrategicamente junto ao governo federal e ao governo catarinense nas sugestões indicadas”.

Pedrozo também ressaltou que em janeiro deste ano levou à CNA, a preocupação com a queda constante no preço pago aos produtores. “A CNA imediatamente solicitou a aplicação de um antidumping provisório, pedindo a verificação dos preços do leite em pó importado da Argentina e do Uruguai”, afirmou.

As atividades seguiram com explanação do presidente da ALSB, Rodrigo Ramos Rizzo, que destacou a importância estratégica da reunião e mediou os debates. Entre os destaques da programação esteve a apresentação do Modelo de Negócios para exportação de lácteos, que focou nas oportunidades para ampliar a presença brasileira no mercado internacional e tornar a cadeia mais competitiva. A explanação foi conduzida pelo consultor Airton Spies e o objetivo é entregar a proposta ao CODESUL e ao BRDE.

“O documento foi elaborado pelo Grupo de Trabalho da Aliança está finalizado. Agora, estamos formatando para entregar de uma maneira formal ao CODESUL no mês de dezembro, com as adequações que cada uma das entidades julgar necessário”, afirmou Rodrigo Rizzo.

Outro item da pauta foi a apresentação do “Termo de Prorrogação” da ALSB, conduzida por Orlando Pessuti, representando o CODESUL. A Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, representada por José Carlos de Faria Cardoso Junior, ampliou o diálogo da ALSB com outros Estados interessados em participar e fortalecer a Aliança Láctea Sul Brasileira.

Também ganhou ênfase a apresentação do presidente da Cooperativa Central Gaúcha (CCGL), Caio Viana, e sua equipe que relataram o case sobre o status sanitário do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT) da cooperativa. O encontro abordou, ainda, a definição da direção da ALSB para o período 2026–2027, que ficará sob responsabilidade da Faep, e abriu espaço para contribuições gerais dos participantes, que ampliaram o diálogo para fortalecer a cadeia produtiva.

Encontro produtivo para o futuro do setor

Rodrigo Rizzo fez uma avaliação positiva da reunião, destacando que foi produtiva ao trazer diversos itens de pauta que refletem o cenário atual do setor. Segundo ele, um dos temas de impacto foi a questão da brucelose e da tuberculose, apontada como uma melhoria ainda necessária para aprimorar todo o processo e fortalecer o acesso ao mercado internacional.

Na visão de Rizzo, a união das entidades tem sido fundamental, especialmente para enfrentar a ação antidumping movida pela CNA, relacionada ao leite em pó importado, principalmente do Uruguai e da Argentina, que tem prejudicado o setor. “Esse produto tem entrado no país e afetado tanto as indústrias, que perdem competitividade, quanto os produtores, que enfrentam a queda nos preços”, destacou.

Reunião discutiu os desafios do atual cenário da cadeia produtiva do leite e as estratégias para fortalecer o setor – Foto: Silvania Cuochinski/MB Comunicação

O presidente da Aliança Láctea frisou, ainda, que é importante seguir atento ao monitoramento que que vem sendo realizado em relação à ação antidumping movido pela CNA. “Também discutimos sobre as exportações e competitividade. Somos competitivos em praticamente todos os aspectos. Temos alta qualidade e excelência na produção do nosso leite. O único ponto que ainda precisamos melhorar é o preço. O Brasil ainda não é competitivo nesse quesito. Isso depende de tempo e de um trabalho interno que precisa ser realizado.”, ressaltou.

O presidente Pedrozo também avaliou positivamente o encontro. Em sua mensagem final, reforçou o papel da Aliança Láctea Sul-Brasileira como um fórum essencial para a articulação institucional, debate técnico e construção de estratégias conjuntas capazes de contribuir para a superação da crise enfrentada pelo setor e para impulsionar o desenvolvimento da cadeia láctea. “Agradeço a participação de todos e espero que esse encontro represente mais um passo para a busca por soluções que fortaleçam o setor, promovendo o crescimento não apenas nos Estados envolvidos, mas em todo o Brasil. “

Representação

Também participaram e contribuíram com suas que contribuíram com análises e encaminhamentos essenciais para o fortalecimento da cadeia láctea, as seguintes autoridades e representantes de entidades: o presidente do Sindileite/SC e Conseleite/SC, Selvino Giesel; o secretário adjunto da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina, Admir Edi Dalla Cort; o assessor técnico da CNA, Guilherme Dias; o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Ronei Volpi;  o presidente do Sindileite/PR, Elias José Zydek; o presidente do Sindilat/RS, Guilherme Portela; o presidente da Famasul, Marcelo Bertoni; representantes da Farsul e da Faep;  o secretário da Agricultura e Abastecimento do Paraná, Marcio Fernando Nunes; o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul, Jaime Elias Verruck; o presidente do SILEMS, Abraão Giuseppe Beluzi; representantes da secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul, da Secretaria de Articulação Nacional, representantes do Sindilat, do Sebrae/RS; Conseleite/RS; do Codesul/PR, da Epagri, da Cidasc; entre outros.

Fonte: Assessoria Sistema Faesc/Senar
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Bovinos / Grãos / Máquinas Pecuária no Pampa

Produtores da Campanha conhecem tecnologias para bovinos e gestão do clima

Tarde de Campo em Hulha Negra apresentou ferramentas de rastreabilidade, controle de pragas, nutrição animal e agrometeorologia aplicada ao campo.

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Fotos: Fernando Dias/Ascom Seapi

Produtores da região da Campanha gaúcha tiveram a oportunidade de conhecer, na terça-feira (18), tecnologias aplicadas à pecuária de corte durante a Tarde de Campo organizada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), por meio do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA). O evento ocorreu no Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Sistemas Integrados e Meteorologia Aplicada (Cesimet).

O foco da atividade foram pesquisas e ferramentas práticas para manejo de bovinos, nutrição, controle de carrapatos, identificação biométrica e agrometeorologia, voltadas especialmente para produtores da região.

Segundo Gabriel Fiori, médico-veterinário do Cesimet e coordenador do evento, o objetivo é integrar pesquisa aplicada e necessidade do produtor. “Estamos apresentando uma seleção de experimentos e resultados-chave desenvolvidos pela Secretaria, após um longo período de interrupção desse tipo de atividade. Este momento simboliza a revitalização do Centro. As tecnologias e ferramentas demonstradas são direcionadas especialmente aos produtores da Campanha”, afirmou.

Fiori reforçou o papel estratégico do Cesimet para a região. “A força da pesquisa aplicada e da inovação está no coração do Pampa. Mais do que um centro de pesquisa, somos um espaço que integra produtores e poder público. Não é apenas um evento técnico, mas um ambiente de troca e construção de conhecimento conectado às tendências atuais”, completou.

Márcio Amaral, diretor-geral da Seapi, destacou a importância de conciliar produtividade e sustentabilidade. “O desafio é trabalhar em uma atividade que precisa aumentar a produtividade sem descuidar da questão ambiental. A pecuária está retomando força na região, e integrar lavoura e pecuária é o caminho ideal”, disse.

Agrometeorologia e planejamento do produtor

Flávio Varone, coordenador do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS), apresentou dados em tempo real de 102 estações meteorológicas no Estado. O sistema permite ao produtor acessar informações sobre irrigação, umidade do solo e temperatura, tanto pelo site quanto pelo aplicativo gratuito. “Hoje contamos com previsão do tempo e dados agroclimáticos integrados. O produtor gaúcho tem, na tela do celular, informações essenciais para planejar suas atividades”, explicou Varone.

Geovanna Klassen Gielow, estudante de Agronomia da Urcamp, avaliou o aprendizado. “A palestra sobre clima agrometeorológico foi essencial para ver na prática a aplicação do que aprendemos na sala de aula”, comentou.

Rastreabilidade e sanidade animal

O controle de carrapatos foi apresentado pelo pesquisador José Reck Junior, do IPVDF/Seapi. O Rio Grande do Sul mantém testes gratuitos há 40 anos para avaliar a eficácia de carrapaticidas, um diferencial do Estado. “As condições climáticas da região favorecem a proliferação do carrapato durante grande parte do ano, e a resistência aos produtos usados no campo é um desafio constante”, disse.

A identificação biométrica de bovinos foi demonstrada pelo CEO da QR Cattle, Flávio Mallmann. A tecnologia permite rastrear cada animal, registrar sua localização georreferenciada e o tempo de permanência em cada propriedade. “Quando o animal se desloca, o sistema registra automaticamente essa mudança. A plataforma deve estar disponível ao público a partir de janeiro de 2026”, afirmou.

Além disso, o evento abordou nutrição e reprodução de bovinos, reforçando a integração entre pesquisa aplicada e necessidade produtiva da região.

Fonte: O Presente Rural com Seapi
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