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Apaixonado pelo cooperativismo, pai constrói carreira e inspira filho a seguir seus passos na Copagril

Profissional enaltece que a cooperativa oferece um ambiente de trabalho acolhedor, que estimula o desenvolvimento pessoal e profissional dos funcionários. Essa valorização se reflete em oportunidades de crescimento, programas de capacitação, reconhecimento por mérito e um ambiente que fomenta o trabalho em equipe e a colaboração.

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Fotos: Jaqueline Galvão/OP Rural

Com uma trajetória que ultrapassa cinco décadas, a Copagril Cooperativa Agroindustrial reconhece nas pessoas a força motriz capaz de impulsionar seu crescimento. Entre seus mais de 1,5 mil colaboradores estão Laercio e João Victor da Silva Fincke, pai e filho que há alguns anos vestem todos os dias a camisa da cooperativa paranaense para fazer parte dessa história.
Laercio, o pai, que ingressou na Copagril em 2013, desempenhou diversas funções no atendimento ao público, como vendedor e assistente na área agronômica. Hoje ocupa o cargo de gerente da Loja Agropecuária de Itaquiraí, no Mato Grosso do Sul. “Uma das principais motivações para eu ingressar na Copagril reside no compromisso da cooperativa em valorizar a família, seus colaboradores e clientes. A cooperativa oferece um ambiente de trabalho acolhedor, que estimula o desenvolvimento pessoal e profissional dos funcionários. Essa valorização se reflete em oportunidades de crescimento, programas de capacitação, reconhecimento por mérito e um ambiente que fomenta o trabalho em equipe e a colaboração”, enaltece Laercio, que neste ano completou 10 anos de atuação na cooperativa.

Ao longo da última década, Laercio diz que testemunhou várias mudanças e avanços significativos na Copagril. Entre os quais cita a implantação de novas unidades de lojas agropecuárias, supermercados, postos de combustíveis, expansão do Núcleo de Ovos Férteis em Guaíra, PR, Terminal de Recebimento de Grãos (TRR) e, mais recentemente, a instalação de uma Usina de Energia Fotovoltaica.

No contexto da intercooperação, ocorreram importantes parcerias entre a Copagril e a Lar Cooperativa Agroindustrial, com a transferência do abatedouro de aves em Marechal Cândido Rondon, PR, a fábrica de rações de Entre Rios do Oeste, PR, e o Núcleo de Ovos Férteis. “Com essas decisões estratégicas, a Copagril realizou uma aquisição significativa ao adquirir o complexo industrial da Sperafico. Essa aquisição está alinhada às necessidades e demandas da cooperativa, contribuindo para a geração de renda e empregos na região Oeste do Paraná. Esses são apenas alguns exemplos das transformações pelas quais a Copagril passou ao longo dos últimos anos. Cada mudança reflete a visão estratégica da cooperativa, buscando se adaptar às demandas do mercado e oferecer soluções inovadoras aos seus associados e clientes”, pontua Laercio.

Ele também destaca que um dos momentos mais marcantes de sua carreira profissional aconteceu neste período quando recebeu o convite para assumir a gerência da loja agropecuária em Marechal Cândido Rondon, após dois anos e quatro meses de trabalho na unidade de Guaíra. “Foi um momento único da minha carreira profissional e também uma responsabilidade muito grande estava sendo a mim confiada, desafio esse superado assumi recentemente a Gerência da unidade na cidade de Itaquiraí. Essa nova oportunidade representa uma mudança significativa, mas o acolhimento e a facilidade de relacionamento com as pessoas da região tornam essa nova experiência enriquecedora”, menciona Laercio, com brilho nos olhos e um sorriso largo no rosto.

Saindo da zona de conforto

Gerente da Loja Agropecuária da Copagril em Itaquiraí, MS, Laercio Fincke, em atendimento a cooperado

O gestor também ressalta que essas transformações ocorridas na cooperativa fizeram com que os profissionais da Copagril ficassem ainda mais atentos às mudanças e à evolução, principalmente de capital humano. “A Copagril tem investido no aprimoramento da equipe, buscando constantemente capacitar e desafiar seus funcionários para ser e fazer parte de um time vencedor. Como resultado, nós, especialmente os gestores, precisamos nos readaptar aos novos desafios e às mudanças. Em áreas que antes levávamos dias para obter informações, agora estão disponíveis em questão de segundos. Isso nos obriga a sair da zona de conforto, mexendo com nossas emoções e nos incentivando a aprimorar nossos talentos individuais. Essa abordagem, sem dúvida, eleva a capacidade de nossa equipe de colaboradores”, sustenta o profissional.

No decorrer de sua jornada na cooperativa, Laercio atribui sua permanência à valorização e à confiança da Diretoria da Copagril depositada em seu trabalho. “A transparência no diálogo com os gestores da cooperativa foi um elemento fundamental para me conduzir ao cargo que ocupo hoje. Ter clareza sobre o meu papel, minhas responsabilidades e com objetivos bem definidos fez toda a diferença nesta trajetória, tanto para mim quanto para a confiança mútua que se estabeleceu, de forma significativa para o meu crescimento na cooperativa”, diz orgulhoso da sua história construída no setor.

Ao longo de sua trajetória como colaborador da Copagril, Laercio considera particularmente gratificante o fato de poder contribuir e fazer parte de uma empresa que busca constantemente o bem comum, valorizando tanto seus cooperados quanto seus funcionários.

Via de mão dupla

O ambiente de trabalho na cooperativa é descrito por Laercio como um lugar de respeito mútuo, parceria e engajamento, o que chamou a atenção de seu filho que iniciava uma carreira profissional. “Existe um forte espírito de trabalho em equipe, o que facilita o relacionamento entre os funcionários. A colaboração e o trabalho conjunto contribuem para criar um ambiente acolhedor e produtivo”, assegura, acrescentando: “Acredito que vivenciando esse espírito colaborativo inspirou meu filho a traçar seu próprio caminho no meio cooperativista. E para minha alegria é na Copagril. Sempre fui uma pessoa bastante dedicada e focada no trabalho e por sempre estar falando de como é bom trabalhar em um ambiente onde as pessoas se respeitam, são valorizadas e reconhecidas é que influenciei meu filho a querer também trabalhar na Copagril”, conta.

Assistente administrativo na unidade da Copagril em Marechal Cândido Rondon, João Victor da Silva Fincke

João relembra que desde criança via seu pai chegando em casa com a camiseta da Copagril e ficava atento ouvindo suas histórias do trabalho, dos desafios diários superados, do ambiente harmonioso, das capacitações que o preparavam para desenvolver melhor sua gestão, das festas em que ele participava e das palestras com os produtores. “Observar o trabalho do meu pai ao longo dos anos, testemunhar sua dedicação e o comprometimento com a cooperativa me inspiraram a buscar um crescimento com responsabilidade dentro da Copagril. Atualmente, estou cursando Agronomia e tenho o objetivo de contribuir nessa área no futuro. Estou empenhado em me dedicar cada vez mais, aprendendo com a experiência do meu pai e buscando meu próprio desenvolvimento dentro da cooperativa”, pontua, destacando a participação em treinamentos e o reconhecimento pelo seu trabalho como pontos motivadores para trilhar seu caminho profissional.

Em 2018, quando sua família se mudou para Marechal Cândido Rondon, João teve sua primeira oportunidade na cooperativa como jovem aprendiz, trabalhando no supermercado da Copagril, cargo que ocupou por 18 meses. “Essa experiência foi bastante enriquecedora, pois tive a chance de passar por diversos setores do supermercado”, destaca, contando que após alguns meses surgiu uma nova oportunidade, passando a ser efetivado como auxiliar administrativo na unidade do município, no setor da balança, em que já atua há mais de dois anos.

Aprimoramento profissional

Entre os programas de capacitação, pai e filho destacam os cursos de instruções normativas, especialmente voltadas para a segurança do trabalho e às atividades em cada setor. Além disso, são oferecidos ainda treinamentos que abrangem as áreas de autoavaliação, desempenho pessoal, gestão e liderança. Tanto Laercio quanto João já participaram de alguns desses programas de capacitação, aproveitando as oportunidades oferecidas pela cooperativa para aprimorar suas habilidades e conhecimentos profissionais. Eles reconhecem a importância desta iniciativa no desenvolvimento de suas carreiras e no aperfeiçoamento de suas competências dentro da organização.

Princípios cooperativistas

Quando se trata dos valores e princípios transmitidos ao seu filho, que o levou a seguir seus passos no cooperativismo, Laercio é enfático ao afirmar que esses princípios são uma extensão do que ensinou em casa para João. “Respeito ao próximo em qualquer situação, considerar a honestidade como valor fundamental, cultivar a empatia e a capacidade de se colocar no lugar do outro, além de ser uma pessoa educada e ética em seu trabalho, seguindo as orientações e normas da cooperativa, sempre foram valores transmitidos ao meu filho dentro de casa. Hoje tenho orgulho de vê-lo construindo sua própria carreira tendo como base esses valores”, salienta.

Vestir a camisa

João destaca que muitas vezes os jovens são rotulados como descompromissados, imaturos e sem comprometimento, mas são só desafios que ele supera. “São muitos os desafios que temos que superar a cada dia, mas estou ciente do meu papel e do quanto quero contribuir para o crescimento e à evolução da Copagril, por isso busco sempre realizar o meu trabalho da melhor forma possível, isso inclui ser pontual e me colocar à disposição para assumir outras atividades ou funções sempre que necessário. Estou empenhado em fazer a minha parte para ajudar no crescimento da cooperativa e estou aberto a novas oportunidades de aprendizado e desenvolvimento”, diz seguro do caminho que quer traçar na Copagril.

Suporte e apoio

Pai e filho não trabalham diretamente juntos, mas João sempre busca o apoio e a orientação do seu pai quando enfrenta dificuldades no seu ambiente de trabalho. “Ele é uma referência para mim em termos de profissionalismo e seus conselhos são extremamente valiosos para o meu aprendizado. Além disso, ele está sempre me cobrando para garantir que eu esteja cumprindo minhas tarefas de forma correta. Apesar de não termos uma relação de trabalho direta, nos apoiamos e nos complementamos através das trocas de experiências e do suporte mútuo. A presença do meu pai na cooperativa é uma fonte de inspiração e motivação para mim, pois vejo nele um exemplo a ser seguido no ambiente profissional”, enfatiza João.

Atuação na comunidade

Além de ser uma cooperativa de referência no agronegócio, a Copagril proporciona oportunidades de trabalho para milhares de pessoas, gerando renda nas áreas agrícola e pecuária. Mas além do impacto econômico, a cooperativa também desempenha um papel social significativo na sua região de atuação. Através de seus programas, promove um trabalho social notável em várias comunidades. Estas iniciativas abrangem grupos de jovens, clubes femininos e apoio a atividades desportivas na Associação Atlética Cultural Copagril (AACC). “A Copagril não apenas fortalece a economia local, mas também desempenha um papel ativo no desenvolvimento social, proporcionando oportunidades e apoio às comunidades onde está inserida. Seu compromisso com o crescimento e bem-estar das pessoas é evidente em cada uma de suas ações”, ressalta o gestor da Loja Agropecuária de Itaqueraí.

Orgulho em pertencer

Fazer parte de uma cooperativa que ocupa uma posição de destaque no setor agropecuário para Laercio e João é algo extremamente gratificante. Para eles é um motivo de orgulho poder afirmar que fazem parte de uma cooperativa que está entre as 500 maiores empresas do Brasil, ocupando no ranking a 110ª posição entre companhias do Sul do país e a 41ª colocação entre as cem maiores do Paraná. “Os valores e princípios cooperativistas são a base que sustentam o crescimento da Copagril e ao segui-los estamos confiantes na construção de um ambiente de trabalho saudável, no atendimento de qualidade aos clientes e na busca contínua por soluções inovadoras no setor agropecuário”, enfatiza a dupla.

Embora trabalhem em ambientes e locais separados dentro da cooperativa, existem momentos marcantes que vivenciam juntos. “Um desses momentos é o prazer de sair de casa e irmos trabalhar na mesma empresa, compartilhando os mesmos princípios e valores. Essa conexão familiar nos traz uma sensação de união e pertencimento. Além disso, participar de eventos e confraternizações da cooperativa é uma experiência especial, porque essas ocasiões nos permitem interagir com colegas de trabalho de setores diferentes e fortalecer os laços de amizade. Esses momentos de celebração e reconhecimento pelo nosso trabalho nos fazem sentir parte de algo maior e reforçam o sentimento de orgulho em fazer parte da cooperativa”, ressaltam.

Experiência enriquecedora

Pai e filho dizem que incentivam outras pessoas a considerar o cooperativismo como uma opção de carreira com entusiasmo, uma vez que trabalhar em um sistema cooperativo proporciona uma experiência enriquecedora, em que o foco está no bem-estar e no crescimento coletivo. “Uma das grandes vantagens de trabalhar em uma cooperativa, como a Copagril, é a oportunidade de atuar em prol do desenvolvimento não apenas pessoal, mas também da comunidade em que estamos inseridos. Existe uma sensação de propósito e de fazer a diferença na vida das pessoas. Além disso, as cooperativas geralmente oferecem benefícios atrativos aos trabalhadores. Na Copagril, por exemplo, além do pagamento pontual, há benefícios como vale-alimentação, seguro de vida, auxílio em plano de saúde e outros direitos garantidos. Integrar um sistema cooperativo promove um senso de pertencimento, colaboração e crescimento mútuo”, exaltam.

Sobre a Copagril

Com mais de seis mil associados, a Copagril tem sua trajetória consolidada como uma das principais cooperativas agroindustriais do Brasil, tendo como foco principal a produção, armazenagem e comercialização de grãos, como soja, milho, trigo e sorgo, além da produção e comercialização de insumos para alimentação animal, máquinas e implementos agrícolas. São 52 unidades de negócios espalhadas entre 15 cidades nos estados do Paraná e Mato Grosso do Sul.

Entre seus ramos de atividades, a cooperativa possui uma indústria de beneficiamento de soja e duas fábricas de rações, ambas agregando valor aos produtos dos seus associados. A cooperativa também investiu nas áreas comerciais de postos de combustíveis, redes de supermercados, lojas agropecuárias e energia solar.

A edição Especial de Cooperativismo de O Presente Rural pode ser lida na íntegra on-line clicando aqui. Boa leitura!

 

Fonte: O Presente Rural

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Fotos: Shutterstock

Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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