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Suínos Frigorífico em Assis

Ao completar 45 anos, Frimesa inaugura maior projeto agroindustrial da sua história

Unidade entra em operação a partir de janeiro de 2023, com previsão diária de abate de quatro mil animais.

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Foto: Ari Dias/AEN

A Frimesa Cooperativa Central promoveu, no fim da tarde desta terça-feira (13), o que define como o “maior projeto agroindustrial de sua história”. Afinal, inaugurou, na ocasião, o maior frigorífico de suínos da América Latina.

A nova estrutura a ser mantida pela Frimesa está localizada no município de Assis Chateaubriand, no Oeste do Paraná. Apesar do evento de lançamento nesta terça-feira, com a presença de executivos da empresa, lideranças do cooperativismo brasileiro, autoridades estaduais, políticos e convidados em geral, o novo espaço está programado para dar início às atividades a partir do mês que vem – ou seja, a operação começará, de fato, em janeiro de 2023.

O conceito de ser inaugurado já com a marca de ser o maior frigorífico de suínos da América Latina se dá pela capacidade de processamento anunciada pela empresa. Inicialmente, o novo espaço deverá ser responsável pelo abate diário de pelo menos quatro mil animais. A expectativa, contudo, é chegar daqui uma década à capacidade máxima de 15 mil suínos sendo abatidos por dia. Conforme ressalta o diretor-presidente da Frimesa, Valter Vanzella, isso será possível a partir de ações em conjunto das cooperativas filiadas. “Nosso planejamento diz que é necessário o abate de 7,5 mil suínos por dia para alcançar o ponto de equilíbrio”, afirma Vanzella. “Acredito que, com os esforços dos associados das cooperativas filiadas, logo chegaremos ao necessário. Todavia, a capacidade deste novo frigorífico é 15 mil suínos por dia, quantidade que alcançaremos ao longo de alguns anos”, reforçou.

Discurso

Em seu discurso durante a solenidade de inauguração, Vanzella lembrou da trajetória da Frimesa, que completou 45 anos de história nesta terça-feira.

Ele também falou aos presentes sobre a primeira fase operacional do novo frigorífico. “Vai ser fácil? Quando foi fácil? Se fôssemos analisar esse projeto hoje não daria para fazer. A vida, as coisas no mundo, têm oscilado de forma muito rápida. Quando nós começamos esse projeto, lá em 2015, era uma realidade, hoje é outra e daqui uns anos com certeza será outra. Os grandes desafios continuam, mas a Frimesa vai buscar que essa indústria opere na sua totalidade e que os seus produtos cheguem cada vez mais à mesa dos consumidores”, enfatizou.

A Frimesa, de acordo com o diretor-presidente, é focada no mercado interno, com produtos de valor agregado, mas também é preparada para as oportunidades de mercado internacional. “As nossas exportações andavam na casa dos 5% do faturamento; hoje passam dos 20, chegando até 25%”, frisou.

Diretor-presidente da Frimesa, Valter Vanzella: “Nosso planejamento diz que é necessário o abate de 7,5 mil suínos por dia para alcançar o ponto de equilíbrio”, afirma Vanzella. “Acredito que, com os esforços dos associados das cooperativas filiadas, logo chegaremos ao necessário” – Foto: Giuliano De Luca/OP Rural

Vanzella afirmou que as mais de quatro décadas de atividades da empresa a credenciam a acreditar na sua capacidade de superação, evolução e de eficiência. “A nossa cadeia produtiva é organizada, conta com um sistema que permite rastreabilidade; há planejamento com o que existe de melhor para ter matéria-prima para poder produzir produtos de qualidade”, enalteceu, emendando: “Hoje, entre carne e leite, temos mais de 500 produtos no mercado. A nossa marca está atualmente entre as 50 mais lembradas”.

Apesar dos desafios vindouros, ele prega profissionalismo e motivação para seguir em frente. “Sabemos que colocar mais 7,5 mil suínos é um desafio, mas acreditamos na força da família Frimesa. Queremos destacar a nossa equipe, os produtores. A evolução que tivemos ao longo dos anos. Os fornecedores e todas as pessoas que ajudaram a tornar esse frigorífico realidade. Mais de 200 empresas trabalharam nesse projeto. Também precisamos agradecer e destacar a ajuda de Deus, porque tudo transcorreu bem. Foi uma obra que durou três anos e envolveu tanta gente. Por fim, tudo deu certo e estamos aqui. Só nos resta dizer obrigado”, evidenciou.

Mão de obra

O vice-governador Darci Piana, presidente licenciado da Fecomércio-PR, durante seu pronunciamento na cerimônia inaugural, colocou-se à disposição da Frimesa, dando a entender que pode viabilizar a instalação de uma unidade Sesc/Senac em Assis, a fim de contribuir com a capacitação e formação de mão de obra.

Números do novo frigorífico de suínos

As obras para a construção daquele que chega ao mercado para ser o maior frigorífico de suínos da América Latina começaram em 2017. O espaço conta com 148 mil m² de área construída, em um terreno de 115 hectares.

Localizado em Assis Chateaubriand, o novo frigorífico terá a missão de ser, conforme destaca a própria Frimesa, “peça-chave” na cadeia produtiva de suínos, indo do processamento a comercialização – passando pela industrialização. Com o centro do município sendo cortado por três rodovias (PR-239, PR-364 e PR-486), o novo espaço tende a facilitar a logística e diminuir as distâncias e os custos no transporte dos animais.

Segundo a Frimesa, R$ 1,3 bilhão foi investido no frigorífico, além de outros R$ 2 bilhões direcionados para a cadeia produtiva. Com a perspectiva de gerar 8,5 mil empregos diretos e indiretos, a meta da empresa é atingir a capacidade de abater 15 mil suínos por dia em até 10 anos (2032).

Além disso, o diretor-executivo da Frimesa, Elias José Zydek, reforça que, para o plano de expansão, haverá mais investimentos em ampliação de fábricas de ração, fornecimento de máquina e equipamentos aos terminadores. Dessa forma, a expectativa é que a Frimesa aumente o seu plantel em 166% até 2032. Assim, irá pular das atuais 90 mil para 240 mil fêmeas.

Sobre a Frimesa

A Frimesa é uma central formada por cinco cooperativas agropecuárias: Copagril, C.Vale, Copacol, Lar e Primato. Ela é a 1ª colocada no Paraná em abate de suínos, a 4ª maior empresa do Brasil nesse segmento e está entre as 10 maiores indústria de lácteos no país.

A Frimesa é a 194ª maior empresa e a 11ª maior cooperativa do Brasil. É 14ª maior empresa do Paraná e está em 23º lugar no ranking do Sul, conforme dados da Revista Exame, em estudo fundamentado em informações de 2020.

Presente no mercado brasileiro de alimentos há 45 anos, a Frimesa industrializa carne suína e derivados de leite, com foco na produção de alimentos de valor agregado. São cerca de nove mil colaboradores e em torno de 20 mil pessoas envolvidas na cadeia produtiva.

Aposentadoria

Em recente entrevista ao O Presente, o diretor-presidente da Frimesa, Valter Vanzella, fez um balanço sobre os números da Frimesa em 2022 e revelou que pretende se aposentar em 2023.

 

Fonte: O Presente

Suínos

Poder de compra do suinocultor cai e relação de troca com farelo atinge pior nível do semestre

Após pico histórico em setembro, alta nos preços do farelo de soja reduz competitividade e encarece a alimentação dos plantéis em novembro.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A relação de troca de suíno vivo por farelo de soja atingiu em setembro o momento mais favorável ao suinocultor paulista em 20 anos.

No entanto, desde outubro, o derivado de soja passou a registrar pequenos aumentos nos preços, contexto que tem desfavorecido o poder de compra do suinocultor.

Assim, neste mês de novembro, a relação de troca de animal vivo por farelo já é a pior deste segundo semestre.

Cálculos do Cepea mostram que, com a venda de um quilo de suíno vivo na região de Campinas, o produtor pode adquirir, nesta parcial de novembro (até o dia 18), R$ 5,13 quilos de farelo, contra R$ 5,37 quilos em outubro e R$ 5,57 quilos em setembro.

Trata-se do menor poder de compra desde junho deste ano, quando era possível adquirir R$ 5,02 quilos.

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos

Aurora Coop lança primeiro Relatório de Sustentabilidade e consolida compromisso com o futuro

Documento reúne práticas ambientais, sociais e de governança, reforçando o compromisso da Aurora Coop com transparência, inovação e desenvolvimento sustentável.

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Fotos: Aurora Coop

A Aurora Coop acaba de publicar o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, referente ao exercício de 2024, documento que inaugura uma nova etapa na trajetória da cooperativa. O lançamento reafirma o compromisso da instituição em integrar a sustentabilidade à estratégia corporativa e aos processos de gestão de um dos maiores conglomerados agroindustriais do país.

Segundo o presidente Neivor Canton, o relatório é fruto de um trabalho que alia governança, responsabilidade social e visão de futuro. “A sustentabilidade, para nós, não é apenas um conceito, mas uma prática incorporada em todas as nossas cadeias produtivas. Este relatório demonstra a maturidade da Aurora Coop e nossa disposição em ampliar a transparência com a sociedade”, destacou.

Em 2024, a Aurora Coop registrou receita operacional bruta de R$ 24,9 bilhões, crescimento de 14,2% em relação ao ano anterior. Presente em mais de 80 países distribuídos em 13 regiões comerciais, incluindo África, América do Norte, Ásia e Europa, a cooperativa consolidou a posição de destaque internacional ao responder por 21,6% das exportações brasileiras de carne suína e 8,4% das exportações de carne de frango.

Vice-presidente da Aurora Coop Marcos Antonio Zordan e o presidente Neivor Canton

De acordo com o vice-presidente de agronegócios, Marcos Antonio Zordan, os números atestam a força do cooperativismo e a capacidade de geração de riqueza regional. “O modelo cooperativista mostra sua eficiência ao unir produção, competitividade e compromisso social. Esses resultados são compartilhados entre os cooperados e as comunidades, e reforçam a relevância do setor no desenvolvimento do país”, afirmou.

A jornada de sustentabilidade da Aurora Coop foi desenhada em consonância com padrões internacionais e com base na escuta ativa dos públicos estratégicos. Entre os temas prioritários figuram: uso racional da água, gestão de efluentes, transição energética, práticas empregatícias, saúde e bem-estar animal, segurança do consumidor e desenvolvimento local. “O documento reflete uma organização que reconhece a responsabilidade de atuar em cadeias longas e complexas, como a avicultura, a suinocultura e a produção de lácteos”, sublinha Canton.

Impacto social e ambiental

Em 2024, a cooperativa gerou 2.510 novos empregos, alcançando o marco de 46,8 mil colaboradores, dos quais 31% em cargos de liderança são ocupados por mulheres. Foram distribuídos R$ 3,3 bilhões em salários e benefícios, além de R$ 580 milhões em investimentos sociais e de infraestrutura, com destaque para a ampliação de unidades industriais e melhorias estruturais que fortaleceram as economias locais.

A Fundação Aury Luiz Bodanese (FALB), braço social da Aurora Coop, realizou mais de 930 ações em oito estados, beneficiando diretamente mais de 54 mil pessoas. Em resposta à emergência climática no Rio Grande do Sul, a instituição doou 100 toneladas de alimentos, antecipou o 13º salário dos colaboradores da região, disponibilizou logística para doações, distribuiu EPIs a voluntários e destinou recursos à aquisição de medicamentos.

O relatório evidencia práticas voltadas ao uso eficiente de recursos naturais e à gestão de resíduos com foco na circularidade. Em 2024, a cooperativa intensificou a autogeração de energia a partir de fontes renováveis e devolveu ao meio ambiente mais de 90% da água utilizada, devidamente tratada.

Outras iniciativas incluem reflorestamento próprio, rotas logísticas otimizadas e embalagens sustentáveis: 79% dos materiais vieram de fontes renováveis, 60% do papelão utilizado eram reciclados e 86% dos resíduos foram reaproveitados, especialmente por meio de compostagem, biodigestão e reciclagem. Em parceria com o Instituto Recicleiros, a Aurora Coop atuou na Logística Reversa de Embalagens em nível nacional. “O cuidado ambiental é parte de nossa responsabilidade como produtores de alimentos e como cidadãos cooperativistas”, enfatiza Zordan.

O bem-estar animal e a segurança do consumidor estão no cerne da atuação da cooperativa. Práticas rigorosas asseguram o respeito aos animais e a inocuidade dos alimentos, garantindo a confiança dos mercados internos e externos.

Futuro sustentável

Para Neivor Canton, a publicação do primeiro relatório é um marco institucional que projeta a Aurora Coop para novos patamares de governança. “Este documento não é um ponto de chegada, mas de partida. Ao comunicar com transparência nossas ações e resultados, reforçamos nossa identidade cooperativista e reiteramos o compromisso de gerar prosperidade compartilhada e preservar os recursos para as futuras gerações.”

Já Marcos Antonio Zordan ressalta que a iniciativa insere a Aurora Coop no rol das empresas globais que aliam competitividade e responsabilidade. “A sustentabilidade é o caminho para garantir longevidade empresarial, fortalecer o vínculo com a sociedade e assegurar alimentos produzidos de forma ética e responsável.”

O Relatório de Sustentabilidade 2024 da Aurora Coop confirma o papel de liderança da cooperativa como referência nacional e internacional na integração entre desempenho econômico, responsabilidade social e cuidado ambiental. Trata-se de uma publicação que fortalece a identidade cooperativista e projeta a instituição como protagonista na construção de um futuro sustentável.

Com distribuição nacional nas principais regiões produtoras do agro brasileiro, O Presente Rural – Suinocultura também está disponível em formato digital. O conteúdo completo pode ser acessado gratuitamente em PDF, na aba Edições Impressas do site.

Fonte: O Presente Rural
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Suínos

Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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