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Bovinos / Grãos / Máquinas Nutrição Animal

Antifúngicos de ácidos orgânicos: Lidando com a conservação da qualidade de grãos e rações

O principal objetivo do uso de antifúngicos é melhorar o desempenho dos animais e maximizar os lucros

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Divulgação/AENPr

Artigo escrito por Natália Vicentini, gerente de serviços técnicos da Kemin do Brasil

O milho é o principal grão utilizado pela indústria de nutrição animal, dentre outros insumos também utilizados em grandes quantidades, e a ocorrência de fungos se mostra um problema desde as fases de produção a campo, passando pelas fases de armazenamento desses grãos, até a ração final.

Os fatores que afetam o desenvolvimento de fungos são principalmente teor de umidade, temperatura, disponibilidade de tempo, condição física (no caso de grãos quebrados), nível de inóculo do fungo, conteúdo de oxigênio, insetos e ácaros.

Os fungos mais importantes pertencem aos gêneros Fusarium, Aspergillus e Penicillium, e sua incidência em grãos e rações reduz não só a qualidade, causando perdas fisicas e econômicas para a indústria, mas também pode esconder um outro problema: a presença de micotoxinas são metabólitos secundários tóxicos produzidos por algumas espécies de fungos presentes nos grãos e dessa maneira níveis de micotoxinas podem ser controlados pela limitação do crescimento de fungos – priorizando o desempenho ideal de animais e qualidade de rações.

Um claro exemplo de micotoxina é a aflatoxina, produzida pelo fungo do gênero Aspergillus, que demonstrou reduzir a atividade de enzimas digestivas: nuclease, tripsina, lipase e amilase, em frangos de corte, resultando em menor digestão e crescimento mais lento.

Proteger o grão do crescimento de fungos resultará em grãos de maior valor nutricional: Certo pesquisador demonstrou em seu trabalho que rações com presença de fungos requerem 3% de gordura adicional para superar a perda de energia, sem perdas na conversão alimentar de frangos de 28 dias de idade.

Kao e Robinson, em seu trabalho demonstraram que as consequências do crescimento fúngico também são sentidas em nivel de aminoácidos totais e lisina, com redução em 21% e 45%, respectivamente em trigo. Economicamente, o crescimento de fungos é muito custoso a indústria de nutrição animal.

Apenas o crescimento dos fungos, na ausência de micotoxinas, já é uma preocupação importante para produtores. A contagem de bolores e leveduras pode ser utilizada como uma ferramenta para uma utilização mais eficiente da ração.

Testes a campo realizados nos EUA mostram que as contagens de fungos são reduzidas em aproximadamente 75% em milho tratado com antifúngico a base de ácidos orgânicos comparando-se ao milho não tratado. Pellets de ração produzidos com este insumo tratado também apresentaram uma contagem significativamente inferior. Considerando a análise de dias para mofar observou-se um incremento de 100% do período entre rações que levaram milho tratado comparando-se com rações com milho sem nenhum tratamento.

Outra proposta dessa revisão de estudos a campo realizado nos principais produtores de frangos de corte nos EUA demonstrou que a utilização do alimento pelo animal é melhor aproveitada, melhorando de 6 a 8 pontos a conversão alimentar quando o aditivo antifúngico a base de ácidos orgânicos é adicionado ao grão inteiro a uma taxa de cerca de 1 kg por tonelada de grãos 6.

Um teste a campo realizado no Brasil demonstrou que como resultado da utilização de produtos a base de ácidos orgânicos no controle de fúngicos, também foi possível diminuir significativamente a contaminação por aflatoxinas em milho tratado e estocado aos 60 e 120 dias.

Os níveis de fungos e micotoxinas aumentam à medida que o grão é colhido, armazenado e transportado para as fábricas de ração. Níveis não controlados de fungos e micotoxinas continuarão a aumentar até que a ração seja consumida pelos animais causando prejuízos a saúde dos animais ou até mesmo a segurança dos alimentos.

Dada a situação e o cenário atual de custos de insumos, é prudente utilizar ferramentas e boas práticas que assegurem a qualidade do produto. Tratar os grãos de maneira preventiva com antifúngicos a base de ácidos orgânicos antes do armazenamento a fim de evitar que tais condições ocorram é uma estratégia que pode trazer retornos fantásticos. O tratamento de grãos pré armazenamento pode reduzir o desafio com infestação por fungos. Outra possível oportunidade para tratamento na pós-colheita de grãos seria nas fábricas de rações, quando recebido.  O principal objetivo do uso de antifúngicos é melhorar o desempenho dos animais e maximizar os lucros, provendo alimentos de qualidade ao campo e contribuindo com a segurança dos alimentos.

Outras notícias você encontra na edição de Bovinos, Grãos e Máquinas de junho/julho de 2021 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Bovinos / Grãos / Máquinas

Prazo para atualização obrigatória de rebanhos começa em 1º de maio no Paraná

GTA somente será emitida após a atualização de todas as espécies animais existentes na propriedade – bovinos, búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos, aves, peixes e outros animais aquáticos, colmeias de abelhas e bicho da seda.

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Foto: Arnaldo Alves/AEN

A Campanha de Atualização dos Rebanhos do Paraná de 2024 começa em 1º de maio e se estenderá até 30 de junho. A atualização é obrigatória para todos os produtores rurais com animais de produção de qualquer espécie sob sua guarda. Aqueles que não cumprirem a exigência ficarão impedidos de obter a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que permite a movimentação de animais entre propriedades e para abate nos frigoríficos.

A GTA somente será emitida após a atualização de todas as espécies animais existentes na propriedade (bovinos, búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos, aves, peixes e outros animais aquáticos, colmeias de abelhas e bicho da seda).

Os produtores podem fazer a atualização pelo aplicativo Paraná Agro (baixe aqui), pelo site da Adapar ou presencialmente em uma das Unidades Locais da Adapar, Sindicatos Rurais ou Escritório de Atendimento de seu município. A partir de 30 de junho, o produtor que não atualizar o rebanho estará sujeito a penalidades previstas na legislação, inclusive multas.

O acesso ao sistema também está disponível de forma direta por meio do link www.produtor.adapar.pr.gov.br/comprovacaorebanho. Para fazer a comprovação, o produtor deve ter o CPF cadastrado. Nos casos em que seja necessário ajustar o cadastro inicial (correção de e-mail ou outra informação), o telefone para contato é (41) 3200-5007.

Segundo a Gerência de Saúde Animal, existem 155 mil propriedades no Paraná e 192 mil explorações pecuárias, sendo que as principais espécies somam, aproximadamente, 8,6 milhões de bovinos, 7 milhões de suínos, 20 mil aviários, 240 mil equídeos, além de outros animais.

Área livre

O Paraná foi reconhecido internacionalmente como Área Livre de Febre Aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em 27 de maio de 2022. Como compromisso do Estado, há a necessidade de se realizar o cadastro de todos os animais uma vez por ano, durante os meses de maio e junho.

O gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, alertou que a atualização do rebanho é importante para os próprios produtores, pois possibilita uma ação rápida nos casos de suspeita inicial de doenças nos animais. “O status de Área Livre Sem Vacinação que o Estado conquistou após muito esforço exige uma vigilância permanente, e é isso que queremos ao exigir a atualização do rebanho das propriedades rurais do Estado”, afirmou.

O diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins, destacou que o trabalho dos profissionais da entidade não parou após a conquista na OIE. “Agora estamos ainda mais vigilantes, cuidando com muita atenção das fronteiras e das divisas do Estado, trocando muitas informações com os Conselhos de Sanidade Agropecuária e com entidades representativas do setor, e precisamos desse auxílio dos produtores para que nos forneçam os dados e juntos consigamos manter o status do Paraná”, disse.

Fonte: AEN-PR
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2º Fórum Nacional do Leite chama atenção para diversidade da cadeia

Programa do fórum inclui palestras sobre temas importantes, como integração da produção de leite com a agricultura, comunicação eficaz, energia renovável e adoção de novas tecnologias.

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Giuliano De Luca/OP Rural

O 2º Fórum Nacional do Leite, em Brasília, se torna o ponto de encontro para uma conversa crucial sobre o futuro da indústria leiteira. Entre terça 16) e quarta-feira (17), a Embrapa abre suas portas para este evento que promete não apenas debater, mas ser um catalisador de respostas para uma transformação positiva no setor leiteiro brasileiro.

Apesar dos desafios enfrentados, o setor leiteiro continua sendo uma peça fundamental da economia, presente em mais de 90% dos municípios do Brasil e empregando milhões de pessoas. O leite, um alimento indispensável desde o nascimento, representa mais do que apenas um produto, é um símbolo da história e cultura alimentar.

A Abraleite, liderando o evento, espera reunir uma variedade de vozes, desde autoridades públicas até produtores locais, para discutir questões como sustentabilidade, gestão, mercado, pesquisa, inovação e comunicação. Maria Antonieta Guazzelli, diretora de Comunicação e Marketing da Abraleite, destaca o engajamento do setor, mesmo em tempos desafiadores.

Porém, a realidade dentro do setor é diversa e complexa. A heterogeneidade reina, desde o volume de produção até o acesso a tecnologias e assistência técnica. Como Maria Antonieta observa, os produtores são verdadeiros heróis, enfrentando uma batalha diária para manter suas operações funcionando.

O programa do fórum inclui palestras sobre temas importantes, como integração da produção de leite com a agricultura, comunicação eficaz, energia renovável e adoção de novas tecnologias. Mas, além das discussões, o verdadeiro objetivo do evento é destacar a necessidade premente de uma cadeia produtiva mais estruturada e uniforme. “A mensagem principal do evento é a necessidade urgente de uma cadeia mais estruturada, com homogeneidade na qualidade, custo e estabilidade da produção de leite. Somente dessa maneira estaremos fortalecidos para elevar o produto a patamares semelhantes ao de commodities como soja e café”, destaca.

Fonte: O Presente Rural
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Declaração de Rebanho 2024 começa nesta segunda-feira no Rio Grande do Sul; saiba como fazer

Desde o ano passado, a declaração pode ser feita diretamente pela internet, em módulo específico dentro do Produtor Online. Prazo encerra em 14 de junho.

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Foto: Alf Ribeiro

A Declaração de Rebanho é uma obrigação sanitária de todos os produtores rurais gaúchos detentores de animais. “Além do atendimento à legislação vigente, os dados nos dão embasamento para que tenhamos uma radiografia da distribuição das populações animais, das faixas etárias. Com isso, podemos ser mais assertivos em nossas políticas públicas de saúde animal”, detalha a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDA/Seapi) do Rio Grande do Sul, Rosane Collares.

Desde o ano passado, a declaração pode ser feita diretamente pela internet, em módulo específico dentro do Produtor Online. Um tutorial ensinando a realizar o preenchimento pode ser consultado aqui. Caso prefira, o produtor também pode fazer o preenchimento nos formulários em PDF ou presencialmente nas Inspetorias ou Escritórios de Defesa Agropecuária, com auxílio dos servidores da Seapi e assinando digitalmente com sua senha do Produtor Online.

A Declaração Anual de Rebanho conta com um formulário de identificação do produtor e características gerais da propriedade. Formulários específicos devem ser preenchidos para cada tipo de espécie animal que seja criada no estabelecimento, como equinos, suínos, bovinos, aves, peixes, abelhas, entre outros.

No formulário de caracterização da propriedade, há campos como situação fundiária, atividade principal desenvolvida na propriedade e somatória das áreas totais, em hectares, com explorações pecuárias. Já os formulários específicos sobre os animais têm questões sobre finalidade da criação, tipo de exploração, classificação da propriedade, tipo de manejo, entre outros.

Em 2023, a declaração teve adesão de 84,19%, índice que se manteve condizente com a média de declarações de rebanho entregues nos anos anteriores. O prazo  encerra em 14 de junho.

Fonte: Assessoria Seapi
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