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Bovinos / Grãos / Máquinas

“Angus veio pra ficar”, garantem produtores

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“O cruzamento industrial definitivamente veio para ficar. Os resultados que temos obtido nos últimos 10 anos mostram para o produtor que a técnica é o caminho da pecuária daqui em diante”, afirmou o presidente do Grupo VPJ, Valdomiro Polliseli Júnior, durante o Encontro de Criadores Angus, seminário realizado ontem  (10) pela Associação Brasileira de Angus, durante a 54ª Expolondrina, em Londrina (PR). A abertura do evento ficou a cargo do vice-presidente da Angus, José Roberto Pires Weber e a mediação dos debates foi feita por Antonio Maciel Neto, da FSL Angus Itu.
Ao público composto por criadores de Angus e também pecuaristas interessados na raça o executivo do Grupo VPJ discorreu sobre o histórico do cruzamento industrial no País, que viveu uma crise no início dos anos 2000, quando os frigoríficos passaram a não aceitar mais animais obtidos por meio dessa técnica. “Na época o Grupo VPJ tinha 13 mil animais prontos para ir a abate”, lembra.
Para ele, o fracasso daquele período se deu por conta da falta de padronização nas carcaças, resultado do uso de diversas raças para o cruzamento.
“A virada deste quadro foi possível graças à iniciativa da Associação Brasileira de Angus, que em 2003, num momento de baixa, deu início ao seu programa de certificação de carne”, afirma. Polliseli elencou para os criadores presentes as razões que levaram o cruzamento industrial com Angus e Nelore a resultados tão prósperos.
“Trata-se da raça mais estudada no mundo e reconhecidamente a que produz a melhor carne. Além disso, possui alta heterose, o que significa produtividade, e produz bezerros pequenos (o que preserva a matriz) mas que porém apresentam ganho acelerado de peso. E no final permite entregar ao frigorífico uma carcaça patronizada”, explica.
Para finalizar, Polliseli falou dos diferentes sistemas de criação e defendeu o confinamento do bezerro logo após o desmame. “O Brasil tem de continuar caminhando para a redução do tempo de abate. Ao confinar o animal logo após o desmame você evita a competição por pasto entre a vaca e o bezerro e consegue enviar o animal para abate em apenas 15 meses”, diz.
CASOS DE SUCESSO
Em seguida o seminário recebeu criadores de Angus paranaenses que têm obtido bons resultados com a raça: 
Cristopher Filippon, proprietário da estância Ponche Verde, situada no Oeste do estado, contou um pouco da evolução da propriedade, cujo foco é a produção de genética. Ele discorreu sobre métodos de seleção e frisou que criadores de animais puros têm de ter foco na adaptabilidade dos animais que produzem, principalmente as fêmeas. “Selecionar uma vaca com boa fertilidade, facilidade de parto, com temperamento tranquilo (o que facilita o manejo), com habilidade materna e importante. Porém, é dever de cada criador de genética buscar animais adaptados à cada região, ou ela não vai desempenhar todas essas características. E o produtor precisa de um animal que trabalha para ele. Não pode adaptar toda sua propriedade a um animal”, disse o criador. 
Logo depois foi a vez de Julia Mendes, coordenadora pecuária da Fazenda Santa Rita (situada na região do Campos Gerais do Paraná) falar dos resultados com a produção de terneiros. A propriedade é integrante do Grupo Araucária, composto por 12 criadores e que se tornou referência na oferta de terneiros Angus certificados no estado. Seu último leilão de terneiros, realizado no mês passado, em Ponta Grossa (PR), registrou faturamento de mais de R$ 1 milhão. 
Julia, que também é presidente do Grupo Araucária, detalhou o sistema de produção adotado na Fazenda Santa Rita e falou da demanda do mercado por carne de qualidade. 
O diretor do Programa Carne Angus Certificada, Reynaldo Titoff Salvador, também falou aos criadores presente no auditório do recinto Horácio Sabino Coimbra. Ele alertou os criadores para a necessidade de se buscar a eficiência sempre. “Se não formos eficientes a agricultura vai tomar o lugar da produção de carne. E como somos eficientes? Produzindo aquilo que o consumidor quer”, sacramentou Salvador, afirmando que desde a criação do programa de certificação de carcaças da Angus, em 2003, o foco das ações sempre visou o consumidor de carne. 
“Eu não produzo para frigorífico, ou para supermercado. Eu produzo pra dona de casa, para o dono de restaurante. E é ele quem me demanda uma carne, macia, suculenta, saborosa, com segurança alimentar e garantia dessa qualidade”. O diretor também destacou as vantagens que a raça Angus oferece ao produtor. “Nossa liderança em venda de sêmen é reflexo de que nossa genética está trazendo rentabilidade ao produtor. Nós crescemos 18% ano passado. O mercado de corte cresceu 6%”, justificou.
Finalizando o encontro, o coordenador técnico de bovinos e ovinos da Novartis Saúde Animal, Ulisses Ribeiro, falou sobre o manejo sanitário do carrapato. “O sistema de controle deve ser rígido. Um tropeço e o produtor perde o controle”, afirmou. 

Fonte: Assessoria

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Bovinos / Grãos / Máquinas Em Uberaba, Minas Gerais

ABCZ vai realizar curso de avaliação morfológica de raças zebuínas leiteiras

O curso é destinado a produtores, profissionais do setor e estudantes de Ciências Agrárias.

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Foto: Divulgação/ABCZ

Para obter uma produção eficiente na pecuária leiteira, o produtor precisa estar atento não só à capacidade produtiva do rebanho, mas também aos aspectos morfológicos dos animais. E durante a ExpoLeite, que acontecerá entre os dias 21 e 25 de outubro, em Uberaba (MG), a ABCZ realizará o Curso de Avaliação Morfológica de Raças Zebuínas Leiteiras, oportunizando uma seleção mais satisfatória nas fazendas, com base em características funcionais para a produção de leite.

O curso é destinado a produtores, profissionais do setor e estudantes de Ciências Agrárias. O conteúdo será aplicado em aulas teóricas e práticas, no dia 21 de outubro. “Os participantes vão aprender a identificar e reconhecer os principais aspectos morfológicos ligados à conservação das raças puras, como as características morfológicas influenciam a produção leiteira, as associações genéticas e fenotípicas entre as características morfológicas e os atributos econômicos da produção de leite e, ainda farão, na prática, a identificação e classificação de fêmeas e machos com aptidão leiteira”, destaca o Superintendente Técnico Adjunto do Leite e Projetos Técnicos da ABCZ, Carlos Henrique Cavallari Machado.

O investimento é de R$ 150,00 para estudantes e de R$ 300,00 para não estudantes. Para se inscrever, clique aqui.

Confira a programação completa.

Fonte: Assessoria ABCZ
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Bovinos / Grãos / Máquinas Seminário de Criadores e Pesquisadores

Pecuaristas debatem planejamento reprodutivo e desafios da prenhez em novinhas precoces

Transferência de conhecimento tem proporcionado uma evolução expressiva no desempenho genético dos rebanhos, melhorando a qualidade dos animais e, consequentemente, a oferta no mercado.

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Fotos: Fernando Samura

Transmitir uma mensagem com mais clareza e divulgar informações que tenham aplicabilidade no campo. Estes foram os objetivos centrais que nortearam as discussões do 28º Seminário Nacional de Criadores e Pesquisadores, promovido recentemente pela Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP), em Uberaba (MG). Conforme os organizadores, a edição de 2024 foi uma das maiores já realizadas, registrando um crescimento de público de 25% em relação ao ano anterior.

Zootecnista, especialista em Agronegócio e diretora de Mercado e Associados da ANCP, Fernanda Borges: “O Seminário não só reforçou a importância da fase da prenhez ao parto na cadeia produtiva, como também destacou o papel da ANCP em promover a inovação e o desenvolvimento contínuo da pecuária nacional”

Com o tema “Da prenhez ao parto”, o seminário focou nos avanços mais recentes da pecuária de corte, no planejamento reprodutivo e nos desafios associados a prenhez em novilhas precoces, atraindo cerca de 500 participantes, entre criadores associados, pecuaristas, pesquisadores, professores e estudantes de ciências agrárias, técnicos agropecuários, profissionais de programas de melhoramento genético, associações de raças bovinas e empresas da área de genética de todo o país.

O evento ofereceu uma programação rica e diversificada, com especialistas renomados no setor discutindo e compartilhando conhecimentos sobre as novas tecnologias e práticas que estão moldando o futuro da produção bovina no Brasil. Além de palestras e discussões em plenário, os participantes tiveram a oportunidade de acompanhar uma mesa-redonda, o lançamento de novas DEPs (Diferença Esperada na Progênie) e a divulgação do sumário de touros 2024.

ExpoGenética

Esta foi a segunda vez que o Seminário integrou a programação da ExpoGenética, reforçando seu papel como um dos principais fóruns de debate e troca de conhecimento no setor. “A ExpoGenética é um dos principais encontros da pecuária de corte no Brasil, proporcionando uma excelente oportunidade de networking. É um ambiente em que criadores, pesquisadores e empresas se conectam, trocam conhecimentos e estabelecem parcerias que impulsionam o setor”, ressalta a zootecnista, especialista em Agronegócio e diretora de Mercado e Associados da ANCP, Fernanda Borges.

De acordo com a profissional, a escolha do tema que norteou as discussões da 28ª edição do evento se deu em razão de que os criadores têm investido cada vez mais na precocidade sexual de novilhas, buscando com que esses animais emprenhem em idades mais jovens. Contudo, esse avanço trouxe à tona um novo desafio: dificuldades no parto devido ao tamanho, idade e desenvolvimento da fêmea.

Além de oferecer uma plataforma para atualização e a troca de conhecimento, Fernanda diz que o evento visa popularizar o melhoramento genético em toda a cadeia produtiva, atingindo desde pequenos até grandes criadores. “Nosso objetivo é garantir que todos tenham acesso às ferramentas necessárias para desenvolver melhor seu rebanho para que compreendam e reconheçam o potencial que possuem nas mãos”, frisou, acrescentando: “Muitos criadores ainda baseiam suas decisões em achismos, opiniões de vizinhos ou informações genéricas, sem conhecer as reais oportunidades que o melhoramento genético pode oferecer. Neste sentido, o seminário busca formar multiplicadores de conhecimento, de modo que a informação chegue a todos os níveis da cadeia produtiva, contribuindo para o fortalecimento da pecuária nacional”.

Conforme a zootecnista, o Brasil tem um enorme potencial para melhorar não apenas a quantidade, mas também a qualidade da produção de carne. O investimento em genética, segundo ela, é uma alternativa com excelente custo-benefício e pode proporcionar ganhos acumulativos ao longo dos anos, sem complexidades desnecessárias. “O Seminário não só reforçou a importância da fase da prenhez ao parto na cadeia produtiva, como também destacou o papel da ANCP em promover a inovação e o desenvolvimento contínuo da pecuária nacional”, frisou.

Ciência e prática

Fernanda destaca a importância do Seminário Nacional de Criadores e Pesquisadores como o evento mais relevante promovido pela ANCP ao longo do ano. Com quase três décadas de trajetória, o Seminário se consolidou como um importante canal para a disseminação dos avanços em pesquisa e desenvolvimento aplicados à prática pecuária. “A ANCP investe intensamente em pesquisas e no desenvolvimento de conhecimento que possa ser diretamente aplicado pelos produtores no dia a dia. O seminário desempenha um papel importante ao reunir e compartilhar essas inovações, originadas de colaborações com universidades e centros de pesquisa”, menciona.

Essa transferência de conhecimento tem proporcionado uma evolução expressiva no desempenho genético dos rebanhos, melhorando a qualidade dos animais e, consequentemente, a oferta no mercado. “O impacto positivo dessas inovações reverbera por toda a cadeia produtiva da carne, beneficiando todos os envolvidos e garantindo que o conhecimento transmitido durante o seminário se reflita em avanços concretos na prática pecuária”.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de bovinocultura de leite e na produção de grãos acesse a versão digital de Bovinos, Grãos e Máquinas, clique aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Indicador sobe 3% na 1ª dezena, mas pecuaristas esperam maiores altas

No atacado, os preços da carne com osso também registram aumentos, impulsionados pela demanda aquecida, de acordo com colaboradores consultados pelo Cepea.

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Foto: Shutterstock

Levantamentos do Cepea mostram que as cotações do boi gordo seguem em alta, sustentadas pela oferta limitada de animais prontos para abate no spot.

No acumulado da primeira dezena de setembro, o Indicador Cepea/B3 subiu 3,1%, passando de R$ 239,75 no último dia útil de agosto, para R$ 247,20 na última terça-feira (10).

Segundo pesquisadores do Cepea, apesar do movimento altista, pecuaristas se mantêm resistentes em entregar o boi, na expectativa de valores maiores que os atuais.

No atacado, os preços da carne com osso também registram aumentos, impulsionados pela demanda aquecida, de acordo com colaboradores consultados pelo Cepea.

Divulgação recente do IBGE mostra que o volume abatido no segundo trimestre foi recorde, com destaque para a categoria fêmea (vaca e novilha) – foram 8,8 milhões de cabeças no semestre, o que representou 45,7% do total de animais abatidos.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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