Notícias Para este ano
ANCP planeja disseminar melhoramento genético para aumento da produtividade e lucro do pecuarista
Entidade comemorou conquistas em 2019 e planeja melhoras para o pecuarista em 2020

A Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP) chegou ao final de mais um ano com o sentimento de dever cumprido, principalmente por ter contribuído ativamente para o desenvolvimento do melhoramento genético do rebanho brasileiro. Além das diversas pesquisas desenvolvidas ao longo de 2019, a Entidade promoveu workshops e palestras, além de ter participado dos principais eventos da pecuária nacional.
No final de janeiro, a ANCP reuniu em Ribeirão Preto (SP), os consultores que atuam em todo o Brasil, incluindo dois profissionais da Bolívia e um da Colômbia, para discutir o plano de atuação da Entidade no ano. O encontro contou com uma série de palestras e discussões apresentada pela equipe técnica.
Em fevereiro, através de parceria com a USP e a Nelore Jandaia, foi promovido o 1º Workshop sobre Precocidade Sexual, que reuniu cerca de 150 participantes, em Uberaba (MG). O evento contou com palestras apresentadas técnicas sobre o tema, discussões em plenário e visita a rebanho experimental.
Ainda em fevereiro, a ANCP viajou à Bolívia, onde promoveu o 1º Workshop Internacional de Melhoramento Genético Bovino. Realizado em Santa Cruz de la Sierra, o evento teve como principal destaque o lançamento do primeiro Sumário de Touros Nelore e Brahman ANCP Bolívia.
Em maio, durante a comemoração dos 25 anos do Programa Nacional de Melhoramento Genético do Guzerá para Leite (PNMGuL), o presidente da ANCP, Prof. Raysildo Lôbo recebeu do Centro Brasileiro de Melhoramento do Guzerá (CBMG), uma placa de reconhecimento, que destacou o importante trabalho desenvolvido e a sua relevância no cenário pecuário nacional.
Ainda em maio, a ANCP realizou mais uma edição de seu Seminário, que discutiu temas como ferramentas genômicas, eficiência alimentar e os 20 anos de avaliação genética da raça Guzerá. Realizado em Ribeirão Preto (SP), o evento reuniu mais de 300 pessoas. Dividido em dois painéis (Pesquisas e Inovações Tecnológicas e Genômica, Startups e Lançamentos), contou com 11 palestras e duas discussões plenárias, realizadas no final de cada módulo.
O mês de junho foi marcado por mais uma edição do Workshop Circuito ANCP de Tecnologias – Edição Goiânia, realizado em parceria com a Embrapa Cerrados e a Cria Fértil, em Santo Antônio de Goiás (GO). Foi a terceira edição do evento no ano, realizado também em abril, em Cáceres (MT), e em maio, em Barra do Garça (MT).
A 12ª ExpoGenética foi realizada entre os dias 17 e 25 de agosto, em Uberaba (MG). A ANCP participou ativamente da programação, prestigiando os leilões de seus associados e fazendo o lançamento oficial do Sumário de Touros das Raças Nelore, Guzerá, Brahman e Tabapuã de Agosto de 2019 e do 15º Catálogo de Touros da Reprodução Programada Genômica.
Durante a feira, a Entidade lançou a Reprodução Programada Genômica 2019, a 24ª edição do reconhecido teste de progênie, e liberou a solicitação das doses de sêmen dos touros participantes da RP 2019 e de mais 11 touros da bateria RP 2018. Com grande procura, as doses de vários dos reprodutores se esgotaram em poucas horas.
Para o vice-presidente da ANCP, Carlos Viacava, foi um ano muito positivo para a Entidade, que contou com a adesão de novas fazendas e com o lançamento do programa para avaliação de rebanhos comerciais de corte. “Estamos preparados para novos desafios em 2020, quando pretendemos intensificar nossos trabalhos para a pecuária de ciclo curto e da qualidade da carne, carne brasileira com participação cada vez maior do mercado internacional”, explica.
Argeu Silveira, diretor técnico, resume como excepcional o que o ano de 2019 representou para a ANCP. Importantes avanços, como a consolidação da avaliação do gado comercial, além do lançamento do programa de qualidade de carne. “Esse trabalho já está acontecendo e isso vai trazer uma agregação de valor à arroba da nossa carne, permitindo que no futuro próximo esses animais participem da produção de carne gourmet nos mais seletos países do mundo”, ressalta.
A diretora técnica, Carina Ubirajara de Faria, enfatiza que o ano de 2019 representou uma fase importante de transição na pecuária, com crescimento da valorização da carne bovina brasileira. Segundo ela, espera-se para o próximo ano mais investimentos em tecnologias visando o aumento dos indicadores de produção por meio da aplicação das ferramentas de melhoramento genético. “A ANCP e os criadores associados vêm trabalhando efetivamente nessa missão”, destaca.
Segundo o diretor de Pesquisa e Inovação, Fernando Baldi, a ANCP continuará crescendo tecnicamente. Ele cita o projeto de maciez de carne que a Entidade vai liderar em parceria com a USP de Pirassununga e a Embrapa Cerrados, que visa aumentar a coleta de novos fenótipos de maciez, consolidando o mercado de animais com avaliação genética para maciez de carne e outras características como gordura. “O grande passo da pesquisa para 2020 e 2021 é explorar a possibilidade de uma avaliação multirracial, incluindo todas as raças zebuínas, técnica inovadora e viável com os avanços da genômica mundial, visando melhorar ainda mais a robustez das avaliações e a confiança do criador”, completa.
Claudio Magnabosco, pesquisador da Embrapa e diretor de transferência de tecnologia da ANCP, também acredita que em 2020 haverá uma tendência de valorização dos produtos de genética. “A expectativa é que haja uma profissionalização cada vez maior, uma procura por essas tecnologias em rebanhos comerciais, de maneira que as tecnologias sejam efetivas, baratas e eficientes aos produtores, aliadas ao reconhecimento do trabalho de impacto de progresso genético que as tecnologias da ANCP corretamente aplicadas têm causado”, explica.
Para concluir, o professor Raysildo Lôbo enfatiza que a pecuária brasileira está em plena expansão. Ele observa que, em 2019, cada vez mais criadores de gado de corte decidiram investir em sua produção para torná-la mais eficiente, porque perceberam essa maior exigência do mercado para uma pecuária de ciclo curto e alta produtividade, descobrindo que a melhor maneira de tornar seu rebanho eficiente é investir no melhoramento genético. “A ANCP se sente honrada de auxiliá-los a tornar possível esse objetivo. Em 2020, teremos um novo leque de possibilidades e desafios e vamos continuar a disseminar o melhoramento genético e o conhecimento técnico-científico de qualidade, sendo a única meta o aumento da produtividade e do lucro do pecuarista”, finaliza.

Notícias
Governo define cronograma para destravar mercado de carbono e prevê normas até 2026
Nova secretaria do Ministério da Fazenda inicia estruturação do sistema que deve operar em 2030 e promete elevar competitividade, atrair investimentos e apoiar a transição para economia de baixo carbono.

Até dezembro de 2026, o governo pretende publicar todas as normas infralegais necessárias para a adoção do mercado regulado de carbono no país, disse na quinta-feira (27) a secretária extraordinária do Mercado de Carbono do Ministério da Fazenda, Cristina Reis.

Criada em outubro, a secretaria será responsável por estruturar o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), previsto para entrar em operação em 2030.
A secretária disse que o mercado de carbono tem potencial para gerar oportunidades econômicas, renda e redução de desigualdades, mas lembrou que não se trata de uma “bala de prata” para enfrentar a crise climática.“Essa jornada é de quase três anos no governo atual, mas é também de muitos anos de espera pela aprovação da lei do mercado regulado”, afirmou.

Foto: Juliana Sussai/Embrapa
Segundo ela, o trabalho envolve todo um ecossistema, incluindo setor público, empresas, setor financeiro, comunidades tradicionais e povos indígenas.
Cristina Reis disse que a nova estrutura tem caráter extraordinário, com começo, meio e fim, até que o governo institua um órgão gestor permanente. De acordo com projeções citadas por ela, o mercado de carbono pode elevar o crescimento adicional da economia em quase 6% até 2040 e 8,5% até 2050.
Segundo estimativas do Banco Mundial, as emissões de gás carbônico dos setores regulados poderiam cair 21% até 2040 e 27% até 2050. O preço da tonelada de carbono pode chegar a US$ 30 por tonelada, avançando para US$ 60 numa segunda fase.
Estudos
A subsecretária de Regulação e Metodologias da nova secretaria, Ana Paula Machado, informou que o governo conduz estudos e uma análise de impacto regulatório com foco em ampliar o escopo do mercado e aumentar sua eficiência. Segundo ela, o Ministério da Fazenda pretende preparar a economia brasileira para um cenário internacional em que a precificação de carbono seja considerada irreversível. “Um país como o Brasil precisa estar equipado para monitorar emissões, precificar o carbono no processo produtivo e se inserir de forma competitiva no cenário internacional”, disse.
Para ela, o Estado deve estar preparado para apoiar os agentes econômicos na transição para uma economia de baixo carbono.
Janela de oportunidade

Foto: Divulgação/Arquivo OPR
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que a criação da Secretaria Extraordinária do Mercado de Carbono aproveita uma “janela de oportunidade” aberta com a reforma tributária. Ele explicou que o órgão integrará a estratégia do governo para fortalecer o Plano de Transformação Ecológica e modernizar instrumentos de financiamento, como o Fundo Clima.
Durigan destacou que o governo segue uma programação contínua desde 2023 para avançar na agenda de descarbonização. “A nova secretaria é um passo concreto e fundamental para que a gente estruture o mercado de carbono regulado no Brasil. Este é o primeiro passo de anos de trabalho”, afirmou.
A Fazenda avalia que a regulamentação do mercado de carbono deve estimular investimentos em atividades de baixo carbono, contribuir para a competitividade da indústria e apoiar a transição ecológica do país.
Notícias
Paraná é reconhecido nacionalmente por projeto que leva internet ao campo
Conectividade Rural conquista o Prêmio Espírito Público ao transformar a realidade de comunidades rurais com expansão de torres, inclusão digital e inovação produtiva.

O projeto Conectividade Rural, do Governo do Paraná, foi um dos vencedores da 7ª edição do Prêmio Espírito Público, do Instituto República.org, que reconhece projetos e servidores da administração pública brasileira. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (27), durante a cerimônia da premiação, em Brasília.
Ao todo, a iniciativa contou contou 858 inscritos de todo o País, concorrendo em sete categorias. O Conectividade Rural ficou entre os 14 finalistas gerais e foi campeã na categoria Gestão e Transformação Digital, em que concorreu na final contra a iniciativa App Servidor, do Rio Grande do Sul.
Coordenada pela Secretaria da Inovação e Inteligência Artificial (SEIA), o projeto visa melhorar a qualidade de vida de moradores de zonas rurais, impactar na produção e produtividade na atividade agropecuária e promover a democratização do acesso à internet através da ampliação da cobertura de conexão móvel em diversas regiões do Paraná.
O projeto é executado pela SEIA, em conjunto com a Secretaria de Agricultura e do Abastecimento, Secretaria da Fazenda e 17 órgãos estaduais e instituições do Paraná. Também envolve 15 players do setor privado, como operadoras e empresas de tecnologia, e mais seis entidades representantes da sociedade civil.
O secretário da Inovação e Inteligência Artificial, Alex Canziani comemorou o prêmio e destacou a importância do programa para melhorar a vida dos cidadãos de áreas rurais, e impulsionar o desenvolvimento no campo. “Conquistar uma premiação nacional como essa é motivo de orgulho, e também mostra que estamos no caminho certo para ampliar o acesso à conectividade em todas as regiões do Paraná. Esse projeto serve não só para melhorar a vida dos produtores, mas criar condições para que o agro paranaense continue crescendo com inovação”, afirmou.
Para o coordenador do projeto, Julio César Oliveira, o Conectividade Rural é uma ação que está mudando a realidade do campo. “Não é só no aspecto social, como no econômico também. Aumenta a geração de empregos, aumenta a arrecadação, e assim o PIB cresce e o Paraná prospera. Receber esse prêmio mostra que dá para fazer política pública de verdade, que transforme a vida das pessoas.”
Recentemente o projeto de ampliação móvel do Governo do Estado recebeu um aumento nos investimentos por meio do Programa de Melhorias do Sistema de Telecomunicação e Conectividade Rural do Paraná – ParanáConectado, sancionado pela lei nº 22.788/2025.
Com a nova lei, o projeto de Conectividade Rural passa a fazer parte das ações do ParanáConectado, que além de trabalhar para ampliação internet banda larga e telefonia móvel, vai possibilitar que agricultores usem de ferramentas digitais para consultar dados meteorológicos, acompanhar cotações de produtos, adquirir insumos e vender mercadorias pela internet, além de ampliar o acesso à educação e à segurança rural.
Mais conexão
O projeto de Conectividade Rural já realizou o mapeamento técnico de 980 localidades desconectadas, o que permitiu a contratação de 541 torres de internet e telefonia desde 2023, quando os trabalhos foram iniciados. Dessas, 350 torres já foram instaladas.
Com as instalações, 88 municípios de diversas regiões do Estado, receberam cobertura, desde o Litoral, com Guaraqueçaba, até o Oeste e Sudoeste, em municípios como Cascavel, Toledo, Palotina e Francisco Beltrão. Também foram contempladas cidades dos Campos Gerais (Ponta Grossa e Castro), Norte e Noroeste (Londrina, Maringá e Paranavaí), Centro-Oeste (Campo Mourão) e Centro-Sul (Guarapuava).
As estruturas beneficiaram uma série de comunidades como populações ribeirinhas, escolas rurais, comunidades indígenas, além de produtores agrícolas, áreas de cooperativas e até a região da fronteira com o Paraguai.
Para isso, o programa contou com a governança dos órgãos envolvidos e fomento via compensação de ICMS (sem uso direto de recursos públicos).
Colunistas
Produção On Farm avança com marco legal e puxa nova onda de inovação no agro
Biofábricas nas propriedades, gestão digital e conectividade aceleram o uso de biológicos, reduzindo gastos e fortalecendo a agricultura regenerativa.

O agronegócio brasileiro vive um momento de forte crescimento, conforme apontam dados do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o setor registrou alta de 6,49% no primeiro trimestre de 2025. O investimento no segmento também segue em expansão, alcançando R$ 608 bilhões, segundo o Boletim de Finanças do Agro, divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Nesse cenário positivo, o modelo On Farm vem ganhando protagonismo por sua capacidade de gerar impacto econômico, ambiental e tecnológico. Com a aprovação do Projeto de Lei PL 658/2021 na Câmara dos Deputados, o chamado Marco Civil do Setor de Bioinsumos, a produção On Farm, passa a contar com regras claras e estruturadas. Essa regulamentação define parâmetros para a multiplicação de microrganismos diretamente nas propriedades rurais, garantindo aos agricultores o acesso a produtos de qualidade, fiscalizados e seguros para o consumidor.
Vantagens do modelo On Farm

Artigo escrito por Laerte Nogueira, Squad Leader da Everymind; e Bruno Arroyo, gerente de Marketing Estratégico da Agrobiológica.
Além da segurança jurídica, que protege o produtor e exige um cadastro simples dos biológicos multiplicados On Farm (quando para uso próprio), o modelo traz impactos diretos na agilidade do manejo. Com as biofábricas instaladas nas propriedades, o próprio produtor, com apoio de um time técnico, ganha autonomia para produzir seus biodefensivos e bioestimulantes, reduzindo custos logísticos, por exemplo.
Outro ponto importante é o avanço na qualidade dos prestadores de serviço e das empresas do segmento. A nova legislação permite que os bioinsumos sejam tratados conforme suas características, sem passar pelos mesmos trâmites burocráticos dos produtos químicos. Isso oferece ganhos significativos em registro e disponibilização de novas ferramentas biológicas no mercado.
Com a segurança jurídica estabelecida, o setor tende a atrair ainda mais investidores, impulsionando a inovação em biotecnologia e acelerando o desenvolvimento do modelo. Além disso, com a agricultura de precisão cada vez mais presente e a busca constante por produtividade, o On Farm se consolida como um grande aliado do produtor rural.
Tecnologia apoia avanço do On Farm
Nos últimos anos, a evolução tecnológica das empresas que atuam com o modelo On Farm aproximou essa produção, antes artesanal, de um padrão industrial. Produtos e processos avançam significativamente. Um exemplo são os meios de cultura para fungos, que hoje apresentam alto grau de eficiência e estabilidade.
A tecnologia está presente em todas as fases do processo, desde a biotecnologia aplicada aos meios de cultura e aos biorreatores, até a gestão completa da produção. Essa integração permite ao produtor ser mais preciso e ágil na proteção de suas lavouras contra pragas, doenças ou impactos climáticos, realizando a produção em larga escala dentro da própria fazenda.

Foto: Shutterstock
O avanço da conectividade rural também tem papel essencial nesse cenário, uma vez que a expansão das redes 4G e 5G e o uso de conexões via satélite possibilitam a coleta de dados em tempo real das biofábricas, favorecendo análises rápidas, maior controle de produção e agilidade nos processos de cadastro e fiscalização.
Além dos biorreatores cada vez mais tecnológicos, os softwares de gestão têm contribuído para otimizar a operação, tendo em vista que essas ferramentas permitem que fornecedores de meios de cultura, que são a matéria-prima para o On Farm, administrem contratos de comodato dos biorreatores, antecipem pedidos e renovem contratos com mais eficiência, integrando o campo à gestão digital.
Redução de custos
A redução de custos é um dos principais atrativos do modelo On Farm, pois o produtor precisa adquirir apenas uma pequena quantidade de inóculo para multiplicar os biológicos na própria fazenda, alcançando rendimentos até sete vezes maiores em volume. Isso reduz gastos em toda a cadeia, desde embalagens e fretes até revendas intermediárias.
Aumento da eficiência
A eficiência operacional também é ampliada, a multiplicação dos biológicos próxima à lavoura permite aplicações mais rápidas e eficazes no combate a pragas, doenças e na correção de deficiências do solo. Em algumas situações, a economia pode variar entre 45% e 60%, com respostas agronômicas altamente positivas. O uso de microrganismos benéficos tem se mostrado eficiente no manejo do solo, reduzindo a pressão de patógenos e pragas.
Impacto ambiental e desafios
O uso de insumos biológicos já é, por si só, uma prática sustentável, pois promove uma proteção natural e regenerativa das lavouras, além de contribuir para a saúde do solo. Com o Marco Legal dos Bioinsumos (Lei nº 15.070), o modelo On Farm facilita a expansão dessa prática, permitindo a produção em escala e o uso mais amplo dos biológicos.
Ao substituir manejos químicos, o produtor reduz custos e amplia o uso dos bioinsumos em frentes como o manejo do solo e controle de nematoides, além de melhorar o aproveitamento de nutrientes. Essas ações contribuem diretamente para o avanço da agricultura regenerativa no país.
No entanto, o principal desafio enfrentado pelo modelo é a formação e qualificação de equipes técnicas para operar as biofábricas com segurança e eficiência. Outro ponto crítico é a fiscalização sobre o uso e a eventual comercialização indevida dos biológicos multiplicados para uso próprio.
Por outro lado, com regulamentação sólida, suporte tecnológico e investimentos crescentes, o setor tem diante de si uma oportunidade única de unir produtividade, sustentabilidade e inovação, elementos essenciais para o futuro da agricultura nacional.



