Empresas
Ana Maria Braga reforça parceria com a Coamo
A visita à cooperativa foi para conferir de perto a qualidade com que os alimentos são produzidos

Centenas de associados e associadas tiveram uma surpresa no dia 18 de julho, em Campo Mourão, durante o Encontro de Inverno da Fazenda Experimental Coamo, com a presença da apresentadora e embaixadora dos Alimentos Coamo, Ana Maria Braga. Na oportunidade ela falou com os participantes e, logo após, conheceu o Parque Industrial da Coamo e a Administração Central. Sobre a parceira com a Coamo, Ana Maria Braga diz que começou quando recebeu uma carta do presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini e se emocionou muito com todas as lutas e conquistas da cooperativa.
Ana Maria Braga concedeu entrevista coletiva à imprensa elogiando a estrutura e claro, recomendou os produtos alimentícios produzidos pela Coamo. “Os produtos que os associados da Coamo fazem é com muito orgulho, porque podem estar na mesa de qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo com a melhor qualidade, porque eles cumprem aquilo que se propõem a fazer. É uma rede de pessoas que acredita no que faz”, avaliou.
A visita à cooperativa foi para conferir de perto a qualidade com que os alimentos são produzidos. “Quando vi tudo, confirmei que a Coamo é realmente uma potência. Fiquei impressionada com a estrutura, mas me impressionei mais com as pessoas”, falou, ao dizer que durante a visita ao Parque Industrial e a Fazenda Experimental pôde perceber o ânimo de cada um dos cooperados e funcionários, e o orgulho que demonstram em fazer parte da família Coamo. “É um grande prazer e uma grande honra vir aqui e quero voltar mais”, falou, ao brincar que da próxima vez vem à cidade para aprender a receita do Carneiro no Buraco, prato típico de Campo Mourão.
Segundo o superintendente Comercial da Coamo, Alcir José Goldoni, foi uma visita para apresentar um pouco mais do que é Coamo. “Falamos que ela só conheceria a Coamo, só saberia quem eram os donos da Coamo e o trabalho realizado pelos donos da cooperativa, se ela viesse aqui conhecer as estratégias e operações da cooperativa. Ela conheceu todos os alimentos antes de representá-los e, agora, conheceu o grupo de cooperados, que são os donos e as indústrias de onde saem os nossos produtos. Por trás dos Alimentos Coamo têm famílias, tem alma, tem trabalho, responsabilidade, sustentabilidade e sabemos que quem dá sustentabilidade à atividade do agricultor é o consumidor”, enfatiza.
O presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, agradeceu a apresentadora pela visita e reforçou a importância da parceria na divulgação de sua linha de alimentos. Na ocasião, ele brincou que ela, durante sua participação no Dia de Campo de Inverno, ‘parecia entender do assunto’. “Ela veio nos visitar justamente em um dia de campo de inverno com 480 cooperados. Ela fez toda apresentação e demonstrou que é do ramo. E parece que sabe mesmo”, falou rindo. “O pessoal gostou muito da visita dela, os cooperados ficaram muito a vontade”, emendou.
Qualidade Comprovada
Para fechar a parceria com a Coamo Ana Maria Braga fez questão de provar e testar toda a linha de alimentos. “Eu queria saber o que era essa cooperativa, como ela tinha sido formada, e tem uma história linda, uma história de pessoas que fazem diferença no dia a dia. Eu falei, bom vamos ver como funciona isso no fogão, na minha mesa, então me mandaram um lote e experimentei todos os produtos, margarinas, farinhas, o óleo, enfim, fiquei encantada realmente com a qualidade. Não tem comparação com a maioria dos produtos que são distribuídos no Brasil. Fiquei feliz, pois pude ter certeza da qualidade mesmo não tendo vindo aqui e olhado no olho, como fiz agora. Os produtos são excelentes, e estou muito feliz em representar os Alimentos Coamo. Sem dúvida nenhuma faz muito sucesso em qualquer mesa do mundo.”

Família Coamo
A apresentadora também ressaltou que os associados da Coamo são exemplo de união. “Vocês são uma família e passam por altos e baixos, como é o caso da agricultura. As vezes tem uma safra maravilhosa, as vezes têm uns problemas de tempo, que interferem, tem uma resvalada pelo caminho. Mas, estando numa família como essa, família Coamo, todos são amparados e sabem que estão num movimento muito maior e que não estão sozinhos. Os associados contam com apoio e estrutura altamente profissional, tecnológica e que só tem motivos para crescer no Brasil, onde as pessoas estão precisando de gente como vocês da Coamo. Parabéns.”

Ana Maria Braga é do campo
Durante o Encontro de Inverno, a embaixadora dos Alimentos Coamo fez questão de destacar para os associados que também é do campo e tem orgulho por representá-los. “Sou agricultura também, nasci em uma cidade chamada São Joaquim da Barra (SP), meu sonho sempre foi ter uma fazenda. Trabalhei bastante até comprar o primeiro sítio, depois tive a oportunidade de ter uma propriedade um pouco maior, e realizei um sonho de ser pecuarista.”
Ana Maria Braga ainda enalteceu o trabalho dos cooperados da Coamo. “Parabenizo vocês que vem da terra, porque é um grande feito ser agricultor e com a qualidade que vocês estão hoje. Eu realmente tenho orgulho de vocês, agricultores e agricultoras. Muito obrigado por me permitirem estar aqui”, agradeceu.

Empresas Discussões sanitárias
American Nutrients reforça a cadeia exportadora da carne suína ao aderir ao programa livre de ractopamina
A empresa oficializou sua adesão total ao programa como parte de uma estratégia de competitividade

A ractopamina, um agonista β-adrenérgico amplamente utilizado para melhorar ganho de peso e eficiência alimentar em suínos, permanece no centro das discussões sanitárias internacionais. Embora seu uso seja regulamentado no Brasil, diversos mercados estratégicos — como União Europeia, China e Rússia — possuem tolerância zero para resíduos desta substância em produtos de origem suína.
O ponto crítico está na cadeia de alimentação: a inclusão de ractopamina na ração de suínos pode resultar na sua detecção na carne, mesmo quando utilizada dentro das doses permitidas. Essa presença residual é suficiente para inviabilizar exportações e comprometer toda a cadeia produtiva voltada a mercados que adotam exigências mais restritivas.
Com o objetivo de assegurar conformidade sanitária, rastreabilidade e segurança na exportação, o Ministério da Agricultura e Pecuária instituiu o Programa de Produção Livre de Ractopamina. A certificação reconhece empresas que mantêm protocolos rigorosos de controle para garantir ausência parcial ou total da molécula em qualquer etapa da produção de rações para suínos.
A American Nutrients oficializou sua adesão total ao programa como parte de uma estratégia de competitividade e alinhamento às demandas globais. Ao assegurar que suas soluções nutricionais estão completamente isentas de ractopamina, a empresa fortalece a confiança de frigoríficos, integradoras e produtores que dependem de dietas certificadas para acessar mercados premium.
Esta iniciativa reforça o compromisso da American Nutrients com a qualidade, a transparência e a sustentabilidade da cadeia suinícola. Em um cenário de crescente rigor sanitário internacional, a nutrição animal livre de ractopamina é um elemento-chave para manter e expandir a participação brasileira nos mercados mais exigentes do mundo.
Empresas
Inteligência Artificial conta 140 mil ovos por dia com 99,9% de precisão e transforma avicultura
Entre outros indicadores, tecnologia da ALLTIS monitora temperatura, água e volume de grãos nos silos, reduz perdas e aumenta produtividade da Granja São Marcos, de Mogi-Guaçu (SP)

A Granja São Marcos, de Mogi-Guaçu (SP), alcança um novo patamar de produtividade após a implementação do sistema de inteligência artificial da empresa de tecnologia ALLTIS. Com produção diária de 140 mil ovos, o equivalente a 4,7 milhões por mês, a granja – dona da marca Naturegg – estima ganhos operacionais de até 90% após a integração de um pacote de sensores controlado por IA, que permite controle sanitário, monitoramento ambiental e gestão de recursos com mais segurança, precisão e eficiência. A ALLTIS resolve problemas crônicos da avicultura, transformando as granjas em propriedades 4.0 e contribuindo para o aumento da produtividade e a redução de custos. Recentemente, a ALLTIS firmou sociedade com a MCassab Nutrição e Saúde Animal, empresa do Grupo MCassab, especialista em nutrição e saúde animal há mais de meio século.
Fundada em 1983 pela família Teixeira, a São Marcos deixou de ser fornecedora de frangos vivos para ser uma produtora de ovos orgânicos e caipiras livres de antibióticos, comercializados sob a marca Naturegg. Hoje, tem 170 mil aves em postura e distribuição para seis estados brasileiros – São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná.
A necessidade de incluir a tecnologia e digitalizar os processos em uma atividade historicamente tradicional, decorre do volume de informações exigidas tanto para gestão do negócio quanto pelos órgãos certificadores. Diariamente, a equipe da São Marcos passou a registrar pela IA, entre outros, dados de temperatura, umidade, consumo de água e ração, taxas de mortalidade e indicadores de bem-estar animal.
“Nosso maior desafio sempre foi transformar informação em decisão. Com a operação que temos hoje, isso já não era possível de forma tradicional. A tecnologia traz agilidade, segurança e capacidade de gerir de maneira eficiente e de antecipar problemas. Agora, conseguimos agir antes que o impacto aconteça”, afirma Matheus Teixeira, diretor comercial da Naturegg.
A parceria com a ALLTIS foi importante para os planos da São Marcos. A granja utiliza quatro frentes tecnológicas da startup: monitoramento ambiental (Sense), controle do consumo de água (Aqua), gestão automática dos silos (Domo) e contagem de ovos por inteligência artificial (EggTag) com precisão de 99,9%. “Cito um exemplo: antes de ter o monitoramento das informações por IA, nossos funcionários precisavam subir em 21 silos para verificar o estoque de ração, enfrentando risco de acidentes e imprecisão nos cálculos. Agora, todo o controle é feito pelo celular, com previsões de consumo e alertas programados”, explica Tailisom Silva, gerente da granja.
“Ter dados confiáveis em tempo real é essencial para obter resultados melhores e maior precisão na gestão. O mercado exige rastreabilidade e sustentabilidade, e a tomada de decisão precisa ser rápida e embasada. Nosso papel é transformar dados em informações úteis para o dia a dia e entregar tecnologias que se adaptam às necessidades e realidade do produtor”, afirma André Aquino, sócio e COO da ALLTIS.
“O exemplo da São Marcos mostra o quanto a tecnologia é importante para potencializar a produtividade das granjas de postura. Mas não apenas isso. É essencial monitorar todas as áreas do negócio e, assim, reduzir os gargalos, que são vários. A tecnologia da ALLTIS está disponível para contribuir para vencer esse desafio”, ressalta Mauricio Graziani, diretor executivo da MCassab Nutrição e Saúde Animal, acionista da ALLTIS.
Outros avanços devem vir nos próximos meses, como a automatização da contagem de ovos com identificação por tamanho e coloração. A expectativa é reduzir ainda mais o índice de erros humanos e dispor de dados detalhados para ajustar o manejo à tecnologia e otimizar o rendimento da produção de ovos.
Para Matheus, a digitalização dos processos é um caminho indiscutível. “O maior erro é achar que a tecnologia é algo distante ou complicado. É o contrário. Ela simplifica, reduz perdas e dá clareza para agir. Quem não se permitir evoluir vai ficar para trás”, ressalta o diretor comercial da Naturegg.
Empresas Ameaça silenciosa
Como a Doença de Gumboro Afeta a Sanidade, Performance e Rentabilidade das Aves
Altamente contagiosa, a enfermidade viral desafia o sistema imunológico das aves e pode gerar prejuízos expressivos à avicultura industrial

A avicultura industrial brasileira, reconhecida mundialmente por sua eficiência produtiva, enfrenta desafios cada vez mais complexos no manejo sanitário dos plantéis. Entre esses desafios, a Doença de Gumboro, também chamada de Doença Infecciosa da Bursa (DIB) é altamente contagiosa. A enfermidade viral acomete principalmente aves jovens entre 3 e 10 semanas de idade, comprometendo o sistema imunológico e impactando diretamente o desempenho zootécnico das granjas.
A doença é causada por um vírus do gênero Avibirnavirus, notável por sua resistência ambiental — capaz de permanecer ativo por longos períodos mesmo após procedimentos de limpeza e desinfecção. Ao atingir a bolsa de Fabricius, órgão essencial à formação das células de defesa das aves, o vírus provoca imunossupressão severa, tornando os animais mais vulneráveis a outras infecções e interferindo na eficácia de vacinas de rotina.
Além do impacto financeiro direto, os efeitos produtivos da doença são amplos e muitas vezes silenciosos na forma subclínica. Em um cenário de alta densidade de alojamento, o controle da imunossupressão é um fator decisivo para sustentar a competitividade da produção de frangos no país.
“A Doença de Gumboro é uma ameaça muitas vezes silenciosa, mas de alto impacto econômico. Mesmo infecções subclínicas, podem reduzir o ganho de peso, comprometer a conversão alimentar e afetar a qualidade dos ovos. O monitoramento eficaz é o primeiro passo para conter o avanço da enfermidade e proteger o potencial produtivo das granjas”, destaca Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis Brasil.
Na prática, o produtor pode perceber a presença da doença por sinais clínicos como depressão, diarreia aquosa, desidratação e penas arrepiadas. Contudo, é a observação de indícios produtivos como a queda na taxa de ganho de peso diário ou a redução na qualidade dos ovos que costuma revelar a circulação do vírus em sua forma subclínica. Em lotes de alto desempenho, qualquer variação nesses parâmetros representa perda direta de margem e eficiência.
“Em granjas industriais, onde milhares de aves convivem em densidades elevadas, a probabilidade de disseminação viral é alta. O controle eficaz depende de um conjunto de medidas: vigilância sanitária constante, diagnóstico laboratorial preciso e imunização bem planejada. Mais do que uma rotina de biosseguridade, trata-se de uma estratégia de rentabilidade”, reforça Muniz.
A prevenção da Doença de Gumboro deve ser encarada como um investimento zootécnico estratégico. Além da escolha de vacinas adequadas à realidade imunológica dos lotes, é essencial realizar o acompanhamento técnico dos resultados, observando tanto o desempenho produtivo quanto a resposta imunológica. O uso de vacinas como a Poulvac® Procerta® HVT-IBD vacina de vírus vivo congelado contra as doenças de Marek e Gumboro, torna-se uma ferramenta fundamental dentro de estratégias preventivas consistentes e de longo prazo. A vacinação pode ser feita via subcutânea, ou in ovo em ovos embrionados de galinha saudáveis com 18 a 19 dias de idade.
Para a Zoetis, líder mundial em saúde animal, o enfrentamento da Doença de Gumboro faz parte do ciclo contínuo de cuidado. A empresa reafirma que, em um cenário global cada vez mais desafiador, sanidade é sinônimo de desempenho, e o cuidado com a imunidade é o alicerce da produção avícola moderna.



