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“Ampliação do abate para sábados e domingos em Marechal Rondon depende do SIF”, diz vice-presidente da Lar

O diretor vice-presidente da Lar comenta que nas plantas da cooperativa em Matelândia e Cascavel os abates já acontecem sete dias por semana

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Diretor vice-presidente da Lar, Lauro Soethe: “A demanda da região, do próprio produtor em querer investir na atividade é grande, embora o momento exija um pouco de cautela" (Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural)

Durante passagem por Marechal Cândido Rondon, na quinta-feira (25), para participar da 2ª edição do Dia do Avicultor, o diretor vice-presidente da Lar, Lauro Soethe, falou ao O Presente Rural sobre os planos de expansão da cooperativa agroindustrial.

“A expansão das atividades é algo natural quando falamos em produção de alimentos. Percebemos que o produtor quer investir, ampliar a atividade para viabilizá-la melhor, então, nós, enquanto cooperativa, temos consciência da necessidade de seguir ampliando os nossos trabalhos”, declarou.

Segundo ele, este cenário de prospecção de ampliação de atividades leva à tendência de aumento nas linhas de abate. “Nossas plantas já possuem uma linha de abate. Em Marechal Cândido Rondon, por exemplo, a cooperativa tem intenção de ampliar os trabalhos. Seria uma segunda linha, porque nós já temos dois turnos de abate em cinco dias da semana, mas em Marechal precisamos fazer uma adequação que depende de inspeção e fiscalização de competência do Serviço de Inspeção Federal (SIF)”, pontua.

O serviço faz parte do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), ligado ao Ministério da Agricultura, e envolve diretamente as indústrias, avaliando e inspecionando animais de abate, carne, leite, ovos, produtos de abelhas, pescados e todos os derivados dos mencionados.

A questão, conforme Soethe, é que existe a necessidade da visita de profissionais para fazer essa inspeção, e como são poucos médicos veterinários e técnicos para a grande demanda, isso é uma dificuldade.

“Para termos condições de prospectar o abate em Marechal Rondon aos sábados e domingos, como já acontece em outras plantas da Lar, precisamos superar essa questão do SIF. É um empecilho no momento, mas estamos trabalhando junto com o prefeito Marcio Rauber, junto com as autoridades do município, para termos esse problema solucionado. Em Rolândia também tínhamos esse problema, mas foi solucionado e agora em setembro vamos iniciar a ampliação de abate. Queremos fazer isso em Marechal Rondon também o quanto antes para atender o nosso associado, morador dessa região”, ressalta.

O diretor vice-presidente da Lar comenta que nas plantas da cooperativa em Matelândia e Cascavel os abates já acontecem sete dias por semana. “Com a ampliação da velocidade de abate, estamos abatendo 160/165 mil aves por dia em cinco dias. Se pegarmos Cascavel, por exemplo, que é uma planta do tamanho da de Marechal Rondon, nós poderíamos chegar a 220/230 mil aves por dia e em sete dias por semana isso quase duplica a produção, gerando oportunidade de crescimento para o produtor também”, analisa.

 

Diretoria

Em relação às ações previstas para 2023, Soethe enaltece a gestão da Lar e lembra da eleição da nova diretoria. “Estamos no fim de mandato do Conselho de Administração e no início do ano teremos uma nova formação de chapas”, comenta, acrescentando: “A gestão da cooperativa é sempre um assunto importante, afinal, ela tem um tamanho expressivo. A liderança da cooperativa inevitavelmente se preocupa com a sucessão. Da atual diretoria, talvez se mexa em alguma peça ou outra, trazendo pessoas mais novas para irem se preparando para o futuro. A dedicação do nosso diretor-presidente, Irineo da Costa Rodrigues, é muito grande e ele tem ido muito bem na liderança. Sabemos que o associado fica feliz se ele continuar na presidência”, opina.

 

Planejamento estratégico

Sobre o planejamento estratégico até 2030, o diretor vice-presidente da Lar diz que estão previstas ampliações das atividades e crescimento. “Para isso, é preciso criar condições. De produção de geração de pintainhos, de favo de ração, o próprio abatedouro, para que o produtor possa continuar investindo. Não adianta ele querer colocar um aviário se não temos onde abater ou se não tem pintinho. O Brasil tem condições, tem matéria-prima para transformar e com certeza continuar sendo líder mundial na produção”, destaca.

 

Superação

Soethe comenta que as perdas na última safra e safrinha, geradas pelas adversidades climáticas, como seca e geadas, foram superadas. “Toda a região Sul sofreu com a safra de soja especialmente, mas a safra de milho do ano passado (2021) também foi afetada pela geada. Superamos essas adversidades e nós, pela estrutura da cooperativa hoje estar também no Paraguai e no Mato Grosso do Sul, conseguimos manter um equilíbrio. Se perde aqui, na outra região não perde e assim se consegue seguir com o fornecimento de matéria-prima. Isso é estratégico porque a qualidade da matéria-prima é muito importante”, frisa, emendando: “Plantamos o milho em um período de risco, o inverno. Seria bom poder plantar no verão, mas, conseguimos plantar o milho também em uma janela ideal, que é muito importante para essas atividades, principalmente de frango e suínos, para que essa matéria-prima tenha qualidade. Hoje temos um consumo acima de 25 milhões de sacas de milho que nós transformamos em ração. Então essa região já virou importadora de matéria-prima e agregadora de valor”, expõe.

 

Momento de cautela

Para o líder cooperativista, a inovação deve ser uma constante no agronegócio. Ele avalia que o momento atual é de cautela. “A demanda da região, do próprio produtor em querer investir na atividade é grande, embora o momento exija um pouco de cautela. Os custos de investimentos subiram, existe uma certa falta de matéria-prima e mercado e tem a situação política. Então, este é um momento de compasso de espera”, considera.

 

Fonte: O Presente Rural

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Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango

Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

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O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

Foto: Shutterstock

Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.

O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

Foto: Shutterstock

Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.

Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.

O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil

Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

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A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Foto: Freepik

Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.

A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.

Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

Foto: Ari Dias

Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.

Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.

Fonte: Assessoria Mapa
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Exportações gaúchas de aves avançam e reforçam confiança do mercado global

Desempenho positivo em outubro, expansão da receita e sinais de estabilidade sanitária fortalecem o posicionamento do estado no mercado externo.

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O setor agroindustrial avícola do Rio Grande do Sul mantém um ritmo consistente de recuperação nas exportações de carne de frango, tanto processada quanto in natura. Em outubro, o estado registrou alta de 8,8% no volume embarcado em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 60,9 mil toneladas exportadas, um acréscimo de 4,9 mil toneladas frente às 56 mil toneladas enviadas em outubro de 2023.

A receita também avançou: o mês fechou com US$ 108,9 milhões, crescimento de 5% na comparação anual.

No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, o desempenho ainda reflete os impactos do início do ano. Os volumes totais apresentam retração de 1%, enquanto a receita caiu 1,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme quadro abaixo:

O rápido retorno das exportações de carne de aves do Rio Grande do Sul para mercados relevantes, confirma que, tanto o estado quanto o restante do país permanecem livres das doenças que geram restrições internacionais.

Inclusive, o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e muitos outros mercados demonstram a importância do reconhecimento da avicultura do Rio Grande do Sul por parte da China, ainda pendente. “Estamos avançando de forma consistente e, em breve, estaremos plenamente aptos a retomar nossas exportações na totalidade de mercados. Nossas indústrias, altamente capacitadas e equipadas, estão preparadas para atender às demandas de todos os mercados, considerando suas especificidades quanto a volumes e tipos de produtos avícolas”, afirmou José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).

Indústria e produção de ovos

O setor da indústria e produção de ovos ainda registra recuo nos volumes exportados de -5,9% nos dez meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ou seja, -317 toneladas. Porém, na receita acumulada o crescimento foi de 39,2%, atingindo um total de US$ 19 milhões de dólares de janeiro a outubro deste ano.

A receita aumentou 49,5% em outubro comparada a outubro de 2024, atingindo neste mês a cifra de US$ 2.9 milhões de dólares de faturamento. “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”, pontua Santos.

Exportações brasileiras

As exportações brasileiras de carne de frango registraram em outubro o segundo melhor resultado mensal da história do setor, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 501,3 mil toneladas de carne no mês, saldo que superou em 8,2% o volume embarcado no mesmo período do ano passado, com 463,5 mil toneladas.

Presidente Eeecutivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”

Com isso, as exportações de carne de frango no ano (volume acumulado entre janeiro e outubro) chegaram a 4,378 milhões de toneladas, saldo apenas 0,1% menor em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado, com 4,380 milhões de toneladas.

A receita das exportações de outubro chegaram a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024, com US$ 904,4 milhões. No ano (janeiro a outubro), o total chega a US$ 8,031 bilhões, resultado 1,8% menor em relação ao ano anterior, com US$ 8,177 bilhões.

Já as exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2.366 toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,6% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2.083 toneladas.

Em receita, houve incremento de 43,4%, com US$ 6,051 milhões em outubro deste ano, contra US$ 4,219 milhões no mesmo período do ano passado. No ano, a alta acumulada chega a 151,2%, com 36.745 toneladas entre janeiro e outubro deste ano contra 14.626 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve incremento de 180,2%, com US$ 86,883 milhões nos dez primeiros meses deste ano, contra US$ 31,012 milhões no mesmo período do ano passado.

Fonte: Assessoria ABPA
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