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Ampliação de mercado da tilápia do Oeste é discutida em seminário

Um dos destaques foi a adesão dos municípios ao Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte, chancela que permite que os produtos inspecionados sejam comercializados em todo o Estado.

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Fotos: Camila Agner

Com o objetivo de ampliar o mercado e possibilitar maior competitividade aos produtores de tilápia da região Oeste, o Sebrae/PR conduziu um painel junto à Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), durante o 7º Seminário de Extensão em Piscicultura, realizado em Toledo, nos dias 22 e 23 desse mês.

Em pauta, um dos destaques foi a adesão dos municípios ao Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf), chancela que permite que os produtos inspecionados sejam comercializados em todo o Estado.

O consultor do Sebrae/PR, Emerson Durso, enfatizou que a adesão ao Sistema depende de vários fatores e que o primeiro passo é o esclarecimento sobre os requisitos que precisam ser cumpridos.

“Na região Oeste, muitos municípios são pequenos, limitando as possibilidades de venda dos produtores. Com a adesão ao Susaf-PR, o município atesta que cumpriu todas as regulamentações previstas e os interessados podem buscar essa chancela. Estamos trabalhando para que haja mais adesões e para que os produtos da nossa região possam ir cada vez mais longe”, relatou.

Com a adesão do município, os programas de controle são realizados de forma contínua e, por isso, asseguram a segurança de alimentos tais como industrializados coloniais, derivados de carne, leite, pescado, ovos e mel. Na prática, o Estado reconhece a boa estrutura do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) e sua capacidade para garantir a qualidade e o controle sanitário dos produtos de origem animal das agroindústrias. Com isso, possibilita que aquelas que foram inspecionadas e indicadas tenham o selo impresso nas embalagens, e os produtos possam ser vendidos em outros municípios paranaenses, além daquele de origem.

Além de Emerson, a mesa-redonda também contou com a participação de Arnaldo Augusto Lino, da Adapar; Sheila Cornelius Dresch, responsável técnica do Frigorífico Sardella, e Guilherme Augusto Dillenburg Destri, médico veterinário, coordenador do SIM/POA (entidade vinculada à Secretaria Municipal de Agricultura, responsável pela diligente inspeção e fiscalização da produção industrial e sanitária dos produtos de origem animal) de Toledo.

Esclarecimento e oportunidade

Gerson Alex é proprietário de uma unidade de beneficiamento de tilápias em Marechal Cândido Rondon. Ele conta que buscou o painel para compreender as possibilidades de expansão de mercado, principalmente por meio do Susaf.

“Já estamos nos mobilizando junto a outros empresários, para solicitar ao Poder Público o apoio para a adesão. Aqui, além dos esclarecimentos, também tive o apoio do Sebrae/PR, que poderá nos ajudar a levar esse projeto para a cidade e, com isso, beneficiar os pequenos produtores. Assim, podemos expandir o mercado e fazer os nossos negócios avançarem”, compartilha.

Bianca Barbosa de Paula é engenheira de pesca, e atua em um projeto junto ao IDR Paraná e Itaipu Binacional. Do painel, ela destacou a relevância dos responsáveis técnicos, figuras que foram enaltecidas durante a conversa.

“É essencial o produtor contar com responsável técnico que esteja habilitado para dar as orientações adequadas.  Aqui, todos os profissionais do painel enfatizaram isso, nos ajudando a orientar os produtores sobre esse papel relevante, já que quando falamos em produtos de origem animal, também estamos falando de alimentos que impactam nas vidas de muitas pessoas. É uma grande responsabilidade e foi muito importante ver o papel dos responsáveis técnicos sendo destacado”, comenta Bianca.

O acadêmico de agronomia e produtor de peixes Diovane Campos também participou da conversa. No contexto dele, a piscicultura é um negócio de família, já transmitido entre as gerações, desde o avô, que iniciou as atividades. Agora, o desafio é dar continuidade à empresa, mas avançando para além das fronteiras de Assis Chateaubriand, cidade sede da unidade.

“Trabalhávamos com abate do peixe para vender localmente antes e quero continuar esse trabalho, mas já pensando em crescer e fortalecer essa fonte de renda, que sustenta a minha família. Então, vim aqui hoje para buscar isso tudo e levar para o sítio, para que possamos regularizar o que pudermos e deixar tudo pronto para as vistorias e a adesão ao Susaf, quando isso for possível. Mas além do conhecimento, o evento também foi muito importante para fazer networking, conhecer outros produtores e me conectar com as pessoas da mesma área que eu”, relatou.

Brenda Pickler, coordenadora do Serviço de Inspeção Municipal de Ouro Verde do Oeste, também aproveitou o painel para tirar dúvidas.

“Nossa região já é destaque pela produção de tilápia, mas precisamos de orientação em todos os portes de empresas, principalmente nas pequenas e médias. Esse trabalho de conversar, esclarecer o tema e, principalmente, conscientizar sobre as fiscalizações e regulamentações, é essencial para que os produtores percebam que, mesmo nos pequenos negócios, é possível expandir. É uma oportunidade de motivar o avanço e a formalização”, destaca.

Fonte: Assessoria Sebrae

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IAT estabelece portaria orientativa sobre incêndios em imóveis rurais do Paraná

Entre as novidades do novo texto está a obrigação do aviso às autoridades por meio de boletim de ocorrência sobre esses incidentes em prazo máximo de 90 dias, além de apresentar termos de compromisso e projetos para reparação das áreas degradas.

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Foto: IAT

Foto: Gilson Abreu

Proprietários ou possuidores de imóveis rurais que foram atingidos por incêndios florestais acidentais ou criminosos terão até 90 dias para relatar os danos ambientais ocorridos, com formalização de boletim de ocorrência e obrigação de reparação do dano ambiental. A orientação consta na Portaria nº 360/2024elaborada pelo Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest). O texto estabelece também novos procedimentos que precisam ser adotados em caso de queimadas.

O documento é um complemento ao Decreto Estadual nº 7.258, publicado em setembro, que, em razão da situação de emergência em algumas regiões do Paraná por causa da falta de chuvas, autorizou a dispensa de licitação em contratos de prestação de serviços, obras e aquisição de bens necessários ao combate à estiagem pelo prazo máximo de 180 dias. Este ano, de acordo com o Corpo de Bombeiros, o Estado contabilizou 12.808 ocorrências, o dobro de casos em relação a 2023 (6.495) e quase o triplo no comparativo com 2022 (4.659).

“As ações visam uma comunicação mais efetiva, que vai permitir ao Instituto Água e Terra ter o controle das ocorrências no Estado, além de permitir maior fiscalização sobre os casos de incêndios. Sem contar a agilidade de recomposição da área afetada”, explica o gerente de Monitoramento e Fiscalização do IAT, Álvaro Cesar de Goes.

“É também uma possibilidade para o proprietário esclarecer o que de fato aconteceu, uma defesa. A depender da apuração, pode ser que nem a multa seja aplicada em alguns casos”, acrescenta ele.

Entre os diferentes cuidados obrigatórios estabelecidos pela Portaria está a obrigatoriedade de emissão de um boletim de ocorrência, registrado por uma autoridade policial competente, constando informações como a data da ocorrência, as causas ou suspeitas do incêndio, descrição local, como e onde ocorreu e os danos causados. O documento pode ser emitido de forma presencial ou online.

Será preciso também que o proprietário compareça pessoalmente à Gerência Regional de Bacia Hidrográfica/Núcleo do IAT responsável pela área de atuação em um prazo de até 15 dias após a lavratura do boletim de ocorrência, com os documentos comprobatórios declarados à polícia.

A partir disso, sob a orientação e a critério dos técnicos do IAT, poderá ser celebrado um Termo de Compromisso de Reparação de Dano Ambiental, que pode ser a indicação para plantio de espécies nativas ou o abandono da área para regeneração natural. Além disso, o órgão vai avaliar a necessidade da elaboração e apresentação de um Projeto de Recuperação de Áreas Degradas (PRAD) para a área afetada.

O IAT fornecerá mudas nativas para a reparação, seguindo o cronograma e as regras estabelecidas pelo PRAD. “O objetivo é recuperar a área afetada contando com a colaboração dos próprios proprietários”, afirma o gerente.

Fonte: AEN-PR
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Ministro da Agricultura e Pecuária destaca protagonismo das mulheres no sucesso do agro brasileiro

Agropecuária do Brasil vem se fortalecendo cada vez mais por meio da adoção de boas práticas, e a presença feminina tem sido fundamental nesse processo.

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Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro - Foto: Divulgação/Mapa

Nesta última quarta-feira (23), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou da 9ª edição do Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, realizado no Transamerica Expo Center, em São Paulo. Durante o evento, que ocorreu nos dias 23 e 24 de outubro, Fávaro abordou o papel do Brasil no mercado agropecuário global e ressaltou a importância crescente das mulheres no setor.

Durante o discurso, Fávaro destacou que, ao longo dos últimos 50 anos, o Brasil consolidou sua vocação como produtor de alimentos de qualidade, com práticas agrícolas modernas e sustentáveis, o que tornou o agronegócio a mola propulsora da economia nacional. Ele enfatizou que esse avanço teve início com a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que hoje é presidida por Silvia Massruha, a primeira mulher a ocupar o cargo.

“A agropecuária brasileira vem se fortalecendo cada vez mais por meio da adoção de boas práticas, e a presença feminina tem sido fundamental nesse processo. As mulheres estão transformando o campo e, no setor público, não é diferente. Pela primeira vez, a Embrapa é liderada por uma mulher, e, em sua diretoria, composta por cinco membros, três são mulheres. Essa representatividade impulsiona o papel feminino na agropecuária e garante a continuidade de uma produção agrícola cada vez mais sustentável”, afirmou Fávaro.

O ministro também mencionou o recente descerramento da pedra fundamental da nova Unidade Mista de Pesquisa e Inovação da Embrapa, que será instalada em Nossa Senhora do Livramento (MT), na Baixada Cuiabana. A unidade terá foco na agricultura familiar e em cadeias produtivas como fruticultura, olericultura, mandiocultura, piscicultura, além de sistemas agroflorestais (SAF) e integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).

“Conto essa história para deixar uma mensagem especial: se você quer sucesso em empreendimentos como uma propriedade agrícola, uma distribuidora de frutas ou uma empresa de fruticultura, a presença feminina é essencial. O ponto de vista das mulheres faz toda a diferença”, acrescentou o ministro.

Fávaro também abordou temas como clima e sanidade, destacando que o clima é um dos grandes ativos do Brasil para impulsionar sua produção. Ele reafirmou o compromisso dos produtores brasileiros com a sustentabilidade ambiental. “O Brasil continuará a intensificar sua produção, mas sempre com responsabilidade ambiental. É essa postura que nos permite acessar mercados mais exigentes e garantir a continuidade da nossa produção”, destacou.

Além disso, o ministro ressaltou a importância do sistema de defesa agropecuária do Brasil. “Nosso sistema é altamente eficiente, garantindo qualidade e competitividade. Um exemplo é a gripe aviária, que circula no mundo há 15 anos, mas o Brasil continua sendo um dos dois únicos países livres da doença em plantéis comerciais. Isso é fruto da competência dos nossos produtores e da atuação do sistema público. O resultado? Quase 40% do frango consumido no mundo é produzido aqui, gerando empregos e oportunidades”, explicou.

O ministro destacou o momento q favorável para as relações diplomáticas do Brasil no setor agropecuário. “Lançamos o Programa Nacional de Recuperação de Pastagens Degradadas, que abrange 40 milhões de hectares aptos para recuperação. Isso nos permitirá dobrar a produção sem derrubar uma única árvore”, afirmou.

Por fim, o ministro celebrou as oportunidades que essas iniciativas criam para o agronegócio brasileiro. “Nos últimos 20 meses, abrimos 265 novos mercados para os produtos agropecuários, abrangendo 61 países, com recordes inéditos, como a exportação de carne para o México e de algodão para o Egito. E em breve teremos novos anúncios”, concluiu Fávaro.

Fonte: Assessoria Mapa
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Notícias Em Curitiba - no Paraná

PCPR prende suspeitos por adulteração de farelo de soja destinado à exportação

Em ação conjunta com o Mapa, foram apreendidos um trator avaliado em mais de R$ 700 mil, um caminhão, cerca de 300 toneladas de farelo de soja adulterado e materiais utilizados no processo de falsificação.

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Foto: PCPR

A Polícia Civil do Paraná (PCPR), em ação conjunta com o Ministério da Agricultura e Pecuária, prendeu em flagrante três indivíduos envolvidos em um esquema de adulteração de farelo de soja. A operação ocorreu nesta última quarta-feira (23) em um barracão localizado em Curitiba e utilizado para adulterar cargas destinadas ao Porto de Paranaguá.

Os suspeitos foram autuados por corromper, adulterar, falsificar ou alterar substâncias alimentícias destinadas ao consumo.

Durante a operação, além das prisões, foram apreendidos um trator avaliado em mais de R$ 700 mil, um caminhão, cerca de 300 toneladas de farelo de soja adulterado e materiais utilizados no processo de falsificação. A ação teve o apoio técnico do Ministério, que auxiliou na fiscalização e classificação dos produtos.

As investigações começaram após denúncias indicando que caminhoneiros estavam desviando da rota original para adulterar as cargas. A adulteração consistia na substituição parcial do farelo de soja por materiais como areia, cascas e outros resíduos, comprometendo a qualidade do produto exportado.

“O barracão vinha sendo monitorado pela PCPR após identificarmos um fluxo irregular de caminhões desviando da rota com destino a Paranaguá. Esta ação conjunta visa coibir essa prática, que vem ganhando notoriedade nos últimos tempos”, explicou o delegado da PCPR André Feltes.

As investigações seguem a fim de identificar outros envolvidos na prática criminosa.

O auditor agropecuário do Ministério Fernando Mendes destaca que o Brasil é o maior exportador mundial de soja e que esse tipo de crime tem o potencial de comprometer a imagem do país como fornecedor seguro e confiável no mercado internacional.

“O Ministério da Agricultura, em articulação com a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Paraná e com a colaboração do setor produtivo organizado, tem atuado fortemente na repressão dessas ações. Estamos presentes nas fábricas de farelo de soja, nos exportadores, nos terminais de embarque portuário e na emissão do certificado internacional quando o produto já está embarcado no navio”, disse.

“Qualquer fraude ou falha nos protocolos para atendimento dos requisitos internacionais será objeto de atuação dura por parte do Ministério da Agricultura e Pecuária”, afirma Mendes.

Fonte: AEN-PR
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