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Notícias Unidos pelo agro

América do Sul quer protagonismo no agro global e mira crescimento de 30% até 2050

Durante a 2ª Cúpula Agro Global Sul-Americana, parlamentares e especialistas destacam a integração regional, a sustentabilidade e a inovação como caminhos para ampliar a participação sul-americana no mercado mundial de alimentos.

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Foto: Shutterstock

Deputados e senadores da América do Sul reafirmaram a relevância do agronegócio global durante o segundo dia da 2ª Cúpula Agro Global Sul-Americana, realizada na última quinta-feira (24), no Congresso Nacional da Argentina, em Buenos Aires. A delegação da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), composta por 13 parlamentares e liderada pelo deputado Pedro Lupion (PP-PR), presidente da bancada, reforça a necessidade de integração regional para enfrentar os desafios do setor.

Foto: Divulgação/FPA

A cerimônia de abertura contou com a participação do deputado Martín Menem, presidente da Câmara dos Deputados da Argentina; do deputado Atilio Benedetti, presidente da Comissão de Agricultura e Pecuária da Câmara dos Deputados; da presidente da Fundación Barbechando, Ángeles Naveyra; do deputado Pedro Lupion, além de parlamentares do Brasil, Colômbia, Paraguai, Peru e Uruguai.

“Temos nossas questões concorrenciais com nossos irmãos latino-americanos, mas também temos pautas que nos unem, como o fortalecimento da produção do continente, e temas de comércio exterior, como o acordo União Europeia e Mercosul, que retornou à pauta dos europeus depois das ações dos EUA. Com o Agro Global, estreitamos os laços com parlamentos sul-americanos e, principalmente, com aqueles que defendem os produtores rurais em seus respectivos países”, disse o líder da bancada.

O primeiro painel do evento, intitulado “Uma região, desafios compartilhados”, foi conduzido por Nelson Illescas, do Grupo de Países Produtores do Sul (GPS), e por Manuel Otero, diretor-geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). Ambos destacaram o papel estratégico da América do Sul como fornecedora global de alimentos, energia e minerais.

Illescas defendeu maior coordenação entre os países da região diante de um cenário internacional marcado por instabilidades e barreiras comerciais. Ele alertou para as dificuldades na implementação de acordos multilaterais, como o Acordo de Paris, e para os riscos impostos por regulações unilaterais, como as da União Europeia. Segundo ele, a região possui potencial para atrair investimentos e se consolidar como fornecedora confiável, com base em três pilares: cooperação com o ocidente, parcerias com países produtores de petróleo e ampliação do comércio com a Ásia.

Na sequência, Manuel Otero ressaltou a importância do setor agropecuário para a economia global, destacando que a América do Sul representa atualmente 8% da produção mundial de alimentos, com previsão de crescimento para 30% até 2050. “Nosso setor agropecuário é estratégico, e precisamos acreditar em nosso potencial”, destacou, mencionando a liderança da região na produção de soja e as exportações de US$ 210 bilhões entre 2020 e 2023.

O diretor do IICA também enfatizou o uso sustentável dos recursos naturais e o protagonismo da América do Sul no combate às mudanças climáticas. Destacou ativos como o Aquífero Guarani, a biomassa para biocombustíveis e as florestas tropicais. Para ele, é essencial adaptar os modelos produtivos à nova realidade climática e tecnológica, integrando inovação, economia verde e resiliência.

“O mundo está mudando. Estamos enfrentando eventos climáticos mais frequentes e intensos, além de pressões crescentes sobre os recursos. Precisamos transformar nossos desafios em oportunidades, unindo economia, robótica e inovação”, concluiu.

Ao longo do dia, outros especialistas participam de painéis sobre as oportunidades e barreiras ao comércio global de produtos agropecuários sul-americanos; infraestrutura, conectividade e tecnologia para o desenvolvimento rural; e o papel dos parlamentos na formulação de políticas públicas eficazes para o setor.

Fonte: Assessoria FPA

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Santa Catarina mantém 93% das lavouras de milho em boa condição no início da safra

Epagri/Cepa registra avanço consistente do plantio, com alertas para falhas de germinação e manejo fitossanitário.

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O avanço do plantio do milho em Santa Catarina, que já alcança 92% da área prevista para a safra de verão 2025/2026, confirma um início de ciclo predominantemente positivo no estado, mas acompanhado de sinais de alerta pontuais. Segundo o Boletim Agropecuário da Epagri/Cepa, 93% das lavouras são classificadas como boas, um indicador robusto para o período, porém a evolução do desenvolvimento apresenta nuances importantes entre as microrregiões produtoras.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

De maneira geral, o estabelecimento das plantas ocorreu dentro do esperado, com solo apresentando boa umidade e clima favorável nas principais áreas de produção. Ainda assim, a distribuição das chuvas definiu comportamentos distintos entre as regiões, influenciando estandes, sanidade e andamento dos tratos culturais.

No Alto Vale do Itajaí, onde 90% das lavouras estão em boas condições, o desenvolvimento vegetativo é satisfatório, com umidade adequada e apenas focos pontuais de percevejos e cigarrinha. Situação semelhante aparece em Campos de Lages, Planalto Norte e Concórdia, todas com 100% das lavouras avaliadas como boas, apresentando germinação regular, plantas sadias e baixa pressão de pragas. Em Concórdia, inclusive, as primeiras áreas já entraram em floração.

Outras regiões apresentam ritmos distintos. Em Joaçaba, por exemplo, parte das áreas atrasou o plantio devido ao excesso de chuva, e os técnicos registraram ocorrências de percevejo, lagarta e tripes. Já no Litoral Norte, apesar de 100% de condição boa, o excesso de precipitação provocou falhas de germinação, especialmente em lavouras entre os estádios V3 e V8.

No Oeste, regiões importantes para o milho catarinense também mostram realidades variadas. Chapecó/Xanxerê registra 90% das

Foto: Gessí Ceccon

lavouras em boas condições, com plantas em V6 e crescimento favorecido por radiação solar. Em São Miguel do Oeste, o plantio já está finalizado, com início de floração e controle de cigarrinha e ervas daninhas em andamento; 94% das lavouras são classificadas como boas.

O extremo Sul do estado, por sua vez, vem sendo impactado por chuvas intensas. Ainda que 98% das áreas apresentem condição boa, os agrônomos alertam para os efeitos acumulados da umidade elevada nas fases seguintes do desenvolvimento. Em Curitibanos, a semana chuvosa também impôs ajustes no cronograma de tratos culturais, embora as lavouras sejam avaliadas como boas a ótimas.

No cenário estadual, a cigarrinha-do-milho continua sob vigilância, embora com baixa incidência até o momento. A manutenção de condições de sanidade dependerá do monitoramento contínuo e da disciplina no manejo fitossanitário, especialmente em áreas com histórico de enfezamento e maior pressão de insetos.

A Epagri/Cepa reforça que, apesar dos pontos de atenção, o potencial produtivo da safra é positivo. Os próximos dias, marcados pelo comportamento das chuvas e pela manutenção de temperaturas adequadas, serão decisivos para consolidar esse cenário. Se as condições atuais persistirem, Santa Catarina tende a iniciar a colheita com nível elevado de desempenho agronômico e produtivo.

Fonte: O Presente Rural
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Custos de produção recuam no frango e avançam no suíno em outubro

Levantamento da Embrapa mostra alta no custo do suíno vivo em Santa Catarina e queda no frango de corte no Paraná, com impacto direto da variação da ração.

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Os custos de produção de suínos e de frangos de corte tiveram comportamentos diferentes em outubro conforme levantamento da Embrapa Suínos e Aves por meio da Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS).

Em Santa Catarina, o custo de produção do quilo do suíno vivo foi de R$ 6,35 em outubro, alta de 1,09% em relação ao mês anterior, com o ICPSuíno chegando aos 363,01 pontos. No acumulado de 2025, o índice também registra aumento (2,23%).

Em 12 meses, a variação é de 2,03%. A ração, responsável por 70,72% do custo total de produção na modalidade de ciclo completo, subiu 1,28% no mês.

No Paraná, o custo de produção do quilo do frango de corte baixou 1,71% em outubro frente a setembro, passando para R$ 4,55 e com o ICPFrango atingindo 352,48 pontos.

No acumulado de 2025, a variação é negativa, de -4,90%. No comparativo de 12 meses o índice também registra queda: -2,74%. A ração, que representou 63,10% do custo total em outubro, baixou 3,01% no mês.

Santa Catarina e Paraná são estados de referência nos cálculos dos Índices de Custo de Produção (ICPs) da CIAS, devido à sua relevância como maiores produtores nacionais de suínos e frangos de corte, respectivamente.

A CIAS também disponibiliza estimativas de custos para os estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, fornecendo subsídios importantes para a gestão técnica e econômica dos sistemas produtivos de suínos e aves de corte.

App Custo Fácil

Aplicativo gratuito da Embrapa que gera relatórios personalizados das granjas e diferencia despesas com mão de obra familiar. Disponível para Android na Play Store.

Planilha de Custos

Ferramenta gratuita para gestão de granjas integradas de suínos e frangos de corte, disponível no site da CIAS

Fonte: Assessoria Embrapa Suínos e Aves
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Dilvo Grolli recebe Menção Honrosa da ABCA por sua contribuição à agronomia brasileira

Reconhecimento destaca seu papel no avanço científico, na inovação cooperativista e na consolidação do Show Rural como vitrine tecnológica do agro.

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A Academia Brasileira de Ciência Agronômica (ABCA) prestou, dias atrás, homenagem especial ao presidente da Coopavel, Dilvo Grolli. Ele recebeu o título de Menção Honrosa pela relevante contribuição ao fortalecimento da Engenharia Agronômica no Paraná e no Brasil. O reconhecimento é concedido a personalidades que, além de estimular avanços científicos e tecnológicos no agro, destacam-se como empreendedores que impulsionam o crescimento de suas regiões e do País.

Fotos: Divulgação/Coopavel

Dilvo Grolli tem trajetória reconhecida no cooperativismo paranaense e nacional. Sua visão de futuro e capacidade de liderança contribuíram para transformar a Coopavel em uma das cooperativas mais respeitadas do País, referência em gestão, inovação e apoio ao produtor rural. Ele também é um dos idealizadores do Show Rural Coopavel, criado ao lado do agrônomo Rogério Rizzardi, evento que se tornou um dos maiores centros difusores de tecnologia agrícola do mundo e que impacta diretamente a evolução do agronegócio paranaense e de estados vizinhos.

Exemplo

O presidente da ABCA, professor-doutor Evaldo Vilela, destacou a grandeza dessa contribuição ao afirmar que Dilvo Grolli é um exemplo de liderança que transforma. “Sua dedicação ao cooperativismo, ao conhecimento agronômico e à inovação, traduzida na criação do Show Rural, tem impacto direto no desenvolvimento sustentável do agro brasileiro”.

Ao agradecer a honraria, Dilvo ressaltou o papel indispensável da Engenharia Agronômica para o Brasil. “A agronomia é uma das bases que sustentam o agronegócio moderno. Sem esse conhecimento técnico e científico, o campo não teria alcançado o nível de produtividade e competitividade que hoje coloca o Brasil entre os maiores produtores de alimentos do mundo”, afirmou. Também destacou a importância dos agrônomos ao sucesso das cooperativas: “Profissionais da agronomia têm participação decisiva no crescimento de instituições como a Coopavel, que chega aos seus 55 anos dedicada ao desenvolvimento da agropecuária brasileira”.

A solenidade também enalteceu outros líderes locais, entre eles o empresário Assis Gurgacz, igualmente homenageado por sua atuação e pelo apoio contínuo ao desenvolvimento do setor produtivo, e a agronomia por meio da FAG. O professor Evaldo destacou que figuras como Dilvo Grolli e Assis Gurgacz ajudam a consolidar um ambiente favorável à inovação, à sustentabilidade e ao aprimoramento técnico da agropecuária brasileira, bem como da agronomia.

 

Fonte: Assessoria Coopavel
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