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Alto escalão do governo debate inserção do produto brasileiro no mundo islâmico
O Brasil já tem uma participação importante neste mercado, especialmente no segmento de alimentos.
O vice-presidente da República e ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Geraldo Alckmin e o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, são esperados na abertura do Global Halal Brazil Business Forum, a partir das 8 horas do dia 23 de outubro, em São Paulo (SP). O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, é esperado no encerramento do evento, no dia 24, por volta das 12 horas. O evento terá transmissão pelo canal Câmara Árabe TV, no YouTube, e pela plataforma Zoom (inscrição aqui), com tradução simultânea para português e inglês nos dois espaços.
Além dos ministros de Estado, também são esperados o governador paulista Tarcísio Freitas (Republicanos), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), o vice-decano do Conselho de Embaixadores Islâmicos, Nabil Adghoghi (embaixador do Marrocos no Brasil), o presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB), Osmar Chohfi, o presidente da certificadora Fambras Halal, Mohamed Zoghbi, além do secretário-geral da Câmara Islâmica de Comércio, Indústria e Agricultura, Youssef Kalawi.
O evento também deve reunir representantes de empresas com operações relevantes em mercados islâmicos. Às 10:10 da manhã do dia 23, Leonardo Dall’Orto, vice-presidente de mercado internacional e planejamento da BRF, deve recontar a trajetória da empresa no mundo muçulmano. Um pouco mais tarde, às 11:40 do mesmo dia, João Campos, CEO da Seara Alimentos, deve abordar a estratégia de sustentabilidade do grupo, assim como o faz pouco depois, mas na perspectiva de sua empresa, Paulo Painez, diretor de sustentabilidade e comunicação da Marfrig.
Realizado pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira e a Fambras Halal, o Global Halal Brasil Business Forum em sua segunda edição já é o principal espaço de debate sobre as oportunidades existentes no mercado de consumo muçulmano, que engloba 1,9 bilhão de pessoas, quase ¼ da população mundial. Esse imenso contingente de pessoas movimentou em 2021 cerca de US$ 2 trilhões nos segmentos da economia real, no caso alimentação, fármacos, cosméticos, moda, entretenimento e turismo, montante este que deve avançar para US$ 2,8 trilhões em 2025, segundo o The State of Islamic Economy Report 2022.
O Brasil já tem uma participação importante neste mercado, especialmente no segmento de alimentos. Segundo dados compilados pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, em 2022, país exportou US$ 23,41 bilhões em alimentos e bebidas para os 57 países de maioria muçulmana da Organização para Cooperação Islâmica (OCI), consolidando a liderança no fornecimento de gêneros alimentícios ao bloco, à frente de países como Estados Unidos, Indonésia, Turquia, Austrália e China, que contam com indústrias alimentícias competitivas e também especializadas em mercados islâmicos.
Embaixador Osmar Chohfi, presidente da Câmara Árabe-Brasileira, que foi secretário-geral do Itamaraty, chefiou embaixadas na Espanha e no Equador, além da missão brasileira na Organização dos Estados Americanos, lembra que o Brasil se inseriu nesse mercado um tanto por acaso. No fim da década de 1970, na esteira da Crise do Petróleo, o país começou a trocar frango por combustível fóssil com a Arábia Saudita, tendo seu primeiro contato efetivo com um mercado islâmico e suas particularidades, como a necessidade de que os gêneros alimentícios fossem produzidos em respeito às tradições do islã.
De lá para cá, o Brasil constituiu uma indústria de proteína animal altamente competitiva e especializada, capaz de exportar de 30% a 40% da produção total de derivados de aves e bovinos para países islâmicos com certificação halal, selo que atesta produção conforme à tradição islâmica de criação, rito de abate e processamento animal. Com o tempo o país se tornou o maior exportador mundial de proteína halal e ganhou espaços adicionais importantes nos segmentos de grãos, cereais, café, açúcar, frutas e outros alimentos básicos.
Para Chohfi, no entanto, embora o atual comércio seja expressivo, ainda há o desafio de diversificar a pauta de exportações e ampliar a participação de itens de valor agregado, sobretudo alimentos industrializados, onde há espaço para crescer. Segundo o ex-diplomata, embora o Brasil já seja o principal fornecedor de alimentos da OCI, o país responde por apenas 10% das compras externas do bloco, fornecendo essencialmente granéis agropecuários.
“O avanço do comércio de alimentos entre o Brasil e o mundo muçulmano passa por uma estratégia conjunta de governo e setor privado para posicionar o produto brasileiro em mercados muçulmanos e ampliar a oferta de gêneros alimentícios com certificação halal, ou seja, de produção conforme às tradições do consumidor muçulmano, exigido na maioria dos países da OCI, sobretudo dos itens de valor agregado, como os alimentos industrializados, que demandam insumos de diferentes cadeias”, defende o ex-diplomata.
Uma das iniciativas de promoção do halal brasileiro no exterior é o Projeto Halal do Brasil, realizado conjuntamente pela Câmara Árabe-Brasileira e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil). No fórum, Chohfi pretende atualizar os resultados já alcançados pelo projeto, que desde o ano passado vem promovendo ações para dar visibilidade ao alimento brasileiro halal em feiras especializadas no exterior, além de estimular empresas a adotarem a primeira certificação para seus produtos.
Para Mohamed Zoghbi, presidente da FAMBRAS Halal, as indústrias ainda precisam conhecer o potencial do mercado islâmico. “O Brasil é um país de minoria islâmica, muitos não sabem o que é o halal. Uma das nossas missões como pioneiros neste mercado é compartilhar conhecimento. Países islâmicos buscam marcas transparentes, que ofereçam produtos seguros e de qualidade, além de tratar consumidores e meio ambiente com respeito, e as empresas brasileiras têm condições de corresponder a essas expectativas”.
A programação do evento prevê rodadas de negócios entre compradores trazidos de países muçulmanos e empresas brasileiras participantes do Halal do Brasil, já certificadas ou aptas a exportar. A expectativa é que a interação resulte em negócios diretos ou iniciem aproximações que se convertam em vendas futuras. Os compradores também farão visitas a empresas pré-selecionadas pela Câmara Árabe interessadas em iniciar vendas para mercados islâmicos.
A Câmara Árabe e Fambras Halal também devem fechar convênios de estímulo à produção de bens e serviços halal com os governos de São Paulo, Rondônia, Tocantins e com o Consórcio de Estados Nordestinos. A programação reserva o Congresso Técnico-Científico Halal (CTec Halal), primeiro evento do gênero na América Latina, da International Halal Academy, entidade de formação, treinamento, qualificação e capacitação continuada no segmento halal.
Fazem parte da programação a apresentação de 10 trabalhos técnico-científicos sobre halal e o “Curso de Capacitação em Turismo Halal”, no qual os participantes aprenderão sobre práticas, ética e atendimento ao viajante muçulmano, realizado em parceria com a Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo.
O Global Halal Brazil Business Forum é realizado em parceria com a Apex Brasil, com a Câmara Islâmica de Comércio, Indústria e Agricultura, e com a União das Câmaras Árabes. O evento tem apoio institucional da Halal Academy.
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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo
Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024
No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.
Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.
“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.
Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.
“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.
Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.
As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.
Mudanças estabelecidas
Prazos
Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.
O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.
Desburocratização da declaração
A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.
A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado
Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.
Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.
A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.
Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.
A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.
Ameaças sanitárias e os impactos para a economia
No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.
A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul
Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.
O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.
A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.
Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.
Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.
“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.
O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.
Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.
Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.
Veja aqui o vídeo do presidente.