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Altas produtividades marcam 20ª edição do Rally da Safra

Em cenário de preços baixos, expedição técnica confirma recorde na produção de milho segunda safra.

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Foto: Divulgação/Rally da Safra

A segunda safra de milho no Brasil revela um cenário surpreendente de produtividade, em um período de preocupação generalizada com os preços baixos. Técnicos de seis equipes do Rally da Safra confirmaram um novo recorde de produção após mais de 450 avaliações realizadas em campo nesta etapa: 107,2 milhões de toneladas, volume 16,1% acima da temporada passada, em área de 16,9 milhões de hectares.

Na largada da etapa milho (em 23 de maio), a estimativa era de 102,4 milhões de toneladas. A produtividade média nacional é estimada em 105,5 sacas por hectare – ou 14,8% sobre a safra passada.

A atual temporada teve início com todas as atenções voltadas ao ritmo mais lento de plantio, em função do alongamento do ciclo da soja e das constantes chuvas na colheita.

Esse cenário aumentou o risco climático da segunda safra de milho, em função da possibilidade de interrupção precoce das chuvas e ocorrência de geadas em junho, em especial nos estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo e Minas Gerais. “À medida que a segunda safra foi avançando, as equipes constataram condições favoráveis e os riscos foram se dissipando. Apesar de a colheita se estender até setembro, possíveis perdas por intempéries climáticas a partir de agora serão mais reduzidas, o que confirma uma safra muito boa”, afirma André Debastiani, coordenador do Rally da Safra.

Destaque

O Mato Grosso é o principal destaque da segunda safra de milho, com recorde de produtividade de 120,1 sacas por hectare – quatro sacas a mais em relação à projeção na largada da etapa milho e 15% superior à safra passada. O resultado se deve, em especial, à melhor distribuição de chuvas que permitiu um bom desempenho das lavouras precoces, médias e, principalmente, as tardias.

A área plantada no estado foi revisada para 7,43 milhões de hectares – 8,9% a mais que na safra passada – e a produção deverá ficar acima de 53,5 milhões de toneladas. Goiás também registra recorde de produtividade: 116,9 sacas por hectare, diante de uma projeção inicial de 114 sacas por hectares. O resultado é 44% maior que na safra passada (81,3 sacas por hectare).

No Mato Grosso do Sul, apesar do atraso na colheita – que alcança 8% da área cultivada, oito pontos percentuais abaixo da média dos últimos cinco anos, as avaliações apontam para um novo recorde de produtividade de 96,5 sacas por hectare. Cenário semelhante pode ser visto no Paraná, com produtividade estimada em 96,6 sacas por hectare, onde a colheita é a mais atrasada do país – apenas 5% da área colhida (13 pontos percentuais abaixo da média das últimas cinco temporadas). A produtividade não será maior porque a região norte do estado foi afetada pela estiagem em maio, que limitou o potencial produtivo. O atraso nos dois estados ocorre devido à implantação mais tardia e, também, pelos dias mais frios, que levam o milho a perder umidade mais lentamente. “Os quatros principais fatores por trás dessa supersafra são a melhor distribuição de chuvas, maior quantidade de plantas, espigas e grãos por hectare, boa sanidade e o ótimo desempenho das lavouras tardias”, afirma o coordenador do Rally.

Desafios da safra 

Se por um lado o produtor comemora uma ótima produtividade, por outro ele lamenta não ter comercializado a safra antecipadamente. A queda de preços, que se intensificou a partir de abril, traz preocupação com a rentabilidade da safra atual e com o planejamento da próxima safra.

Entre os desafios de uma safra de 107,2 milhões de toneladas estão a colheita e o armazenamento dessa produção. Segundo estimativas da Agroconsult, organizadora do Rally, os meses de agosto e setembro irão concentrar 38% da colheita dos estados do Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná, contra 25% na safra anterior, o que representa um volume adicional de 15,8 milhões de toneladas colhidos nesse período.

No Mato Grosso, por exemplo, o ritmo de colheita está baixo, pois não há espaço suficiente nos armazéns e muitas empresas têm recorrido ao silo bolsa, o que atrasa a operação. O terceiro desafio é dar vazão a todo esse volume.

Apesar do bom desempenho do mercado interno, que deve responder por 81,3 milhões de toneladas, ainda haverá milho suficiente para exportar outros 54,1 milhões de toneladas. Atualmente, o milho brasileiro é o mais competitivo do mundo, com a China demandando o cereal. “A dúvida é se vamos conseguir superar as dificuldades para entrega”, aponta Debastiani.

Um milhão de quilômetros

O Rally da Safra conta com mais de um milhão de quilômetros percorridos e 32 mil lavouras avaliadas nas 19 edições anteriores. Patrocinam a 20ª edição da expedição, em 2023: FMC, Prometeon, OCP Brasil, Santander e SoyTech. Seis equipes técnicas do Rally avaliaram as lavouras de milho segunda safra de 21 de maio a 01 de julho. Outras 17 equipes realizaram o levantamento das condições das lavouras de soja desde janeiro, com mais de 80 mil quilômetros percorridos. Quatro equipes realizaram visitas técnicas aos produtores entre abril e maio.

O trabalho de campo do Rally ocorre durante a fase de desenvolvimento das lavouras e colheita e os técnicos percorrem polos produtores em 12 estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins, que respondem por 95% da área de produção de soja e 72% da área de milho.

Fonte: Assessoria Rally da Safra

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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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