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Alta nos preços de commodities e tensão no Oriente Médio impulsionam importação de fertilizantes
Volume acumulado de janeiro a setembro chegou a 31,81 milhões de toneladas, representando aumento de 10,9% em relação ao mesmo período de 2023.
As importações de fertilizantes atingiram 4,6 milhões de toneladas em setembro de 2024, volume 17,9% superior ao mesmo período do ano anterior, impulsionadas pela elevação nos preços da soja e do algodão, além da desvalorização do dólar. O volume acumulado de janeiro a setembro chegou a 31,81 milhões de toneladas, representando aumento de 10,9% em relação ao mesmo período de 2023, sendo o maior registro para setembro na série histórica.
A intensificação do conflito no Oriente Médio tem influenciado o ritmo das compras. Diante do cenário, especialistas recomendam que agricultores antecipem suas aquisições para evitar possíveis problemas de oferta e aumentos abruptos nas cotações dos fertilizantes. A análise consta no Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O boletim mostra também que as exportações de milho em setembro atingiram 6,42 milhões de toneladas, contra 6,06 milhões observadas no mês passado, um aumento de 5,9%, impulsionado pelos elevados estoques do cereal na mão das empresas e pela necessidade de abertura de espaços para a recepção da nova safra.
Com relação às exportações de soja em setembro, estas chegaram a 6,11 milhões de toneladas contra 8,04 milhões ocorridas no mês anterior, um decréscimo de 24%. Isso representa um movimento de quedas mensais, em um mercado que tem apresentado flutuações, influenciadas por fatores relacionados ao incremento da oferta mundial e pelo câmbio.
Fretes – Na Bahia, no mês passado, o transporte de grãos e fertilizantes apresentou comportamento variado conforme a região produtora, com alta na praça de Irecê, queda na praça de Barreiras e estabilidade e posterior queda na praça de Paripiranga. No mercado interno, foi observada fraca comercialização de milho, sendo registrada estabilidade nos preços, na faixa de R$ 55,00/saca.
Já no Distrito Federal, em comparação com o mês anterior, os fretes em setembro registraram variações positivas nas praças de Guarujá em São Paulo, Imbituba em Santa Catarina e Paranaguá no Paraná, com incrementos de 2%, 1% e 2%, respectivamente. As demais rotas apresentaram recuos, com destaque para Uberaba em Minas Gerais, que reduziu em 2%.
Em Mato Grosso, o mercado de fretes se posicionou oscilando próximo à estabilidade em setembro. Em todos os casos, com variações bastante moderadas, em continuidade ao cenário observado no mês anterior. A conjuntura segue com os mesmos fundamentos registrados, referentes às commodities soja e milho, influenciando a intensidade do fluxo de escoamento e os fretes rodoviários. De modo geral, a comercialização de soja e de milho segue atrasada e em ritmo relativamente lento, ainda que os preços venham subindo paulatinamente e ofereçam algumas janelas de negócios. É importante destacar que há ainda muito milho a ser escoado, o que deve manter os fretes rodoviários com algum suporte nos próximos meses.
Finalmente, em Minas Gerais, os embarques de grãos e sementes, no decorrer de setembro, foram considerados acima do previsto para o período do ano. Houve demanda para o transporte de soja e milho para Paranaguá e Vitória, de onde se registrou bom movimento de fretes de retorno transportando fertilizantes. As exportações do agronegócio em Minas Gerais atingiram um marco histórico nos primeiros oito meses de 2024, registrando o melhor desempenho desde 1997, início da série histórica. Com um crescimento de 15% na receita e 14% no volume exportado em relação ao ano anterior, o setor alcançou US$ 11,1 bilhões e 12,4 milhões de toneladas embarcadas.
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Emirados importam 126% mais carne bovina do Brasil
País árabe foi o terceiro maior destino das exportações brasileiras de carne bovina de janeiro a outubro, com uma fatia de 4,7% do total.
Os Emirados Árabes Unidos aumentaram em 126% as compras de carne bovina do Brasil em volume de janeiro a outubro deste ano em relação ao mesmo período de 2023 e ficaram na terceira posição no ranking de importadores do período, de acordo com informações divulgadas pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) na última sexta-feira (8).
O país árabe ficou com fatia de 4,7% das exportações brasileiras de carne bovina, pelo critério quantidade, nos primeiros dez meses do ano, com um total de 125,6 mil toneladas adquiridas. Também houve aumento nos valores. As importações dos Emirados somaram US$ 569,2 milhões no período, com alta de 133%.
No total, o Brasil exportou 2,6 milhões de toneladas de carne bovina de janeiro a outubro, com aumento de 34% no volume. A receita ficou em US$ 10,774 bilhões, 23% maior a igual período de 2023. Em outubro, individualmente, os embarques de carne bovina do Brasil somaram 319,3 mil toneladas, aumento de 34%, e a receita foi de US$ 1,38 bilhão, 4% maior.
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Brasil debate mecanismos para a inclusão da agricultura familiar nas compras internacionais do Programa Mundial de Alimentos (PMA)
Serão discutidas as práticas e políticas necessárias para a capacitação das cooperativas da agricultura familiar, a fim de que possam fornecer produtos para o mercado internacional, com foco nas compras realizadas pelo PMA.
Hoje (11) e amanhã (12), Brasília sediará o evento “Mecanismos para a compra de alimentos da Agricultura Familiar brasileira ao Mercado Internacional (PMA)”, organizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). O encontro tem como objetivo fortalecer a inclusão da agricultura familiar brasileira nas compras internacionais, especialmente no âmbito das ações humanitárias e de segurança alimentar realizadas pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA).
O evento contará com a presença do presidente da Conab, Edegar Pretto, do ministro do MDS, Wellington Dias, da ministra em exercício do MDA, Fernanda Machiaveli, da secretária Nacional de Segurança Alimentar do MDS, Lilian Rahal, do diretor do Departamento de Aquisição e Distribuição de Alimentos Saudáveis do MDS, Raimundo Nonato, do diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Silvio Porto, do Chefe da Coordenadoria de Relações Internacionais da estatal, Marisson Marinho, e da superintendente da Agricultura Familiar da Companhia, Kelma Cruz. O encontro também marcará a participação de Daniel Balaban, diretor do Centro de Excelência contra a Fome do PMA.
O presidente da Conab ressalta a relevância do evento para a agricultura familiar brasileira e para o fortalecimento da segurança alimentar global. “Este encontro é uma oportunidade histórica para estreitar os laços entre a agricultura familiar brasileira e o Programa Mundial de Alimentos. Nosso compromisso é garantir que pequenos produtores, que são a espinha dorsal da nossa agricultura, possam participar ativamente de mercados internacionais, contribuindo para a erradicação da fome e promovendo o desenvolvimento sustentável. Estamos trabalhando para tornar as cooperativas de agricultura familiar mais competitivas e capacitadas para atender a uma demanda global por alimentos saudáveis e produzidos de forma responsável”, destaca.
Mercados globais
Durante o evento, serão discutidas as práticas e políticas necessárias para a capacitação das cooperativas da agricultura familiar, a fim de que possam fornecer produtos para o mercado internacional, com foco nas compras realizadas pelo PMA. De acordo com Marisson Marinho, chefe da Coordenadoria de Relações Internacionais da Conab, essa iniciativa começou já há bastante tempo, com uma visita ao PMA, em maio de 2023. “Desde então buscamos fortalecer a participação da agricultura familiar nas compras internacionais do PMA, agregando parceiros e garantindo o suporte necessário para a capacitação das cooperativas”, afirmou.
A superintendente de Agricultura Familiar da Conab, Kelma Cruz, também destaca a importância do evento para o fortalecimento do setor. “A inclusão da agricultura familiar nas compras internacionais do PMA é uma grande oportunidade para expandir o acesso dos nossos agricultores familiares a mercados globais, promovendo a sustentabilidade e a segurança alimentar de uma forma mais inclusiva e eficiente. Esse processo pode representar uma nova fonte de renda e desenvolvimento para milhares de famílias no Brasil, além de contribuir para a segurança alimentar em várias partes do mundo”, disse Kelma Cruz.
Nos dois dias de evento, serão discutidos temas como estratégias de acesso ao mercado internacional, controle de qualidade de alimentos para exportação e boas práticas de comercialização. A programação também contará com painéis sobre casos de sucesso e treinamento específico sobre o cadastramento das organizações de agricultores familiares para vendas ao PMA.
Notícias Na Alemanha
O Presente Rural participa pela 7ª vez da maior feira de produção animal do mundo
Diretor Selmar Frank Marquesin está na Alemanha para acompanhar de perto as tendências que moldarão o setor agropecuário nos próximos anos.